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quinta-feira, 15 de março de 2018

EVANGELHO DO DIA 18 DE MARÇO - 5º DOMINGO DA QUARESMA



18 março - Aniversário do reconhecimento diocesano da Congregação dos Oblatos de São José (1901).

"Filius accrescens Jospeh” José, filho que cresce. Os filhos de São José também devem crescer, pelo menos no culto ao seu Santo Patrono. (L 210). São Jose Marello

João 12,20-33
"Entre o povo que tinha ido a Jerusalém para tomar parte na festa, estavam alguns não-judeus. Eles foram falar com Filipe, que era da cidade de Betsaida, na Galiléia, e pediram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizer isso a André, e os dois foram falar com Jesus. Então ele respondeu: Chegou a hora de ser revelada a natureza divina do Filho do Homem. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão. Mas, se morrer, dará muito trigo. Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira.Quem quiser me servir siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará todos os que me servem. Jesus continuou: Agora estou sentindo uma grande aflição. O que é que vou dizer? Será que vou dizer: Pai, livra-me desta hora de sofrimento? Não! Pois foi para passar por esta hora que eu vim. Pai, revela a tua presença gloriosa!
Então do céu veio uma voz, que dizia: Eu já a revelei e a revelarei de novo. A multidão que estava ali ouviu a voz e dizia que era um trovão. Outros afirmavam que um anjo tinha falado com Jesus. Mas ele disse: Não foi por minha causa que veio esta voz, mas por causa de vocês. Chegou a hora de este mundo ser julgado, e aquele que manda nele será expulso. E, quando eu for levantado da terra, atrairei todas as pessoas para mim. Ele dizia isso para indicar de que maneira ia morrer.
"
 Meditação
Os Evangelhos são coletâneas de memórias de Jesus de Nazaré, elaboradas em meio às primeiras comunidades de discípulos, principalmente aquelas vinculadas a Jerusalém, oriundas do judaísmo.

Estas memórias foram surgindo de acordo com as expectativas tradicionais do Primeiro Testamento, voltadas para o messias glorioso e poderoso. Após a morte de Jesus, este messias foi projetado no Cristo ressuscitado.

Em conseqüência, os Evangelhos, escritos algumas décadas após a morte de Jesus, interpretam sua vida sob a ótica do ressuscitado.

O evangelho deste domingo nos situa já na festa da Páscoa. Entre os judeus que costumavam ir a Jerusalém para celebrar sua festa principal, se encontravam também estrangeiros, gregos.

São eles que manifestam interesse de conhecer Jesus. Sem dúvida, na pessoa deles, o evangelista sinaliza a universalidade da missão de Jesus, que não é restrita a um povo, mas a todo o universo.

É de destacar que estes estrangeiros se dirigem aos discípulos para expressar-lhes seu desejo de querer ver Jesus.
Isso mostra que, desde os primeiros tempos, os amigos e as amigas de Jesus são reconhecidos/as pela sua proximidade com o Mestre, o que os converte em mediadores, testemunhas e também companheiros/as de caminho para aqueles que buscam conhecer o Senhor.

O Papa João Paulo II, na sua carta apostólica, no início do Novo Milênio, afirma que os homens e mulheres de nosso tempo, talvez sem se darem conta, continuam dirigindo à Igreja deste milênio o mesmo pedido: Queremos ver Jesus!, o que é um grande desafio para a Igreja, porque ela terá que responder-lhes não com palavras, mas com o testemunho de vida de seus membros.

Jesus aproveita para anunciar que sua hora chegou. A que hora está se referindo? Cumpre-se a hora anunciada nas bodas de Caná (Jo 2,4). É a hora da exaltação de Jesus, de sua morte e ressurreição, duas realidades inseparáveis de um único evento.

Para explicar-nos melhor esta hora difícil, Jesus recorre a uma parábola: "se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão. Mas, se morrer, dará muito trigo. ".

A morte é a condição para que o grão libere a capacidade de vida que possui. Se não morre também não gera vida, se morre, de um só grão nascem muitos outros. 

Dessa maneira, Jesus nos apresenta a sua opção de vida, doá-la até o extremo, morrer para oferecer à humanidade o nascimento de um novo caminho de liberdade, de comunhão fraterna com Deus.

Jesus está convencido de que viver e morrer por este objetivo vale tanto a pena que faz o convite para os seus seguidores e seguidoras: "Se alguém quer servir a mim, que me siga. E onde eu estiver, aí também estará o meu servo".

Jesus afirma que chegou a hora da sua glorificação. É a glória do Filho do homem (o humano), e não do messias poderoso.

A glória de Jesus é sua missão levada até o fim com os frutos do anúncio e a comunicação da vida eterna ("salvação eterna", a todos os povos, sem restrições étnicas, nacionalistas, ou de particularidades religiosas.

Os discípulos são convidados a dedicar a vida a esta missão do anúncio da esperança e à comunicação de amor e vida, que é a glória de Deus.

Ao lançar esta proposta de vida aos seus amigos e amigas, Jesus lhes indica também com suas atitudes onde eles têm que colocar os olhos e o coração para vencer o medo e seguir seu caminho, no Pai e nos irmãos e irmãs que ainda clamam por uma vida digna!

Escutemos estas palavras de Jesus dirigidas a cada um/a de nós hoje. Que sentimentos despertam em nós? Dão-nos medo ou liberdade, alegria ou tristeza?

Diante do sofrimento e da morte é normal que sintamos medo. Jesus é tão humano que não tem problema em reconhecer que se sente perturbado e até angustiado diante da proximidade de sua hora. Por isso não temos que nos envergonhar, nem julgarmos mal.

É importante que descubramos qual foi o seu segredo para vencer o medo e se doar livremente (Jo 10,18). A força de Jesus é sua relação de amor com seu Pai. Ele sabe que seu Pai está com Ele, mesmo no sofrimento, e partilha também com ele a sua paixão de amor pela humanidade.

Esse jeito de Jesus se relacionar com o Pai e com os homens, marcado pela obediência, fidelidade e acima de tudo misericórdia, encanta as pessoas que dele ouvem falar. É esse o caso dos gregos que chegaram a Jerusalém e manifestam a Filipe o seu desejo “Queremos ver Jesus”

O verbo “Ver”, muito empregado nos escritos joaninos, tem um significado muito importante que vai além de se olhar a simples aparência, pois os gregos não querem saber se Jesus tem os olhos azuis ou castanhos, se é magro e alto ou gordo e baixinho, se usava barba ou não.

O tipo físico de Jesus atrai muitos os pesquisadores e historiadores que passam os dias pesquisando, estudando, ou para provar que ele existiu, ou então que é apenas uma história irreal.

O que importa é saber quem ele é, como se relaciona com o Pai e com os irmãos, o que fez e falou, qual o seu projeto de vida...

É isso que conta, é isso que os gregos buscavam e que também nós devemos buscar cada vez mais e nesse sentido os evangelhos são uma fonte inesgotável de informações sempre precisas, claras e bem objetivas.

Estamos a apenas uma semana do Domingo de Ramos, que inicia a Semana Santa onde se celebra o Tríduo Pascal, marcado pela paixão – morte e ressurreição de Jesus.

Como Filipe e André, que estejamos sempre abertos para apresentar a Jesus aqueles que querem conhecê-lo para se tornar seus seguidores.

Não vamos abafar e nem distorcer o Cristo, ele tem que continuar sendo em cada um de nós, comprometidos com a sua missão, o grão de trigo, que não se recusa a morrer, porque acredita na Vida eterna, que a tudo renova e que brota da ressurreição.

Reflexão Apostólica
Na escola literária do romantismo, para exaltar sua paixão por uma jovem, os poetas ultra-românticos como Álvaro de Azevedo, fazia do amor uma tragédia.

Lembro-me de um poema “Se se morre de amor” que era meio tétrico mas estava bem desse gênero porque exaltava a beleza de se morrer por amor.

O dom da própria vida é o ato fecundo que gera mais vida, tanto naquele que se doa como naqueles que são tocados por seu amor. A vida é fruto do amor e ela será tanto mais pujante quanto maior for a plenitude do amor, no dom total.

A metáfora do grão que se transforma exprime que o homem possui muito mais potencialidades do que aquelas que lhe são conhecidas. O grão que desaparece para dar lugar à planta e ao fruto é a conversão de vida.

É libertar a vida de submissão e escravidão aos interesses dos chefes deste mundo e colocá-la a serviço de Jesus presente no nosso próximo. É alcançar a liberdade da vida eterna na prática do amor.

Com o dom de si, novas e surpreendentes potencialidades se revelam. A morte, sem ser um fim trágico, pode ser também o começo de uma vida nova, mais plena, já neste mundo.

Morrer para os limites e valores impostos por uma cultura de consumo e opressão, para viver livre na comunhão de amor e vida com os irmãos, particularmente os mais necessitados.

Isto é servir Jesus, e assim se manifesta a glória de Jesus e a glória do Pai. Quem não teme a própria morte confunde o opressor poderoso, chefe deste mundo, e conquista a liberdade que tudo transforma pelo amor.

Viver é dar a vida e tem-se a vida à medida que ela é dada

Estamos diante dos típicos paradoxos do evangelho: “perder” a vida por amor é a forma de “ganhá-la” para a vida eterna (ou seja, em vista dos valores definitivos); morrer para si mesmo é a verdadeira maneira de viver, entregar a vida é a melhor forma de retê-la, dá-la é a melhor forma de recebê-la…

“Paradoxo” é uma figura literária que consiste em uma “contradição aparente”: perder-ganhar, morrer-viver, entregar-reter, dar-receber…

Parecem dimensões ou realidades contraditórias, porém não o são na realidade. Chegar a dar-se conta de que não há tal contradição, captar a verdade do paradoxo, é descobrir o evangelho.

Estamos diante de um dos pontos altos da revelação cristã. Em Jesus se expressa, uma vez mais, o acesso da Humanidade à captação desse paradoxo.

Na “natureza”, no mundo animal sobretudo, o principal instinto é o da auto-conservação. É certo que há mecanismos “altruístas”, controlados hormonalmente para acompanhar os momentos da reprodução.

É a criação da descendência ou a defesa da coletividade, porém não se trata verdadeiramente de “amor”, mas de instinto, um instinto de auto-conservação, que centra o individuo sobre si mesmo.

A natureza animal está centrada sobre si mesma. O que pode ser contrario a esta regra não é mais que uma exceção que confirma a regra.
O ser humano, ao contrario, se caracteriza por ser capaz de amar, de sair de si mesmo ou de entregar sua vida ou entregar-se a si mesmo por amor.

A humanização ou hominização seria esse “centramento” de si mesmo, que é também centramento nos demais e no amor.

A parábola sobre a qual estamos refletindo expressa um ponto alto desse amadurecimento da humanidade; tanto que pode ser considerada como uma expressão sintética do ápice do amor.

No fundo, esta parábola equivale ao mandamento novo: “Este é o meu mandamento, que se amem uns aos outros “como eu” os tenho amado; não há maior amor do que “dar a vida”. As palavras de Jesus tem aí também a intenção de síntese; aí se encerra toda a mensagem do Evangelho.

Na realidade, se encerra aí toda a mensagem religiosa: também as outras religiões chegaram a descobrir o amor, a solidariedade… o “descentramento” de si mesmo como a essência da religião. Jesus é uma dessas expressões máximas da busca da Humanidade e do avanço da presença de Deus em seu seio…

Se as sementes somos nós, para que devemos morrer? Esta hora neoliberal que vive o mundo de hoje, ainda que se tenha dado um notável avanço em aspectos como a tecnologia, a intercomunicação mundial, e até um notável desenvolvimento econômico (tremendamente desequilibrado).

Não podemos deixar de descobrir certo “retrocesso” em humanização: diante do pensamento utópico, as “ideologias” (no sentido positivo da palavra) que buscavam a “socialização” humana.

A realização máxima possível da solidariedade entre os humanos e a coletividade, a realização de uma sociedade fraternal e reconciliada, em vista do fracasso simplesmente econômico, militar ou tecnológico de alguns dos setores em conflito, acabou por se impor o retorno a uma economia supostamente “natural”, descontrolada, sem intervenção, deixada ao azar dos interesses dos grupos, chegando a proclamar que a solidariedade e este retrocesso de humanização transparece cada vez mais sua verdadeira natureza, e a inconformidade surge em qualquer lugar.

“Outro mundo é possível”, apesar do esforço da propaganda neoliberal por convencer-nos de que “não há alternativa” e de que estamos no “final (insuperável) da historia”…

Se com o evangelho cremos que “não há maior amor do que dar a vida”, que a lei suprema é “morrer como o grão de trigo para dar vida”, deveríamos comprometer-nos para que a sociedade se conscientize sobre a necessidade de superar políticas econômicas tão “naturais” e tão pouco “sobrenaturais”como a atual política neoliberal

O Evangelho de hoje traz o momento em que Jesus está em Jerusalém, alguns dias antes da sua morte. As palavras que Jesus fala hoje são típicas de uma pessoa que está angustiada, e Ele admite isso: " Agora estou sentindo uma grande aflição.

O que é que vou dizer? Será que vou dizer: "Pai, livra-me desta hora de sofrimento? Não! Pois foi para passar por esta hora que eu vim."

Meditando sobre estas palavras, vem o pensamento... Quanta vezes, diante de uma situação importante e decisiva na minha vida, eu me deixei levar pelo caminho mais fácil...

Será que isso acontece com todas as pessoas? Quando vai se aproximando o momento de apresentar o resultado de um longo trabalho, de uma prova importante, de uma cirurgia, de resolver um assunto complicado...

Enfim, aqueles momentos em que a gente gostaria de "passar por cima", desligar e só religar depois... Acho que isso acontece com todo mundo, sim... porque até Jesus chegou a pensar na possibilidade.

Acontece que Ele sabia que seria necessário passar por todo aquele sofrimento para que a sua Boa Nova tivesse força suficiente de se difundir por todo o mundo, e todos fossem atraídos a Ele.

Essa é a maturidade que precisamos alcançar! Se eu sei que, para alcançar um determinado objetivo, seja qual for, é preciso um certo grau de sofrimento e renúncia, então eu preciso estar disposto a pagar esse preço, caso eu realmente queira alcançar o objetivo.

O objetivo é ficar curado de uma doença? Então preciso me comprometer com o tratamento! Quero passar num concurso? Preciso ter disciplina e estudar com muita vontade! Quero alcançar o perdão de alguém? Preciso reconhecer meu erro, arrepender-me sinceramente, e ter a intenção de não voltar a repetir o erro.

Enfim, precisamos "morrer" um pouquinho, cada vez que abrimos mão do comodismo, para poder renascer junto com a alegria do objetivo alcançado por meio de um esforço genuíno.

O mais interessante é que essa tal maturidade, quanto mais exercitada, maiores vão se tornando os objetivos. Até porque os grandes objetivos são sempre subdivididos em objetivos menores. Mais que isso: os grandes objetivos são só para os que conseguem dar conta dos pequenos objetivos.

Seja fiel no seu pouco, que Ele lhe confiará mais! Mesmo na angústia, assuma a responsabilidade que é sua, pois foi para isso que você viveu todas as experiências da sua vida até agora!

E, se ainda assim você estiver angustiado, lembre-se que quando Deus disse: "Eu já a revelei e a revelarei de novo. ", Jesus disse que "Não foi por minha causa que veio esta voz, mas por causa de vocês." Deus estará do seu lado SEMPRE!
Propósito: Ver Jesus no hoje, na nossa história, na nossa vida pessoal, familiar, comunitária, eclesial.
O QUE VOCÊ DIZ
O que é que você está dizendo a si mesmo? O que é que você está dizendo aos outros? Palavras podem limitar seus pensamentos ou elas podem expandir os seus horizontes. Palavras podem trazer desencorajamento e desespero ou podem prover encorajamento e levá-lo a grandes realizações. 

Sem nenhuma dúvida, você já experimentou o enorme impacto do que uma gentil e encorajadora palavra pôde fazer-lhe. Portanto, lembre-se de que em vez de deixar que suas palavras venham a aumentar uma situação problemática, escolha as palavras que possam levá-lo para uma mais positiva e agradável realidade. 

O que você diz a si mesmo e a outros realmente tem muita importância. Quando você faz da sua linguagem algo mais consistentemente positivo, a resposta que a vida lhe dará não será outra a não ser resultados surpreendentemente agradáveis. Conseqüentemente, isso pode afetar as suas ações e novos resultados positivos virão naturalmente. Suas palavras positivas podem – verdadeiramente – criar um mundo mais positivo.

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