terça-feira, 8 de outubro de 2024

Evangelho do dia 11 outubro sexta feira

 11/10 – São Alexandre Sauli

 A família Sauli fazia parte da nobre Corte de Gênova, muito ligada à Igreja. Nela, havia inúmeras figuras de destaque e influência na política, ricas e poderosas, tendo tradição de senadores e administradores para aquela costa marítima tão importante da Itália.

No seio deles nasceu Alexandre, no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado, sua mãe o consagrou à Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida religiosa. E na adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na Corte do rei Carlos V, conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua vocação.

Aos dezessete anos de idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da igreja milanesa de São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família. Lá, entregou-se por completo à obediência das regras da vida comum com severas tarefas religiosas. Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro seguidor de Cristo.

Ordenado sacerdote, Alexandre Sauli exerceu o ministério como professor de noviços e formador de padres barnabitas. Depois, foi nomeado pelo arcebispo de Milão, Carlos Borromeo, agora santo, teólogo e decano da Faculdade Teológica de Pávia. Em 1565, aos trinta e um anos de idade, foi eleito superior-geral da Ordem, empenhando-se para manter vivo o espírito original do fundador. Considerado por seu dom de conselho, tornou-se o confessor do próprio são Carlos Borromeo, e orientador espiritual de muitas pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos como leigos.

Em 1567, foi nomeado bispo de Aléria, na ilha de Córsega, França. Recebeu, entretanto, uma diocese decadente e abandonada, sem clero capacitado, sem locais de culto decente, com um rebanho perdido nas trevas da ignorância e da superstição. Trabalhou duro durante vinte e um anos. Conseguiu reformar o clero, sendo o professor e o exemplo da vida cristã para todas as classes sociais, eliminando divergências e ódios entre as várias famílias dominantes.

Transformou a diocese num modelo de devoção apostólica e de organização, sendo estimado e amado por todos, ricos e pobres.

Mas Alexandre teve de deixar a Córsega quando foi nomeado bispo de Pávia pelo papa Gregório XIV, de quem fora diretor espiritual e confessor. Na época, Alexandre não tinha boas condições físicas devido ao seu incansável trabalho e à vida dura de privações, penitências e mortificações a que ele sempre se submetera. Mesmo assim, iniciou a visita pastoral de sua nova diocese, sem nem sequer pensar em abandonar a cruz de sua missão.

No dia 11 de outubro de 1592, ele estava em visita na cidade de Calosso d’Asti. Era um doce entardecer de outono. Estando na rica propriedade do senhor do local, aceitou sua oferta de hospitalidade. Mas não ficou em nenhum dos luxuosos salões, preferiu estar entre os trabalhadores que se acomodavam nas estrebarias dos animais, onde adormeceu e não mais acordou.

Seu corpo foi transferido e sepultado na Catedral de Pávia, Itália. Em 1904, o papa Pio X o canonizou como santo Alexandre Sauli, “Apóstolo da Córsega”. Venerado como padroeiro da ilha de Córsega, sua festa litúrgica, que ocorre no dia de sua morte, mantém-se muito viva e vigorosa.

São Alexandre Sauli, rogai por nós!

 11 OUTUBRO - A questão do "dinheiro" já nos deteve por demais inclinados para o baixo e é tempo de proclamar o “sursum corda”: corações ao alto. (L 158). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 11,15-26

"A multidão ficou admirada, mas alguns disseram:
- É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios.
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus. Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse:
- O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Vocês dizem que é Belzebu que me dá poder para expulsar demônios. Mas, se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que vocês estão completamente enganados. Na verdade, é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês.
- Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele.
- Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.
Jesus continuou:
- Quando um espírito mau sai de alguém, anda por lugares sem água, procurando onde descansar, mas não encontra. Então diz: "Vou voltar para a minha casa, de onde saí." Aí volta e encontra a casa varrida e arrumada. Depois sai e vai buscar outros sete espíritos piores ainda, e todos ficam morando ali. Assim a situação daquela pessoa fica pior do que antes.
"


Meditação: 

O evangelho de hoje traz uma longa discussão em torno da expulsão de um demônio mudo que Jesus acabava de realizar diante do povo.
Jesus estava expulsando demônios. Diante deste fato bem visível, realizado diante de todos, houve três reações diferentes: O povo ficou admirado, aplaudiu. Outros diziam: "É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios". O evangelho de Marcos informa que se tratava dos escribas que tinham vindo de Jerusalém para controlar a atividade de Jesus (Mc 3,22). Outros ainda pediam um sinal do céu, pois não se convenceram diante do sinal tão evidente da expulsão realizada diante de todo o povo.

A cura do endemoninhado mostra que a ação de Jesus consiste em libertar o homem da alienação que o impede de falar. A ação de Jesus testemunha a chegada do Reino de Deus, pois para vencer Satanás é preciso ser mais forte do que ele. Mas Jesus é, ao mesmo tempo, a presença da salvação e do julgamento: quem não age com Jesus, torna-se adversário.

Jesus expulsa os demônios com a força de Deus. O “dedo de Deus” é símbolo de sua força. Quando Moisés provocou as pragas do Egito, diziam os adivinhos dos egípcios: “O dedo de Deus está aqui” (Êxodo 8,15).

Para Deus, basta mover seu dedo para que surjam obras imponentes. O céu é obra dos dedos de Deus (Salmo 8,4). O triunfo sobre o domínio de Satã com o poder de Deus que age em Jesus, mostra que já chegou o reino de Deus, embora ainda não se tenha desenvolvido plenamente. Já se inaugurou o tempo da salvação. O reino de Deus já obteve a vitória sobre o de Satã. Disso são sinais as expulsões de demônios.

O combate messiânico leva cada um a optar por Cristo ou contra ele. Não se tolera neutralidade. Tomar partido é inevitável. O demônio expulso se comporta como um homem que foi tirado de sua casa. O relato tem caráter de parábola.

O que escapou do senhorio de Satã, nem por isso deve pensar que é inexpugnável e completamente seguro. O estado final de uma pessoa que se converteu, se não persevera como tal, pode ser pior que o anterior à conversão.

 Não podemos nos deixar dividir porque assim estaremos trabalhando contra nós mesmos. Por isso, Jesus hoje nos adverte: “todo reino dividido contra si mesmo será destruído”. Por mais segurança que tenhamos na realização de um projeto, tudo poderá ruir se permitirmos que haja divisões entre aqueles que o executam.

Isto vale para todos os empreendimentos da nossa vida: familiares, sociais, espirituais. O homem foi feito para ter relacionamentos saudáveis. Aquele, que está em paz com os seus irmãos e irmãs está em paz com Deus e consigo mesmo.

Precisamos estar atentos às nossas ações para sabermos a quem estamos servindo. Podemos dizer que estamos fazendo alguma coisa em Nome de Deus e na realidade, estarmos servindo ao demônio.

Tudo o que fizermos para o bem do próximo, de coração e por amor a Deus, com certeza, estaremos fazendo em função do reino dos céus. Mas, aquilo que fizermos em função de nós mesmos ou para atender apenas aos nossos interesses egoístas, estará passível de fracasso e corre o risco de que chegue alguém mais forte do que nós e apanhe o que possuímos para dividir com outros e assim o nosso reino estará destruído.

O reino de Deus chega para quem está com Jesus e segue os Seus ensinamentos. O homem precisa ter o seu pensamento e a sua mente, ocupados com as coisas de Deus.

Não podemos aceitar ficar vagando no nada, porque assim estaremos deixando a casa arrumada para que o mal se estabeleça. Jesus diz que quem acredita que é pelo dedo de Deus que Ele faz os milagres, esse tem fé e o reino dos céus chegou para ele.

Estar com Jesus é deixar-se guiar completamente pelos Seus ensinamentos através do poder do Espírito e não permitir a intrusão de qualquer idéia ou pensamento que venha do inimigo.

Em nome de quem você tenta fazer as coisas? Você não tem se equivocado nos seus projetos pensando que é pelo dedo de Deus que você quer conseguir as coisas? - Existe dentro de você algo que possa estar dividindo o seu modo de pensar com Deus ou com o inimigo de Deus? Você se sente interiormente preenchido pelo poder do Espírito Santo? Com que você tem alimentado o seu espírito?

Hoje, o evangelho fala-nos da luta entre Jesus e o demônio, uma luta que se trava no mais íntimo do homem. Nós sabemos que fomos libertados do pecado e do demônio pela graça de Deus e pelo Batismo e, no decurso da vida, pelo sacramento da Reconciliação. Mas observa-se, nos nossos dias, tantas vezes fortemente críticos e até agressivos a tudo o que tenha a ver com o sobrenatural, a um renascer de crenças no mundo dos demônios.

Vão até surgindo, por aqui e por ali, grupos que se dedicam a práticas satânicas. Há quem cultive inúteis medos e quem, pura e simplesmente, ironize sobre o tema. Mas temos a certeza de que «pela mão de Deus» (Lc 11, 20), isto é, pelo poder do Altíssimo, Jesus, vivo na Palavra e nas realidades sacramentais da Igreja, continua a alcançar vitória sobre o Maligno. Quem estiver da parte de Cristo, e viver unido a Ele, nada tem a temer. Satanás está «bem armado», mas Deus é bem «mais forte» (Lc 11, 23).

Só pela fé e pela oração, expressão da nossa fé, podemos resistir-lhe. Acreditar que Jesus aceitou tornar-se «maldição suspensa no madeiro da cruz» (cf. Gl 3, 13), e pedir a graça de ser por Ele fortificados e salvos, é a nossa garantia. «Agora é que o dominador deste mundo vai ser lançado fora», disse Jesus. «Quando for levantado da terra, atrairei todos a mim» (Jo 12, 31-32).

É, pois, fixando o olhar em Cristo, crucificado e ressuscitado, que veremos abrirem-se para nós horizontes de paz. Pelo contrário, todas as nossas obras, que não sejam vivificadas e fortalecidas pelo Espírito, por meio da fé, tornam-se terreno propício para as artes do Maligno.

Num mundo que nos enche de angústias e nos torna muitas vezes pessimistas, porque nos parece que “tudo... jaz sob o poder do Maligno” (1 Jo 5, 19), Cristo, “Homem novo” (Ef 4, 24) dá-nos coragem, ilumina-nos, pacifica-nos e dá-nos alegria (cf. Jo 20, 20-21), porque n´Ele, “apesar do pecado, dos fracassos e da injustiça, a redenção é possível, oferecida e já está presente.

Reflexão Apostólica:

O primeiro impacto que a ação de Jesus causava no povo era a expulsão dos demônios: “Até mesmo aos espíritos impuros ele dá ordens e eles lhe obedecem!” (Mc 1,27).

Uma das principais causas da briga de Jesus com os escribas era a expulsão dos demônios. Eles o caluniavam dizendo: “Ele está possuído por Belzebu! É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios!” O primeiro poder que os apóstolos receberam quando foram enviados em missão foi o poder de expulsar os demônios: “Deu-lhes poder sobre os espíritos maus” (Mc 6,7).

O primeiro sinal que acompanha o anúncio da ressurreição é a expulsão dos demônios: “Os sinais que acompanharão aqueles que acreditarem são estes: expulsarão demônios em meu nome!” (Mc 16,17). A expulsão dos demônios era o que mais chamava a atenção do povo (Mc 1,27). Ela atingia o centro da Boa Nova do Reino. Por meio dela Jesus devolvia as pessoas a si mesmas. Devolvia-lhes o juízo, a consciência (Mc 5,15).

É sobretudo o evangelho de Marcos, do começo ao fim, com palavras quase iguais, repete sem parar a mesma mensagem: “E Jesus expulsava os demônios!” (Mc 1,26.34.39; 3,11-12.22.30; 5,1-20; 6,7.13; 7,25-29; 9,25-27.38; 16,17). Parece um refrão que sempre volta.

Hoje, em vez de usar sempre as mesmas palavras usaríamos palavras diferentes para transmitir a mesma mensagem e diríamos: “O poder do mal, o Satanás, que mete tanto medo no povo, Jesus o venceu, dominou, amarrou, destronou, derrotou, expulsou, eliminou, exterminou, aniquilou, abateu, destruiu e matou!”

O Demônio pode ser «como um leão que ruge, procurando a quem devorar» (1 Pe 5, 8), mas é sempre uma criatura que a «mão de Deus» verga e parte como uma palhinha. Belzebu é o desesperado por excelência, que «anda por lugares áridos» e não encontra paz (Lc 11, 24); assim, a sua estratégia de «macaco de Deus» - como lhe chamam os antigos Padres – é tornarmos semelhante a ele. Mas Deus torna o homem semelhante ao seu ser amor e alegria; Satanás, se não consegue tornar-nos desesperados como ele, faz o possível para nos fazer desanimar. Pela morte e pela ressurreição de Jesus, perdeu a guerra, mas ainda pode vencer essa batalha.

O que o Evangelho nos quer dizer é isto: “Ao cristão é proibido ter medo de Satanás!” Pela sua ressurreição e pela sua ação libertadora, Jesus afasta de nós o medo de Satanás, cria liberdade no coração, firmeza na ação e esperança no horizonte! Devemos caminhar na Estrada de Jesus com sabor de vitória sobre o poder do mal!
Estejamos, então, atentos à casa do nosso coração! Ainda que «varrida e arrumada», não deixa de ser atacada por Satanás e seus sequazes.

Propósito:

Pai, afasta de meu coração todos os preconceitos que me impedem de acolher Jesus Cristo como teu enviado para trazer ao mundo a salvação e a libertação.

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Meio de salvação dos mais poderosos e eficazes nos é oferecido pela Divina Providência contra Satanás e seus sequazes, que procuram perder as almas. O Santo Rosário é arma poderosa. Emprega-a com confiança e te maravilharás do resultado.



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