sábado, 12 de outubro de 2024

Evangelho do dia 14 outubro segunda feira 2024

 

14/10 – São Calisto I (Papa +222)

Calisto entendia muito bem de penitência. Na Roma do século II, ele nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, sua sina de sofrimento continuou. Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, mas decidiu fugir, indo refugiar-se em Portugal. Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e punido com trabalhos forçados. Porém foi nessa prisão que sua vida se iluminou.

Nas minas da Sardenha, ele tinha contato direto com os cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança em Cristo, Calisto se converteu.

Depois de alguns anos, os cristãos foram indultados e Calisto retornou à vida livre, indo estabelecer-se na cidade de Anzio, onde adquiriu reconhecimento dos cristãos, como diácono. Quando o Papa Zeferino assumiu o governo da Igreja, chamou o diácono para trabalhar com ele. Deu a Calisto várias missões executadas com sucesso. Depois o nomeou responsável pelos cemitérios da Igreja.

Chamados de catacumbas, esses cemitérios subterrâneos da via Ápia, em Roma, tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem seus mortos, as catacumbas serviam, também, para cerimônias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto começou suas escavações, organizou-as e valorizou-as.

Nelas mandou construir uma capela, chamada Cripta dos Papas, onde estão enterrados quarenta e seis pontífices e cerca de duzentos mil mártires das perseguições contra os cristãos.

Com a morte do papa Zózimo, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de escravo. Hipólito, um dos grandes teólogos do catolicismo e pensadores da época, era o principal deles. Hipólito tinha um entendimento diferente sobre a Santíssima Trindade e desejava que determinados pecados não fossem perdoados. Entretanto o papa Calisto I manteve-se firme na defesa da Igreja, rompendo com Hipólito e seus seguidores, respondendo a questão a frase conclusiva: “Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências.” Anos depois, Hipólito reconciliar-se-ia com a Igreja, tornado-se mártir da Igreja por não negar sua fé em Cristo.

O papa Calisto I governou por seis anos. Nesse período, concluiu o trabalho nas catacumbas romanas, conhecidas, hoje, como as catacumbas de são Calisto. Em 222, ele se tornou vítima da perseguição, foi espancado e, quase morto, jogado em um poço. No local, agora, acha-se a igreja de Santa Maria, em Trastevere, que guarda o seu corpo, em Roma.

São Calisto, rogai por nós!

 14 outubro - Sabemos por fé que tudo é providencial nesta terra, e essa fé é a vitória que vence o mundo. (L 64 .  São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 11,29-32

 "Acorrendo as multidões em grande número, Jesus começou a dizer: "Esta geração é uma geração perversa. Busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. De fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará juntamente com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está quem é mais do que Salomão. No dia do juízo, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão; pois eles mostraram arrependimento com a pregação de Jonas, e aqui está quem é mais do que Jonas"."  

Meditação:

Hoje precisamos, de forma especial, fazer a reflexão do Evangelho, pois enxergaremos o contexto e o Espírito Santo nos conduzirá ao discernimento de como praticar.
A primeira coisa que devemos fazer: aceitar o chamado de Deus e pregar a necessidade de arrependimento e do perdão. Precisamos ser sinal como Jonas foi.
Lucas não identifica quem é que busca um sinal, contudo Mateus (Mt 12,38) e Marcos (Mc 8,11) identificam o grupo de escribas e fariseus. A este grupo Jesus qualifica de geração perversa, o que reaparecerá várias vezes nos evangelhos de Mateus e de Lucas.
Há uma clara rejeição da operação de sinais ou milagres por parte de Jesus. Neste sentido, dois exemplos da tradição do Antigo Testamento são citados.
Diferente do texto paralelo de Mateus, Lucas não aponta a ressurreição de Jesus fazendo alusão aos três dias que Jonas permaneceu dentro do peixe, mas se fixa na pregação e na sabedoria de Jesus. Esse é o sinal que Deus dá àquela geração que buscava a presença de Deus somente no maravilhoso.
Hoje, Jesus nos diz que o sinal que dará à “geração malvada”, de fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração (Lc 11,30).
Da mesma maneira que Jonas deixou que o lançasse pela margem para acalmar a tempestade que ameaçava com afundá-los — e, assim, salvar a vida da tripulação—, do mesmo modo que Jesus permitiu que o lançassem pela margem para acalmar as tempestades do pecado que põem em perigo nossas vidas.
De igual forma que Jonas passou três dias no ventre da baleia antes que esta o vomitara são e salvo a terra, assim Jesus passaria três dias no seio da terra antes de abandonar a tumba (Mt 12,40).
O sinal que Jesus dará aos “malvados” de cada geração é sua morte e ressurreição. Sua morte, aceita livremente, é o sinal do incrível amor de Deus por nós: Jesus deu sua vida para salvar a nossa.
Sua ressurreição de entre os mortos é o sinal de seu divino poder. Trata-se do sinal mais poderoso e comovedor jamais dado.
Jesus é também a sinal de Jonas em outro sentido. Jonas foi um ícone e um meio de conversação. Quando em suas prédicas «Jonas entrou na cidade e começou a percorrê-la, caminhando um dia inteiro.
Ele dizia: «Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!» (Jon 3,4) adverte aos ninivitas pagãos, estes se convertem, pois todos eles — desde o rei até as crianças e animais— se cobrem com folhas caídas ao chão e cinzas.
No dia do julgamento, os homens da cidade de Nínive ficarão de pé contra esta geração. Porque eles fizeram penitência quando ouviram Jonas pregar.
Aqui está quem é maior do que Jonas.” (Lc 11,32) predicando a conversão a todos nós: Ele o próprio Jesus. Portanto, nossa conversão deveria ser igualmente exaustiva.
«Pois Jonas era um servente», escreve são João Crisóstomo, na pessoa de Jesus Cristo, «mas eu sou o Mestre; e ele foi jogado pela baleia, mas eu ressuscitei dos mortos; e ele proclamava a destruição, mas vim a predicar a Boas Novas e o Reino».
Jesus veio anunciar a conversão, não somente aos judeus, mas também aos pagãos, oferecendo a todos o perdão universal de Deus.
Os contemporâneos de Jesus estão com o coração endurecido diante do chamado de Deus à conversão. Eles possuem um sinal. A não conversão indica a condenação no juízo final. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia» (Mc 1,15).
A pergunta que devemos nos fazer é: — Respondido já com uma profunda conversão como a dos ninivitas e abraçado aquele Evangelho?

Reflexão Apostólica:

O Evangelho nos diz que não é um sinal maravilhoso que leva os homens à conversão, e sim a adesão ao projeto da nova história, manifestado na palavra de Jesus.
Os ninivitas se arrependeram e se converteram com a pregação de Jonas. Jesus veio como um sinal do Pai para a humanidade. Ele é maior do que Jonas e maior que Salomão que atraiu reis pela sua sabedoria.
A quem Jesus chama de geração má? Será que fazemos parte dessa geração? A geração má é aquela que é constituída de uma multidão de gente que não crê na Palavra de Deus e não segue os ensinamentos de Jesus, esperando por alguma coisa que venha a acontecer e que seja visível aos seus olhos e sensível ao toque.
É a geração daqueles (as) que querem um sinal para acreditar, que só vão, vendo, mas que não enxergam o que está um pouco além da mesma vidinha insignificante e sem objetivo do ter, do prazer, do poder, do divertir-se, do amealhar.
Nós achamos que fazemos parte da geração que tem Jesus como sinal, mas mesmo assim muitas vezes necessitamos de outros sinais para acreditar na força e no poder de Deus.
Jesus nos abre os olhos: Os ninivitas acreditaram nas palavras de Jonas; a rainha do sul (rainha de Sabá) seguiu os conselhos de Salomão, e todos foram salvos. E nós? A quem devemos ouvir para não fazermos parte dessa geração que caminha para o mal?
Faça uma reflexão da sua vida e pense se há alguma mensagem do Evangelho que você não acredita e por isso não tenta viver como Jesus ensinou.
Você ainda espera algum outro sinal a não ser o sinal da Cruz? A palavra de Deus lhe basta para que você volte atrás e se arrependa e tenha vida nova? Você sabe que foi assinalado (a) com o selo do Espírito Santo de Deus? Você faz parte da geração boa ou má?

Propósito:

Pai torna-me dócil e sensível para acolher as palavras de Jesus, sem exigir sinais espetaculares como pré-requisito para aderir a ele.

 


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