segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Evangelho do dia 16 outubro quarta feira 2024

 

16 OUTUBRO - Tudo se vai desenvolvendo pela corrente do tempo, e o tempo está nas mãos de Deus. (L 25). São Jose Marello

 


Evangelho Lucas 11,42-46

 Naquele tempo, o Senhor disse: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro assento nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se vêem, sobre os quais as pessoas andam sem saber». Um doutor da Lei tomou a palavra e disse: «Mestre, falando assim, insultas também a nós!». Jesus respondeu: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!».

Comentário

O trecho do evangelho de hoje é bastante duro. Podemos perceber Jesus carregando no tom de sua voz para alertar os fariseus e os mestres da Lei sobre seus equívocos na vida de serviço a Deus.

Vez por outra, precisamos ser chacoalhados para prestarmos mais atenção à nossa coerência, ou melhor, à nossa incoerência.

Faz-nos muito bem pensar o quanto cada um dos “ais” proferidos por Jesus serve para nós.

Precisamos buscar sempre o equilíbrio entre nosso crescimento espiritual e nossa prática fraterna. Orar com a palavra todos os dias, ser um praticante da lectio divina, mas ser injusto com os outros, mostra que algo não está funcionando bem. Jesus é muito claro ao dizer: “são exatamente estas coisas que vocês devem fazer sem deixar de lado as outras”.  A nossa fé precisa ser praticada. Não dá para ter fé em Jesus Cristo e não se comprometer. Dizer que temos fé, mas não a traduzirmos em práticas coerentes com os valores do evangelho, é agir exatamente como os fariseus e mestres da lei, aos quais Jesus dirigiu essas palavras.

Jesus foi saudado por ser um Mestre que ensinava com autoridade. Sua autoridade não era imposta, antes, porém, nascia da coerência de sua vida, de seu modo de ser. Jesus pregava aquilo que vivia e vivia de acordo com o que pregava.

Quando Jesus nos ensina chamar a Deus de Pai, Ele não quer somente tornar nossa relação com Deus mais próxima, mas que assumamos todas as consequências de sermos filhos de um mesmo Pai.

Esta é a coerência que precisamos buscar e que o trecho do evangelho de hoje nos ensina.

No final do texto, Jesus se dirige aos mestres da Lei, alertando-os para o fato de colocarem fardos muito pesados sobre os outros, mas não moverem um único dedo para ajudar a carregá-los.

Quanta diferença! Jesus se coloca no meio, assume para si as dores dos outros, coloca-se a caminho para encontrar os mais humildes e os sofredores. Busca todos os que estão cansados para lhes oferecer o descanso: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar pesadas cargas, e eu lhes darei descanso” (Mt 11,28).

Hoje, somos chamados a refletir sobre nossa coerência de vida cristã. Pode ser duro. Difícil admitir nossos tropeços, nossas dificuldades e nossas sombras, mas é necessário para nosso crescimento. Façamos este exame com a confiança de que aquele que nos ouve não aumentará nosso fardo, pelo contrário, nele encontraremos a paz que tanto buscamos.

Senhor, receba em suas mãos todos os nossos fracassos. Receba em seu coração santo nosso humilde desejo de segui-lo e nos conduza à vida plena. Amém!

2

Os fariseus eram completamente “do contra”, pois davam muita importância às coisas secundárias, enquanto às essenciais, eles não davam merecida atenção. O pagamento do dízimo, por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida ao pé da letra, à risca com todo rigor mesmo em relação às insignificantes hortaliças. Porém, os fariseus não levavam a sério o amor ao próximo, chegando mesmo a serem injustos e, quanto a pureza do seu relacionamento com Deus, deixavam muito a desejar.

Será que alguns de nós somos iguais aos fariseus? Pagamos o dízimo como uma obrigação e lideramos movimentos comunitários, fazemos campanha do agasalho, arrecadamos alimentos para os pobres, mas na verdade, estamos passando uma falsa imagem de caridosos e não passamos de políticos querendo atrair sobre nossa pessoa a atenção dos fiéis, porque quanto ao próximo e a Deus, não damos lá muita importância?

Do que adiantava os fariseus pagarem o dízimo rigorosamente se cometiam injustiças contra o próximo? Eles se vangloriavam por isso, mas no fundo não passavam de hipócritas. E Jesus sabia muito bem disso porque os conhecia por dentro e por fora. Os escribas e fariseus se cobriam, por assim dizer, com uma linda capa de piedade e de santidade, dando uma falsa aparência de homens justos, mas nada disso, evidentemente, agradava a Deus.

Eles eram uns verdadeiros enganadores. Suas práticas eram atitudes enganosas, que revelavam exteriormente apenas uma piedade aparente. Era como uma máscara que encobria a hipocrisia e a maldade que traziam por dentro.

Já os discípulos de Jesus eram pessoas que possuíam uma escala de valores totalmente ao contrário. Fé, amor ao próximo, justiça, caridade, eram os valores principais que norteavam o seu comportamento. Eram autênticos porque praticavam o amor e a justiça, como nós, seus seguidores, ou melhor, seus continuadores, devemos fazer. Praticar em primeiro lugar, a justiça e o amor. Assim, as outras práticas de piedade terão mais sentido de amor a Deus e ao próximo. Porque nós sabemos que Deus que vê tudo vai um dia nos julgar.

Tomando essa palavra nós também podemos fazer uma avaliação das nossas atitudes e perceber se o que Jesus falava ontem é adequado para nós, hoje. Se nossas atitudes tiverem como parâmetro a justiça e o amor de Deus, com certeza Jesus não estará falando para nós, porque tudo o que nós praticamos por amor a Deus terá a Sua aprovação.

Porém, mesmo que estejamos pagando dízimo sobre tudo quanto nós ganhamos, se estamos presentes em todas as celebrações, em todos os retiros, participando de ministérios ativamente, mas o nosso coração não acompanha as nossas ações, somos também dignos de censura.

Ai de vós, diz o Senhor quando nós estamos exigindo do outro aquilo que nós mesmos não fazemos nem um pouco; quando nós queremos atrair a atenção das outras pessoas para nossas boas ações; quando nós hipocritamente não fazemos o que pregamos, quando enganamos as pessoas, mesmo que sejamos, pais, professores e coordenadores cheios de autoridade.

Será que as ações dos fariseus e mestres da Lei têm alguma coisa a ver com as suas ações? Diante do que você vivencia o que Jesus poderá estar dizendo para você? Você age como prega? Você é uma pessoa transparente? Faça uma reflexão sobre essa Palavra na sua vida.

Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.

 


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