terça-feira, 22 de abril de 2025

Evangelho do dia 25 abril seta feira da oitava da páscoa 2025

 


25 abril - Bendito seja Deus que torna férteis os campos, e seja duas vezes bendito quando, castigando os pecados, também faz despertar nos corações a fé e a piedade. (L 214). São josé Marello

 


EVANGELHO: João 21,1-14

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros discípulos de Jesus.

3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.

6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu uma roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.

8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.

11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.

13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 O evangelista João nos apresenta, no final de sua obra, um dos mais lindos e emotivos relatos de aparição do Ressuscitado (Jo 21,1-14): Aos discípulos que já não se encontram em Jerusalém porque fugiram da repressão, Jesus se lhes aparece como sinal de que ainda seu projeto continua vigente e é de vital importância para os seres humanos e que sua morte não significou um fracasso. A princípio, parece que sua lembrança havia desaparecido; depois, quando o descobrem, se surpreendem grandemente. Quem descobre que se trata de Jesus é precisamente João, o discípulo amado. A aparição de Jesus faz renascer a fé de seus discípulos, faz com que recuperem o tempo perdido e comecem a pensar como irão se organizar novamente; entendendo que nesse momento, estão dedicando sua vida unicamente para manter sua subsistência.

 O Ressuscitado aparece a seus discípulos num dia comum e eles não o reconhecem apesar de Jesus ter-lhes falado. Alguns dos apóstolos estiveram pescando durante toda a noite, como fazem tantos pescadores mundo afora, e voltam com as redes vazias. Entre a bruma do amanhecer, já perto da praia, ouvem e vêem um desconhecido que lhes pergunta pela pesca. Tendo dado uma resposta desanimada, recebem a sugestão de novamente lançar as redes ao outro lado da barca, com tanto êxito que quase não podiam arrastá-las, depois de apanhar uma enorme quantidade de peixes. É a pesca milagrosa que são Lucas havia relatado como um episódio pré-pascal, no contexto da vocação dos primeiros discípulos (Lc 5,1-11), e que aqui, no 4o. evangelho, aparece como um milagre pós-pascal num contexto também vocacional: os apóstolos na barca, as redes, a pesca abundante, são símbolos tradicionais da tarefa evangelizadora da igreja ao longo de todos os séculos.

 Quando o desconhecido da praia é identificado pelos apóstolos, e quando se reúnem com ele, encontram já a comida preparada: o fogo, o pão, o peixe assado. Jesus lhes convidou para comer dos peixes, cuja pesca havia sido muito abundante. Posteriormente, os gestos e as palavras pronunciadas dão a sensação de que estivesse fazendo alusão à eucaristia, pela forma de partilhar a refeição unidos: Jesus tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. O Ressuscitado reitera os gestos da eucaristia: partir o pão e reparti-lo. Acontece que a igreja se reúne ao redor do Senhor ressuscitado, a sua eucaristia, para ser enviada a pescar nos mares do mundo. Pescar filhos e filhas de Deus, que queiram servir aos demais como a irmãos, que queiram dar testemunho do amor de Deus a todos os seres humanos.

 A metáfora da pesca foi sempre na comunidade cristã um motivo continuo de reflexão. Lembra a primeira experiência da Galiléia quando os primeiros discípulos receberam o chamado e se começou a formar o primeiro grupo de discípulos e discípulas. Após a ressurreição Jesus convoca a comunidade e a alimenta, dando-lhe força para prosseguir com a tarefa apostólica. A tarefa que nessa época lhes havia encomendado continua crescendo sob a direção e apoio do Mestre. Eles o reconhecem ao compartilhar a refeição do trabalho diário.

 Deste modo, o evangelho de João junta dois motivos que, apesar de sua distância no tempo, concentram todas as verdades que os cristãos haviam compreendido por sua experiência pessoal e comunitária no ressuscitado. João não se contenta com esta lembrança e faz uma segunda referência à época quando foi escrito o evangelho ao nomear o peixe e o pão. O peixe havia se convertido no símbolo do cristianismo no final do primeiro século. Os cristãos viviam em pequenas comunidades quase no anonimato. A cruz ainda não havia ganhado seu lugar como símbolo da redenção. Os cristãos, então, apelavam aos símbolos do evangelho como o pastor de ovelhas, o pescador e o peixe. A palavra peixe na língua grega era utilizada como acróstico do anúncio fundamental dos primeiros cristãos. Com esta palavra comunicavam os aspectos essenciais do mistério de salvação. 

 Para renascer, a comunidade cristã haverá de ser animada por Jesus e seu Espírito, que se tornarão manifestos em cada ato comunitário. Jesus, a pedra fundamental, rejeitada por muitos e aceita por tantos, continua caminhando com sua comunidade nas tarefas do dia-a-dia e realizando gestos de partilha e solidariedade. O renascimento da Igreja deixa de ser então um capricho ou um simples esforço humano: é uma obra de Deus mesmo, que nos tira da vida ordinária em que estamos, nos sacode, para fazer-nos entender e assumir nosso papel no plano de Deus, o projeto que Jesus nos apresentou. A Igreja é fruto do querer de Deus que contradiz os interesses humanos para colocar o Ressuscitado na alma daqueles que o seguem, fazendo com que se sintam irmãos de verdade.

 Estas festas pascais que estamos celebrando não podem ficar só nas aleluias. Devem despertar em nós um intenso desejo de comunicar a outros a nossa fé, nossa alegria, o gozo de saber que fomos salvos em nome de Jesus e convocados ao redor da ceia fraterna para testemunhar no mundo a possibilidade de todos poderem viver como irmãos. Por isso, sabendo que não há outro nome debaixo do céu pelo qual podemos ser salvos, invoquemos o nome do Senhor Jesus sobre cada um dos nossos irmãos que luta pela vida.

Oração: Senhor Jesus, nossa única esperança, também nós, muitas vezes, nos descobrimos de mãos vazias; recebei o pouco que temos e somos e, em troca, dai-nos a vossa própria vida. Que a Sua presença reforce a comunhão com nossos irmãos e irmãs de fé, a fim de podermos atrair para Vós muitas outras pessoas de boa vontade. A Vós o louvor e a bênção pelos séculos dos séculos. Amém.

 Dia 25

Existem palavras que alegram e edificam; além disso, alimentam a alma dos seres humanos e os mantêm vivos.

Algumas frases de incentivo podem fortalecer os laços de amizade.

Por esse motivo, são fatores essenciais à existência humana.

Palavras de amor e carinho alimentam como o pão.

Por isso, são extremamente necessárias aos seres Humanos.

“Palavras gentis são um favo de mel, doçura para a alma e saúde para o corpo”. (Pr 16,24).

 

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