21 -
Reforçar o vínculo da união entre os bons, à medida que se vai afrouxando entre
os maus, é uma compensação que se tornou necessária pelos acontecimentos. (L
64). SÃO JOSE MARELLO
Mateus 28,8-15
"Elas foram
embora depressa do túmulo, pois estavam com medo, mas muito alegres. E correram
para contar tudo aos discípulos. De repente, Jesus se encontrou com elas e
disse: - Que a paz esteja com vocês!
Elas chegaram perto dele, abraçaram os seus pés e o
adoraram.
Então Jesus disse:- Não tenham medo! Vão dizer aos
meus irmãos para irem à Galiléia, e eles me verão ali.
O boato dos soldados
Enquanto as mulheres ainda estavam no caminho,
alguns dos soldados que estavam vigiando o túmulo voltaram para a cidade e
contaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido. Os chefes se
reuniram com os líderes judeus e fizeram os seus planos. Então deram uma grande quantia de dinheiro aos soldados e ordenaram o seguinte:
- Digam que os discípulos dele vieram de noite,
quando vocês estavam dormindo, e roubaram o corpo. Se o Governador souber
disso, nós vamos convencê-lo de que foi isso mesmo o que aconteceu, e vocês não
terão nenhum problema. Os soldados pegaram o dinheiro e fizeram o que os chefes
dos sacerdotes tinham mandado. E esse boato se espalhou entre os judeus até o
dia de hoje."
No
evangelho de Marcos, as mulheres, depois de irem ao sepulcro e receberem o
anúncio do anjo “não disseram nada a ninguém, porque tinham medo”.
O evangelho de Lucas, sem embargo, com medo, mas também com muita alegria,
caminharam para o sepulcro para anunciar aos discípulos que Jesus os esperava
na Galiléia. Ali longe da instituição judaica que o tinha levado Jesus a cruz,
tudo começará de novo.
O evangelho de hoje descreve a experiência de ressurreição das discípulas de
Jesus. No início de seu evangelho, na apresentação de Jesus, Mateus afirmou que
Jesus é o Emanuel, Deus conosco (Mt 1,23).
Agora, no final, comunica e aumenta a mesma certeza de fé, porque proclama que
Jesus ressuscitou (Mt 28,6) e que estará sempre conosco, até o fim dos tempos!
(Mt 28,20).
Nas contradições da vida, esta verdade é muitas vezes contestada. Não faltam as
oposições. Os inimigos, os chefes dos judeus, se defenderam contra a Boa Nova
da ressurreição e espalharam a notícia que o corpo tinha sido roubado pelos
discípulos (Mt 28,11-13).
Isto ainda acontece hoje. De um lado, o esforço de muitas pessoas para viver e
testemunhar a ressurreição. Do outro, tantas pessoas más que combatem a
ressurreição e a vida.
No evangelho de Mateus, a verdade da ressurreição de Jesus é narrada
através da linguagem simbólica, que revela o sentido escondido dos eventos.
Mateus fala de tremores de terra, de raio e de anjos que anunciam a vitória de
Jesus sobre a morte (Mt 28,2-4).
É uma linguagem apocalíptica, muito comum naquele tempo, para anunciar que
finalmente o mundo tinha sido transformado pelo poder de Deus! Realizava-se a
esperança dos pobres que reafirmavam sua fé: "Ele está vivo, em nosso
meio!"
Na manhã de domingo, o primeiro dia da semana, duas mulheres se dirigem ao
sepulcro, Maria Madalena e Maria de Tiago, chamada a outra Maria.
Improvisamente a terra estremece e um anjo aparece como um raio. Os guardas que
estavam vigiando o túmulo desmaiaram.
As mulheres ficaram com medo, mas o anjo as animou, anunciando a vitória de
Jesus sobre a morte e mandando que avisassem os discípulos para que fossem para
a Galileia.
Na Galiléia puderam vê-lo novamente. Aí começou tudo, aí aconteceu a grande
revelação do Ressuscitado. A alegria da ressurreição começa a superar o medo.
Começa assim o anúncio da vida e da ressurreição.
As mulheres saem correndo. Nelas se dá uma mistura de medo e de alegria.
Sentimentos típicos daqueles que fazem uma profunda experiência do Mistério de
Deus. Improvisamente, o próprio Jesus vai ao encontro deles e afirma: "Alegrai-vos!" E eles se prostraram e o adorar.
É
a atitude daquele que acredita e acolhe a presença de Deus, também se
surpreende e supera a capacidade humana de compreensão. Agora o próprio Jesus
manda reunir os irmãos na Galiléia: "Não
tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá
eles me verão"
A mesma oposição que Jesus teve em vida, aparece agora também após sua
ressurreição. Os chefes dos sacerdotes se reúnem e dão dinheiro aos guardas.
Eles devem espalhar a notícia que os discípulos roubaram o corpo de Jesus para
evitar assim que se fale da ressurreição.
Os chefes não aceitam a Boa Nova da Ressurreição. Preferem acreditar que se
trata de uma invenção por parte dos discípulos e das discípulas de Jesus.
O significado do testemunho das mulheres. A presença das mulheres na morte,
sepultura e ressurreição de Jesus é significativa. Elas são testemunhas da
morte de Jesus (Mt 27,54-56).
Na hora do sepultamento, ficam sentadas diante do sepulcro e, portanto, podem
dar testemunho do lugar onde Jesus foi sepultado (Mt 27,61). Agora, na manhã de
domingo, elas estão aí novamente. Sabe que aquele sepulcro vazio é realmente o
sepulcro de Jesus!
A profunda experiência de morte e ressurreição que elas fizeram transformou
suas vidas. Elas mesmas se tornam testemunhas qualificadas da ressurreição nas
Comunidades cristãs. Por isso recebem a ordem de anuncias: "Jesus está vivo! Ressuscitou!"
Que experiência de ressurreição existe em minha vida? Existe em mim alguma
força que busca combater a experiência da ressurreição? Qual é a minha
reação? Qual é hoje a missão a missão da nossa Comunidade, Equipe, Grupo,
discípulos e discípulas de Jesus?
Reflexão Apostólica:
Se este texto fosse escrito em um jornal de hoje,
poderia ser assim: "Roubo de um cadáver de um dos crucificados da sexta
passada". Essa era a história oficial que circulava cinqüenta anos depois,
quando se escreveu o evangelho de Mateus.
Entretanto, havia outra história que as mulheres da comunidade contavam: o
Senhor ressuscitou! E esta versão é a que correu durante mais de 2000 anos e
chegou até nós hoje.
Com a ressurreição começa um mundo novo no que já não há
discípulos ou mestres “homens e mulheres”, escravos e livres, mas sim que todos
são um Graças ao Senhor Jesus que ensina a todos a chamar a Deus de Pai.
Mas há quem, como os sumos sacerdotes, que não aceitaram essa nova ordem e
desejaram calar a noticia com o dinheiro.
Com um álibi ridículo e incoerente, o Sinédrio suborna os guardas para dizer
que estavam dormindo quando os discípulos roubaram o corpo de Jesus.
Como fizeram anteriormente com Judas para que lhes entregasse Jesus, agora
prometem aos soldados dar-lhes uma quantia considerável, tendo como condição,
que digam sobre o roubo do corpo de Jesus. É que a boa noticia da ressurreição
tem um caráter subversivo e denunciador da ordem da injustiça que é melhor que
não se divulgue.
Como diria um padre que conheço: “ESSE MUNDO AINDA PAGA PARA QUE NÃO OUÇAMOS OU
ACREDITEMOS EM JESUS”.
Acreditar em Jesus em alguns momentos tornou-se um grande desafio em meio a
tantas crenças e crendices que vemos crescer. São tantos pastores buscando
dinheiro em troca de falsas promessas.
Acreditar em Jesus torna-se um ato de coragem quando se renega a programação de
TV focada no corpo e no hedonismo que alguns programas oferecem.
Acreditar em Jesus virou um “ato heróico” em meio a tanta gente
que se elege usando valores cristãos em seus comícios e propagandas eleitorais,
mas que ao serem eleitos constroem leis para que Ele seja esquecido. Um estado
laico que esquece que os funcionários não são.
Acreditar em Jesus é hoje um ato de personalidade quando um jovem opta pela
missa, participar de uma pastoral, de uma ação social ao invés de preencher sua
vida com o vazio das LAN HOUSES.
Acreditar no testemunho dos apóstolos e viver os atos dos
apóstolos é um caminho desafiador em um mundo que nos ensina desde pequeno a
sermos egoístas e individualistas.
A Páscoa traz de volta a esperança – o grão de trigo renasce. Revela-se
novamente que ter fé, uma crença, uma identidade, vale à pena.
Renasce também quem já dava por perdido, desiludido ou desanimado.
Como os apóstolos que se põem aos pés de Jesus e recebem um levante confiante e
uma nova missão: “(…) Jesus disse: – Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos
para irem à Galiléia, e eles me verão ali”.
A grande gratificação do cristão é ano após ano ver suas forças renovadas.
Saber que o que acreditamos venceu o maior dos nossos medos – a morte. Entender
que o tempo do silêncio e introspectivo litúrgico passa e agora retorna a
alegria dos gestos e cantos.
Um tempo convidativo a sair pelo mundo em missão e convidar os
irmãos. Um tempo de gritar, pular e louvar aquele que se fez pequeno e
enalteceu os humildes. Alguém que vale toda a nossa luta e crença.
Os dias tristes passaram, mas sabemos que um dia voltarão, pois o inimigo ou
inimigos do projeto de Deus não descansarão.
Procurarão transformar pequenas contendas em grandes discussões;
pequenas dificuldades em muralhas intransponíveis, coragem em medo, ânimo em
preguiça, projetos e sonhos em grandes decepções, mas feliz será aquele que
mesmo assim perseverar e se atrever, como Pedro, levantar a vós e acreditar.
Viveremos agora a espera da Festa de Pentecostes, mas diferentemente de outros
anos, não se esconda. Jesus cumpriu a promessa de vencer a morte, cumprirá
quantas vezes for necessário o pentecostes em nossa vida.
Que a celebração da Ressurreição do Senhor, nos leve ao
compromisso de construirmos juntos um reino que se mostre discípula e
missionária de Jesus dos excluídos da sociedade. A você e a toda a sua família
continuo desejando uma Feliz e Santa Páscoa!
Propósito: Buscar forças e coragem para realizar nossa missão.
Tudo o que
as pessoas sentem e pensam é exteriorizado de algum modo.
Por isso,
se tiver pensamentos positivos, você vai se sentir forte, e tudo dará certo em
sua vida.
Nunca é
demais dizer que a confiança em Deus e nas próprias habilidades nos torna
livres para o serviço aos irmãos e irmãs.
Os
pensamentos determinam a vida.
Por isso, procure sempre ter pensamentos positivos.
“Espera no
Senhor, sê forte, firme-se teu coração e espera no Senhor”.
(Sl 27,14)
Nenhum comentário:
Postar um comentário