domingo, 6 de abril de 2025

Evangelho do dia 08 abril terça feira 2025

 

08 - Um pregador que tenha as disposições pessoais e a missão dos superiores, tem também o auxílio de Deus, com o qual tudo dá certo. (L 35). São José Marello


 João 8,21-30

"Jesus disse outra vez: Eu vou embora, e vocês vão me procurar, porém morrerão sem o perdão dos seus pecados. Para onde eu vou vocês não podem ir. Os líderes judeus disseram: Ele diz que nós não podemos ir para onde ele vai! Será que ele vai se matar? Jesus continuou: Vocês são daqui debaixo, e eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo, mas eu não sou deste mundo. Por isso eu disse que vocês vão morrer sem o perdão dos seus pecados. De fato, morrerão sem o perdão dos seus pecados se não crerem que "EU SOU QUEM SOU". Quem é você? Perguntaram a Jesus. Ele respondeu: Desde o começo eu disse quem sou. Existem muitas coisas a respeito de vocês das quais eu preciso falar e as quais eu preciso julgar. Porém quem me enviou é verdadeiro, e eu digo ao mundo somente o que ele me disse. Eles não entenderam que ele estava falando a respeito do Pai. Por isso Jesus disse: Quando vocês levantarem o Filho do Homem, saberão que "EU SOU QUEM SOU". E saberão também que não faço nada por minha conta, mas falo somente o que o meu Pai me ensinou. Quem me enviou está comigo e não me deixou sozinho, pois faço sempre o que lhe agrada. Quando Jesus disse isso, muitos creram nele."

Meditação:

Na semana passada, a liturgia nos levou a meditar o capítulo 5 do evangelho de João. Esta semana nos apresenta o capítulo 8 do mesmo evangelho. Como o capítulo 5, também o capítulo 8 traz profundas reflexões sobre o mistério de Deus que envolve a pessoas de Jesus.
O evangelho usa a linguagem cifrada, polêmica e simbólica. Deste texto ressaltamos alguns aspectos que chamam a atenção: em primeiro lugar, a oposição que estabelece o autor entre acima e abaixo; Jesus pertence ao mundo de cima, quer dizer, ao mundo de Deus; os judeus e seguidores de Jesus pertencem ao mundo de baixo, mundo limitado, temporal e imperfeito.
Por isso, os do mundo de baixo não podem entender a mensagem que Jesus anuncia, porque este pertence ao mundo de cima. Em segundo lugar, Jesus se declara como “Eu Sou” que nos remete ao livro do Êxodo 3, onde Deus revela seu nome a Moisés “Eu sou o que sou”. Desta maneira, Jesus se identifica com o próprio Deus.
Aparentemente, trata-se de diálogos entre Jesus e os fariseus (Jo 8,13). Os fariseus querem saber quem é Jesus. Eles o criticam porque dá testemunho de si sem nenhuma prova ou outro testemunho para se legitimar diante do povo (Jo 8,13). Jesus responde que não fala por si mesmo, mas sempre pelo Pai e em nome do Pai (Jo 8,14-19).
Na realidade, os diálogos são sempre a expressão de como era feita a transmissão catequética da fé nas comunidades do discípulo amado nos últimos anos do primeiro século da nossa era. Espelham a leitura orante que os cristãos faziam das palavras de Jesus, considerando-as expressão da Palavra de Deus.
O método de pergunta e resposta ajudava a encontrar a resposta aos problemas que, no final do século, os judeus levantavam aos cristãos. Era uma maneira concreta de ajudar a comunidade a aprofundar sua fé em Jesus e em sua mensagem.
João enfrenta um tema novo ou outro aspecto que interessa a pessoa de Jesus. Jesus fala de sua partida e afirma que aí onde ele for os fariseus não poderão segui-lo. "Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado".
Eles procurarão Jesus, mas não o encontrarão, porque não o conhecem e os procuram com critérios errados. Eles vivem no pecado e morrerão no pecado.
Viver no pecado é viver longe de Deus. Eles imaginam deus de um modo, mas Deus é diferente daquilo que eles imaginam.
Por isso não são capazes de reconhecer a presença de deus em Jesus. Os fariseus não entendem o que Jesus quer dizer e entendem tudo à letra: "Por acaso, vai-se matar?"
Os fariseus se orientam em tudo pelos critérios deste mundo. "Vós sois de baixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo!" O que orienta Jesus em suas palavras e gestos é p mundo alto, isto é, Deus, o Pai, e a missão que recebeu do Pai.
A referência dos fariseus é o mundo daqui, sem abertura, fechado em seus critérios. Por isso vivem no pecado. Viver no pecado é não ter o olhar de Jesus sobre a vida.
O olhar de Jesus é totalmente aberto a Deus até ao ponto de Deus estar todo nele com toda sua plenitude (cfr. Cl 1,19). Nós afirmamos: "Jesus é Deus". João nos convida a dizer: "Deus é Jesus!"
Por isso, Jesus afirma: "Se não acreditais que EU SOU, morrereis nos vossos pecados". EU SOU é a afirmação com a qual Deus se apresenta a Moisés na hora de libertar seu povo da opressão do Egito (Ex 3,13-14).
É a máxima expressão da certeza absoluta do fato que Deus está em nosso meio na pessoa de Jesus. Jesus é a prova definitiva do fato que Deus está conosco, o Emanuel.
O mistério de Deus em Jesus não entra nos critérios com os quais os fariseus olham Jesus. Novamente perguntam: "Quem tu és?" Não entendem porque não entendem a linguagem de Jesus.
Jesus fazia questão de lhes falar tudo o que experimentava e vivia em contato com o Pai e pela consciência que ele tinha de sua missão.

Jesus não faz autopromoção. Simplesmente afirma e expressa o que ouve do Pai. Ele é a pura revelação porque é pura e total obediência.
Os fariseus não entendem Jesus; em tudo o que ele faz e afirma, é a expressão do Pai. O entenderão só depois que o Filho do Homem for levantado. "Então sabereis que EU SOU". A palavra levantar tem um duplo sentido de levantar sobre a Cruz e ser elevado à direita do Pai.
A Boa Nova da morte e ressurreição revela quem é Jesus, e eles saberão que Jesus é a presença de Deus no meio deles.
O fundamento desta certeza da nossa fé é duplo: de um lado, a certeza que o Pai está sempre com Jesus e ele jamais ficar sozinho e, do outro, a radical e total obediência de Jesus ao Pai, que se torna abertura total e total transparência do pai para nós.
Quem se fecha em seus critérios e pensa saber já tudo, jamais poderá entender o outros. Assim eram os fariseus diante de Jesus. E eu como me comporto diante do outros? Jesus é obediência radical ao Pai e por isso é revelação total do Pai. E qual é a imagem que eu transmito de Deus?

Reflexão Apostólica: 

O Pai é quem revelou todas as coisas ao Filho; por isso, se não acreditarem em Jesus, tampouco podem crer em Deus. A alegria de Jesus está em fazer totalmente a vontade do Pai.
Quem é este Homem cujo nome é o mais procurado nas mídias virtuais, cujo tempo cronológico corre antes e depois do seu nascimento?
Quem é Ele que é o alfa e o ômega, o princípio e o fim, o servo e o Senhor?
Jesus é o Filho do Homem, Aquele cuja divindade de Deus está presente na sua humanidade. Ele é Deus e é Homem. Não é meio Deus e nem meio Homem. É Deus por inteiro no Homem por inteiro, totalmente humano e totalmente divino. É Aquele pelo qual Deus se dá a conhecer.
O homem é imanente e somente Deus é transcendente, e Jesus é tanto um quanto outro. A humanidade imanente busca a Deus transcendente, mas a transcendência não cabe na imanência, e é aqui que mora o mistério que não consegue ser revelado, porque Deus não cabe na compreensão do homem.
Jesus, o Filho do Deus vivo, é aquele que sempre existiu como Deus, mas que nasceu Homem, gerado no ventre de uma mulher pela vontade do Seu Pai, e isso é mistério.

Ele não é deste mundo, Ele é do alto, é o próprio Deus que se encarnou para nos ensinar a viver a plenitude do Amor e abrir os céus para nossa morada eterna.
Se Ele é Deus, Deus está nele como Homem, e Ele não está nunca sozinho e faz tudo o que é do agrado do Pai.
Chegar à comunhão com Deus através de Jesus é a missão principal de todo cristão. Quem chega a essa comunhão plena buscará sua felicidade na realização da vontade de Deus.

Você O conhece?

Propósito: Responder e também perguntar a outras pessoas: "quem é Jesus para você?

 Dia 08

Você já reparou que existem pessoas que falam muito em doenças, dores, tragédias e morte?

Evite abordar esses assuntos, para não atrair energias negativas.

Em vez disso, cultive a saúde, a alegria, uma vida mais saudável.

Confie sempre no Senhor, que está com você em todas as circunstâncias da vida.

Diariamente, ouça com amor a Palavra de Deus.

A despeito de qualquer circunstância que lhe ocorrer, considere somente o lado bom da vida.

“Por outro lado, precisais renovar-vos, pela transformação espiritual de vossa mente, e vestir-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade”. (Ef 4,23-24).

 


 

Evangelho do dia 07 abril segunda feira 2025

 

07 - São muitos os tipos de pregação: em nossa casa às visitas; na casa dos doentes às pessoas sadias; pelas ruas às crianças; aos adultos onde possível; a todos em toda parte, com os olhos, com a boca, com a pessoa toda, com o infalível "imitatores mei estote” sede meus imitadores e "luceat lux vestra” resplandeça a luz de vossas boas obras. (L 23). São José Marello

 

João 8,12-20

 "Naquele tempo, Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. A isso, os fariseus lhe disseram: Tu dás testemunho de ti mesmo; teu testemunho não é digno de fé. Respondeu-lhes Jesus: Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é digno de fé, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho nem para onde vou. Vós julgais segundo a aparência; eu não julgo ninguém. E, se julgo, o meu julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho, mas comigo está o Pai que me enviou. Ora, na vossa lei está escrito: O testemunho de duas pessoas é digno de fé (Dt 19,15). Eu dou testemunho de mim mesmo; e meu Pai, que me enviou, o dá também. Perguntaram-lhe: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não conheceis nem a mim nem a meu Pai; se me conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu Pai. Estas palavras proferiram Jesus ensinando no templo, junto aos cofres de esmola. Mas ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora."

Meditação:

Estamos vivendo em mundo coberto pela escuridão e pelas trevas, onde tem prevalecido o egoísmo, a violência, a ganância, o pecado. Um mundo onde muitos vivem nas trevas da ignorância, outros vivem numa escuridão total sem perspectiva de vida, sem esperança de uma vida melhor, não conseguem ver o que chamamos de “uma luz no fim do túnel”.

Como ser luz do mundo? É bem verdade que nós não somos a luz, a luz é o próprio Cristo, mas Ele deseja que a sua luz brilhe em nós de tal forma que iluminemos a todos que nos rodeiam. E Ele próprio nos ensina o que devemos fazer para sermos luz do mundo quando diz:

“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Ou seja, se seguirmos a Jesus Cristo, se buscarmos viver seus ensinamentos, fazer d’Ele a nossa vida, as trevas não habitarão em nós e teremos a luz da vida que é o próprio Cristo. Ele ainda nos diz: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (João 6,56).

A Luz de Cristo é o seu Evangelho e a sua prática libertadora. Vemos Cristo revelando-se como Luz do mundo por meio de seus atos e palavras. Ouçamos o que ele mesmo diz a respeito de sua pregação e atividades: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.

Seguir a Jesus é deixar-se ser iluminado pelos seus atos e palavras, é estabelecer com ele uma profunda comunhão, é comprometer-se em ser também luz para o mundo. Apoiando-nos no prólogo do Evangelho segundo João, podemos afirmar que a ação iluminadora de Cristo é uma consequência daquilo que ele é em si mesmo: “a própria Palavra de Deus, vida e luz dos homens, Luz verdadeira que ilumina todo homem vindo a este mundo”.

Ser anunciador ou instrumento da Luz de Cristo significa ser conduzido pelo seu Evangelho e considerar a sua prática libertadora itinerário de crescimento espiritual.

Precisamos andar confiantes, sabedores que temos uma mensagem capaz de trazer luz àqueles que vivem nas trevas. Os versos 14 e 15 são muito importantes. Jesus está deixando os fariseus cientes de que sua mensagem é verdadeira, mesmo que eles não a aceitem.

Quando compartilhamos o evangelho com os outros, este pode não ser aceito; contudo, precisamos estar firmes e sabedores de que temos a verdade! 

Devemos orar diária e incessantemente para que as pessoas possam ter a mente de Cristo de forma que também consigam entender e aceitar as boas novas da salvação e a bondade de Deus.

Para que sejamos luz do mundo é preciso permanecer em Jesus, em uma vida sacramental.

Reflexão Apostólica:

É a luz de Deus que ilumina o nosso caminho nos livrando dos perigos e das armadilhas dos nossos inimigos. Desse modo, mesmo que passamos pelos vales das sombras, a luz divina estará sempre iluminando o caminho por onde pisamos e nos tornando invisíveis aos malfeitores. Porque se estamos seguindo os passos de Jesus não tem como errar e pisar num buraco.

Se isso às vezes nos acontecer, com certeza é porque nos desviamos das pegadas d'Ele, nos distraindo com algum atrativo do tipo fantasioso e ilusório puramente terreno, como o tal de reinado de momo, os prazeres da vida, a ambição pelo dinheiro, e todo tipo de tentação.

Seguir Jesus é por em prática os seus ensinamentos as 24 horas do dia, sem reservas, sem preguiça, e sem nenhuma restrição.

Seguir Jesus é tomar as nossas cruzes, é aceitar o outro como ele é, porém, tentar modificá-lo para melhor à medida do possível.

Seguir Jesus é aderir ao seu projeto de evangelização, engajando-nos na linha de frente da nossa Igreja, nos tornando disponíveis para servir de acordo com os nossos talentos.

Seguir Jesus é contribuir para a construção de um mundo melhor, começando pela nossa pessoa, através da conversão diária, depois em nossa família através do bom exemplo, e em seguida, lá fora. Seja na sociedade, seja na nossa comunidade, com o nosso testemunho de justiça, retidão, e, se possível, de preferência, catequizando. Pregando o Evangelho de Jesus Cristo.

Assim, teremos a luz da nossa vida, conforme Jesus nos promete no Evangelho de hoje.
“Vós julgais segundo a aparência; eu não julgo ninguém. 16E, se julgo, o meu julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho, mas comigo está o Pai que me enviou.”

 O mundo de hoje julga conforme as aparências, e as aparências nos enganam. Nem sempre um rosto sorridente demonstra o tamanho da caridade da pessoa. Às vezes nos enganamos. Por que por de traz de uma cara fechada aparentando ruindade, está um bom coração. Geralmente as pessoas que prestam socorros aos acidentados e necessitados não são os sociais e sorridentes, mais sim os carrancudos e de pouca conversa.

É um mecanismo de defesa, de camuflagem, o fato do menos caridoso se apresentar como bonzinho e amigável. Ao contrário, aquele ou aquela de coração bom, de coração de manteiga, que se desmancha ao ver o sofrimento, do irmão, se apresenta com a cara fechada para não revelar sua bondade, sua beleza interior, e não ter de atender a tantos que se acorrerão em busca de sua ajuda.

Vivemos em um mundo confuso, e muitas vezes não temos direção. Os padrões culturais e os princípios morais estão cada vez mais complicados.
Decidir entre o certo e o errado numa sociedade onde os valores perderam o referencial correto, torna-se difícil e complexo.

Jesus nos oferece a solução para este dilema ao fazer a declaração "Eu sou a Luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida".

Quando a Luz de Cristo ilumina nossas vidas, começamos a andar com segurança. Jesus ilumina nossas vidas com sua presença e nos dá uma direção definida, através dos seus mandamentos que se praticados nos conduzirão a decisões seguras e vitoriosas.

Você está andando na luz ou nas trevas? Você consegue ver seu caminho claramente ou fica tropeçando num caminho incerto? Jesus quer que O sigamos corajosamente. Talvez o caminho não seja sempre fácil, mas o destino é seguro, e seu caminho pode ser seguro. Além de tudo, você nunca terá que usar uma lamparina a noite – você está seguro que mesmo na mais profunda escuridão, terá a luz d'Ele, a única luz que dá vida.

 Não existe escolha melhor do que a obediência a Palavra de Deus. Ela realmente ilumina nossos caminhos!

Propósito:

Permita-nos, ó Pai, que todos nós estejamos sempre com o coração aberto e atentos ao chamado que vem dos céus, e que possamos ser luzes na vida de nosso próximo e junto como ele, reconhecer que verdadeiramente Jesus é o caminho a verdade e vida.

 Dia 07

Em alguns momentos, é necessário que sua paciência seja redobrada, para que o nervosismo não tome conta de você.

Nesses instantes, é importante não perder a calma.

Para isso, tente manter pensamentos positivos, evite o acúmulo de atividades profissionais e pratique exercícios de meditação.

Principalmente, mude a maneira de encarar a vida.

Se agir desse modo, você se tornará novamente dono de seus atos.

Esteja sempre atento para que seus atos sejam condizentes com suas palavras.

“Alegre-se meu coração na tua salvação e cante ao Senhor, pelo bem que me fez”. (Sl 13[12],6b).

 


terça-feira, 1 de abril de 2025

EVANGELHO DO DIA 06 ABRIL 2025 - 5º DOMINGO DA QUARESMA

 

06 abril - Uma boa palavra vale um tesouro e o Senhor jamais deixa sem recompensa a mais insignificante ação feita para a sua glória em favor do próximo. (L 28). São José Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São João 8,1-11 06 abr 2025

"Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, disseram a Jesus:
"Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu? Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão.
Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: "Quem dentro de vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra". E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 
Então Jesus se levantou e disse: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" Ela respondeu: "Ninguém, Senhor". Então Jesus lhe disse: "Eu também não te condeno. Pode ir, e de agora em diante não peques mais"." 

Reflexão para o 5º domingo da Quaresma João 8,1-11

 A liturgia deste quinto domingo da quaresma dá uma pausa na leitura do Evangelho segundo Lucas, e propõe uma passagem do Quarto Evangelho: João 8,1-11. Esse texto, tão rico e precioso, teve uma história bastante turbulenta, desde as suas origens. Sobre isso, acenaremos, brevemente, apenas a nível de contexto. Dando continuidade à temática central da espiritualidade quaresmal – o convite à conversão e sua respectiva necessidade – é importante perceber a dinâmica e a pedagogia de Jesus: ele não faz esse convite à partir de ameaças e ordens, mas revelando com clareza a misericórdia e o amor de Deus, através de palavras e atitudes. No domingo passado, essa misericórdia foi apresentada de maneira ilustrada, através da parábola do pai misericordioso e os dois filhos (cf. Lc 15,11-32). Hoje, a liturgia dá um passo a mais e mostra Jesus revelando a sua misericórdia, que é a mesma de Deus-Pai, com um gesto concreto, salvando uma mulher flagrada em adultério e prestes a ser apedrejada. Isso dá credibilidade ao seu ensinamento, pois mostra que ele viveu e praticou tudo o que ensinou.

Antes de olharmos diretamente para o texto, fazemos algumas breves considerações, a nível de contexto. Começamos pelo amplo debate criado ao longo da história da interpretação, sobre a origem e a posição desse texto no Evangelho segundo João. Nos quatro primeiros séculos, esse texto foi omitido, por ser considerado muito perigoso; isso se comprova pela sua ausência nos manuscritos da época. Ora, o adultério era um dos pecados mais abomináveis, tanto no judaísmo quanto no cristianismo das origens; na maioria das vezes, o perdão não era concedido às mulheres que praticavam; os homens, sempre conseguiam uma saída. Por isso, imaginavam não ser prudente mostrar Jesus perdoando esse tipo de pecado. O perdão de Jesus a uma mulher adúltera, poderia ser visto como incentivo a essa prática pelos líderes das primeiras comunidades, e uma relativização do pecado; a liderança das comunidades, por sinal, era exercida por figuras masculinas, o que facilitava a marginalização da mulher. Esse texto circulava como uma página isolada, e poucas pessoas tinham acesso a ele. Quando as comunidades chegaram à conclusão de que não poderiam mais escondê-lo, o colocaram no Evangelho segundo João, embora tudo indique que seja um texto originalmente de Lucas; diversos fatores contribuem para isso, principalmente o fato de ser Lucas o evangelho da misericórdia, por excelência, e aquele que mais valoriza a figura da mulher, além do vocabulário típico do Terceiro Evangelho. Porém, como nos foi transmitido no Evangelho de João, é a partir dele que devemos lê-lo.

Jesus se encontrava em Jerusalém, participando de uma das grandes festas dos judeus, a festa das tendas, com duração de uma semana (cf. Jo 7,2.14.37; 8,2). Durante o dia, ensinava no templo, e à noite se retirava para dormir fora da cidade: “Jesus foi para o monte das Oliveiras” (v. 1). No dia seguinte, “De madrugada, voltou de novo ao templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los” (v. 2). A madrugada significa o rompimento das trevas, a aurora de um novo dia; nos evangelhos, essa expressão é um dado teológico, mais que cronológico; é sempre um aceno à ressurreição; é o momento em que as mulheres descobrirão o sepulcro vazio, no domingo da ressurreição (cf. Lc 24,1); portanto, o episódio que a liturgia propõe hoje é uma cena de ressurreição, é um texto pascal: a mulher flagrada em adultério, prestes a ser apedrejada, faz uma experiência de vida nova ao ser confrontada com a misericórdia, o perdão e o amor de Jesus.

 Durante as festas, iam pessoas de todas as partes da Palestina para Jerusalém; era uma oportunidade para os pregadores itinerantes apresentarem suas doutrinas e versões na interpretação da Lei; esses se espalhavam pelos vastos átrios do templo, e os peregrinos iam se amontoando em círculos ao redor deles, conforme a curiosidade e a eloquência de cada pregador. Como a pregação de Jesus era sempre polêmica e crítica, talvez conseguisse juntar mais ouvintes que outros pregadores, pois ele não tinha medo de desmascarar a hipocrisia dos dirigentes, principalmente as autoridades religiosas da época. Ele dizia o que muita gente queria dizer, mas não dizia por medo de repressão. Isso, obviamente, fazia também com que as autoridades lhe vissem como suspeito, aumentando a vigilância sobre ele.

Enquanto ensina, Jesus é repentinamente interrompido: “os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles” (v. 3). Os sujeitos da ação são os tradicionais adversários de Jesus: mestres da Lei e fariseus, os fiéis observadores dos preceitos da Lei em seus mínimos detalhes, os mesmos que no domingo passado tinham criticado Jesus por acolher e comer com os pecadores (cf. Lc 15,2). Esses dois grupos são a síntese do fechamento e do conservadorismo na época de Jesus; pregavam um Deus punitivo, exigente, vingativo e, por isso, se escandalizavam com o Deus amoroso de Jesus. Ao colocarem a mulher no centro, eles a expõem à máxima humilhação. No Antigo Testamento, o adultério foi usado como sinônimo de idolatria, o principal pecado de Israel. Por isso, a lei era tão rigorosa com esse pecado. Na época de Jesus o adultério estava entre os piores pecados, comparável ao assassinato. Como os casamentos eram verdadeiros negócios, decididos pelos pais, às vezes os noivos só se conheciam no dia do próprio casamento, isso tornava o adultério uma prática bastante comum, embora perigosa, pois as relações não eram motivadas pelo amor, mas pelos interesses econômicos das famílias; por isso, havia muita vigilância, principalmente, sobre as mulheres.

 Como representantes de uma religião severa e excludente, os mestres da Lei e os fariseus expõem somente a mulher. Eles tinham clareza do que a Lei prescrevia, mas pedem uma pena parcial, expondo e ridicularizando a mulher, e silenciando sobre o homem que, certamente, fora flagrado junto. Aqui, essa mulher é imagem de todas categorias de marginalizados e marginalizadas, por quem Jesus toma partido. Eles conheciam a sentença prevista: “Disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moises, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”  (vv. 4-5). De acordo com a lei, o apedrejamento era a pena para o adultério quando o casamento ainda estava na primeira fase, a da promessa; porém, essa pena era prevista também para o homem envolvido na relação (cf. Dt 22,23-24). Como diz o próprio texto, o que eles queriam era colocar Jesus em situação embaraçante, pondo-o à prova (cf. v. 6a): se Jesus confirmasse o apedrejamento, estaria negando o seu lado misericordioso e contradizendo a sua pregação até então; se negasse o apedrejamento, estaria transgredindo a Lei de Moisés.

 Conhecedor das intenções dos seus adversários, Jesus simplesmente os ignora, com a sua típica ironia: “Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão” (v. 6). Sobre esse gesto inusitado, foram levantadas diversas hipóteses sobre o que Jesus escreveu no chão, algumas até folclóricas. São Jerônimo, por exemplo, acreditava que Jesus escreveu os pecados dos acusadores que estavam com pedras na mão, para deixá-los envergonhados e constrangidos. Ora, se estavam no interior do templo, o piso ali não era de barro ou areia, mas de pedras; logo, não tinha como escrever nada ali. Portanto, qualquer hipótese sobre o conteúdo que Jesus escreveu nessa cena, carece de fundamento e de sentido. O gesto de Jesus é, além de irônico, denunciador. Ele olha para o chão por indiferença aos seus acusadores, enquanto pensa na atitude e na resposta adequada que dará. Não escreve nada, apenas simula uma escritura em pedra denunciando a rigidez da Lei por eles observada: uma lei escrita em tábuas de pedra, inflexível e dura como eram os corações deles.

 Com a sua ironia e indiferença, Jesus deixava seus interlocutores impacientes: “Como persistiam em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: ‘Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (v. 7). Ao levantar-se para responder, Jesus dá um tom de solenidade à situação e, finalmente, chama para si a responsabilidade. Tendo pensado por um tempo, sua resposta é surpreendente: não toma posição sobre o caso, propriamente, não discute o pecado da mulher, mas convida cada um a olhar para si próprio, apelando para o tribunal da consciência: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Com essa proposta, Jesus desmascara e desarma os acusadores da mulher, e os falsos moralistas de todos os tempos. É uma resposta que não necessita de contra-resposta nem de novas perguntas, mas apenas da coragem de cada um olhar para si, para sua consciência. Certamente, deixou a todos em silêncio e pensativos, admirados e sem reação. Por isso, Jesus repete a ironia “E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão” (v. 8). Na primeira vez, simulou a escritura no chão enquanto ele mesmo pensava na sua resposta; dessa vez, faz a simulação enquanto aguarda uma atitude ou resposta dos acusadores.

 Envergonhados, certamente, “eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo” (v. 9). É interessante perceber a reviravolta na história: o objetivo dos mestres da Lei e fariseus era colocar Jesus em situação constrangedora, “num beco sem saída”; as coisas se inverteram e foram eles que ficaram embaraçados, em situação desconfortável. É provável que tenham saído ainda mais furiosos com Jesus, mas também a eles foi dirigido um convite à conversão. Jesus não os condenou; esse detalhe é importante que seja bem recordado. Jesus deu aos seus ferrenhos adversários uma oportunidade de conversão, convidou-os a um exame sincero de consciência. Não sabemos se houve conversão da parte deles, mas é possível identificar pelo menos dois sinais importantes: a vida da mulher foi poupada, e cada um reconheceu ser pecador, uma vez que nenhum atirou a pedra.  

 Percebendo que todos os acusadores saíram, em silêncio, no meio do povo que escutava seu ensinamento antes da interrupção, “Jesus se levantou e disse: ‘Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?’. Ela respondeu: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais” (vv. 10-11). É a primeira vez que a mulher acusada tem oportunidade de falar, e é Jesus quem lhe dá essa oportunidade. Essa voz da mulher é a sua própria vida recuperada. Jesus sabia que ninguém a tinha condenado; faz a pergunta apenas para torná-la protagonista. Todo ser humano tem direito e liberdade de expressão. Toda voz deve ser ouvida. Diante da fúria dos acusadores, essa mulher sentiu-se morta, com suas horas contadas. Diante de Jesus, ela se sente uma pessoa digna, pois sabe que tem quem lhe escute.

As palavras finais de Jesus constituem o ápice da cena e o motivo para esse texto ter sido considerado tão perigoso: “Eu também não te condeno”. Para uma religião segregadora, excludente e moralista, um Deus que não condena se torna um perigo e um problema, pois tira também da religião o direito de condenar. Não dá para pregar o Deus de Jesus fazendo ameaças, nem promovendo a violência ou destilando ódio. Para a religião praticada e proposta por Jesus, essa é uma das páginas mais consoladoras. Mais uma vez, se repete o esquema da parábola do pai misericordioso e os dois filhos: assim como o Pai não condenou o filho, Jesus não condena a mulher; a conversão vem depois: “vai e não voltes a pecar!”; não se trata de uma ordem ou imposição, mas de um encorajamento. Tendo se sentido acolhida e compreendida, talvez pela primeira vez em sua vida, com certeza aquela mulher se converteu.

 Sem realizar nenhum sinal extraordinário, Jesus salvou uma vida. Apenas falando, Jesus fez aquela mulher passar da morte à vida; da fúria dos acusadores à ternura de Deus. O impacto da palavra de Jesus transforma situações. É essa Palavra que precisa ser ouvida, substituindo regras e preceitos, para mudar todas as estruturas perversas que impedem o triunfo da vida digna. Por isso, como afirmamos no início, o evangelho de hoje é uma cena de ressurreição, é um texto pascal. Que todas as comunidades possam, festivamente, celebrar a alegria de conhecer um Deus que não condena ninguém!

 Dia 06

Dependendo do modo como são realizadas, as atividades diárias podem se tornar um peso ou um ato de muito amor.

Por isso, dedique-se plenamente a seu trabalho, e verá com satisfação o resultado de seus esforços.

“O trabalho é amor feito presente” (K. Gibran).

“O agricultor, que enfrenta o trabalho duro, deve ser o primeiro a participar dos frutos”. (2Tm 2,6).

 


Evangelho do dia 05 abril sábado 2025

 

05 - Não há tempo nem lugar onde não seja possível fazer alguma coisa. Cada palavra, cada passo, cada desejo, pode ser a matéria prima dos interesses de Jesus. (L 76). São Jose Marello

 

João 7,40-53

"Muitas pessoas que ouviram essas palavras afirmavam: De fato, este homem é o Profeta! Outros diziam: Ele é o Messias! E ainda outras pessoas perguntavam: Mas será que o Messias virá da Galiléia? As Escrituras Sagradas dizem que o Messias será descendente de Davi e vai nascer em Belém, onde Davi morou. Então o povo se dividiu por causa dele. Alguns queriam prender Jesus, mas ninguém fez isso. Os guardas voltaram para o lugar onde estavam os chefes dos sacerdotes e os fariseus, e eles perguntaram: Por que vocês não trouxeram aquele homem? Eles responderam: Nunca ninguém falou como ele! Então os fariseus disseram aos guardas: Será que vocês também foram enganados? Por acaso alguma autoridade ou algum fariseu creu nele? Essa gente que não conhece a Lei está amaldiçoada por Deus. Mas Nicodemos, que era um deles e que certa ocasião havia falado com Jesus, disse: De acordo com a nossa Lei não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e descobrir o que ele fez. Por acaso você também é da Galiléia? perguntaram eles. Estude as Escrituras Sagradas e verá que da Galiléia nunca surgiu nenhum profeta."

 Meditação:

O profeta Jesus se tornou uma ameaça para o poder e para os privilégios dos dirigentes, sustentados sobre a base da injustiça e da opressão. Eles buscam matá-lo e mandam guardas para prendê-lo. A violência é a maneira como os poderosos respondem à verdade e assim manifestam o endurecimento de seu coração.
Não podem tolerar sua mensagem, porque isso significaria o fim de seus privilégios. A opinião do povo está dividida. Jesus é sinal de contradição.

O poder de sua palavra tem uma força impressionante. Até os guardas reconhecem que “jamais homem algum falou como este homem”.

O que dá força e autoridade à palavra de Jesus não é um saber teórico, mas um conhecimento que nasce do Espírito e está carregado com a força do amor do pai e do serviço à vida do povo.
Esta é a base e fundamento dessa nova sociedade que Jesus chamava de Reino de Deus. Como ressoa a palavra de Jesus em nossas vidas? Deixamo-nos transformar por ela ou endurecemos nosso coração?
As palavras de Jesus levam naturalmente a uma tomada de posição. Trata-se, de fato, de uma revelação que o Cristo faz de si, em ordem à salvação de cada um de nós.
Quem tem a pretensão de ser mestre, certamente não está disposto a fazer-se discípulo e aceitar uma revelação que subverte toda teoria ou sistema preconcebido.
É a situação dos fariseus, estudiosos da Escritura, incapazes, entretanto, de receber a mensagem de vida nela contida e que é o próprio Cristo. Na realidade, não somos nós que o descobrimos; é ele que se nos apresenta como doador de luz e de vida.
As discussões que surgem da diversidade de opiniões a respeito do Cristo não se resolvem se não houver, da parte de todos, sincero e profundo desejo de esclarecimento, o que raramente se dá, pois cada um costuma querer que prevaleça sua opinião. E sobre a identidade de Cristo, só a fé pode levar à união.

Reflexão Apostólica: 

Jesus é causa de divisão e controvérsia até mesmo para os seus adversários. Sua sabedoria, sua coerência de vida confundem os que o depreciam e o perseguem.

 O povo o admira, os dirigentes o temem, muitos o evitam, porque suas palavras são fortemente questionadoras; elas tocam no interior; desfazem falsas seguranças; derrubam estruturas mentais que impedem a transparência da verdade do evangelho. O mesmo acontece conosco quando a mesma mensagem é assumida com fidelidade e radicalidade.
Muitas vezes nos sentimos divididos entre uma coisa ou outra. E isso envolve opinião, credo, valores, sentimentos que são a essência do nosso ser.
Estar numa encruzilhada é comum no nosso dia a dia e, ter que tomar uma atitude faz parte de vida desde quando somos responsáveis por nós mesmos.
O que diferencia um caminho do outro que vamos seguir é apenas um passo: aquele que escolhemos dar. Mas, pra que lado seguir?
Jesus provoca divisão. Ou se está com Ele, ou está contra Ele. Não há meio termo! Não tem como seguir pelo caminho da Verdade com mentiras.

Não tem como percorrer o caminho da Luz na intenção de escondê-la. Não tem como desejar a Vida quando se nega qualquer tipo de vida ao outro.

Estar com Ele é estar ao lado do Amor e de tudo aquilo que leva para o bem comum, que não provoca discriminação, morte, tristeza, revolta e nem arrependimento. Decidir sempre por Ele, não tem erro. O Caminho é certo!

Oremos ao Senhor para que cada uma de nossas comunidades paroquiais, Equipes e Grupos sejam verdadeiros focos de testemunho e profetismo, pois somente assim podemos recuperar a credibilidade da fé cristã diante de tanta corrupção e abusos de poder da parte de muitos de nossos dirigentes.

Sejamos transparência do crucificado e ressuscitado para que o evangelho volte a ser um horizonte, um sentido de vida para muitos homens e mulheres.

Propósito: Tratar as pessoas sem preconceitos, mas, como filhas de Deus.

 Dia 05

Somente Deus pode curar.

Tudo pode ser restaurado e regenerado pelo Espírito Santo.

Mesmo que, muitas vezes, seus problemas, traumas, carências e feridas emocionais pareçam não ter solução,

lembre-se da infinitude do amor de Deus por você.

Peça diariamente que ele envie o Espírito Santo sobre você, e maravilhas ocorrerão em seu interior e em sua vida.

Pela força do Espírito Santo, Deus cura, liberta e dá vida nova a todas as pessoas.

“E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5,5).

 


Evangelho do dia 04 abril sexta feira 2025

 

04 - Situação diferente, possibilidade diferente de fazer o bem, maneira diferente de acumular merecimentos. (L 22). São Jose Marello

 


João 7,1-2.10.25-30

"Depois disso, Jesus começou a andar pela Galiléia; ele não queria andar pela Judéia, pois os líderes judeus dali estavam querendo matá-lo. Aconteceu que a festa dos judeus chamada Festa das Barracas estava perto. Depois que os seus irmãos foram à festa, Jesus também foi, mas fez isso em segredo e não publicamente. Algumas pessoas que moravam em Jerusalém perguntavam: Não é este o homem que estão querendo matar? Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele! Será que as autoridades sabem mesmo que ele é o Messias? No entanto, quando o Messias vier, ninguém saberá de onde ele é; e nós sabemos de onde este homem vem. Quando estava ensinando no pátio do Templo, Jesus disse bem alto: Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele. Então quiseram prender Jesus, mas ninguém fez isso porque a sua hora ainda não tinha chegado."

 Meditação

No Evangelho de hoje, João mostra-nos, como diferentemente do que os sinóticos fazem, o grande destaque ao conflito entre Jesus e os judeus em geral pois, naqueles, Jesus se restringe aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. A razão será por que este Evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, mas talvez não.
Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel, reino do norte, e Judá, reino davídico do sul. O messias esperado pelo judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião.
Portanto, trata-se de uma salvação que atingirá a todos os homens e mulheres do mundo inteiro já que os destinatários da salvação o rejeitam.

Ao longo dos capítulos 1 a 12 do Evangelho de João, descobre-se a progressiva revelação que Jesus faz de si mesmo a seus discípulos e ao povo.

Ao mesmo tempo e na mesma proporção, aumenta o fechamento e a oposição das autoridades contra Jesus, a ponto de decidirem a sentença de morte (Jo 11,45-54).

O Capítulo 7, que meditamos no Evangelho de hoje, é uma espécie de balanço no meio do caminho. Ajuda a prever qual será a decisão final.
A geografia da vida de Jesus no Evangelho de João é diferente da geografia nos outros três evangelhos. É mais completa.

De acordo com os outros Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém apenas uma vez, quando ele foi preso e sentenciado à morte.

 De acordo com o Evangelho de João, Jesus foi, pelo menos, duas ou três vezes a Jerusalém para a festa da Páscoa. Por isso sabemos que a vida pública de Jesus durou cerca de três anos. O Evangelho de hoje informa que Jesus foi para Jerusalém, mais de uma vez, mas não publicamente. Às escondidas, porque na Judéia os judeus queriam matá-lo.
Aqui no capítulo 7, bem como nos outros capítulos, João fala de "judeus", e de "vós judeus", como se ele e Jesus não fossem judeus.

Esta maneira de falar reflete a situação do trágico fracasso que se deu no final do primeiro século entre os judeus (Sinagoga) e cristãos (Ecclesia).

Ao longo dos séculos, essa forma de falar do Evangelho de João contribuiu para o crescente anti-semitismo. Hoje, é muito importante se afastar dessa polêmica para não alimentar o anti-semitismo. Nós nunca podemos esquecer que Jesus é judeu. Nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como tal. Toda sua formação vem da religião e da cultura dos judeus.
A festa dos Tabernáculos era a mais popular de todas as festas celebradas em Jerusalém. Os chefes judeus procuravam Jesus para matá-lo, por isso ele não podia ir abertamente, mas sim como um desconhecido. Ele se apresenta no Templo quando a multidão lhe serve de escudo protetor.
E, desafiando a instituição, proclama solenemente que vem de Deus e que, caso não seja reconhecido, não é por culpa dele, mas porque seus detratores abandonaram os mandamentos de Deus para seguir preceitos humanos. Os seus inimigos sim, têm má vontade e são repressores, por isso o povo tem medo e não se atreve a expressar o que pensa de Jesus.
Ele ensina no Templo e anuncia dois critérios para distinguir quem é de Deus e quem se aproveita do nome de Deus para oprimir o povo: todo aquele que serve à vida e busca o bem para as pessoas, vem de Deus. Todo aquele que oprime e busca ganhar prestigio pessoal não é de Deus. De que lado nós estamos?
Por isso buscam eliminar Jesus. Como aconteceu no passado com os profetas, Jesus, como autêntico profeta e Messias, converteu-se em uma pessoa sumamente fastidiosa e maléfica para os interesses dos chefes do povo.
É urgente que esse tipo desapareça, antes que as pessoas tomassem consciência e provocassem uma revolta que seria fatal e lamentável.

Hoje, como ontem, os profetas que defendem a dignidade do povo excluído e empobrecido e que denunciam a corrupção dos dirigentes sociais, políticos e econômicos, podem ter a mesma sorte: ser eliminados, desaparecidos e exilados.
O preço de uma vida cristã autêntica pode ser a perseguição, o desterro e o martírio. A fidelidade ao seguimento de Jesus tem seu preço.

É aí que se prova a consistência da proposta evangélica de Jesus. Autenticidade e coerência são sinais de saúde. Faz bem pra nós e para os outros também.

Reflexão Apostólica:

No Evangelho de hoje percebemos descrença gera frutos de morte. Vemos também quantas negativas, quantas vezes com as nossas atitudes e com as nossas palavras também dizemos não ao Senhor, vemos que os escribas dizem muitas vezes sim a eles mesmo e glória que recebiam uns dos outros e não buscavam a glória do Deus vivo, pois para isso temos que renunciar a glória deste mundo

 As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus baseado na confiança e na intimidade e isso gera fruto vida em abundância.

Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida.
O evangelista nos mostra a dificuldade que o ser humano tem para reconhecer Jesus em sua vida, em sua comunidade, em seus semelhantes pobres e sofridos: "mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é".
Nossa expectativa é por uma presença marcante e majestosa, quando na realidade Ele está operando em nosso cotidiano, nos pequenos atos que praticamos, nos acontecimentos quase que insignificantes aos nossos olhos.

Aguardamos intervenções rápidas e radicais em nossas vidas, quando sua ação é lenta e consistente, conforme nosso acolhimento e fidelidade aos seus ensinamentos.
Não valorizamos e manifestamos gratidão a graças rotineiras como nossa saúde física, a oportunidade de trabalho que temos, a harmonia em nossa família, ao dom da vida que é renovada e sustentada em nosso dia a dia. Só damos importância a esses fatores quando enfrentamos alguma dificuldade.
Nas horas mais difíceis e angustiosas por que passamos, quando somos fiéis a Deus, não devemos nunca perder a esperança e a certeza da proteção divina que sempre estará presente

O que mais você espera acontecer na sua vida para que você diga: realmente Ele está no meio de nós? Você deseja colaborar com a edificação do reino de Deus no mundo? A quem você tem ouvido? As pessoas sabem que você também é enviado (a) de Deus?

Façamos a nossa escolha e, hoje, digamos sim à glória do Deus vivo renunciando a toda bajulação e glória deste mundo.

Propósito: Descobrir, a cada instante, a proposta nova de Jesus, para cada situação. 

Dia 04

Saiba viver da melhor maneira, buscando atualizar-se constantemente.

Se você parar de aprender, buscar, descobrir e progredir, dará início a um doloroso processo de estagnação.

Por isso, aproveite as oportunidades para adquirir conhecimentos e aprimorar sua inteligência, desenvolvendo ao máximo seu potencial humano.

A vida é um eterno aprendizado.

“Revelará a ele os seus segredos e lhe confiará o tesouro do conhecimento e a compreensão da justiça”. (Eclo 4,21).




Evangelho do dia 03 abril quinta feira 2025

 

03 - Ah! pobre juventude, tão abandonada e descuidada; pobre geração em crescimento, deixada por demais à própria sorte e ainda muito caluniada ou, pelo menos, duramente julgada em tuas leviandades e em tua generosidade desregrada, naquela necessidade de ação mal desenvolvida, com afetos mal orientados, razão pela qual, sem culpa totalmente tua, te afastas do caminho reto! Pobre juventude! Rezemos mui particularmente por ela. (L 29). São Jose Marello

 

João 5,31-47

- Se eu dou testemunho a favor de mim mesmo, então o que digo não tem valor. Mas existe outro que testemunha a meu favor, e eu sei que o que ele diz a respeito de mim é verdade. Vocês mandaram fazer perguntas a João, e o testemunho que ele deu é verdadeiro. Eu não preciso que ninguém dê testemunho a meu favor, mas digo essas coisas para que vocês sejam salvos.
- João era como uma lamparina que estava acesa e brilhava, e por algum tempo vocês se alegraram com a luz dele. Mas eu tenho um testemunho a meu favor ainda mais forte do que o que João deu: são as coisas que eu faço, as quais o meu Pai me mandou fazer. Elas dão testemunho a favor de mim e provam que o Pai me enviou. Também o Pai, que me enviou, testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram o seu rosto. As palavras dele não estão no coração de vocês porque vocês não crêem naquele que ele enviou. Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida.
- Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas. Quanto a vocês, eu os conheço e sei que não amam a Deus com sinceridade. Eu vim com a autoridade do meu Pai, e vocês não me recebem. Quando alguém vem com a sua própria autoridade, esse vocês recebem. Como é que vocês podem crer, se aceitam ser elogiados pelos outros e não tentam conseguir os elogios que somente o único Deus pode dar? Não pensem que sou eu que vou acusá-los diante do Pai; quem vai acusá-los é Moisés, que é aquele em quem vocês confiam. Se vocês acreditassem em Moisés, acreditariam também em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas, se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão acreditar no que eu digo?

Meditação:

Concluindo o Sermão da Montanha, Jesus fala sobre a necessidade de por em prática tudo que foi ouvido e que é a expressão da vontade do Pai. Deus não quer de seus fieis exuberantes atos de louvor ou espantosos feitos. Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus.
Contudo estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus. Sob a categoria de juízo final, ficam descartados os grandes prodígios (profecias, expulsão de demônios, milagres) prevalecendo apenas o critério de por em prática as palavras de Jesus, que revelam a vontade de Deus.
Tal prática supera o antigo cumprimento da Lei, com suas ameaças de maldições (primeira leitura), pois é chegado o tempo da graça (cf. segunda leitura), alcançando-se a comunhão com Deus na prática do novo mandamento do amor, amando como Jesus nos amou.
O empenho em fazer a vontade do Pai não acontece como coação por cumprimento de obras da lei, sob ameaças, e obediência a um deus tirano. Este empenho se faz com liberdade de opção e com a alegria de levar o amor humano à sua plenitude, seguindo os caminhos de Jesus.
Neste texto de Mateus vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai Nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das bem-aventuranças e na sua vida com seu amor promovendo os pobres e excluídos.
Em tudo que Jesus disse e fez, ele estava cumprindo a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão.
A parábola final sobre a casa construída sobre a rocha, que se contrapõe à casa construída sobre a areia, é expressiva para revelar a importância de por em prática as palavras ouvidas de Jesus. O evangelho de Lucas também a apresenta com pequenas diferenças.
Construir a casa significa construir sua própria vida. O homem insensato constrói sua vida seguindo os ditames da sociedade de mercado e consumo, obedecendo aos interesses de lucro dos poderosos desde mundo.
O homem sensato constrói sua vida praticando a palavra de Deus. Forma comunidade com seus irmãos, solidariza-se com os pobres, fracos e excluídos, e revela ao mundo o amor misericordioso de Jesus e do Pai.
É o empenho na construção do mundo novo possível, descartando as estruturas opressoras e excludentes em vigor, que favorecem as minorias ambiciosas que consomem suas vidas na ânsia de acumular riquezas.
Construir sua vida sobre a rocha é buscar a justiça que favorece a vida plena para todos, em comunhão de amor e vida eterna com Jesus e o Pai. As palavras de Jesus nos orientam para a formação de comunidades consolidadas pela união no amor, em ambiente de paz e abertas para a comunhão com todos aqueles que se empenham no resgate da dignidade e da vida no mundo.
Assim como hoje, existiam no tempo de Jesus, pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus!

 Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos não-judeus, que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, e nem acreditam em seu poder. Se você é uma destas pessoas, no Evangelho de hoje Jesus fala diretamente para nós!

Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos, na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Jesus se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará em Jesus.

 Eles dão testemunho de Jesus. Mas o maior testemunho de Jesus é o próprio Pai, que lhe enviou. Mas quem de vocês já ouviu a voz de Deus? Deus não fala da forma que conhecemos. Deus fala através dos milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje, para quem lhe pede.

No Evangelho de hoje, Jesus não se dirige aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo assim não acreditam que Ele é o Filho de Deus! E afirma categoricamente: “Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus.”

 Quem não consegue enxergar os milagres realizados por Jesus como sendo obras de Deus Seu Pai, é porque tem o coração endurecido. E num coração endurecido não existe o Amor. E se Deus é Amor, então essa pessoa não tem o Amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano pode ter na vida: a falta do Amor que vem de Deus.

 Há uma “sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que, desde antes dos séculos, Deus antecipadamente nos destinou”. Esta sabedoria de Deus é Cristo; Ele é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. No Filho, com efeito, “encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos séculos, Ele é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos profetas.

Por isso, os profetas tinham o nome de “videntes”; viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também Abraão “viu o seu dia e rejubilou”. Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto para o povo pecador permaneciam cerrados. “Retirai o véu de cima dos meus olhos, diz David, e contemplarei as maravilhas da vossa lei”. Na verdade, a lei é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja “afastado o véu” e que “a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto”.

No Apocalipse, mostra-se um livro fechado com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por “Aquele que tem a chave de David; se Ele abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar, ninguém o abrirá”.

Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o profeta Isaías; contudo, ignorava aquele que venerava no livro sem O conhecer. Surge Filipe: mostra-nos o Pai e isto nos basta! Jesus mostra-lhe oculto pela letra: há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos um.

 Não podemos comprometer-nos com as Sagradas Escrituras sem termos um guia que nos mostre o caminho. E este guia é a Última Palavra de Deus. Não esperemos outros sinais. Em Jesus temos tudo o que precisamos para sermos felizes para sempre. Se ainda temos dúvidas eis o caminho: Hoje Jesus bate à nossa porta e nos dizer: venham e sigam-me, pois eu e o Pai somos Um. Venham que lhes mostrarei o caminho que lhes conduz à vida eterna.

Reflexão Apostólica:

Somos chamados a dar testemunho de Jesus. E quando é que damos testemunho de Jesus? Todas as vezes que através de nossas atitudes demonstramos amor ao próximo.

No mundo em que nós vivemos há uma carência enorme desse amor, dando espaço ao egoísmo, a substituição do ser pelo o ter, o consumismo exarcebado e aos poucos a luz deixa de brilhar.

 É preciso portanto reflertirmos que nossas atitudes fazem a diferença, pois mesmo nas orações somente atigiremos a Deus se nossas atitudes tiverem de acordo com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Jesus Cristo é o maior testemunho do amor de Deus para com a humanidade. O tempo em que passou na terra, apesar de ser homem, ele também era Deus, mas não quis dar testemunho de si próprio diante das criaturas. Em Nome de Deus Ele realizava obras de amor como também prodígios e milagres, mas já naquele tempo Ele nos exortava: “as Escrituras dão testemunho de mim”.

A Sagrada Escritura é, por conseguinte, o verdadeiro testemunho de Jesus Cristo e do amor de Deus para nós. Nós, homens e mulheres somos falhos e infiéis, mas Deus é maior que tudo e é Nele que devemos confiar.

Não busquemos nos homens os parâmetros para nossa felicidade, mas sim, na Palavra de Deus que é justa e verdadeira.

Em que você tem se apoiado para alimentar a sua fé em Jesus? Quem tem sido o (a) verdadeiro (a) testemunho do amor de Deus para você?

Deus estabeleceu uma lei para que o ser humano alcance através dela uma humanidade cada vez mais plena e comprometida com esse processo de humanização; tal como estava concebida, a Lei era para ser usada como meio; nesse sentido a apresentou Moisés, e desse mesmo modo o próprio Moisés poderia dar testemunho em favor de Jesus, porque assim era como ele se relacionava com ela; contudo, a Lei passou a ser um absoluto, um jugo com o qual os dirigentes mantinham paralisado o povo.

Jesus não põe como argumento de sua autenticidade de enviado o testemunho de João Batista, porque seria apoiar-se em testemunho humano. Seu argumento mais contundente e esmagador é seu próprio agir, suas obras, que estão perfeitamente alinhadas com o querer e a vontade de Deus.

Querer e vontade que estão expressas nas Sagradas Escrituras às quais seus adversários tanto veneravam. Se eles eram tão inclinados ao estudo das Escrituras, por que não davam crédito a suas obras, que de um modo ou de outro estavam já anunciadas nela? É que careciam do amor necessário como base para julgar a realidade em que viviam.

Propósito:

Pai, dá-me suficiente inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho enviado por ti, para a nossa salvação.

 Dia 03

Deus é o autor da vida, não da morte.

Ele é o Senhor da vida da renovação e da esperança.

No entanto, existem pessoas que abreviam sua existência assumindo comportamentos autodestrutivos (como, por exemplo, consumindo drogas, bebidas, cigarros).

Embora saibam que tudo lhes é extremamente prejudicial, não conseguem lutar contra a cruel realidade.

Se não puder ajudá-las diretamente, reze para que Deus as tire desse caminho.

Em tudo o que fizer, é preciso ter moderação.

“Não há riqueza maior que a saúde do corpo, nem contentamento maior que a alegria do coração”. (Eclo 30,16).



Evangelho do dia 08 abril terça feira 2025

  08 - Um pregador que tenha as disposições pessoais e a missão dos superiores, tem também o auxílio de Deus, com o qual tudo dá certo. (L 3...