12 JUNHO - Não nos cansemos de invocar o Espírito Santo e de suplicar-lhe, sem cessar, que venha morar em nós e em nós fixar duradoura morada. (S 348). São Jose Marello
EVANGELHO DO DIA
Mateus 5,20-26
"Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem
mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus
antepassados: "Não mate. Quem matar será julgado." Mas eu lhes digo
que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao
seu irmão: "Você não vale nada" será julgado pelo tribunal. E quem
chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno.
Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que
o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do
altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua
oferta a Deus.
- Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo
ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de
chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao
juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia. Eu afirmo
a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda."
Meditação:
Segundo
o Evangelista Mateus, é importante que o homem tenha a consciência de que “A
ira do homem não realiza a justiça de Deus” (Tg 1, 20). E que é pela prática da
justiça que vem de Deus que a sua vida é restaurada sobre a terra. E isto é tão
fundamental que se torna imprescindível na vida existencial do homem e
extensivo a todas outras práticas no seu dia a dia para tornar possível a
convivência dos homens entre si e entre o meio ambiente. Ouvistes o que foi
dito… Eu, porém, vos digo… Jesus não pretende reformar o complexo doutrinal do
judaísmo.
Jesus
veio nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e nos adverte de que a
nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos fariseus. Eles
viviam na rigidez da lei e esqueciam de que o maior mandamento da Lei era
justamente o amor e que, mais importante que a Lei em si, é o bom
relacionamento entre as pessoas.
Muitas
vezes nós também, como os escribas e os fariseus, nos apegamos ao que a lei nos
exorta a não fazer e ficamos alerta para não cometer aquelas faltas que se
constituem as mais graves, como matar, roubar, adulterar, ter maus pensamentos,
etc. “Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”.
O
desejo primeiro de Deus, ao criar os seres humanos, é que vivam na mais
perfeita comunhão, deixando de lado tudo quanto possa dividi-los e separá-los
pelo muro da inimizade. O ódio e a divisão constituem flagrante desrespeito à
vontade divino.
O
homicídio é uma forma incontestável de ruptura com o próximo, culminando com a
sua eliminação. Para evitar isto, Deus condenou peremptoriamente esse crime,
com o mandamento: “não matarás”.
Os
poderosos que escudam a economia de mercado matam ostensivamente, pela bomba, e
o próprio mercado, na injusta apropriação dos bens necessários à sobrevivência
das pessoas, mata pela extinção lenta da vida, na exclusão, na doença e na
fome.
A eliminação
física do próximo é antecedida por outros gestos de eliminação de igual
gravidade. Por exemplo, a simples irritação contra os outros, as palavras
ofensivas contra eles são formas sutis de atentar contra a vida alheia. O
discípulo do Reino não pode agir desta maneira. A reverência a Deus passa pelo
respeito ao próximo.
Na
liturgia de hoje, Jesus exige de nós, como seus discípulos a reconciliação com
seu próximo, antes de fazerem sua oferenda a Deus. Se alguém estava para fazer
sua oferta, e se recordava de algum desentendimento com o próximo, deveria
deixá-la ao pé do altar, para antes ir reconciliar-se. Caso contrário, a oferta
não teria valor perante Deus.
Ele
vem revelar que qualquer doutrina ou lei só tem valor à medida que contribua
para a libertação e a promoção da vida. Jesus não propõe uma doutrina, mas
ensina a prática restauradora da vida. A grande novidade que Jesus me ensina
hoje é o perdão sem limites e a reconciliação, que me levam à comunhão de vidas
com Deus e com os meus irmãos.
Que
neste dia ó Senhor Jesus nos ensine a perdoar os nossos irmãos e irmãs para
poder estar
Reflexão Apostólica:
Jesus veio nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e nos
adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos
fariseus. Eles viviam na rigidez da lei e esqueciam de que o maior mandamento
da Lei era justamente o amor e que, mais importante que a Lei em si, é o bom
relacionamento entre as pessoas.
Muitas vezes nós também, como os escribas e os fariseus, nos
apegamos ao que a lei nos exorta a não fazer e ficamos alertas para não cometer
aquelas faltas que se constituem as mais graves, como matar, roubar, adulterar,
ter maus pensamentos, etc. “Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será
réu de juízo”.
A Palavra de Deus que Jesus veio esclarecer para nós vai muito
mais além do que as coisas que nós praticamos, mas atinge também ao que nós
pensamos e falamos ou expressamos a partir do nosso coração. Assim sendo, nós
não podemos chamar os nossos irmãos e irmãs nem mesmo de tolos ou idiotas.
Quanto ensinamento para nós!
A oferta que fazemos ao Senhor será desnecessária, se primeiro não
oferecermos a nossa compreensão e perdão às pessoas com as quais nos
relacionamos. Enquanto caminhamos aproveitemos o conselho do Mestre para que a
nossa justiça seja maior do que a justiça dos “mestres da lei” e dos “fariseus”
de hoje.
Como é a nossa justiça? O que é justo para Deus? A justiça de Deus
é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. E a nossa? Fazemos as nossas ofertas
no Altar do Senhor, mas como está o nosso coração?
Como você trata as pessoas com quem você convive? Você tem
costume de falar mal os seus amigos, suas amigas? Você o faz de
coração? E quando você faz a sua oferta na hora do ofertório, qual é a sua
atitude diante de Jesus? Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu
coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de
perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém?
No Evangelho de hoje, Jesus nos indica, de uma maneira direta, a necessidade de
superar comportamentos farisaicos. Convida-nos a superar alguns modelos
canonizados ou que nos foram propostos como ideais. Temos fixado normas de
conduta e comportamento que precisam de revisão e que precisam ser superadas a
partir da comunidade cristã.
Quaresma é um momento propicio para fazer esta revisão e para que nos comprometamos
a fazer essa mudança. Esta Quaresma de 2011 deve proporcionar mudanças
radicais, de acordo com o evangelho de Jesus e as exigências da comunidade. E
ainda que o evangelho de hoje pareça redigido em chave pessoal, não exclui que as
mudanças sejam feitas em tom comunitário ou grupal, uma forma de considerar que
os outros também tem propostas de mudança em sua vida.
Isto dizemos porque qualquer coisa que fazemos ou dizemos tem seu eco e
repercussão na família, no grupo, na comunidade, no ambiente. E é precisamente
na comunidade ou no grupo que temos a responsabilidade e missão de sermos
criadores de harmonia e paz, recompondo relações tortas e abandonando tensões e
discórdias.
Pai, não permitas que meu coração se feche para meu próximo,
e dá-me forças para superar todas as barreiras que me impedem de viver em
comunhão com ele
Em
qualquer relacionamento, é importante saber a maneira correta de se comunicar.
Para
que haja um perfeito entendimento, é fundamental que as pessoas se entendam, e
cultivem uma boa amizade.
Esse
sentimento propicia o crescimento pessoal e oferece segurança nos momentos
difíceis.
O
verdadeiro amigo acolhe a palavra não proferida e a dor escondida.
Podemos
ter muitos amigos, mas um só confidente.
“Ninguém
tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”.
(Jo
15,13).
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