16 maio - A Igreja nos dá Maria
Santíssima como guia e mestra e quer que consideremos com frequência o seu
coração, que é como um espelho nítido no qual se refletem todos os afetos de
Jesus. (S 341). São José Marello
Evangelho: João 14, 1-6
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: «Não se perturbe o
vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. 2Na casa de meu Pai há
muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito eu que vos vou preparar um
lugar? 3E quando eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e
hei-de levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde eu estou, vós estejais
também. 4E, para onde eu vou, vós sabeis o caminho.» 5Disse-lhe Tomé: «Senhor,
não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?» 6Jesus respondeu-lhe:
«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por
mim».
O
Evangelho de hoje nos apresenta o início de uma seção que os eruditos chamam de
“discursos de despedida”. Estes discursos (três ao todo) devemos lê-los à luz
de toda a obra de Jesus, sua vida e seu ministério. No capítulo treze
encontramos uma cena que sintetiza o que até o momento foi o ministério de
Jesus. Durante a última ceia, ele a assumiu com o gesto do lava-pés o ponto
máximo e a razão de ser de sua missão: o serviço aos outros que terá seu ponto
culminante na cruz.
Toda
a história da salvação poderia se definir como a atitude de um Pai que busca
servir os seus filhos pondo-lhes todos os meios possíveis de acesso a Ele. No
momento
Se
o discípulo está em sintonia com esta onda, não há porque ter medo. Os
discursos de despedida nos deixam entrever a atitude de decepção dos
discípulos. Em termos humanos Jesus está consciente de que seus amigos mais
íntimos lamentarão a sua ausência física, mas suas palavras carregadas de
consolo são um chamado a se colocar acima deste sentimento humano normal. O
verdadeiro discípulo deve chegar a interiorizar de tal maneira a doutrina e a
obra de Jesus até que chegue a se sentir sempre imerso em sua companhia,
realizando cada uma das palavras de seu mestre. Em tal sentido a presença atual
de Jesus se manifesta agora como o caminho para ser andado em companhia dos
outros; verdade que deve ser mantida em meio a tantas meias verdades, e vida
que desmascara as situações de morte que surgem em cada instante de nossa
existência.
O
texto de João deve ser compreendido no contexto do discurso de despedida
pronunciado por Jesus, dirigido a seus discípulos: Jesus os prepara para o
futuro imediato, ou seja, para a sua cruz e sua ressurreição. Ao mesmo tempo,
ele os prepara ao futuro supremo, quando vier para os levar com ele na glória.
Vendo que o anúncio de sua próxima partida os mergulhou na confusão, Jesus os
chama a terem uma fé mais firme em Deus e nele mesmo. Em seguida, ele lhes
revela a grandeza de Deus, cuja "casa", embora seja única, contém
moradas para todos aqueles que crêem. Jesus completa esta revelação lhes
assegurando que voltará em pessoa para os conduzir a sua casa. O exemplo que
Jesus lhes dá no decorrer do seu jantar de despedida mostrou aos discípulos que
sua vida deveria vivida no amor, a serviço uns dos outros e do mundo.
Jesus
acaba de fundar sua comunidade dando a ela por estatuto o encargo encarecido do
amor. Agora vai explicar a ela qual sua relação com o Pai e com ela, que ficará
estabelecida quando ele se for. Os seus serão membros da família do Pai, e este
estará entre eles como entre seus filhos. Mas essa presença não será estática,
em um templo, senão dinâmica, acompanhando-os em seu êxodo, em sua saída de si
mesmo até dar a vida, se fosse necessário por amor aos demais. O caminho é
Jesus; a meta é o Pai.
Eles,
não obstante, ficam inquietos. Por isso Jesus os convida a não perder a calma
praticando seu estilo de vida. Desse modo poderão ser filhos de Deus. Eles, os
que o seguem, serão integrados na família do Pai; Jesus vai preparar-lhes o
caminho. Tal será o fruto de seu caminho, que é sua morte, pela qual comunicará
o Espírito. Jesus voltará para acolher aos seus; ou seja, através da união com
ele, produzida pelo Espírito, seus discípulos entram no lugar do Pai. A frase
onde estou eu assinalo a esfera de Deus, na qual Jesus estava desde o princípio
pela comunicação plena do Espírito a ele. Os demais homens a alcançarão graças
ao novo nascimento. A partir daí crescerão, recorrendo, pela prática do amor,
um caminho de semelhança com o Pai. Esse é o êxodo que os distanciam do
mundo injusto. Quando chegarem ao dom total de si, ficará realizado neles todo
o projeto divino. Como no caso de Jesus, o caminho até o Pai é a prática do
amor. Tomé, sem dúvida, estava disposto a morrer com Jesus (cf. 11,16), pensa
que o caminho termina na morte; para ele, está não é um caminho, senão um fim.
Daí que não saiba aonde vai Jesus nem compreenda aonde eles têm que ir.
Jesus
responde a ele: ele é o único caminho, porque só sua vida e sua morte mostram à
pessoa humana o itinerário que o leva a realizar-se, a plenitude da vida. O
caminho supõe uma meta, e esta é o Pai; a verdade implica um conteúdo e pode
comunicá-la. Por ser a vida plena é a verdade total, que expressa a plena
realidade do ser humano e de Deus.
Desde
o ponto de vista do discípulo, Jesus é a vida porque dele a recebe pelo novo
nascimento; esta nova vida experimentada e consciente é a verdade que ele
percebe sobre si mesmo e sobre Deus, que manifesta seu amor; o caminho, que é a
assimilação progressiva a Jesus, dá um caráter dinâmico de crescimento a sua
vida e verdade. Desde o princípio, a vida se revela no discípulo como verdade,
mas, à medida que progride nela, vai descobrindo-a cada vez mais.
Com
sua palavra e com seu testemunho, Jesus é, pois, "o caminho, a verdade e a
vida". O caminho ficou expresso no mandamento de Jesus; a verdade, no
“barro” que pôs nos olhos do cego; a vida é o Espírito que comunica.
Permanecendo n'Ele se tem a vida plena, em comunhão com o Pai, no Amor.
O
destino da caminhada de Jesus voltar para o Pai. Jesus fez o trajeto para nós o
seguirmos. Nosso destino é estar com o Pai assim como Jesus está. Ele nos chama
para tomarmos nossa cruz, passarmos pela morte de nós mesmos, e caminharmos na
direção do Pai. Nosso destino é estar onde Jesus está.
Não
raras as vezes, fazemos do nosso cristianismo um fim em si mesmo. O tornamos
uma religião que serve aos nossos interesses. É preciso redescobrir o destino,
o alvo principal das nossas vidas. Ir para o Pai exige: Caminho, Verdade e
Vida. O Pai não está distante; sua presença é imediata uma vez que o ser humano
nasceu do Espírito. A aproximação ao Pai que cada um há de efetuar é o da
semelhança, da realização em si mesmo do ser de filho, seguindo as pegadas de
Jesus.
A
vida do cristão neste mundo consiste numa peregrinação cuja meta é Deus Pai.
Somos todos “peregrinos do absoluto”. Mas esse caminho passa necessariamente
por Jesus, que hoje se nos apresenta como Caminho, Verdade e Vida. Ele já está
à direita do Pai, e é para lá que ele constantemente nos chama.
Na
caminhada conjunta para a unidade, nós, como seres humanos, às vezes perdemos
de vista o objetivo e ficamos inseguros com relação ao caminho. Jesus responde
a isto nos lembrando que Ele é o caminho, e que nós só poderemos atingir o fim
caminhando unidos junto com Ele.
Pode
haver um maior número de razões para se elevarem mãos cansadas e se fortalecerem
os espíritos fracos? Que Deus nos abençoe e que conheçamos e vivamos a beleza
que é a esperança em Cristo.
As
dificuldades, preocupações, medos, inseguranças e obstáculos existem. Mas, você
também existe, sendo o único responsável e capaz de derrotar estas
adversidades, com a graça de Deus. Lute sempre, nunca desanime, pois o seu
objetivo não deve ser a terra, mas sim o "Céu". A nossa ida para o
céu é tão certa que Cristo prepara-nos um lugar. A beleza dessa verdade é que
um dia estaremos onde Ele está agora pois Ele prometeu vir outra vez para nós
estarmos junto d'Ele e "assim estaremos sempre com o Senhor".
Nessa
caminhada rumo ao Pai somos frequentemente afligidos por todos os lados, mas é
Jesus quem nos diz: “não se perturbe o vosso coração”. Se estamos decididos a
segui-lo no Caminho, ninguém nos arrebatará da sua mão.
Vê-se,
pelo exposto, que a tomada de consciência segundo a doutrina cristã esclarece
ao homem quem ele é, de onde vem, qual é o seu papel na Terra, qual é a sua
diretriz de vida e para onde vai após a morte.
Oração: Pai, nosso coração anseia por estar em comunhão convosco, em vossa casa, lugar que Jesus preparou para nós. Que nós perseveremos sempre no caminho que nos leva a Vós. Guardai, ó Deus, no vosso constante amo, aqueles que salvastes, para que, redimidos pela paixão do vosso Filho, nos alegremos por sua ressurreição. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Dia 16
Tudo o que
possuímos é concedido gratuitamente por Deus.
Ele não
cobra nada por isso; ao contrário, enviou seu único filho para morrer pela
salvação da humanidade.
Jesus nos
confiou a missão de evangelizar.
Isso
significa transmitir o amor ensinado por ele a todas as pessoas para que todos
tenham a oportunidade de
conhecê-lo,
amá-lo e segui-lo.
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