22 maio - Fiquemos tranquilos: o Senhor tem seus olhos abertos
sobre nós e a nossa Mãe Maria Imaculada está sempre pronta para vir ao nosso
encontro na hora do perigo. (S 353). São José Marello
João 15,9-11
"Como meu Pai me ama, assim
também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e
permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em
vós, e a vossa alegria seja completa."
Meditação:
Fazendo
uma revisão geral ao Evangelho de João, verificamos que demoradamente Jesus
dialoga com os seus discípulos abrindo-lhes horizontes para melhor entenderem o
mistério do Deus presente na história da humanidade.
Sua
vinda entre nós e a máxima prova de amor por nós. Deus Pai mostrou o seu amor a
Jesus comunicando-lhe a plenitude de seu Espírito a quando do Batismo no rio
Jordão. Deus-amor desceu sobre Jesus como uma pomba a seu ninho, convertendo
Jesus no ninho do Deus-amor.
No
trecho de hoje demonstra o seu amor aos discípulos da mesma maneira,
comunicando-lhes o Espírito que está nele, esse rio de vida que fluirá do
interior do cristão e que sacia a sede do coração humano. A fonte do amor é o
amor entre o Pai e o Filho. É o amor apropriado ao Espírito Santo.
Permanecer
no amor de Jesus é inserir-se nesta dinâmica de amor e vida entre o Pai e o
Filho. Partindo de uma adesão pessoal, o permanecer no amor de Jesus significa
uma inserção na comunidade de discípulos. É irradiar envolvendo a outros, ampliando
a comunidade de amor e prolongando-a no tempo. Jesus permanece no amor do Pai e
isso significa que ele observa e cumpre o que o Pai mandou. Não se trata de uma
obediência cega como a de um inferior a um superior, mas de uma união amorosa
de vontades.
Portanto,
a união, a permanência em Jesus – videira, no evangelho de ontem, é a garantia
do nosso amor para com Ele. É preciso permanecer no seu amor, assim como Ele
permanece no amor de seu Pai.
Jesus,
como resposta permanente ao amor de seu Pai e que nos revelou, pede-nos que
vivamos no âmbito do amor à Ele e na prática do amor ao próximo. Tal é a
atmosfera gozosa em que se move o seguidor de Jesus. Assim como o meu Pai me ama, eu vos amo; permanecei no meu amor.
Este
amor deve traduzir-se em alegria, numa visão positiva da vida, em gozo, em
taxativo não à desesperança, ao pessimismo, ao medo e ao temor. Não há
realidade alguma que não possa ser mudada com amor e pelo amor. Lembremos
sempre que o amor é o vínculo da perfeição. O amor que gera a
vida proporciona a alegria.
Reflexão Apostólica:
O
evangelho nos situa no significado da “alegria messiânica” experimentada por
Jesus, ao comunicar o amor do Pai a todos e a cada um de seus discípulos. O
segredo está em amar com o mesmo amor do Pai. A realidade deste amor para com
os discípulos fundamenta-se em que tenham sido acolhidos no amor e devam
permanecer no amor.
Ao
serem escolhidos e acolhidos, Jesus lhes transmite o amor do Pai, o qual os
invade e impulsiona a propagá-lo entre aqueles que acolherão posteriormente a
mensagem do Evangelho.
O
amor se deve manifestar no “guardar” os mandamentos. Não basta o amor
“teórico”; é necessário “cumprir” os preceitos divinos. Isto se converte numa
motivação que levará os discípulos fiéis a ser “guardiães” do amor de Deus.
Esta
promessa de permanecer no amor não somente será motivo de alegria, mas deverá
impulsionar os discípulos à prática do amor fraterno. É uma experiência que
dará sentido ao amor unitário entre o Pai, o Filho e os seguidores de Jesus.
Permanecer
no amor de Jesus é viver na alegria do tempo pascal, na contínua presença de
Jesus no meio de seu povo.
O
tema central desta passagem é, sem duvida nenhuma, o amor. Jesus declara que o
amor que recebe do Pai é o mesmo amor que ele comunica a seus discípulos.
Permanecer
unido a Jesus como os galhos ao tronco é permanecer em seu amor. Cumprir seus
mandamentos é transformar sua Palavra em Vida.
Jesus
é a Palavra viva do Pai. Sua estrita vinculação com o Pai tem a ver
necessariamente com a Palavra anunciada e testemunhada por ele mesmo. O amor
entre o Pai, Jesus e os discípulos se deve traduzir também no amor entre eles.
Nisto está baseada a verdadeira felicidade: em ser capaz de amar intensamente,
até a entrega radical.
O
amor verdadeiro consiste em estar disposto a entregar a vida pelos que se ama.
Jesus ensinou-o com seu próprio testemunho: e deu a Vida não somente por seus
discípulos, mas por toda a humanidade. Em sua entrega tão assombrosamente
generosa encontra a humanidade um caminho e uma oferta de salvação.
Você
conhece pessoas em seu ambiente que tenham dado a vida por amor aos demais? Que
ensinamentos lhe deixa essa enorme generosidade? Em que medida você está
disposto(a) a dar a vida pelos outros?
Propósito:
Pai, completa a alegria que o Espírito Santo faz brotar
em mim, pois estou disposto a permanecer unido a ti e a teu Filho, e a ser fiel
aos teus mandamentos, apesar das adversidades.
Dia 22
Deus criou
os seres humanos à sua imagem e semelhança.
Essa
afirmação é repleta de significados.
A imagem e
a semelhança de Deus devem refletir-se nas atitudes, gestos e ações exteriores
e interiores de cada pessoa, de maneira que o próprio Deus possa refletir-se e
contemplar-se a si mesmo.
Nas ações
realizadas, é importante ser semelhante a Deus, para que todos os que se
aproximarem de você sintam sua presença.
Cada ato
praticado deve conter um pouco de beleza, do amor e da bondade de Jesus.
Como disse
o apóstolo Paulo, “Não somos nós que vivemos, mas sim Cristo que vive em nós”
(Cf. 2,20).
Aqui, fica
a questão: seus atos e atitudes refletem a presença de Jesus?
Cada ação
praticada no cotidiano deverá estar interligada a Jesus.
“E vos
revestistes do homem novo, o qual vai sendo sempre renovado à imagem do seu
criador, a fim de alcançar um conhecimento cada vez mais perfeito”. (Cl 3,10).
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