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sábado, 22 de dezembro de 2018

Evangelho do dia 28 de dezembro sexta feira 2018 - Santos inocentes



28 dezembro - Peçamos aos Santos Inocentes para que nos alcancem a graça de padecer aquele martírio lento, de cada dia, que nos causa o amor próprio ferido. (S 196). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 2,13-18

"Depois que os magos se retiraram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo". José levantou-se, de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito; e lá ficou até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: "Do Egito chamei o meu filho". Quando Herodes percebeu que os magos o tinham enganado, ficou furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, de acordo com o tempo indicado pelos magos. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: "Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, pois não existem mais". "

Meditação:

O Evangelho de hoje recolhe este hino maravilhoso que Maria pronuncia na presença de Isabel, sua prima. Vemos nele, em primeiro lugar, a atitude de Maria, fundamentada em sua pobreza, em sua disponibilidade à vontade de Deus, em sua obediência e em sua fidelidade.

Com este hino Maria louva a Deus pela eleição referida a ela; reconhece a providência de Deus no governo do mundo e recorda que Deus cumpre as promessas feitas aos Patriarcas. Por outra parte, nada agrada mais a Deus que o louvemos com as mesmas palavras que o Espírito divino inspirou a Maria.

Lucas nos apresenta o "cântico de Maria" em seqüência à proclamação de sua bem-aventurança por Isabel, que meditamos ontem.

Maria proclama que é nela, por sua concepção de Jesus, que Deus fez maravilhas. São as maravilhas do amor de Deus que se comunica a todos os homens e mulheres, na fraternidade e na paz.

O cântico de Maria fortalece a esperança dos pobres na conquista do mundo novo possível.

Lucas, no Evangelho, põe em paralelo com Ana as palavras de Maria na casa de Isabel.Maria, como portadora da Palavra de Salvação que Deus lhe deu, reconhece a grandeza do projeto de Deus nela e em seu povo.

A lógica de Deus que se manifesta nas palavras de Maria, é a de um Deus que se inclina para olhar em baixo, para ver a pequenez da escrava, dos humildes, dos famintos; a de um Deus que escolhe um povo pequeno e simples; para fazer da pequenez a força do Reino de Deus.

Tal é a lógica de Deus que nos foi anunciada hoje nas palavras de Maria; é um chamado a assumir o seguimento de Jesus desde onde ele quis estar, desde os mais pequenos e simples.

O canto de Maria apresentado por Lucas em seu evangelho nos revela que, aos olhos de Deus, os preferidos são os que foram desumanizados e humilhados pelos poderes do mundo.

Maria dá testemunho de que o Deus da Bíblia é aquele que se põe sempre do lado dos excluídos e marginalizados pelas estruturas de poder encarnadas na ordem social, econômico, cultural, religiosa, política, familiar...

Maria retoma um canto de libertação que certamente Isabel recitou durante toda a sua vida.

Este é o canto da misericórdia de Deus, de um Deus que abertamente se colocou do lado daqueles que experimentaram o sentido de humanidade.

Maria, portanto, passa a fazer parte dos personagens bíblicos que vivem descontentes diante dos modelos sociais de desigualdade impostos sobre o povo.

Este canto de Maria continua chamando hoje a atenção do povo cristão que dia-a-dia recita em sua oração esse projeto e desejo de ver o mundo e a história em total equilíbrio.

Quando a humanidade puder viver este canto-projeto, poderemos experimentar em nossas vidas a irrupção de Deus que é misericórdia, entenderemos que a fidelidade de Deus vai “
de geração em geração”.

Nossa grande tarefa hoje é redescobrir esse Deus que Jesus e Maria experimentaram, e atualizar seu projeto de misericórdia e justiça em meio a situações de miséria e de morte que se nos impõem desde os círculos de poder que regem os destinos da história e da humanidade.

Colocar-nos do lado de Jesus, ao estilo de Maria, a mulher fiel e comprometida com a causa da justiça, significa deixar atrás o modelo de cristianismo que vivemos baseados na segurança e na comodidade, para experimentar em nossa própria vida a sorte dos sem sorte, a realidade de miséria que vivem tantos irmãos e irmãs nossos.

Não podemos continuar sendo cristãos sem incomodar-nos com a desigualdade, a injustiça, a fome, a morte e marginalização de nossos povos.

Que este tempo de Advento nos sirva para potenciar a oração, mas não da forma neutra como rezamos até hoje; que seja uma oração para estar despertos e poder compreender os sinais dos tempos e começar a viver com resistência. A pedagogia de Deus, do Pai de Jesus, é bem clara no canto de Maria.

Por isso, devemos assimilar essa pedagogia e estar do lado dos prediletos de Deus: os pobres e esta época é propícia para conseguir dar um salto qualitativo em nossas vidas.

Comecemos já...

Reflexão Apostólica: 

Hoje, antes de prepararmos esta reflexão (um pouco longa, por sinal), lemos uma linda passagem do primeiro livro de Samuel (1Sm 2,1.4-8), a qual sugerimos que vocês também o façam: a entrega no santuário de Deus de um filho nascido milagrosamente de Ana, sua mãe estéril.

Ela devolve a Deus o que Deus lhe havia dado, e oferece ainda um esplêndido sacrifício segundo o costume desses tempos arcaicos.

O menino crescerá à sombra do santuário, educado pelos sacerdotes, e chegará a ser, por sua vez, juiz e profeta, sacerdote e líder de Israel, o protagonista de um momento tão delicado e complexo como foi a instauração da monarquia para o povo de Israel. A Samuel coube ungir os dois primeiros reis, Saul e Davi.

Esta reflexão tem sua continuação no cântico responsorial, tomado esta vez, não dos salmos como é costume, mas das mesmas palavras com que Ana deu graças a Deus por sua bondade: "Exultai o meu coração no Senhor, pois nele se eleva a minha força...".

Este cântico expressa a alegria de uma mulher pobre e humilhada porque Deus a salvou, concedendo-lhe um filho.

Este cântico, certamente, também expressa os sentimentos de júbilo de tantos pobres e humildes, de tantos perseguidos injustamente, de tantos humilhados e ofendidos.

Deus toma a defesa deles; seus planos não são como os nossos, nem seus critérios como os nossos critérios.

“Ele, - o Senhor – dá a morte e a vida, dá a pobreza e a riqueza, humilha e exalta. Ele levanta do pó o miserável, ergue do lixo o pobre, para fazer assentar-se entre príncipes e receber um trono de glória”.

É também nossa firme esperança de cristãos, neste Natal, que já está bem próximo, aguardarmos um mundo de justiça e de paz, no qual colaboraremos em sua construção, com todos os homens de boa vontade, trazendo a mensagem do evangelho.

Imaginemos a alegria de Maria ao ouvir de Isabel aquela honrosa saudação do Evangelho de ontem. Maria transbordava de júbilo pela confirmação da Palavra de Deus através de sua prima.

O Evangelho de hoje é a continuação do texto de ontem, o cântico do “Magnificat” que Maria entoa, claramente inspirado no cântico de Ana.

Já se falou, com um pouco de exagero, de seu caráter subversivo. Há até quem atribua poderes mágicos à sua recitação, como se fosse um talismã.

O "Magnificat" transformou-se em oração diária da Igreja, que o recita no ofício da tarde e que nós, Equipistas de Nossa Senhora, já sabemos de memória e rezamos nas intenções de todos os irmãos do Movimento. 

Nele, Maria reconhece a grandeza de Deus, expressa sua alegria e seu agradecimento porque o Senhor se fixou em sua pequenez.

Anuncia profeticamente os louvores que receberá de toda a Igreja, não por ela mesma, mas por aquilo que Deus realizou em sua pessoa.

Maria antecipa o feliz anúncio que Jesus fará mais tarde, de que Deus tomará a defesa dos pobres, que dispersará os soberbos e derrubará do trono os poderosos, para enaltecer os humildes e encher de bens os famintos e que, da riqueza dos poucos que a possuem, não sobrará nada, porque será repartida entre os pobres.

Trata-se de todo um programa de transformação do mundo que, dois mil anos depois do nascimento de Jesus, ainda não se realizou plenamente, porque nós, cristãos, não levamos ainda a sério o Evangelho. Porque não nos empenhamos em anunciá-lo e realizá-lo. Fica ainda toda uma tarefa para este novo ano que se aproxima.

Alguém pode nos dizer que se trata de esperanças terrenas, reivindicações sociais que só afetam a vida terrena do homem, esquecendo-se de sua dimensão transcendente, de sua vocação espiritual...

Deveríamos responder-lhes que a salvação de Deus começa a realizar-se aqui na terra, como o anunciaram Ana e Maria, como Jesus começou a realizá-lo pregando o Evangelho aos pobres, curando-os de suas enfermidades e, inclusive, alimentando-os no deserto, quando deixam tudo para segui-lo.

Estas santas mulheres da Escritura dão graças por tudo: pelo pão, pelos filhos, pela intervenção de Deus em favor dos pobres e humildes, por uma ordem social mais justa e igualitária, pelo cumprimento das promessas feitas no passado, pela possibilidade de enxergar o futuro com esperança e confiança, pela salvação total que envolve o corpo, a dignidade, a alma, os sonhos, as mais concretas e imediatas necessidades, mas também as mais recônditas e fundamentais, como descobrir que a vida tem sentido quando somos amados, e estar seguros de que o amor não morre nunca.

Sem querer parecer uma insistência na mesma tecla, mas perdemos ou desperdiçamos muito do nosso tempo RECLAMANDO ao invés de transformá-lo em agradecimentos e louvores.

Conseguimos imaginar o que é ser escolhido no meio de tantas outras mulheres para ser a mãe de Jesus?

Maria conhecia a palavra de Deus, ela é citada em vários trechos do evangelho, ouvindo em silêncio o que era proclamado nas sinagogas e templos.

Ela tinha conhecimento das maravilhosas mulheres que a antecederam na história de seu povo, mas em detrimento a todas elas, Deus enxergou Maria. Como ela poderia deixar de louvar por isso?
Vejamos uma coisa: Deus viu Davi no meio de vários irmãos: Viu Samuel, viu José, viu Abrão que virou Abraão, Jacó que virou Israel, Simão que virou Pedro, Saulo em Paulo, (…) e viu você, eu, ele (a)… nós.
Qual é o nosso canto, de agradecimento a Deus por ter nos visto e perante tudo que tem acontecido em nossas vidas?

O MAGNIFICAT nada mais é do que o testemunho de reconhecimento vivo que Deus age em nossas vidas.

É importante frisar: O amor de Deus chega a seu tempo e que, apesar de sabermos que somos amados e amadas bem antes de nosso nascimento, é para alguns ainda difícil de acreditar que o nosso nascer também foi motivo de alegria para alguém.

(Lembro-me marejando os olhos de quando meus filhos ainda estavam no ventre de minha esposa, o número de planos para aqueles que ainda nem tinham nascido! Imagino Maria então?)

Ao nascer, demoramos demais para crescer e a bem da verdade, tem gente que talvez nunca queira crescer, amadurecer, mudar, (…). Ao crescer, já não temos tempo para cantar.

Tomamos decisões que nos causam bonança e desgostos; lembramos mais de Deus pelo negativo que ocasionalmente nos assola em detrimento as maravilhas que o dia nos reserva. De certa forma, somos ingratos com Ele.
Vamos mudar esse paradigma! O que em poucas linhas, ou versículos poderíamos dizer?
Façamos nossas as palavras de Maria nestas vésperas de Natal, e cantemos com ela o louvor de quem também fez e faz em nós maravilhas.

Propósito:
Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.
__,_._,___
ESSE É O MOMENTO!
Planejar é trazer o futuro para o presente de tal maneira que você possa fazer alguma coisa.  
Não importa quão ocupado você esteja, faça tudo o que for possível para encontrar o tempo necessário nessas próximas duas semanas a fim de refletir, pensar, contribuir e planejar.

A semana entre Natal e Novo Ano é ideal para esta prática. Tente reduzir a velocidade. Invista tempo naquelas pessoas a quem você ama e realmente com quem se importa. Separe tempo para uma boa caminhada com o seu cônjuge, fale sobre planos para o próximo ano. Use esse tempo para recarregar suas baterias e, com empolgação, pense em algumas mudanças ou adições substanciais que você deseja implementar neste Novo Ano.

Não tenho dúvidas de que você irá descobrir que o ato de refletir, pensar, sonhar e planejar (com sua família) poderá ser algo que, mais positivamente, irá impactar a sua vida nesses próximos doze meses. Vá para além das vitórias, derrotas e estagnação e use este novo momento para iniciar uma nova página que – pela graça de Deus – poderá ser o melhor ano de toda a sua vida.


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