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sábado, 22 de dezembro de 2018

EVANGELHO DO DIA 25 DE DEZEMBRO NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO



25 - NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
Queremos que seja ouvido o desejo no qual redundam todos os demais: "Salvator noster, salva nos: Salvador nosso, salvai-nos!" (L 244). São Jose Marello


João 1,1-18

"No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.
A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.
João disse o seguinte a respeito de Jesus:
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia."
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.
"
Meditação:
 
Hoje estamos em festa, pois celebramos o nascimento de Jesus. É a festa do Deus humanado, que se fez homem para viver entre nós..
É uma celebração de júbilo e alegria para os cristãos, os que reconhecemos em Jesus o iniciador de um caminho religioso universal oferecido por Deus a toda a humanidade.
Celebrar hoje o mistério da encarnação é reconhecer que Deus se humaniza em Jesus criança, humilde, pobre, frágil, e que revela outra lógica, a do amor indefeso do bem Deus que necessita ser cuidado para sobreviver.

Iniciamos hoje o tempo do Natal, tempo de cantar a alegria pois o nascimento de uma criança coloca Deus no meio de nós como maravilhosa manifestação de seu amor. 
A leitura do livro de Isaias (Is 52,7-10) é um canto de louvor da libertação de Jerusalém que se aproxima. Duas imagens marcam a leitura, por uma parte a dos mensageiros que sobre os montes de Judá trazem a noticia da libertação próxima e gritam: Javé reina!

A segunda imagem é a dos sentinelas que prorrompem em júbilo porque vêem o retorno de Javé a Sião e exclamam alvoroçados como o senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém.
É no contexto em que o livro do profeta Isaias foi escrito, a maioria do povo de Israel se encontrava exilada na Babilônia, são escravos dos Assírios.
Contudo, vêem como muito positivo que Dario assuma o poder, pois colocam suas esperanças naquele que será o libertador, que permitirá o retorno à sua terra.
Esta realidade é iminente porque o escritor canta a alegria do retorno à terra. Para nós hoje, esses pés do mensageiro anunciam o nascimento do Senhor e nós, como sentinelas, proclamamos alegres a presença do salvador que se faz vida no meio de nós.

O Salmo responsorial (Sl 97/98,1.2-3ab.3cd-4.5-6) corresponde a um hino de louvor dirigido a Javé, por ter realizado maravilhas e porque revelou a justiça às nações recordando-se da lealdade de Deus a Israel.

O salmista convida toda a criação (mares, rios e montes) a aclamar a Javé que chega para julgar o mundo com justiça e os povos com equidade.
Esta felicidade nós a partilhamos com o salmista quando recebemos Jesus que nasce. Ele é o Deus mesmo que se converte em Boa Noticia, anuncio de salvação para todos os povos, que assume nossa condição humana e por isso estamos alegres e cantamos cheios de jubilo e esperança.

A carta aos Hebreus (Hb 1,1-6) reforça ainda mais a alegria desta celebração da Natividade do Senhor Jesus.
Expressa que muitas vezes e de múltiplas maneiras Deus falou no passado a nossos pais por meio dos profetas, porém nos últimos tempos nos falou por meio de seu Filho a quem constituiu herdeiro de tudo. Irmãos, estamos nos últimos tempos, pois a revelação chegou à sua plenitude em Jesus Cristo.
Ele é a imagem do Deus invisível, aquele que o vê, vê o Pai; pois ao assumir a condição humana e ao nascer em um estábulo, como um homem pobre, Deus se manifestou solidário com todos os homens da terra e por meio de Jesus mostrou o caminho da salvação.

 Ontem, na Missa da noite , líamos o relato do nascimento de Jesus, segundo a belíssima narração de Lucas. Líamos que os pastores foram a Belém e encontraram o menino tal como lhes haviam dito: com sua mãe, uma humilde donzela que guardava no coração as coisas tão grandes que Deus estava manifestando, e junto a José, um humilde carpinteiro que devia cuidar dos dois.
 Um menino não sentado num trono de grandeza e poder, mas na morada dos mansos animais que acompanham os pobres e os humildes.

Assim Deus se nos mostra, assim revela sua vitória, sem a prepotência dos conquistadores nem a violência dos poderosos. Sem armas, sem exércitos. Não provoca gritos de terror nem soluços de angústia. Diante da amorosa presença do recém nascido, tanto os anjos como os pastores irrompem com cantos de alegria.
A liturgia de hoje nos propõe o prólogo do evangelho de João para a reflexão. Este hino ao Verbo-Palavra de Deus, à Verdade, à Luz, que é o próprio Jesus, possui uma dinâmica descendente.
No principio a Palavra se encontra ao lado de Deus e por ela são feitas todas as coisas. É a Palavra preexistente, junto de Deus e antes de todos os tempos.

Esta Palavra, que é Jesus, armou Morada entre nós, se fez carne, assumiu a condição humana, se fez um de nós e por ele nos comunicou o Pai, por ele vimos a Deus.
João veio para dar testemunho de Jesus, preparou-lhe o caminho, veio antes para anunciar a vinda do Salvador.
Veio a Luz que é Jesus e os seus, que o evangelho de João chama judeus, não o receberam, porém aos que o acolheram lhes deu o poder de fazer-se filhos de Deus no Filho (irmãos).
Como se vê, é um texto teológico muito profundo, nele se expressa o mistério da encarnação. Deus se faz homem, assume a temporalidade e limitação dos homens para tornar infinito e ilimitado o homem. Deus se faz homem para fazer do homem imagem de Deus.

Somos convidados a assumir esta mesma dinâmica em nossa vida como cristãos, encarnar, assumir os valores e realidades dos lugares onde vivemos, olhar para baixo, para os que são vistos pela sociedade como pouca coisa, e reconhecer que neles a revelação de Deus acontece aos olhos do crente.
Buscamos as seguranças em nossas vidas, porém a novidade da encarnação de Jesus é o risco de abandonar a segurança do Pai para assumir a insegurança da condição humana e da condição humana pobre, por isso é que crer em Jesus implica o risco de deixar tudo para segui-lo.

O capitalismo converteu o Natal em festa dos ricos, com a troca de muitos e luxuosos presentes, o que vai ampliando a distancia entre pobres e ricos, que não tem nem o que comer nem o que presentear.

Certamente é nestes pobres que Jesus nasce e daí nos desafia a assumir um projeto de transformação a favor da vida.

Reflexão Apostólica: 

Acabamos de ler o prólogo do evangelho de João. Ele nos diz quase laconicamente que a Palavra de Deus, pela qual foram feitos o mundo e tudo o que o contém, fez sua morada entre nós, como se armasse sua tenda de pastor entre as ovelhas do rebanho, para iluminá-las com a luz suave de sua presença que espanta as trevas.
Esta é a Palavra eterna e criadora, que vem de Deus, que se encarnou em Jesus há mais de dois mil anos e veio nos trazer uma mensagem de esperança, para que todos os homens possam chegar a ser filhos de Deus.

Este evangelho de Natal nos apresenta dois elementos importantes para a vida do cristão: a Palavra e a Luz.
  
Suas palavras de vida eterna, como descreveu Pedro, promovem vida digna para todos os seres humanos.

Essa Palavra que existia desde a eternidade se manifestou humanamente na pessoa de Jesus, que habitou entre nós e vive presente em meio da humanidade sofredora e necessitada.

Por meio da Palavra somos iluminados e enviados a anunciar o Evangelho a todos os povos do planeta.

Jesus é essa Luz verdadeira que ilumina toda pessoa. Ele veio ao mundo, mas foi rejeitado pelos seus e continua sendo rejeitado hoje pelos que não compartilham seu projeto de vida.

Nossa missão, como seguidores de Cristo, é a de sermos testemunhos dessa Palavra e da luz do mundo.

Por isso, acolher o Natal, que hoje celebramos com alegria e esperança, requer acolher de verdade a mensagem que o Redentor veio nos: "Amem-se uns aos outros, como eu vos tenho amado".

Celebramos o mistério da encarnação. Deus assume a condição humana em Jesus de Nazaré.

Os evangelhos enfatizam as condições humildes de seu nascimento e assinalam como condição para esse nascimento a aceitação profunda e consciente por parte de José e Maria, a lógica do agir de Deus acontecendo em um povo pobre e simples.

Ser seguidor de Jesus é assumir seu caminho, o caminho da encarnação nos desafios de uma cultura e de uma época; uma obediência incondicional a Deus até a morte.

Por isso, celebrar o Natal não é somente uma recordação, é lutar dentro de nossos povos e nossas circunstancias para que a dignidade de homens e mulheres seja respeitada, para que tenhamos condições dignas de vida, e para que os nossos países sejam lugares mais de acordo com o sonho de Deus, do Reino. Nesse espírito, essencial do cristianismo, Feliz Natal a todos!

Apenas sentimentos de alegria e gratidão podem ocupar nosso coração neste dia, pela proximidade amorosa de Deus, pela salvação e perdão que nos oferece tão gratuita e desinteressadamente.

Porque nos revela que sua vontade não é outra senão a nossa felicidade, e que Ele quer ser para nós um Pai amoroso sempre nos esperando e acolhendo.

O mundo pode estar bem orgulhoso de suas conquistas e progressos, especialmente quando começa este terceiro milênio de tantas maravilhas.

Triste é saber que tudo isso está reservado, por enquanto, somente para uns poucos, e que a maioria dos seres humanos, por causa do egoísmo e da cobiça, sofre de muitos males.

Nós, cristãos, ao celebrar o nascimento de nosso salvador, devemos nos comprometer a repartir com todos a alegria que hoje nos embarga, fazendo com que cada vida humana seja uma oferta e um testemunho do amor de Deus, este amor que nos foi manifestado de forma tão esplêndida, um amor que gera vida e traz a paz, que cura e consola, que perdoa e acolhe.

Há mais de dois mil anos, "A Palavra  veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.". Por que será? Não é difícil elencar um grande número de razões.

E hoje? O fato continua. Cada um é juiz de si mesmo. A verdade é que Ele se manifestou e dele muito se fala hoje. Mas, quantos escutam?
Poucos ouvem a Palavra. Mas a todos  os que ouvem o anúncio da Palavra o Senhor deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus. E isto soa a todos como algo extraordinário? Nem sempre, nem para todos.

A realidade é que o presente foi dado: Jesus. Resta aos agraciados com Ele o aceitarem. O anúncio de Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade foi feito; resta ser ouvido e repetido por quantos o escutaram e são gratos a Deus por esse bem imensurável.

Que tal começarmos a vivenciar melhor esta gratidão a Deus por nos adotar como seus filhos, acolhendo em nós a Palavra? Será um bom começo. Ou foi inútil a Palavra se fazer carne e habitar entre nós?
Com a Palavra, aquele que bate à porta! Com a decisão, aquele que tem chave e lhe pode abrir ou não: VOCÊ!

Propósito:

Pai, em teu Filho Jesus tu te fazes presente no meio de nós. Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te na fragilidade humana do Verbo encarnado. Ó Deus Pai, em Jesus acolhemos tua Palavra, feita carne e sangue, força e ternura, morte e ressurreição; dá-nos a força necessária para seguir os passos e o caminho que ele traçou para chegar a ti, abraçando, em nosso caminhar para ti, a todos os irmãos e irmãs.

ALEGRIA QUE SE ESPALHA
Natal é vida porque celebramos o Autor da vida.  
Hoje, quando celebramos o Natal celebramos também o Melhor e Maior presente que a humanidade recebeu: Jesus Cristo.

Em Cristo e mediante sua vida aprendemos que a plenitude da vida consiste em se dar. Jesus nos ensinou que cada um de nós é singular na contribuição que pode oferecer visando construir um mundo melhor; porém, apesar da nossa singularidade, também fazemos parte de uma grande e incrível comunidade. É o dar que nos mantém a todos conectados.

Portanto, dê não para causar uma boa impressão em alguém; não para apenas preencher uma obrigação ou pagar uma dívida, mas pela alegria de dar. Ao fazer isso você estará espalhando a alegria muito mais longe do que possa imaginar; e mais ainda: você estará se assemelhando à personificação daquele que sendo Deus se tornou carne, dando-se até a morte, e morte de cruz. 

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