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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Evangelho do dia 14 de dezembro sexta feira 2018


14 dezembro - Reaviva a fé naquele que, recomendando-nos de fazer o bem, depois sempre se alegra até mesmo com o desejo de o ter feito. (L 88). São Jose Marello
Mateus 11,16-19

"- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? São como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram!
Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e todos dizem: "Ele está dominado por um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e todos dizem: "Vejam! Este homem é comilão e beberrão! É amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama." Porém é pelos seus resultados que a sabedoria de Deus mostra que é verdadeira.
"
Meditação:
Hoje, encontramos Jesus questionando com sabedoria toda uma geração, e nela toda humanidade, que parece indiferente diante da vontade de Deus e que, de fato, rejeitou historicamente os mensageiros de Deus. Jesus compara sua geração com crianças que não se escutam nem se compreendem entre si.

Esta falta de entendimento pode ser considerada como a confluência de múltiplos egoísmos, que gera unicamente choque de interesses, surdez e cegueira ante os desígnios de Deus.

Sem dúvida, Jesus lança uma crítica profética àqueles que escutaram a mensagem e que assassinaram os profetas.

Trata-se do inconformismo social, que não entende facilmente o papel dos enviados de Deus.

João e Jesus foram criticados pela radicalidade e a coerência em seus estilos de vida. Agora, quem são os que tampam os ouvidos e fecham os olhos ante o anúncio?

Hoje, as grandes causas a favor da justiça, da paz, do cuidado com a criação, parecem estrelar-se contra a cegueira e a surdez gerada pelas estruturas do poder dominante.
Muitas pessoas ouvem as mensagens do Evangelho, mas não se sensibilizam com elas, não correspondem a elas, de modo que elas não provocam eco em suas vidas.

O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é tão importante como a comunhão de idéias e valores que deve haver entre os homens e Deus.

O conhecimento nos ajuda a realizar esta comunhão de modo que ele é um meio necessário para que possamos atingir o fim, mas o conhecimento não é a finalidade em si.

Se ficamos apenas no conhecimento, não dançamos com as flautas nem batemos no peito com o canto fúnebre, não comungamos as idéias de Jesus.

A liturgia, neste Tempo do Advento, destaca a figura de João Batista nas leituras dos evangelhos, nestes dias que antecedem o Natal.

A novidade do Reino começa com João. Jesus proclama: "Desde o dia de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência e violentos se apoderam dele..." (Mt 11,12).

João significa uma ruptura com os pilares do judaísmo: o sacerdócio, o Templo e a Lei que excluía os seus inadimplentes (pecadores).

Ele descarta a linhagem sacerdotal do pai, troca o Templo de Jerusalém pelo deserto (periferia), e anuncia a libertação dos oprimidos pela Lei, acusados de pecadores, através da prática da justiça.

Na elementar parábola narrada por Jesus, um grupo de crianças tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou tristeza, porém, o outro grupo os rejeita. Então, o próprio Jesus passa a explicá-la.

João Batista fez seu anúncio da conversão, de maneira austera, nas regiões desérticas do Jordão, e foi acusado de “ter um demônio”.

Jesus, por sua vez, anunciando a chegada do Reino dos Céus de maneira simples e comum, no meio do povo, comendo com os pecadores e publicanos, é chamado de “comilão e beberrão”.

Os chefes religiosos, que vêem em João e em Jesus uma ameaça ao seu poder, procuram difamá-los diante do povo. Porém, o povo, excluído e oprimido, reconhece a sabedoria da mensagem de Jesus e a recebe com alegria e esperança.

Mas que gente difícil aquela, a quem Jesus fora enviado! Eles haviam recusado a sabedoria de Deus, que primeiro se apresentara no ascetismo de João e depois a condescendência de Jesus para com os pecadores e excluídos do seu tempo.

Corremos o risco de dizer isto para os do tempo de Jesus. Não será que Jesus nos está dirigindo também a mesmíssima mensagem?

Vivemos tempos muito fortes em críticas, muitas vezes, infundadas; sem pés nem cabeça. E, como ontem, Jesus continua insistentemente dizendo: “Com quem vou comparar esta geração?

Ele se apresentou aos homens com uma nova mensagem: mensagem do amor, da paz, da justiça, da partilha, da solidariedade, da reconciliação e, sobretudo da misericórdia. Mas não foi compreendido e acolhido.

Só os simples, os humildes, os disponíveis, os amigos da verdade a Ele aderiram, reconhecendo n’Ele o ponto de chegada de toda a Lei e os Profetas.

Os outros, principalmente os chefes do povo, puseram-se contra Ele e O rejeitaram. Todavia, por ser forte, soube compreender os fracos e os reerguer, dando-lhes uma nova dignidade de viver entre os irmãos.

Se, enquanto fracos, condenavam os outros, agora, fortalecidos por Cristo e com Cristo, eles devem perdoar para que permaneçam sempre fortes. Já que os fracos condenam e os fortes perdoam.

Peçamos a Jesus que nos ensine a perdoar para sermos a geração dos fortes, a fim de suportarmos as fraquezas dos mais débeis como nos ensina São Paulo.

Reflexão Apostólica:

Esse evangelho lembra uma comparação interessante e que cai bem para esse momento:

“(…) Você compra uma casa nova e lhe perguntam como ela é. Você responde que tem seis (6) quartos, sendo três (3) suítes, duas cozinhas, duas salas, área reservada para lazer, com churrasqueira (…). Vai ter sempre um que vai dizer que você é SOBERBO.

Daí, você aprende com a correção e, ao ser perguntado novamente, diz que é uma casa boa e de bom padrão e convidá-os para conhecê-la.

Ao chegar lá e dar de cara com todos aqueles quartos, banheiros e salas, sempre vai ter aquele que vai dizer: HUM! CARINHA DE FALSA MODÉSTIA! FINGINDO DE HUMILDE”! (risos)

Que tal? Este exemplo dado não cabe certinho com a situação de Jesus? Não adiantava o que o Senhor dissesse ou fizesse, Ele estaria sempre equivocado aos olhos daqueles que não queriam ver a verdade, ou melhor, só queriam ouvir a SUA VERDADE.

(…) Há homens que se agarram a sua opinião, não por ser verdadeira, mas simplesmente por ser sua” (Santo Agostinho)

Então, o que fazer? Como não perder a motivação, o brilho e principalmente a fé mediante as perseguições, as calúnias, as injúrias que recebemos?

Aprendemos que, quando isso ocorre no trabalho a Justiça nos ampara pela lei que pune o assédio moral.

Quando somos pequenos temos nossos pais para nos defender, mas e agora, quem pode nos defender das persistentes frentes de caluniadores que nos cercam? “(…) Porém é pelos seus resultados que a sabedoria de Deus mostra que é verdadeira”.

Carrego comigo uma fé e um pensamento que diz que todas as vezes que um filho de Deus for caluniado injustamente por alguém, até mesmo no mesmo dia aparecem dois ou três anjos de Deus que nos fazem acreditar do contrário.

Por maior que seja a dureza do opressor, é a força enraizada na fé do oprimido, que hoje se faz pequena e humilhada, que acaba gerando frutos.

Quantas pessoas conhecemos que mesmo mediante a tantas críticas e fofocas consegue mesmo assim obter êxito nas suas tarefas?

Jesus se fez pequeno e indefeso numa manjedoura de uma cidade pequena de uma terra muito pobre; cresceu e foi majestoso sem perder a humildade. Humano, mas 100% divino.

Olhou no coração e nos olhos de 12 homens sem talento algum, onde semeou a esperança de ver um mundo melhor, mais humano e fraterno. Esses doze homens simples deram frutos 100 por um.

Todos foram perseguidos, quase na totalidade deles foram martirizados, mas não abandonaram a fé; sonhavam com que vemos hoje…

Outro homem precisou cair do cavalo pra entender a dinâmica da vida. Sonhou um dia poder ver a volta de Jesus, mas não se frustrou na velhice por não ter conseguido antecipar o momento que o Senhor voltaria.

Olhou dentro de si, lembrou por onde percorreu e que mesmo manco conseguir alcançar. Talvez estivesse olhando ou contemplando o céu quando escreveu aos seus a mensagem: “Combati o bom combate e guardei a fé”.

Padre Fábio de Melo canta uma singular canção com André Leonno  (CD Iluminar) que de fato reflete essa nossa vida de cristão.

(…) Se perseguido aqui eu não for Sinceramente um cristão não sou A Tua glória quero conhecer Ver a experiência de sobreviver… Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho Não há outra questão, QUANDO SE É CRISTÃO NÃO SE PARA DE LUTAR”. (Viver pra mim é Cristo – Fabio de Melo)

Deus vá a nossa frente! Marchemos!

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