Seguidores

domingo, 30 de dezembro de 2018

EVANGELHO DO DIA 01 DE JANEIRO DE 2019 - ANO C - SÃO LUCAS



Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
Maria recebeu missão de Deus e acatou pra si, concebeu através de obra do Espírito Santo. A Anunciação foi feita a 25 de março, carregou em seu seio o Filho Unigênito de Deus. Deus se fez carne por meio de Maria, Ele é o ponto de união entre o céu e a Terra. Sem Marina, o evangelho seria apenas ideologia, mas é plenitude.  Contemplar esse mistério, significa exercer em nós a confiança na Misericórdia de Deus, aceitarmos seu auxílio, abandonarmos as vaidades e seguirmos a vida de Jesus, para sermos, enfim, conduzidos à Vida Eterna.  Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lc1,42).O fruto no ventre de Maria é Jesus, quem aceita Jesus, aceita a boa árvore que é a Santíssima. Quem aceita um, aceita o outro. Jesus nasceu em Belém, nos últimos anos do reinado de Herodes, o Grande. O Anjo Gabriel aparece a Maria na cidade de Nazaré, virgem e noiva de José, e anuncia que ela viria a conceber do Espírito Santo e que daria ao seu filho o nome de Jesus. Dia 01/01 é também Dia Universal da Paz, ninguém poderia, mais do que Ela, ser símbolo da paz, amor e solidariedade.

01 janeiro 2019 - SOLENIDADE DE MARIA, SANTA MÃE DE DEUS.

Com grande sabedoria, São Gregório de Nazianzo afirmou que, quem não reconhece Maria como verdadeira Mãe de Deus, não crê na Divindade, é ateu. Prostrados aos vossos pés santíssimos, ó Maria, vos proclamamos como verdadeira Mãe de Deus e, de hoje em diante, vos escolhemos como nossa Mãe celestial! (S 32). São Jose Marello
Lucas 2,16-21

"Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto. E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado. Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer."
Meditação:

O ano litúrgico tem início com o tempo do Advento, a partir de fins de novembro, em preparação do Natal, antecipando-se ao ano civil que é aberto, hoje, 1o de janeiro, oitava do Natal, com a comemoração de Maria, Mãe de Deus. O ano não podia começar melhor.
Sei que alguns irmãos evangélicos também lêem o EVANGELHO DO DIA e, de forma, alguma essas primeiras linhas são idólatras, mas de pleno reconhecimento àquela que nos ensinou através da fé silenciosa e meditada em seu coração.

A festa de Santa Maria, Mãe de Deus, está colocada no calendário litúrgico imediatamente depois do Natal. Desta forma não corremos o risco de isolar a Maria, diminuindo sua importante missão em relação a Cristo seu Filho e com a Igreja.

As celebrações natalinas têm sido a ocasião para contemplar a proximidade e a ternura de Deus que partilha nossa condição humana e nosso caminho no tempo.

Em meio a este mistério, Maria é como o paradigma da Humanidade que se abre ao dom de Deus, a encarnação do ideal dos pobres de Javé, o modelo do discípulo “que escuta a palavra de Deus e a põe em prática”. O novo ano se abre sob o sinal da bênção divina (Nm 6,22-27) e sob o olhar amoroso da mãe de Cristo, "...nascido de mulher..." (Gl 4,4-70).

O Evangelho de hoje, constitui a parte final da narração do nascimento de Jesus no capítulo 2o. de Lucas. Depois que receberam o anúncio do anjo, os pastores se dirigiram “às pressas” (verbo: speudô) a Belém (v.16), demonstrando assim sua docilidade aos caminhos de Deus, da mesma forma como Maria havia feito antes, dirigindo-se “com pressa” (substantivo spoudé) à casa de Isabel (Lc 1,39).

Tanto a Virgem como os pastores obedecem com urgência e prontidão ao projeto divino que se realiza “hoje”, e diante do qual não é admissível nenhum atraso ou descuido. É a atitude do cristão que vive aberto aos caminhos do Senhor e é dócil às suas inspirações.

O que foi anunciado pelo anjo corresponde exatamente à realidade dos fatos (vv.15-17): os pastores “encontraram Maria, José e o Menino reclinado no presépio” (v.17). Então aqueles que antes foram destinatários da boa notícia (Lc 2,10, verbo: euaggelizomai), se transformam agora em anunciadores da mesma, e começam “a contar o que o anjo lhes havia dito deste menino” (2,17).

E todos os que escutavam os pastores, ficavam admirados” (v. 18). O povo se admira (grego: thaumazein). É a reação normal de quem experimenta a ação de Deus, como Zacarias (Lc 1,21), Maria e José (Lc 2,23), os habitantes de Nazaré (4,22; cf. 9,43; 11,14.38; 20,26; 24,12.41).

Destaca-se, no entanto, a atitude de Maria: “Maria por sua parte conservava todas essas coisas e as meditava em seu coração” (v. 19).

O verbo grego traduzido como “conservar” é syntêreô, que quer dizer literalmente: “custodiar algo precioso”, “cuidar com esmero de algo valioso”.

O outro verbo traduzido como “meditar” é o verbo grego symballô, que quer dizer literalmente: “pôr duas coisas juntas”, “unir realidades que estão separadas”, “confrontar”. Supõe uma atividade mental e uma atitude do espírito que cria síntese, que tenta encontrar uma lógica em meio de coisas ou situações aparentemente sem nexo. O verbo grego está no tempo imperfeito, o que indica uma ação repetida, contínua.

Lucas, portanto, descreve Maria como alguém que vive à escuta do Mistério e que, com profunda atitude contemplativa, lê continuamente os acontecimentos para descobrir seu sentido mais profundo. Maria é, aqui, verdadeira intérprete, hermeneuta, dos fatos acontecidos.

O evangelista faz notar com isto que a Virgem não havia entendido tudo desde o início e que somente, pouco a pouco, com o transcorrer do tempo e atenta aos fatos, vai compreendendo a lógica intrínseca dos acontecimentos e seu sentido.

Maria recorda tudo o que aconteceu em sua vida da parte de Deus e vai descobrindo os caminhos do Senhor e sua vontade pondo em relação uns fatos com outros. Esta atitude profundamente contemplativa se realiza “no coração”, sede do discernimento, do exercício intelectual, e, sobretudo da fé aberta aos desígnios de Deus. O texto conclui com a glorificação e louvor dos pastores que puderam experimentar o que Deus lhes anunciou (v. 20).

A figura de Maria, intérprete dos fatos históricos e contemplativa diante das ações de Deus, é modelo para todo crente, chamado a descobrir o mistério e a presença do Deus da vida no cotidiano e no ordinário de cada dia.

Maria, a mãe de Jesus, é mestra de vida interior, de oração e de escuta da Palavra. Ela acolheu a palavra de Deus em sua vida, deixou-a ressoar dentro de si, desde a primeira palavra do anjo até as últimas palavras de Jesus na cruz. Maria soube encontrar momentos de silêncio para adorar e meditar.

Por que Deus escolheu aquela pobre mulher de Nazaré, para concretizar seu plano de amor em relação à humanidade? Nem mesmo Maria deve ter sabido dar uma resposta definitiva a esta questão. Por isso, ela guardava, no coração, todas as palavras dos pastores, tentando discernir o sentido e as exigências da presença de Deus em sua vida.

O filho de Maria é o Filho de Deus! Este menino, nascido no ventre de Maria, é participante da vida divina e eterna, comunicada aos homens e mulheres.

A presença de Jesus entre nós significa a presença da Paz no mundo. "O senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz" (Nm 4,4-7). A Paz de Jesus é concedida a todos os povos e raças, sem exclusões, privilégios, ou eleições.

É a paz interior que nos liberta da imagem de um deus opressor e acusador, animando-nos a tomar iniciativas na prática do amor e da justiça.

É a paz exterior, a paz nos relacionamentos humanos, abolindo a ansiedade da riqueza e do poder e estabelecendo novos comportamentos de convívio, na misericórdia, na fraternidade, na solidariedade e na partilha.

É a Paz da qual se excluem aqueles que, movidos pela ambição e pelo amor ao dinheiro, fazem a guerra, tornando-se loucos.

Um ano novo é um convite a nos tornarmos homens e mulheres novos pela nossa adesão ao projeto de Deus de restaurar e santificar a vida, instaurando a paz na terra, a ser tecida no dia a dia, ao longo dos dias.

Reflexão Apostólica: 

Ano novo, vida nova! É o que grita o povo pelas ruas, praças e varandas. A alegria no novo ano que surge faz esquecer as dificuldades e penúrias do ano que termina.

A esperança inflama os corações e todos têm a sensação de que neste novo ano tudo será possível. É um novo tempo, um tempo especial que, entretanto, tem já a marca da decadência e do esquecimento.

A meditação nos convida a refletir precisamente sobre o tempo. Mas não sobre o tempo que marca o diário declive de nossa existência, mas sobre o tempo que nos abre as portas para o encontro com Deus.

O tempo não é, como costumamos pensar, um amontoado de datas num calendário, mas um presente, uma oferta da parte de Deus para a humanidade: um tempo de graça.

O Deus da vida sai constantemente ao nosso encontro e nos oferece a oportunidade de ver o mundo com novos olhos, com os olhos de quem sabe que, ao final, a justiça vencerá.

Entretanto, essa vitória não está indefinidamente proposta, como às vezes nos resignamos a crer. É uma vitória que irrompeu da mão de um ser humano, enviado de Deus: Jesus de Nazaré. Ele encarna a possibilidade da plena realização humana. 

Jesus leva ao máximo nossas possibilidades existenciais: primeiramente apontando nossas deficiências, mas, ao mesmo tempo, nos acompanhando no caminho que nos abre a porta do Reino de Deus.

Em Jesus, somos  livres para abrir nossa existência à graça divina. Nisto consiste o novo tempo: Jesus de Nazaré acaba com nossas limitações e nos dá a dignidade necessária para caminhar de cabeça erguida em busca de um novo tempo para a humanidade. Ele inaugura o tempo em que Deus realiza suas promessas entre aqueles que aceitam que a vida é algo mais que uma interminável batalha pela sobrevivência.

Assim nasceu uma grande esperança que não se extingue com o fim de nossa existência, mas se renova e floresce para cada geração que tenta converter nossa história de violência e morte numa história de graça e redenção.

Uma esperança que nasce na experiência cotidiana, cozida no fogo da paciência e temperada com o amor de cada dia. Uma esperança que é nossa e nos ilumina a cada dia, de modo que a discreta alegria que alimenta nossos corações no início de um novo ano, contém já o germe de uma alegria imensa pela irrupção de um novo tempo.

A festa do Ano Novo é uma boa oportunidade para celebrar com grande júbilo a esperança, mas também para avaliar conscientemente a experiência do ano anterior, de modo que a felicidade de um dia não provenha somente do costumeiro alvoroço das festas de fim de ano, mas de uma sábia disposição perante o ano que chega.

Cada novo dia se nos abre como um ramalhete de possibilidades no qual podemos escolher com sabedoria os caminhos que nos conduzem para uma plena realização humana no serviço aos nossos irmãos.

A festa deve nos ajudar a cultivar uma atitude sóbria e esperançosa perante as novidades que cada época da vida nos oferece.

Esse ano ainda teremos carnaval, quaresma, semana santa, páscoa, XI Encontro Internacional das ENS, (…); alegrias, tristezas, esperanças, mudanças, conversões, decepções… Nem um dia é igual ao seguinte e por isso, devemos começar o ano, rezando ave-marias.

Por favor, não confundamos devoção com sincretismo! Esse dia de paz e oração não deveria ser trocado por “pulinhos” em tantas ondas; por preocupações assoberbadas com lingeries rosa, vermelha, branca (sei lá). O católico tem seu jeito próprio de agradecer a Deus pelo ano que começa, esteja ele na praia ou na Igreja.
É, portanto, imprescindível o respeito a diversidade cultural e religiosa, mas como diz o refrão daquele funk carioca “cada um no seu quadrado” quanto aos seus ritos e costumes.

E o que pedir para hoje? “(…) O Senhor disse a Moisés: ‘Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei’.” (Números 6, 22-27)

Propósito: Em que coisas concretas você poderia se comprometer neste ano para me converter em instrumento de “bênção” para outras pessoas?

- Fazer um retiro pessoal (ou ao menos um tempo), com um exame de sua vida do ano que passou.
- Participar em alguma celebração penitencial comunitária, pedir perdão de meus pecados e reconciliar-me com Deus e com os irmãos.
- Fazer um plano de vida ao começar este ano (“ano novo, vida nova”).
- Continuar vivendo com o espírito do natal nos diversos ambientes: família,  Equipe, trabalho, lugar de compromisso...
A BENÇÃO DO OLHAR PARA TRÁZ
Para se viver a vida temos que sempre olhar para a frente, mas para entender a vida temos que olhar para tráz.  
Aqui estamos nós no novo ano! Gostaria de lhe sugerir neste primeiro dia do ano que a melhor maneira de se projetar no futuro é o de encher a sua mente com as memórias positivas do passado.

Faça uma pausa ainda que por apenas alguns instantes e reflita naquilo que de melhor lhe sucedeu nos últimos doze meses. Eis aqui algumas perguntas a título de sugestão:

* Se você pudesse reviver um dia do ano que passou, qual seria esse dia?




* Qual foi a experiência mais gratificante que experimentei nos últimos 365 dias?

* O que foi que mais me fez sorrir no ano passado?

* Espiritualmente, qual foi a melhor coisa que aconteceu a mim?




* Qual foi o livro mais importante que eu li?

* Em minhas viagens, qual foi a jornada que mais me marcou?

* Qual foi a conversação da qual me lembrarei por muito tempo?

* Qual amizade foi a mais importante?

* Qual foi a mudança que experimentei a qual terá um positivo impacto no meu futuro?



Essas perguntas – não tenho dúvida – merecem respostas. Por que? Porque quando focalizamos naquilo que é bom, no melhor, nós nos preparamos para um amanhã ainda mais promissor. 

Feliz Ano Novo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário