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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 25 DE FEVEREIRO - 2º DOMINGO DA QUARESMA


25 fevereiro – “Sunt bona mixta malis”. Há coisas que satisfazem os gostos humanos, misturadas com outras que parecem más, se a razão não busca a sua luz na fé. (L 167).São Jose Marello
Marcos 9,2-13
Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observavam esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. 11Os três discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?” 12Jesus respondeu: “De fato, antes vem Elias, para pôr tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”. 
 
Meditação:
A vida e ação de Jesus não terminam na sua morte. A transfiguração é sinal de ressureição: a sociedade não conseguirá deter a pessoa e a atividade de Jesus, que irão continuar através de seus discípulos. A voz de Deus mostra que, daqui por diante, Jesus é a única autoridade. Todos os que ouvem o convite de Deus e seguem a Jesus até o fim, começam desde já a participar da sua vitória final, quando ressuscitarão com ele.
Marcos situa a Transfiguração num contexto em que Jesus preanuncia sua morte e sua glória. Ele acaba de anunciar sua Páscoa próxima; mas Pedro se opôs tenazmente; não pode aceitar que o reino da glória, anunciado pelos profetas passe pelo sofrimento e pela morte.
A Transfiguração é, portanto, uma exortação de urgência especialmente para Pedro, para que concorde a ouvir Jesus (v. 7), quando fala de seus sofrimentos e de sua morte, sem deixar por isso de reconhecê-lo como Messias definitivo.
À maneira de Servo (Is 50,4-11), aquele que sendo Filho de Deus tomou nossa condição humana, assumiu a fraqueza e a fragilidade para se tornar um de nós; é o Servo que vai preferir a morte a deixar de libertar toda a humanidade que estava submetida ao pecado.
A fé exigida dos espectadores da Transfiguração anima os discípulos de hoje a não fugir das necessárias encarnações e do desprendimento que elas exigem, para assim não buscar um reino que prescinda da morte; mas que os impulsione também a não querer uma encarnação sem transfigurações. Os discípulos são chamados a ‘levedar’ as estruturas do mundo para transformá-las, morrendo para toda a classe de seguranças.
A transfiguração de Jesus é um texto que nos põe frente aquilo que Jesus deseja de seus seguidores. O Reinado de Deus requer seguidores convencidos de que o final de sua vida não é a morte, mas também a transfiguração de seu ser, ou seja, a Ressurreição.
Jesus, enquanto ora, transforma seu rosto e suas vestes, tem uma missão e partilha toda a experiência de sua transfiguração e o que ele assimilou de Deus, seu Pai, o revela a três de seus discípulos. Jesus, na transfiguração, compreende e revela o sentido profundo de sua vida: Uma atitude de filho que entende que para cumprir sua missão – que é a vontade de seu Pai - deve passar pela morte, na dinâmica de Marcos, pela morte na Cruz.
Os discípulos não conseguem assimilar a mensagem de derrota e de morte que seu Mestre lhes expressa; por isso recebem a mensagem: por trás da derrota e da morte, está seu triunfo.
O Pai assegura que a vida e a obra de Jesus não terminam com a morte, que a transfiguração, ou seja, a Ressurreição, será o definitivo para ele, que os animou na vocação do Reino.
Deve-se declarar que esta visão não levou o grupo dos discípulos ao perfeito conhecimento e a perfeita confissão de Jesus; entretanto, essa experiência permaneceu em seu interior como uma realidade indelével que os levaria a compreender melhor sua ressurreição e a partir daqui, chegar a entender a fundo o sentido aparentemente contraditório de sua vida: renunciar a todo poder e terminar condenado a morte, sem que ninguém até então compreendesse a fundo sua causa.
A presença de Moisés e de Elias, genuínos representantes da Lei e dos profetas, manifesta que, para o escritor do Evangelho, em Jesus se cumpre totalmente a lei e a profecia.
Assim como Moisés foi o libertador do povo da escravidão do poder do Faraó e como Elias foi o libertador do povo do poder despótico da Babilônia, Jesus é, para Marcos, o definitivo libertador de todo homem e mulher que assimilando sua causa se deixa conduzir por ele para viver a plena liberdade dos Filhos de Deus.
Um tema fundamental que toma novo rumo no relato da transfiguração é o tema da morte. A morte deixa de ser o fim irremediável e a sombra do horror, e começa a ser entendida como o translado para onde Deus está. Por isso, desde agora, a morte está intimamente ligada ao triunfo, e não pode ser entendida, senão a luz da Ressurreição.
Reflexão Apostólica:

Jesus levou os três discípulos à uma alta montanha e se transfigurou diante deles, mostrando-lhes a Sua glória. Isto também Ele quer fazer com cada um de nós que se dispõe a segui-Lo aonde Ele for.

Muitas vezes o subir a uma alta montanha requer um esforço pessoal e nos leva a nos desinstalarmos, a abrir os horizontes, a ir mais além da nossa vidinha medíocre. Aquele que sobe à montanha com Jesus consegue enxergar a Sua glória e também será contagiado com a sua beleza.

A manifestação do poder de Deus em nós muda as nossas estruturas e o nosso modo de ser. A transfiguração de Jesus nos revela a glória e o poder de Deus que também age em nós de uma maneira concreta nos fazendo sair da nossa humanidade que é terra para conviver com a realidade do céu que está dentro de nós, no nosso espírito.

Quando também, espiritualmente, nos deixamos conviver com Jesus na oração, na adoração, na meditação da Sua Palavra, nós também ouvimos a voz do Pai que nos diz: “Este é o meu Filho amado.
Escutai o que ele diz!” Aí então, com certeza, nós não teremos mais dúvidas de que o espiritual se revela a partir do que os nossos olhos vêem, do que os nossos ouvidos ouvem, independentemente do que as nossas mãos possam tocar.

O poder da palavra é tal que assim como cria, destrói. No caso de Deus, a Palavra criou tudo quanto existe, e ela fez tudo bem. No caso do ser humano, há a possibilidade de criar por meio dela realidades que levem os outros a encontrar algo de paz e de misericórdia, mas também é capaz de levar ao conflito e à morte.

Hoje em dia continuamos sofrendo da crise mencionada por Tiago em sua carta e que tem sua raiz no uso da língua. Somos chamados como cristãos a saber utilizar nossa língua, a pensar bem antes de falar.
O evangelho de Marcos que nos narra o acontecimento da transfiguração, convida-nos a um momento mais pleno de revelação de Deus ao gênero humano, representado ali em Pedro, Tiago e João; revelação que acontece ao se ouvir a seu Filho, que tem palavras de vida eterna e nos conduz a pastagens verdes onde nossas mais nobres esperanças verão sua realização.
Em nossas mãos está fazer um bom uso da Palavra não só falada, mas também daquela que cheguemos a transmitir com nossas obras cada dia de nossa vida.

O Evangelho de hoje nos traz a reflexão sobre o episódio da transfiguração de Jesus. E a pergunta que poderíamos pensar hoje é: o que há de tão importante na transfiguração de Jesus?
A primeira e maior lição que devemos tirar dessa passagem é a divindade e a intimidade de Jesus com o Pai e os profetas do Antigo Testamento. Só um Homem-Deus poderia fazer o que Ele fez, e aquilo serviu para os 3 discípulos deixarem para trás qualquer dúvida que ainda pudesse haver quanto a divindade de Jesus. E mesmo assim, Jesus ainda pediu que eles guardassem segredo sobre o que eles viram, até que acontecesse a ressurreição.
Quando perguntado sobre Elias, o que deveria vir antes do Filho do Homem, Jesus afirmou que o Elias prometido já havia vindo, e que os homens fizeram dele o que quiseram... mataram. Esse Elias era o próprio João Batista, que veio para endireitar os caminhos, para a chegada de Jesus... Ele fez o que pôde para cumprir sua missão, e foi isso que garantiu seguidores fiéis a Jesus desde os primeiros dias de sua missão.
E eu? Será que Jesus precisa se transfigurar na minha frente para que eu acredite nEle? Será que eu estou esperando algo extraordinário acontecer, para me decidir a seguir Jesus incondicionalmente? Ele mesmo não nos engana dizendo que vai ser fácil... "Quem quiser me seguir, tome a sua cruz e me acompanhe." Não é fácil... Mas o fardo se torna leve, porque Ele nos ajuda a levar... assim como o cirineu o ajudou.

Que saibamos reconhecer as transfigurações de Jesus nas pessoas que nos rodeiam, e que também deixemos Jesus se transfigurar em nós para as pessoas, para que Ele alcance cada vez mais pessoas através de nós...

Propósito:
Pai, faze-me contemplar o brilho de tua glória em cada discípulo de teu Filho que se entrega ao serviço do Reino, com total generosidade, mesmo devendo enfrentar a morte.
NINGUÉM ESTÁ OLHANDO
que você faz quando ninguém está olhando? Você trabalha tão intensamente quando ninguém o observa? Você é confiável e responsável, mesmo quando nenhum par de olhos está a observá-lo? 
Uma vida bem-sucedida depende do que você faz quando tem absoluta certeza de que ninguém o está observando. Isso porque as coisas que você faz quando ninguém está olhando são impulsionadas por aquelas coisas que você espera de si mesmo. E tudo aquilo que você espera de você mesmo é exatamente aquilo em que você se torna. 
As sementes de grandes e preciosas realizações são semeadas quando ninguém está olhando. O atleta olímpico que ganhou uma medalha de ouro, e que teve sua performance assistida por milhões de pessoas ao redor do mundo, é o mesmo que investiu em muitos anos de treinamento, quando ninguém o estava observando. O milionário, empreendedor bem-sucedido, investiu anos e anos de trabalho quando ninguém estava olhando. O que você está fazendo hoje – ou agora, neste momento -, quando ninguém o está observando?

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