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domingo, 11 de fevereiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 18 DE FEVEREIRO - PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA


18 fevereiro - Tudo proceda por princípios de fé, com ilimitada confiança nos auxílios do Céu e sentimento indestrutível de gratidão ao Senhor e somente a Ele, tanto na abundância como na carestia, lembrados sempre de que "sufficit diei malitia sua!” a cada dia basta a
sua aflição". (L 76). São Jose Marello
Marcos 1,12-15

"Logo depois o Espírito Santo fez com que Jesus fosse para o deserto. Jesus ficou lá durante quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Ali havia animais selvagens, e os anjos cuidavam de Jesus.
Depois que João foi preso, Jesus seguiu para a região da Galiléia e ali anunciava a boa notícia que vem de Deus. Ele dizia:
- Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho."

Meditação:

O tempo da Quaresma, com cinco semanas e quatro dias, e o tempo pascal que o sucede, com sete semanas, se inserem dentro do ano litúrgico, tendo como data de referência o domingo de Páscoa, o qual ocorre logo após a primeira lua cheia de primavera (a partir de 21 de março, no hemisfério norte).

A Quaresma é um tempo de aprofundamento da conversão, com seu apelo a uma mudança de valores recebidos da sociedade discriminatória e elitista em que vivemos.
O Criador estabelece uma aliança com o ser humano válida para todas as gerações (“descendência”). Muito antes de se falar em Ecologia, o texto da criação em Gênesis 1 como outras passagens bíblicas (por exemplo essa que refere o símbolo de um dilúvio ou destruição universal com simultânea possibilidade de resgate até dos animais – a Arca de Noé), a Bíblia já indicava que Deus é o Senhor da natureza, que foi entregue à administração humana. Só o homem pode conduzi-la ou à destruição ou à prosperidade.

O que nos falta é discernir e distinguir os caminhos. Aonde leva esse ou aquele? Mas Deus está sempre ensinando quem quer aprender como nos lembra o Salmo.

A Passagem de Jesus desse mundo ao Pai (Páscoa) deu-se uma única vez em sua morte. Mas, assim como ele recebeu nova vida pelo Espírito – como nos lembra a carta de Pedro – assim também nós temos a mesma chance de total recuperação da vida. Tudo está sob o poder de Cristo.

Ao tempo dos apóstolos, acreditava-se que os ares eram povoados entre o céu e a terra por muitos seres: anjos, dominações e toda sorte de potestades. Aparentemente superiores aos homens (estavam acima deles), mas eles são submissos ao Cristo ressuscitado.

A humanidade contemporânea dispõe de muitos poderes (científicos, tecnológicos, políticos e militares) capazes de acabar com a fome e as doenças endêmicas pelo mundo afora. Ou não.

Os poderes desse mundo são capazes também de promover a guerra e o abandono das populações pobres (uma pessoa morre a cada dez segundos, de fome ou em conseqüência da desnutrição, segundo os dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação – FAO).

Esse o dilúvio que afoga milhões de seres humanos. A história vai registrar se nosso tempo e nossa responsabilidade construíram uma “arca” de resgate.

Quarenta é um número simbólico de um ciclo completo ou uma fase inteira (começo, meio e fim). Quarenta dias jejuou Moisés preparando-se para o encontro com Javé que lhe daria os Mandamentos – caminho de salvação para o povo. Quarenta anos andaram pelo deserto preparando-se para tomar posse da Terra prometida. 
  
Quarenta dias e noites também esteve Jesus sozinho com seus demônios lutando para encontrar o melhor caminho para exercer sua missão. Desse tempo de jejum e oração Jesus saiu fortalecido pelo Espírito e começou sua pregação. Terminou o tempo da profecia do Batista, tempo de preparação, que ainda não era o Novo.

Agora chegou o tempo oportuno: o Reino está à nossa disposição. Infelizmente poucos se dão conta disso.

A oferta é para todos, mas sem conversão e sem crer no Evangelho não podemos entrar nesse modo novo de viver a vida.

O jejum e os silêncios, orações, esmolas, visitas aos doentes, apoios solidários, busca de mudanças para hábitos mais saudáveis, tudo isso (a parte que nos toca) resume-se em: “Conversão”. Converter é mudar a direção. Mudar nosso modo de olhar e modo de viver.

Acolher o evangelho não é decorar doutrinas nem praticar ritos e devoções. Tudo isso pode ajudar formando um “ambiente climatizado” onde ouvimos a Palavra. Mas é o Espírito que clama em nós. Só ele nos aponta os caminhos na vida.
  
É tempo de Quaresma, é tempo de mudança... Para melhor.

Reflexão Apostólica: 

Entramos hoje no tempo da Quaresma, no tempo de rever as nossas atitudes, a nossa caminhada, e mudar de vida. Depois da grande folia do Carnaval, depois de tantos desvios do caminho da casa do Pai, é chegada a hora de pensar seriamente no grande enigma da vida: De onde venho e para onde vou?

Poderemos responder que viemos dos nossos pais, e estamos nos dirigindo par o nada, para o cemitério, para o fim, ou para a morte. Porém, nós que acreditamos nos mistérios de Cristo e nas promessas do Pai através do seu plano de salvação da humanidade, sabemos que a vida não termina com a morte.

Sabemos que esta vida terrena é apenas uma pequena parcela da nossa vida, a qual continua depois da morte, e não estamos nos referindo a reencarnação.

Estamos falando da Vida Eterna anunciada por Jesus Cristo. Então, nós viemos do Pai e devemos voltar para o Pai. Sabemos que muitos não voltarão para o Pai, mas sim, irão para o inferno.  E quem disse isso foi o próprio Jesus.

Então temos na Quaresma, uma grande oportunidade de rever os nossos atos, de refletir sobre a nossa vida até aqui vivida, e com certeza chegaremos à conclusão de que está mais que na hora de mudar o rumo, de mudar de direção, de mudar para o lado da direita, que é a entrada para se atingir a estrada que nos leva para a Casa do Pai Eterno, e nos livrar do caminho da esquerda que leva ao inferno.

Se o Carnaval foi o tempo de pecar, de se afastar de Deus, a Quaresma  é o tempo do Filho Pródigo, o tempo de voltar-se para Deus, através da conversão. O ato de conversão decorre do compromisso assumido no batismo. O batismo de João e a pregação de Jesus se fundamentam nesta conversão: "Convertei-vos e crede na Boa-Nova".

A conversão a que somos chamados envolve mudanças de valores e práticas pessoais em interação com os relacionamentos comunitários e sociais. Cumpre rompermos com os valores impostos pela cultura consumista que atende aos interesses dos poderosos.

Somos atraídos, caindo na rede das TVs, dos shoppings e similares, cedendo às tentações que se apresentam agradáveis aos sentidos, ao conforto, à segurança, à vaidade, estimulando o sucesso pessoal no usufruto do poder, levando à indiferença para com os humildes, explorados, carentes e sofredores. Tudo isso é, sem dúvida, uma forma de doença.

É tempo de, libertando-nos, nos voltarmos amorosamente para o nosso próximo, particularmente aquele excluído e empobrecido, na prática da justiça, na partilha e na comunhão de vida.

NINGUÉM ESTÁ OLHANDO
que você faz quando ninguém está olhando? Você trabalha tão intensamente quando ninguém o observa? Você é confiável e responsável, mesmo quando nenhum par de olhos está a observá-lo? 
Uma vida bem-sucedida depende do que você faz quando tem absoluta certeza de que ninguém o está observando. Isso porque as coisas que você faz quando ninguém está olhando são impulsionadas por aquelas coisas que você espera de si mesmo. E tudo aquilo que você espera de você mesmo é exatamente aquilo em que você se torna. 
As sementes de grandes e preciosas realizações são semeadas quando ninguém está olhando. O atleta olímpico que ganhou uma medalha de ouro, e que teve sua performance assistida por milhões de pessoas ao redor do mundo, é o mesmo que investiu em muitos anos de treinamento, quando ninguém o estava observando. O milionário, empreendedor bem-sucedido, investiu anos e anos de trabalho quando ninguém estava olhando. O que você está fazendo hoje – ou agora, neste momento -, quando ninguém o está observando?


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