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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Evangelho do dia 13 de fevereiro terça feira


13 fevereiro - Renovemos o espírito a cada instante e repousemos na misericórdia de Deus, que absorve todas as fraquezas da nossa natureza doentia. (L 19). São Jose Marello

Marcos 8,14-21

"Os discípulos haviam esquecido de levar pão e só tinham um pão no barco. Jesus chamou a atenção deles, dizendo:
- Fiquem alertas e tomem cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!
Aí os discípulos começaram a dizer uns aos outros:
- Ele está dizendo isso porque não temos pão.
Jesus ouviu o que eles estavam dizendo e perguntou:
- Por que vocês estão discutindo por não terem pão? Vocês não sabem e não entendem o que eu disse? Por que são tão duros para entender as coisas? Vocês têm olhos e não enxergam? Têm ouvidos e não escutam? Não lembram dos cinco pães que eu parti para cinco mil pessoas? Quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?
Eles responderam:
- Doze.
Jesus perguntou outra vez:
- E, quando eu parti os sete pães para quatro mil pessoas, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?
Eles responderam:
- Sete.
Então Jesus perguntou:
- Será que vocês ainda não entendem?
"
Meditação:

O evangelho de ontem falava do desentendimento entre Jesus e os fariseus. O evangelho de hoje fala do desentendimento entre Jesus e os discípulos e deixa ver claramente que o “fermento dos fariseus e de Herodes” (religião e governo), tinha penetrado tão profundamente no pensamento dos discípulos que lhes impedia de ouvir a Boa Nova.

Hoje, Jesus alerta os discípulos: “Fiquem alertas e tomem cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!”. Eles não entenderam as palavras de Jesus. Pensavam que lhes falava assim porque tinham esquecido de comprar o pão. Jesus fala uma coisa e eles entendem outra. Este ‘conflito’ era o resultado da insidiosa influência do “fermento dos fariseus” na cabeça e na vida dos discípulos.

Diante desta quase total falta de percepção nos discípulos, Jesus faz uma série de perguntas rápidas, sem esperar uma resposta.

Perguntas fortes que apontam muitas coisas sérias e revelam uma total incompreensão por parte dos discípulos. Também se parece incrível, os discípulos chegaram ao ponto que não havia diferença entre eles e os inimigos de Jesus.

Antes Jesus tinha ficado triste vendo a “dureza do coração” dos fariseus e dos herodianos (Mc 3,5). Agora, os próprios discípulos têm o “coração endurecido” (Mc 8, 17).

Antes, “os de fora” (Mc 4, 11) não entendiam as parábolas, porque “tendo olhos não vejam, e tendo ouvidos não entendam” (Mc 4,12). Agora, os próprios discípulos não entendem mais nada, porque “têm olhos, mas vêem, têm ouvidos, mas não entendem” (Mc 8,18).

A imagem do “coração endurecido” lembra a dureza do coração do povo do AT que se afastava sempre do caminho traçado por Deus. Lembra, também, o coração endurecido do faraó que oprimia e perseguia o povo (Ex 4,21; 7,13; 8,11.15.28; 9,7...).

A expressão “têm olhos e não vêem, ouvem, mas não entendem” lembra não só as pessoas sem fé, criticada por Isaías (Is 6,9-10), mas também os adoradores dos falsos deuses, dos quais o salmo diz: “têm olhos e não vêem, ouvidos e não ouvem” Sl 115, 5-6).

As duas perguntas finais de referem à multiplicação dos pães: Quanto cestos recolheram na primeira vez? Doze! E a segunda? Sete! Como os fariseus, também os discípulos, apesar de terem colaborado ativamente na multiplicação dos pães, não chegam a entender o significado. Jesus acaba dizendo: “E vós ainda não entendeis!”

O jeito com que Jesus faz estas perguntas, uma após a outra, quase sem esperar a resposta, parece um corte. Revela um choque muito grande. Qual é a causa deste choque? A causa do choque entre Jesus e os discípulos não era por maldade deles.
  
Os discípulos não eram como os fariseus. Estes últimos não entendiam, porque neles havia maldade. Serviam-se da religião para criticar e condenar Jesus (Mc 2,7.16.18.24; 3,5.22-30).
  
Os discípulos eram gente boa. Não tinham maldade. Porque, apesar de serem vítimas do “fermento dos fariseus e dos herodianos”, não lhes interessava defender o sistema dos fariseus e dos herodianos contra Jesus. Então, qual era a causa? A causa do confronto entre Jesus e os discípulos tinha a ver com a esperança messiânica.
  
Entre os judeus havia uma enorme variedade de esperanças messiânicas. De acordo com as diferentes interpretações das profecias, havia pessoas que esperavam um Messias Rei (Mc 15,9.32).

Outros, um Messias Santo ou Sacerdote (Mc 1,24). Outros, um Messias Guerreiro subversivo (Lc 23,5; Mc 15,6; 13,6-8). Outros um Messias Doutor da Lei (Jo 4,25; Mc 1,22.27). Outros, um Messias Juiz (Lc 3,5-9; Mc 1,8). Outros, um Messias Profeta (6,4; 14,65).
  
Parece que ninguém esperasse um Messias Servidor, anunciado pelo profeta Isaías (Is 42,1; 49,3; 52,13). Eles não imaginavam de considerar a esperança messiânica como serviço do povo de Deus à humanidade. Cada um, de acordo com os próprios interesses e segundo a própria classe social, esperava o Messias, querendo reduzi-lo à própria esperança.

Por isso, o título Messias, de acordo com a pessoa ou a posição social, podia significar coisas bem diferentes. Havia uma grande confusão de idéias! E exatamente nesta postura de Servidor está a chave que acede uma luz na escuridão dos discípulos e os ajuda a se converter. Só aceitando o Messias como Servo Sofredor de Isaias, eles serão capazes de abrir os olhos e de entender o Mistério de Deus em Jesus.

O fermento de Herodes e dos fariseus impede aos discípulos de entender a Boa Nova. Hoje, a propaganda da tevê nos impede de entender a Boa Nova de Jesus?

Reflexão Apostólica
Costumo dizer que das vezes que fiquei decepcionado a ponto de “chutar o balde”, 80% das vezes foram com pessoas que eu definitivamente não esperava. Em uma grande parcela desses momentos, eram amigos muito próximos, maduros e sem motivo algum aparente.
Surge então a pergunta: quem nunca se decepcionou com alguém de sua comunidade (padres, coordenadores, parceiros), do trabalho, da faculdade ou da sua família?

Muitas vezes em nossas comunidades destinamos tempo, forças e até recursos econômicos em situações que não respondem às exigências do Evangelho; é importante estar atentos aos sinais do Reino.
Jesus deixa transparecer esse novo suspiro, dessa vez pelos que o acompanham. Cronologicamente não conseguimos precisar quanto tempo Jesus convivia com eles quando houve esse diálogo. Um ano, dois, três anos.. Não sabemos, mas depois de tantas experiências e profundos ensinamentos partilhados, como ainda podiam se comportar como se estivessem no inicio do convívio de um relacionamento.
A amizade entre pessoas cresce à medida que existe cumplicidade mútua. Jesus trazia a tona que havia “cumplicidade” por sua parte desde o começo. Demonstrava claramente a vontade de vê-los crescer, mudar, amadurecê-los e prepará-los para a eminência da sua ausência. Talvez justificasse assim a tristeza nas palavras que se seguiram durante o diálogo.
Se assim podemos dizer, e talvez isso nos afague, só nos decepcionam de verdade aqueles de quem muito esperamos!

(…) Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão”. (Mt 10, 19-21)

Engraçado é que, por vezes, dizemos que esquecemos o que nos aconteceu, mas realmente esquecemos? Como lidamos com as limitações dos outros? Qual é o nível de comprometimento que uma discussão ou desentendimento pode levar? Quantas brigas surgiram da vontade de AMBOS em ir à MESMA DIREÇÃO, no entanto cada um DO SEU JEITO?

Qual é hoje para nós o fermento dos fariseus e de Herodes? O que significa hoje para mim ter um “coração endurecido”?
Um ditado índio americano diz que dentro de cada um existem dois lobos, um bom e um ruim; que diariamente se digladiam para ver quem sairá vencedor. A sabedoria revela que logrará êxito aquele que for alimentado diariamente. O lobo “bom” é alimentado de fé, esperança, paz, perdão, objetividade, coerência, discernimento, amor, (…); Deus nos nutre de maravilhas incomensuráveis, mas deixa facultativo alimentar ou não, aceitar ou não.
Apesar de próximos a Jesus, os apóstolos, talvez pelo medo, receio, incompreensão, angústia (alimento do outro lobo) não aceitavam por completo essa CUMPLICIDADE com que viam, conviviam e ouviam. Andavam com Ele, mas ainda tinham seus próprios passos, suas próprias decisões.
Mesmo caminhando a procura de Deus, devemos nos nutrir diariamente do que é bom. Nossa fé se fortalece na dificuldade, nos revés e inclusive no desânimo, na decepção, na tristeza. Se O abandonamos facilmente na presença da primeira brisa, precisamos refletir a nossa cumplicidade nessa amizade.
Sejamos cúmplices do amor de Deus e quanto às decepções com os outros… Continuemos andando!!!

Oração: Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.

PEÇA AJUDA!
Todos os dias você tem oportunidade de colocar um sorriso no rosto de alguém. 
Para muitas pessoas a frase mais difícil de pronunciar é esta: “Eu preciso da sua ajuda”. Por alguma razão – que não faz absolutamente sentido algum – resolvemos acreditar no fato de que ao pedirmos ajuda ou socorro a alguém estamos com isso demonstrando grande insegurança e fraqueza. Contudo a realidade é muito diferente: pedir ajuda é, muito ao contrário, sinal de força de caráter.

Pense apenas por alguns segundos. Quando alguém lhe pede a sua ajuda, você não se sente bem com isso? Claro: você alcança um sentido de valor, pois de repente se transforma numa pessoa importante, necessária, útil num momento talvez muito especial.

Quanta satisfação você pode provocar em pessoas que têm tanto a oferecer, mas poucas oportunidades para estender a mão e ajudar. Quero encorajá-lo no dia de hoje a investir um tempo a “levantar e estimular” pessoas, ao buscar sua assistência, mediante uma opinião ou um simples conselho. Ao fazer isso você estará investindo na auto-estima delas, pois lhes estará engrandecendo a imagem, talvez empobrecida por muito pouco caso e indiferença. Na verdade o mundo está repleto de invejosos, que não suportam ver ninguém sendo exaltado. Sim, hoje, sem falta, não deixe de pedir ajuda.

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