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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Evangelho do dia 16 de fevereiro sexta feira


16 fevereiro - Nas obras de Deus, qualquer conselho de prudência humana redundará mais em estorvo do que em ajuda. (L 76). SÃO JOSE MARELLO

Após cinzas
Mateus 9,14-15
Aproximaram-se de Jesus os discípulos de João e perguntaram: "Por que jejuamos, nós e os fariseus, ao passo que os teus discípulos não jejuam?" Jesus lhes respondeu: "Acaso os convidados do casamento podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão. 
Meditação:
O evangelho de hoje nos fala da presença. A presença de Deus no Antigo Testamento quando Isaias nos assegura que somente temos que invocá-la para que se faça presente e a presença de Jesus na comunidade que deve suscitar a alegria. Quando essa presença faltar, teremos que assumir outra atitude, mas deixemos para quando esse momento chegar.
Os discípulos de João, atrelados aos dos fariseus, ficavam incomodados com o comportamento dos discípulos de Jesus no tocante à prática do jejum. Ao supervalorizar este ato de piedade, imaginavam estar dando mostras de santidade e de seriedade de vida. Não acontecendo o mesmo com o grupo de Jesus, concluíam faltar-lhes profundidade. Quiçá os considerassem levianos e desregrados.
Estas considerações não chegaram a influenciar a pedagogia de Jesus, no trato com os discípulos. Servindo-se da metáfora da festa de casamento, estabeleceu uma clara distinção entre o tempo de alegrar-se e o tempo de jejuar.
O primeiro corresponderia ao tempo de sua presença, qual um noivo, junto dos que escolhera para estar consigo. Seria o tempo de festejar, comemorar, desfrutar de uma presença tão querida.
O segundo diz respeito ao tempo de sua ausência, a ser consumada por meio da morte de cruz. Figurativamente, seria o tempo da ausência do noivo, no qual todos se preparam para sua chegada, e se privam de alimentos, em vista do banquete que será oferecido.
Portanto, os discípulos não jejuavam simplesmente pelo fato de terem ainda Jesus junto de si. O tempo em que o esposo lhes seria tirado estava se aproximando. Aí, sim, o jejum seria uma exigência, em vista de preparar-se para acolher a segunda vinda do
Senhor.
A passagem evangélica de hoje descreve o banquete que Mateus, o publicano, ofereceu a Jesus e a seus discípulos por causa do convite que o Mestre lhe tinha feito para segui-lo.
Os fariseus, nos versículos 11-13, criticam-no por sentar à mesa com pecadores; os vv. 14-15 tocam no tema do jejum. Entretanto, os interlocutores de Jesus já eram outros. Na passagem de hoje, são os “discípulos de João” que substituem os fariseus.
Estranham que Jesus e seus discípulos não jejuem como eles mesmos o fazem, de uma maneira rigorosa que supera amplamente as observâncias judaicas relativas aos jejuns.
A resposta de Jesus evidencia que os discípulos de João Batista não haviam descoberto ainda em Jesus o “noivo” messiânico. Porque, se tivessem levado isso em conta, teriam compreendido que de agora em diante o jejum não teria o mesmo significado.
Ele quis dizer aos discípulos de João Batista, e todos aqueles que ainda estavam presos ao passado que, jejum é feito em casos específicos, quando queremos servir melhor a Deus, quando estamos passando por tribulações, perseguições, doenças e calamidades, nos arrependimentos de pecados por nós e pelo povo, e conversões em massa.
Alías, Jejum, oração e boas obras são mencionados frequentemente por ambos judeus e cristãos. Oração não fica a frente do jejum, e boas obras, independente deles, mas como algo que os liga de dentro. O mais completo entendimento da oração é particularmente oferecido em conexão com o jejum.
Quando nós olhamos o que é dito sobre a oração, e como ela é definida, nós podemos ver que a ênfase é naturalmente mais no estado do coração e alma que no corpo, como possível expressão da oração em geral.
Segundo são João Damasceno: “Oração é a subida da mente e do coração de alguém a Deus ou o pedido das boas coisas de Deus”.
Primariamente, a conversa com Deus como atividade espiritual é enfatizada. Todavia, há também a prática e a experiência de que não apenas pensamentos, conversa e atos espirituais por si só estão inclusos na oração, mas também é o corpo.
A oração torna-se mais completa por meio do corpo e do movimento, que acompanha as palavras da oração. O corpo e seu movimento tornam a oração mais completa e expressiva para que ela possa mais facilmente envolver a pessoa inteira.
A unificação do corpo e da alma na oração é particularmente manifestada em jejuar e orar. O jejum físico torna a oração mais completa. Uma pessoa que jejua reza melhor e uma pessoa que reza, jejua mais facilmente. Desta forma, a oração não permanece somente uma expressão ou palavras, mas cobre o ser humano inteiro.
O jejum físico é uma admissão para Deus diante dos homens que alguém não pode fazer sozinho e necessita de ajuda. Uma pessoa experimenta sua impotência mais facilmente quando ela jejua, e por isso, por meio do jejum físico, a alma está mais aberta a Deus. Sem jejum, nossas palavras na oração permanecem sem uma fundação verdadeira.
No Antigo Testamento, os crentes jejuavam e rezavam individualmente, em grupos e em várias situações da vida. Por causa disso, eles sempre experimentavam a ajuda de Deus. Jesus confere uma força especial ao jejum e a oração, especialmente na batalha contra os espíritos do mal.
O jejum é um tipo de penitência no qual abrimos mão de algo que nos agrada, e oferecemos esse “sacrifício” por alguma boa intenção. E aqui entra um detalhe: só Deus precisa saber desse jejum! Não precisa sair por aí se gabando de jejuar, ou se mostrando abatido por causa do jejum! Pelo contrário, o verdadeiro jejum é feito escondido, para que somente o nosso Deus, que vê o que está escondido, tome conhecimento.
No evangelho de hoje, Jesus justificou que os seus discípulos não estavam em jejum porque Ele próprio estava presente, e isso era motivo de festa! E festa não combina com jejum! Chegaria o dia em que Jesus não estaria mais com eles. E aí sim, eles jejuariam. Querendo, pois fazer uma caminhada de penitência, sigamos.
Reflexão Apostólica:
Deus conhece o nosso coração e sabe das nossas motivações, portanto quando jejuamos devemos fazê-lo com muita disposição e por amor, sem lamentos nem justificativas.
Jesus Cristo veio dar sentido a todas as nossas ações, assim, Ele nos ensina a praticar os atos religiosos de coração, e não por obrigação. Há momentos na nossa vida que não nos cabe jejuar nem fazer sacrifícios, mas sim aproveitar a ocasião que nos é oferecida.
De que adianta para nós o jejum se o nosso coração não está contrito no sacrifício? Um coração ressentido, vingativo, revoltado não consegue amar nem fazer nada por amor. Para os cristãos o jejum deve ter um significado de vida e de alegria.
Deve haver uma razão de ser para o jejum. Não nos basta jejuar somente por jejuar, sem um motivo que toque o nosso coração. Os discípulos de Jesus partilhavam com Ele de todos os eventos com alegria e submissão à Sua vontade e aos Seus ensinamentos. Eles estavam perto de Jesus e usufruíam da Sua presença e da Sua companhia, portanto, não tinham clima para jejuar, nem precisavam disso.
Há que se ter uma causa nobre e sincera para que nós pratiquemos o jejum e o sacrifício. 
Quando você jejua você se sente em paz? Você gosta de mostrar aos outros que está jejuando? O que Jesus acha do seu jejum? Você é uma pessoa que sabe curtir o momento presente como um presente de Deus?
Hoje somos convidados à alegria; é assim que devemos estar na Quaresma, tempo que tradicionalmente adornamos a espiritualidade com penitências e jejuns. Na primeira sexta da Quaresma, dia penitencial, a liturgia nos apresenta Jesus defendendo seus discípulos que não jejuam; é um convite a buscar o sentido mais profundo de nossos "jejuns e abstinências".

Por um lado poderemos permanecer nos sinais externos e seguir com nossos ritos, sem refletir muito, o que é mais seguro, é mais fácil; ou procuramos nos tornar mais conseqüentes e buscar no amor e na justiça a vontade de Deus: abrir prisões injustas, libertar oprimidos, romper barreiras, partilhar o pão com quem tem fome, hospedar os sem teto, vestir o desnudo, não nos fechar e procurar que chegue a luz e a glória de Deus ao mundo. Deixemos de lado nossa vaidade para que este jejum nos leve a sermos realmente autênticos e verdadeiros cristãos. 

Hoje é o dia esta é a hora da prática do jejum. Abrindo mão de certos prazeres, ou até oferecendo as nossas dores e sofrimentos a Deus, a fim de que Ele amenize o sofrimento nosso ou de outras pessoas.

Propósito:
Pai, desejo preparar-me bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o Ressuscitado. Que o jejum me predisponha, do melhor modo possível, para este momento.
PERSISTENTE CONFIANÇA
Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar. 
Quanto mais você tenta agradar todo mundo, muito menos você se torna capaz de beneficiar qualquer pessoa. Se você se preocupa constantemente com aquilo que os outros pensam, você estará sabotando as suas melhores realizações mesmo antes delas sequer iniciarem. Seja gentil, expresse compaixão, porém, jamais seja escravo da opinião de ninguém. 

Faça o possível para sempre manter alto o seu padrão de conduta. Apenas tenha em mente que eles venham ser seus padrões, ou, - melhor ainda – padrões de Deus; e não meramente reflexos de temores sobre o que as outras pessoas possam estar pensando a seu respeito. 

Ouça os críticos e aprenda com eles. Mas não permita que eles venham lhe interromper ou retardar aquilo que você está fazendo e que – decididamente - deve ser feito. Você pode realizar muito, mas muito mais do que você imagina se apenas você for confiante e persistente para seguir em frente a despeito dos obstáculos. A despeito do que outros possam pensar ou dizer, crie valores que estão a sua disposição para serem criados. No final, apenas isso que realmente importa.

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