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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Evangelho do dia 15 de fevereiro quinta feira


15 fevereiro - Realizando as obras de Deus em silêncio, sem confiar nos homens e nem em nós mesmos, mas cheios de esperança nos auxílios sobrenaturais, tudo se encaminhará para o bem. (L 95). SÃO JOSÉ MARELLO

APÓS AS CINZAS


Lucas 9,22-25
E Jesus explicou: "É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar". Depois, Jesus começou a dizer a todos: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará. Com efeito, de que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo? 
Meditação:
Os evangelistas, cada um a sua maneira, se referem à questão da identidade de Jesus. A interpretação dominante, entre os discípulos vindos do judaísmo, era que Jesus seria o messias davídico esperado conforme a tradição antiga do Primeiro Testamento.
Jesus rejeita ser identificado com este messias (”cristo”) restaurador do reinado de Davi. É o momento de deixar isto claro. A partir da interrogação sobre quem Ele é, Jesus identifica-se como o “Filho do Homem”. Esta expressão, muito freqüente no livro de Ezequiel, refere-se a comum condição humana, humilde e frágil.

Enquanto “humano” Jesus é vulnerável ao sofrimento e à morte. A “necessidade” deste sofrimento não significa um determinismo, mas as implicações inevitáveis decorrentes do compromisso libertador assumido por Jesus.

Os poderes constituídos necessariamente vão reagir contra a prática libertadora de Jesus e de seus discípulos, e procurarão destruí-los. Porém, Jesus revela que ao “humano” foi dada, por Deus, a vida eterna. Perder a vida de sucesso oferecida por este mundo e consagrar-se ao seguimento de Jesus significa a comunhão com o Pai em sua vida divina e eterna.

Para Lucas, o que conta é a ressurreição, não a morte. Mesmo ao descrever a morte com traços vivos, destacando a inocência de Jesus, seu caráter de mártir, Lucas não lhe dá o sentido salvífico.

Se, de fato, Lucas é um grego, então se pode ver nisto um motivo para não apelar para a morte expiatória e vicária, pois esta era teologia judaica. No contexto grego de Lucas é muito mais importante ressaltar a ressurreição, pois a morte para os gregos é loucura (1Cor 1,23).

- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
A morte de Jesus como vitória sobre o sofrimento e, sobretudo sobre os poderes da morte ,e a de descer aos infernos e lutar com a morte, era uma idéia bem conhecida no oriente e no ocidente. Faz parte da mitologia de muitos povos que a aplicavam aos seus heróis.

Esta idéia penetrou no judaísmo tardio e dali passou para o Novo Testamento. Nesta mesma perspectiva, também Cristo tem vencido os poderes da perdição. Ele conquistou a salvação descendo ao reino dos mortos, libertando os que aí estavam presos , desde Adão até o último homem.

“A concepção é de que Cristo, na hora de sua morte, desce até ali e derrota – numa luta – o príncipe dos demônios. No Novo Testamento encontram-se vestígios desta visão mítica.

Em Mt 27,51-53 se narra que no momento da morte de Jesus a terra tremeu e se abriu, muitos mortos saíram de suas sepulturas e entraram na cidade.

Assim Jesus, pela sua morte liberta os mortos que lá estavam presos. Com esta visão mítica, personifica-se o poder que age sobre a morte. O diabo, a morte e as forças do mal se confundem.

A morte de Jesus assim é vista como resgate e a destruição deste poder. Pela sua morte Jesus destruiu a morte (1Cor 15,24.26; 2Ts 2,8; 2Tm 1,10; Hb 2,14). “Assim, pois, já que os filhos têm em comum o sangue e a carne, também Ele participou igualmente da mesma condição, a fim de, por sua morte, reduzir à impotência daquele que detinha o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2,14).

Através de sua morte, Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre. Mas, antes da Ressurreição existe a cruz. E Ele quer advertir os seus para que fiquem preparados para ela.

Como aos apóstolos, também, cada um de nós está sendo convidado a segui-lo, passando por tudo o que Ele passou, a fim de que no final possamos ressuscitar com Ele para a eternidade.
Reflexão Apostólica:
Esta passagem, intimamente ligada ao anúncio da Paixão, contém o enunciado das condições para seguir a Jesus pelo novo caminho que ele se propõe percorrer.
O Mestre não se limitou a mostrar a necessidade salvadora de seus próprios sofrimentos; preparou também os discípulos para aceitar da mesma forma uma vida de provas. Para ilustrar este ensinamento, Lucas compôs em volta deste tema uma espécie de antologia, um tanto artificial, de sentenças de Jesus.

Os verbos: renunciar, carregar a cruz, seguir a Jesus são sinônimos. Designam cada um, à sua maneira, em que consiste o essencial da vida cristã. Jesus é destinado ao escárnio da cruz, e adverte aos seus que não poderão subtrair-se a essa mesma sorte se continuarem sendo fiéis a seu ensinamento. Por conseguinte, é preciso renunciar a toda a segurança pessoal e aceitar os conselhos do Mestre.

Neste sentido, salvar sua vida equivale a abandonar o grupo de Jesus, considerado demasiado perigoso para se ficar seguro; perder sua vida é arriscá-la, conservando-se pertencente ao grupo dos discípulos. Mas esse risco não pode ser enfrentado a não ser em completa solidariedade com a pessoa de Jesus: “por causa de mim”.

Assim termina para todo discípulo o mistério pascal: o que Jesus vivencia, morrendo e ressuscitando, torna-se condição de todos os seus discípulos. Temos de carregar nossa cruz para morrer e viver com ele.

Nos evangelhos de Marcos e Mateus, após esta fala de Jesus sobre o sofrimento que o espera em Jerusalém, da parte dos chefes do judaísmo, Pedro, sob a ideologia do messias poderoso, censura Jesus por se dispor a tal. Jesus retribui a censura de Pedro com outra mais contundente: a proposta messiânica que domina Pedro é de satanás, é uma pedra de tropeço, e é fruto de puros interesses humanos.

Lucas, em seu evangelho, omite este conflito entre Pedro e Jesus. Jesus insiste em fazer seus discípulos compreenderem que sua missão é libertar os cativos e restaurar a vida dos excluídos, sem restrições de caráter religioso ou racial.

Jesus adverte os discípulos de que, em Jerusalém, sofrerá a repressão dos representantes do poder religioso da Judéia, os anciãos, sumo-sacerdotes e escribas. O poder, quando se sente ameaçado, reage perseguindo e matando aqueles que promovem a libertação dos oprimidos.

Pelo evangelho de hoje, nota-se que começamos a Quaresma, porque desde já nos convida a carregar a cruz e seguir Jesus. O convite é que olhemos seriamente as implicações que essa cruz tem em nossas vidas; que não a vejamos como um sinal, algo que tenhamos que padecer como condição sine qua non, mas tenhamos na cruz um elemento que nos enaltece e faz crescer, que nos configura com Cristo.

Jesus, com sua lógica do Reino, nos mostra como perder a vida para ganhá-la. Isto acontece quando não há resistencia ao projeto de Deus, quando há mudanças, quando se coloca a confiança no Senhor, quando se caminha com esperança.

Bem disse o livro do Deuteronômio: temos hoje diante de nós a vida e o bem, ou a morte e o mal. Cabe a nós decidir: viver mediocremente ou viver a plenitude, viver a sós e isolados ou viver com Deus e com irmãos, viver esta Quaresma amarrados, tristes e solitários ou vivê-la livres, alegres e solidários.

Neste tempo de Quaresma o evangelho nos lembra que seguir Jesus é renunciar aos projetos de sucesso econômico oferecido aos incluídos no sistema neo-liberal e colocar sua vida a serviço dos excluídos, na construção de um mundo novo, fraterno e partilhado.

Cabe  a cada um de nós decidir! Temos ainda toda a Quaresma pela frente para nos preparar para a Páscoa, centro da liturgia. Nestes quarenta dias podemos alcançar a "estatura de Deus". É questão de escolha. Não percamos oportunidade. O evangelho é um programa magnífico para nossa vida cristã: negar a nós mesmos e ganhar a vida, tomar a cruz e seguir Jesus.

Propósito:
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos
FAZENDO DIFERENÇA
Eu descobri um paradoxo: se eu amar até doer, então não haverá dor, mas apenas mais amor.  Teresa de Calcutá
Quando as coisas saem erradas, não se desespere. Você pode fazer uma diferença; apenas movimente-se e faça o que você tem que fazer. Não tenha medo de reconhecer e aceitar o que já aconteceu. Ao fazer isso, você estará aceitando as coisas como elas são, poderá fazer uma positiva diferença e impactar o mundo ao seu redor. 

Não há necessidade de se preocupar e gastar a sua energia mental para entender se você está no lugar certo ou na hora certa. Sempre é a hora certa de estar no lugar certo e na hora certa para fazer uma diferença. Tudo que lhe acontece é uma oportunidade para fazer uma diferença. Em vez de gastar sua preciosa energia em remorsos e pesares, coloque essa energia no propósito de fazer uma diferença. 

Cada uma das suas habilidades – que Deus graciosamente lhe concedeu – lhe dá a hhabilidade de fazer uma diferença. Firme-se na visão do melhor que a vida pode ser e faça uma diferença onde você estiver.

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