24 setembro - Nas coisas espirituais não só é permitido, mas é até forçoso aquele egoísmo santo, graças ao qual cada um sonha de se enriquecer o mais que pode dos tesouros espirituais, dos quais quanto mais se retira tanto mais se multiplicam; trata-se de um manancial ilimitado: por mais que se beba, ele nunca se esgota. (S 233). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,1-6
"Jesus chamou os doze
discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar
doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes.
Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem
comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa
cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar.
Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó
das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados,
anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte."
Meditação:
O envio dos doze, de um lado, não é nenhuma
surpresa. Mateus nos informa pouco antes de sua conta de comissionamento do
Senhor dos doze que Jesus instruiu seus discípulos a orar por trabalhadores
para a colheita (Mt 9,38).
O envio dos 12 (e mais tarde 70) é uma
resposta parcial a esta oração. Nós também estamos em débito com Mateus
(10:2-4) para nos dizer os pares daqueles que são enviados dois a dois:
Jesus dá aos Doze “poder e autoridade” e fixa uma tarefa e uma exigência.
O poder que ele lhes transmite é o de amar
incondicionalmente todos os seres humanos, especialmente os pobres e pecadores.
A autoridade é a que nasce de uma interpretação transformadora da Escritura.
Diferente do poder de dominação que todos os grupos religiosos e políticos
utilizam para manipular as demais pessoas, Jesus exerce um poder restaurador
que reconcilia os seres humanos entre si, com a natureza e com Deus. A tarefa é
continuação da que o mesmo realiza: lutar contra o mal, curar doenças, libertar
da escravidão e anunciar a Boa Nova. A exigência é a mesma que ele assume:
liberdade no caminho e gratuidade na casa.
O excesso de suprimentos atrasaria a atividade evangelizadora e a construção de
casas próprias tiraria o foco do fundamental. O evangelho que os Doze comunicam
mudará a situação de todas as pessoas que escutam essa mensagem e a convertem
num padrão de vida.
O anúncio da palavra e o amor dos discípulos libertam os pobres deprimidos em
seu espírito e valoriza-os, dando-lhes vida, dignidade e iniciativa. Os pobres
e excluídos, transformados pela Palavra de Deus, passam a formar comunidades
que vivem a fraternidade e a partilha, como células do mundo novo possível.
Como discípulos de Jesus, temos a oportunidade e a missão de levar sua mensagem
reconciliadora a todas as situações e lugares, para que a autoridade da
liberdade e o poder do amor transformem as situações humanas.
Fomos feitos para ser comunidade (grupo dos doze) e formar comunidade (ir às
cidades). Isto é ser discípulo missionário, como nos propõe a Igreja na América
Latina, na Missão Continental. O amor inspira atitudes e gestos com gosto de
doação e disponibilidade.
Reflexão Apostólica:
"Para
não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como
discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir "à outra
margem", àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor,
e a Igreja não está presente". (DAp 376).
O Evangelho de hoje nos encoraja a buscar o discernimento de Deus em nos
preparar para missões de curto prazo.
Quando o transatlântico Titanic partiu outro lado do Atlântico, a maioria de
seus passageiros tinham passado dia se preparando para a aventura. Os passageiros
trouxeram o que eles achavam que seria necessário, incluindo extensas seleções
de jóias, arte, móveis e servos.
Quando veio o desastre, um dos passageiros ricos fez seu caminho para os botes
salva-vidas. Pouco antes de começar, ela se lembrou de algo em seu quarto, ela
pode precisar. Empurrando a multidão e stewards ela lutou seu caminho de volta
para sua cabine.
Contornando os pertences de valor inestimável que ela tinha trazido consigo,
ela estendeu a mão para o item que ela sabia que poderia ser de máxima
importância para a jornada à frente - uma laranja.
Quando Jesus chamou os 12 a curto prazo ministério, ele teve o cuidado de
carregá-los com itens de importância suprema e aliviados daquelas coisas que só
a pesar.
Enquanto você reflete esta passagem, peça a Jesus para dar-lhe o que você
precisa para a viagem e para o ajudar a deixar para trás as coisas que só ficam
no caminho.
24
Há dias em que nos sentimos fracos, desanimados e desmotivados para fazer qualquer coisa. Vamos acompanhar o que disse o profeta Isaías: “Será que vocês não sabem? O Senhor é o Deus eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria. Aos cansados ele dá novas forças e enche de energia os fracos. Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.”
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