02 - SANTOS ANJOS DA GUARDA.
Cada hora que soa é um passo a menos que temos de dar. Coragem!
O nosso bom anjo será o nosso guia. (L 42). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 18,1-5.10
"Naquele momento os discípulos chegaram perto de
Jesus e perguntaram:
- Quem é o mais importante no Reino do Céu?
Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não
ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante
no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele
que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a
mim.
- Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os
anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu."
Meditação:
Os discípulos de Jesus que estavam sob a
influência da doutrina do judaísmo não conseguiam se libertar da ideologia
tradicional do messias glorioso, e viam Jesus como tal.
Mais de uma vez os evangelistas narram a
aspiração deles por serem os maiores ou assumirem posições de poder. Tal
postura é comum nas sociedades competitivas e individualistas, onde se busca a
ascensão para junto dos poderosos. Jesus tenta de várias maneiras demovê-los de
tal compreensão.
Mateus, no capítulo dezoito de seu evangelho, apresenta um conjunto de textos
que orientam os discípulos para assumirem disposições e práticas de bom
convívio comunitário e eclesial.
O conjunto é introduzido pelo debate dos discípulos sobre quem seria o maior.
Removendo a ideologia de poder que os inspira, Jesus apresenta-lhes o modelo a
ser seguido: uma criança.
Quem é o mais importante no Reino do Céu? Ante a pergunta do discípulo, em três
partes Jesus divide o seu discurso. Primeira: Desmonta as grandezas dos
pensamentos dos seus discípulos.
O Evangelho conclui falando ainda que Deus se
agrada mais de um pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram
ser resgatados. Eis uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um
bom lugar no Reino dos Céus. Ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da
filha, do marido ou esposa que qual ovelha perdida anda longe do rebanho e até
mesmo fora de si mesmo.
Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente Ele tira
a vontade dos discípulos serem grandes.
A razão é simples. É que o Reino dos Céus é
daqueles que se fazem pequeninos. Assim, todo o atentado contra eles não se
deixará impune, ao ofensor.
Deus manifesta a grande alegria que sente ao
reencontrar um pequenino que estava perdido, um filho que estava morto e que
agora ressuscitou, vive. Esta mensagem é para mim e para ti que somos os
discípulos de hoje.
Temos de nos mover dos conceitos que formamos sobre nós mesmos criados pelas
posições que ocupamos dentro da Igreja, que muitas vezes nos leva a nos
considerarmos os melhores de todos e por isso merecedores de um lugar de
destaque e consequentemente superiores, para uma posição de igualdade aos
pequeninos. Ao invés de valorizarmos o poder, a vaidade, Jesus leva a nos
colocarmos à disposição como servidores dos outros.
Portanto, a lição prática que podemos levar conosco para a nossa vida hoje e
sempre:
1) A humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração
representados pela criança símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e
marginalizados pela sociedade;
2) A acolhida que se deve dar a estes excluídos
condenados à comer o pão que o diabo amassou, ou seja, acolhida aos pequeninos;
3) Não só acolher, mas (e sobretudo) sair em busca
dos pequeninos que se perderam e resgatá-los.
Reflexão Apostólica:
Dizem que quando envelhecemos nos tornamos
crianças. De certa forma, sim. Dificuldade de locomoção que nos dificulta tomar
um banho, dependência dos outros para quase tudo, fraqueza da memória, acaba a
sexualidade, ouvimos, entendemos, e escutamos mal. Em certos aspectos até que
parecemos uma criança, mais em outros, nem pensar.
Na inocência, não. Carregamos conosco o peso de todas as nossas aventuras da
juventude, o peso dos pecados os quais não nos arrependemos, pelo contrário,
até nos vangloriamos quando estamos entre amigos e nos esquecemos que somos
cristãos.
Mas Jesus hoje está nos dizendo que "se não vos transformardes e vos
tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus."
Isso é o mesmo que dizer: Temos que nos tornar humildes, Inocentes, de coração
puro sem mágoas e sem rancores, sem desejos de vingança, sem apego aos bens
materiais, sem nenhuma maldade para com o próximo, sem pecar contra a
castidade, em fim, como uma criança. Será que vamos conseguir este estado
de espírito? Talvez fosse melhor a gente começar agora uma espécie de
preparação, de treinamento, de conversão, mesmo porque não sabemos a hora que
vamos dessa vida para a última fase da nossa existência.
Começar neste exato momento a mudar o nosso esquema mental, convencidos de que
não somos deste mundo.
Estamos aqui de passagem, somos como que acampados em um lugar qualquer deste
mundo, e um dia sem menos esperar, partiremos, sem estar preparados para a
outra fase da nossa existência, que é o Reino dos céus.
Vamos por a mão consciência. Cedo ou tarde teremos de enfrentar a realidade da
outra vida. E é bom estarmos preparados para ela.
Na verdade não a merecemos. Pela graça de Deus, poderemos estar salvos, e fazer
parte das maravilhas eternas. Portanto, vamos fazer de tudo para estar menos
indignos de receber o perdão de Deus.
ORAÇÃO
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer
fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em
fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
Dia 02
A vida é semelhante
a um caminho repleto de encantos, surpresas, alegrias e beleza, mas também de
dores, sofrimentos, tristezas, dificuldades, riscos.
Se decidir
mudar o rumo de sua trajetória, você precisa ter coragem para enfrentar os
novos desafios.
Nesse novo
caminho, o mais importante é confiar no Senhor, para que o guie em todos os
momentos.
Na vida,
cada pessoa é responsável por traçar o próprio caminho.
“O caminho
de Deus é perfeito, a Palavra do Senhor é comprovada, ela é um escudo para
todos os que nele buscam refúgio”. (Sl 18[17],31).
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