17 setembro - Amor! Palavra inesgotável que sintetiza todas as demais; sem ela, todas as outras seriam frias como túmulos: é ela que alegra, enobrece e orienta para o destino eterno o peregrinar humano. Mas essa palavra inefável não se pronuncia com os lábios, nem se escreve com tinta. A articulação da língua e o gesto da mão de nada servem quando o coração não palpita: é o coração que a faz vibrar, o coração que recebeu o primeiro impulso do Amor Eterno. (L 40). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 7,31-35
"E
Jesus terminou, dizendo:
- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas?
Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:
"Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos
músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!"
João Batista jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: "Ele está dominado por
um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam!
Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras
pessoas de má fama." Mas aqueles que aceitam a sabedoria de Deus mostram
que ela é verdadeira."
Meditação:
As autoridades religiosas do tempo de
Jesus se comportam de maneira infantil: acusam João Batista de louco, porque é
severo demais; acusam Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente.
O povo e os cobradores de
impostos se comportam de maneira sábia: acolhem João Batista e Jesus,
reconhecendo neles a revelação da misericórdia justiça de Deus.
Somos “filhos da sabedoria” quando nos deixamos envolver pelo mistério da
piedade, o mistério da Fé em Jesus Cristo, sem questionar sem murmurar.
Portanto, sábio é aquele (a) que acolhe a palavra de Deus sem protesto e sem
discussão. O sábio não perde tempo com lamentações, nem lamúrias.
O exemplo das “crianças que se
sentam nas praças” é uma comparação às nossas infantilidades quando duvidamos
das ações de Deus na nossa vida.
Não queremos perceber os Seus
sinais, somos insatisfeitos (as) e, desejamos que todas as coisas, aconteçam de
acordo com a nossa vontade sem mesmo sabermos qual é na verdade, o motivo pelo
qual nós as pedimos e as esperamos.
Não temos convicção de quem somos
nem do que queremos e qual é o ideal da nossa vida. Reclamamos de tudo e não
aproveitamos o momento atual para apreendermos, ou com o sofrimento, ou com a
bonança, na alegria ou na tristeza.
Nós somos essas crianças quando
não sabemos o que queremos nem tampouco do que precisamos e nos justificamos
pondo a culpa nos outros. Nunca assumimos as nossas carências, deficiências, as
nossas leviandades, mudanças de humor e de opinião e há sempre alguém que é o
nosso algoz, o réu, o acusado.
Cada fato e acontecimento da
nossa existência quando enxergado com os olhos de Deus tem o seu aprendizado.
Às vezes perdemos as graças que o Senhor nos dispensa porque não sabemos
“entender os sinais dos tempos”.
O negativo na maioria das vezes prevalece
aos nossos olhos, não sabemos enxergar as luzes acesas e olhamos somente para
as luzes que estão apagadas. Por que será assim? Porque ainda não nos dispomos
a abrir o coração e perceber o reino de Deus que está dentro de nós.
No nosso coração foi plantando
trigo, mas lá também o inimigo colocou o joio e nós nos confundimos e perdemos
precioso tempo com suposições.
Jesus quer que sejamos “filhos da
sabedoria”, que possamos sentir o cheiro de Deus em todos os acontecimentos da
nossa vida. Mas ainda há tempo para que nós formemos uma geração diferente da
geração do tempo de Jesus aqui na terra!
Essa história tem alguma coisa a
ver com você? Você é eternamente uma pessoa insatisfeita ou você já enxerga o
dedo de Deus na sua vida? Você faz parte também dessa geração de crianças
que não sabem o que querem? Quem será o (a) culpado (a) por você nunca
melhorar nem crescer? Você se ajusta com facilidade aos fatos da sua vida
ou você tem dificuldade de mudança?
Reflexão
Apostólica:
Vejamos o Evangelho de hoje em
seu contexto: quando Jesus falava dos "homens desta geração", Ele se
dirigia aos fariseus e doutores da lei.
Pela comparação que Jesus fez, eles pareciam bastante imaturos e condenadores.
Imaturos por se sentirem magoados quando não eram prestigiados nas suas
atitudes; e condenadores por julgar seus contemporâneos (João Batista e Jesus
Cristo) como charlatães. Tudo isso porque eles tinham uma idéia pré-concebida
de como deveria ser o grande profeta que viria libertar o povo de Israel.…
E nós? Que idéia pré-concebida nós temos sobre como deveria ser Jesus? E o seu
anunciador? Será que teríamos dificuldade em reconhecer o Filho de Deus se Ele
fosse uma pessoa casada? Um pai de família? Se gostasse de comer e beber? E de
se misturar com os pobres? E que acusasse de infantis e imaturos os que têm
imagens pré-concebidas baseadas em estórias que foram repetidos milhares de
vezes, e passaram de geração em geração até chegar a nós? É difícil entender
essas palavras? Vou tentar ser mais claro...
Se Jesus estivesse de volta ao mundo hoje, como você acha que Ele seria? A
primeira imagem que lhe vem à cabeça é daquele homem branco, alto, cabelos
longos, barba bem feita, nariz afilado, olhos claros, túnica impecável,
solteiro (as mocinhas iriam enlouquecer!), de família humilde, filho único, com
uma mãe e um pai santos, bem educado, que nunca tivesse namorado na vida, nunca
tivesse entrado em um lugar que não fosse santo, nunca houvesse se envolvido
com nenhum tipo de droga, sem envolvimento político, que fosse católico (isso
seria muito importante para nós, católicos.. e para os não-católicos?), que
fosse "ligado" nas coisas do mundo globalizado, que tivesse resposta
pra tudo... ... ... esqueci alguma coisa?
Enfim, a minha pergunta... E se Jesus não preenchesse
algum (ou alguns) pré-requisito(s) da sua "lista", será que você
faria igual aos homens da época dEle? "Esse homem é um comilão e beberrão,
e anda com cobradores de impostos e pecadores... Não corresponde ao perfil que
esperamos..." Naquela época, eles esperavam que o Messias fosse um
guerreiro que libertasse o povo judeu do poder de Roma.
Hoje, nós esperamos a volta dEle, mas será que reconhecemos pelo menos a
presença dEle nas pessoas, e em nós mesmos?
Propósito: Eliminar do modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que
não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.
17
Todos nós gostamos de ganhar presentes.
O maior dos presentes que recebemos foi o dom da vida. Este presente nos foi
dado por Deus. O uso que fazemos deste presente é o que o torna bom ou mau.
Nós, muitas vezes, não sabemos usar este presente. Mas, aquele quem nos deu
este presente está disposto a nos ensinar a usá-lo. Ele diz: “Amai a Deus acima
de todas as coisas e o próximo como a ti mesmo”. Confie em Jesus Cristo e você
perceberá como a vida é bela, especialmente por saber que em Cristo a nossa
vida é eterna.
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