domingo, 29 de junho de 2025

Evangelho do dia 03 julho quinta feira 2025

 


03 julho - Cristo ressuscitou, Cristo vive, Cristo reina, Cristo está no meio da sua Igreja, terrível e formidável. Ele disse uma grande palavra: "Confidite: Ego vici mundum” Tende  confiança, eu venci o mundo. Lutemos e confiemos! (L 39). SÃO JOSE MARELLO

 S. Tomé, Apóstolo

O martirológio jeronimiano do século VI coloca no dia 3 de Julho a transladação do corpo de S. Tomé para Edessa, na atual Turquia. Este apóstolo, também chamado Dídimo, é-nos dados a conhecer sobretudo por S. João evangelista. É Tomé que convida os outros apóstolos a acompanharem Jesus para a Judeia, para morrerem com Ele (Jo 11, 16). É a pergunta de Tomé que leva Jesus a definir-se: " Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida." (Jo 14, 5s.). Finalmente, Tome, com a sua incredulidade, ajuda-nos a fortalecer a nossa adesão a Jesus, por meio de uma profissão de fé muito clara: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 24-29). Como escreve S. Gregório Magno, "A incredulidade de Tomé foi mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos crentes". Após o Pentecostes, partiu em missão. Mas não temos dados precisos acerca do seu apostolado.



Leitura do santo Evangelho segundo São João 20,24-29
  
"Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: 

- Nós vimos o Senhor! 
Ele respondeu: 
- Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! 
Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: 
- Que a paz esteja com vocês! 
Em seguida disse a Tomé: 
- Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! 
Então Tomé exclamou: 
- Meu Senhor e meu Deus! 
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram! " 


Meditação:

Hoje, celebramos na Igreja a festa de são Tomé apóstolo. Segundo a tradição joanina, este discípulo do Senhor teve sérias dificuldades para aceitar a mensagem da ressurreição.

Seguramente, o medo, o sentimento de fracasso, a decepção ante a tragédia do calvário produziu seus efeitos tanto em Tomé quanto nos outros discípulos do Senhor.

A convivência com Jesus tinha despertado a esperança nos seguidores do Senhor. A iminente restauração do Nacionalismo Judeu. Falsas expectativas, pois o projeto de Jesus transcende todo o limite histórico e geográfico.

Nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) o nome de Tomé é mencionado apenas uma única vez, compondo a lista dos Doze apóstolos. No Evangelho de João, Tomé aparece em quatro situações: na narrativa da ressurreição de Lázaro, em um diálogo na última ceia, neste detalhado diálogo com o Ressuscitado e na pesca milagrosa na Galiléia, também com o Ressuscitado. Este episódio do Evangelho de hoje, de certo modo, relativiza as narrativas de visões do Ressuscitado.

Este dia em que a Igreja celebra a memória de são Tomé, apóstolo, Jesus nos faz no evangelho uma séria advertência para rever seriamente nossa vida como discípulos, para esclarecer em que ou em quem temos colocado nossa confiança e existência. 
É comum escutarmos em nosso dia-a-dia a expressão: “ver para crer”, que revela em nós uma atitude que pode chegar a ser tão negativa como a própria rotina, ou seja, nosso ceticismo diante de nós mesmos, dos outros e do próprio Deus.
 
Não podemos fechar-nos à possibilidade de que as realidades de morte e sem sentido que obscurecem a humanidade cheguem a mudar. Nem tampouco garantir, em troca, que por tempo indefinido continuarão presentes em nossa sociedade.
 
“Ditosos os que não viram e creram!” é a bem-aventurança que nos lança Jesus no dia de hoje. Assinala-nos o caminho para uma mudança profunda tanto de cada um de nós como das estruturas nas quais estamos inseridos. Deveremos ter em conta que temos de nos abrir a viver a experiência do Evangelho como porta de acesso ao reino de Deus, em todo seu vigor e com as implicações que traz consigo, como a cruz redentora de Cristo.
Tomé é um dos seguidores mais próximos de Jesus; por isso o festejamos hoje. Recordamos seu testemunho porque serve de exemplo. Este é o sentido que tem para a comunidade a celebração dos santos. São modelos para imitar em sua relação com o Mestre.

Refletimos assim três elementos em Tomé: primeiro, seu seguimento de Jesus. Os relatos evangélicos o apresentam como alguém que fez o caminho do Mestre. Nesse seguimento, certamente mudou de projetos: teve que deixar os seus e suas coisas para ir atrás da proposta do reino. 
Segundo, seu testemunho do Ressuscitado. O evangelho ressalta sua incredulidade inicial: na primeira aparição não estava; e, teimoso, se aferra a elementos racionais e físicos que lhe sirvam de prova: as feridas nas mãos, nos pés e no lado. Mas ao se apresentar Jesus Ressuscitado, sem necessidade de meter dedos ou mão se convence ante sua presença de que seu amigo Jesus vive, e proclama: Meu Senhor e meu Deus!, com uma fé profunda no Ressuscitado presente em sua vida.
 
E terceiro, embora não seja um dado evangélico, podemos imaginá-lo saindo da Judéia como os outros apóstolos, a pregar a Boa Nova a todas as nações, fiel à missão que lhes dá Jesus antes de ir para o Pai. Assim, diz-se que Tomé evangelizou a Índia.
Alguém já disse: "Se a igreja não fosse de Deus os homens já teriam acabado com ela". Deus criou todas as coisas, e teve o bom gosto de criar tudo em ordem e perfeito. Mas o homem tem o poder de estragar tudo. A Igreja foi criada por Jesus, que se entregou por ela (Ef 5,25), ela é a noiva, bela, bonita e perfeita, e ele virá buscá-la (Ap 19,7). Esta é a verdadeira Igreja.
 

Esta festa é uma ocasião para revermos nossa vivência cristã, pessoal e comunitária, da Boa Nova; um motivo para nos olharmos no espelho dos nossos antepassados que viveram, antes de nós, a fé em Jesus.

A aceitação ou recusa do amor de Deus, traduzido por Jesus, é o critério de discernimento que leva o homem a tomar consciência da sentença que cada um atrai para si próprio: sentença de libertação ou de condenação.
Tomé simboliza aqueles que não acreditam no testemunho da comunidade e exigem uma experiência particular para acreditar. Jesus, porém, se revela a Tomé dentro da comunidade. Todas as gerações do futuro acreditarão em Jesus vivo e ressuscitado através do testemunho da comunidade cristã.

O seguidor de Cristo não pode ser apenas um ouvinte. O verdadeiro seguidor de Cristo deve ser um executor da obra de Deus.

Ao lermos e refletirmos o Evangelho, nos aperfeiçoamos cada vez mais e nos sentimos impelidos a fazer alguma coisa concreta para proclamar o Reino.

Todo cristão que realmente estuda e se aprofunda na fé, buscando todos os dias crescer espiritualmente, percebe que este crescimento necessita da ação, do amor desprendido, da ajuda ao irmão que sofre.

A religiosidade autêntica não consiste apenas em conhecer a fé, mas em testemunhá-la com obras, com um cristianismo vivido no amor aos irmãos necessitados e no afastamento de todo e qualquer mal. É este o mandamento que Cristo nos deixou, o mandamento do amor a Deus e ao próximo, e é através do nosso trabalho de evangelização que estaremos testemunhando ao nosso próximo o verdadeiro amor que temos por Deus.

Pensemos hoje sobre este vínculo entre a fé e as obras e, mais particularmente, entre a fé e a caridade, pois ela é essencial para nos sustentarmos no caminho da Verdade.

Quando nos deixamos guiar pela fé em Deus, tornamo-nos pessoas interiormente fortes e perseverantes, mesmo em meio aos momentos mais desencontrados da nossa vida, nada nos desanima.

Não podemos nos esquecer que o Senhor tem um projeto para cada um de nós. O que precisamos é crer e confiar que Deus é poderoso e concretiza seus desígnios e derrama suas graças no tempo certo.

Peçamos hoje ao Senhor a graça de sermos ousados na fé.

Peçamos à Maria que nos encoraje para sermos testemunhas vivas do Amor de Seu Divino Filho. E vivamos na graça e na certeza de que Ela nos concederá um bom dia a todos, com as bênçãos de Jesus, Maria e José!

Reflexão Apostólica:

A partir da dúvida de Tomé, já não há mais motivos para duvidarmos da presença operante de Cristo entre nós. Ele pode tudo e nos quer retirar da morte do corpo e nos dar a vida imortal. Nos quer revestir do corpo glorioso como o dele. 

A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto.

Crer no invisível é tomar Deus pela palavra sem insistir em ter uma “prova”. Afinal, para alguns, nem toda “prova” do mundo os convencerá a crer.

 

Viver pela fé, então, é continuar naquilo que já sabemos sobre o amor de Deus; significa confiar em Deus a partir do que já experimentamos; significa tomá-Lo pela palavra porque Ele nos mostrou Sua bondade e amor – não importando quão difíceis sejam nossas circunstâncias e não importando quanto deixamos de ver ou entender.

Tomé pediu um sinal tangível, lógica e racionalmente válido. Mas a experiência do ressuscitado implica lançar-se com absoluta confiança ao aparente vazio.

Até aquele dia o discípulo ainda não acreditara na ressurreição de Jesus apesar do testemunho dos seus amigos. Jesus apresentou-se diante dele para que ele se rendesse. 
Diante da presença real de Jesus, vivo e ressuscitado, Tomé tirou do trono a sua incredulidade e rendeu-se à ordem do Senhor: “E não sejas incrédulo, mas fiel!” Tocar nas feridas do Senhor, colocar a mão no seu lado, fez com que ele tivesse uma experiência com a dor de Jesus.
 

Quando nós também passamos pela dor e nos colocamos em intimidade com Jesus nós podemos sem titubear, reconhecê-Lo: “Meu Senhor e meu Deus”! Aí então, nunca mais seremos os mesmos. 

Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.

O apóstolo Tomé é profundamente humano e nós nos parecemos muito com ele na falta de fé. Muitas vezes em nosso relacionamento com Deus, nos comportamos como Tomé, e agimos como uma criança birrenta. 
Colocamos a culpa em Deus das coisas ruins e tristes que acontecem em nossa vida e muitas vezes exigimos coisas que não são necessárias para nós.
 
Para que nós também sejamos curados de nossa falta de fé e de nossas frustrações com a vida e com as pessoas, olhemos para a cruz, para o lado aberto de Jesus, e peçamos a Ele a graça de entrarmos no seu coração. E, o lindo é que o próprio Jesus é quem nos chama para descansarmos no coração D’Ele: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” (Mt 11,28-29).
 

A nossa fidelidade a Deus é do tamanho da nossa fé. Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Nós somos os “bem-aventurados”, porque, não podendo tocá-Lo fisicamente, nem tampouco vê-Lo, como foi concedido aos discípulos, nós O experimentamos pelo dom da Fé que recebemos no nosso Batismo. 
O conhecimento de Deus supera toda a inteligência e racionalidade, portanto, deixemo-nos ser íntimos do Senhor. Ele se oferece a nós como confidente de nossos pensamentos e interlocutor de nossas conversas secretas.
 
Quando tudo é obscuro e se perde toda a segurança é quando se experimenta a força do ressuscitado que fortalece e confirma a fé.

Hoje, assistimos a um momento confuso e complexo da história. Perdeu-se a fé, não só no âmbito religioso, institucional eclesiástico, mas também no sentido da vida, nas pessoas, nas comunidades e grupos. Tendemos a levar uma vida isolada, insossa e descompromissada.

Hoje não existe uma experiência autêntica com o ressuscitado fora da comunidade de fé, só poderemos ver e crer em Jesus na Igreja. É a nossa comunidade que garantirá que verdadeiramente: “Nós vimos o Senhor!”.  Tomé se abriu ao dinamismo da ressurreição. Façamos nós o mesmo.
Hoje, também não é suficiente o batismo, a crisma, a comunhão, a missa todos os domingos. Falta, há exemplo dos apóstolos e primeiros cristãos, o encontro pessoal com o Senhor ressuscitado. As diversas experiências das primeiras comunidades nos orientam a este encontro com Jesus.
O encontro de Tomé, que precisou ver para crer. Importante que Tomé retorna possibilitando o encontro. Mas não esquecendo o que o Senhor disse: “Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditarem sem ter visto.”
Jesus aparece a Paulo, no caminho para Damasco, e leva-o a conversão passando de perseguidor dos cristãos a perseguido. Embora, Paulo, não tenha pertencido aos primeiros discípulos que tiveram o convívio com Cristo, como nós hoje, o encontro com o Ressuscitado torna-o um dos mais fervorosos e decisivos discípulos na construção da nossa Igreja.
Não somos mais nós, mas Jesus em nós, quando a nossa caminhada esta repleta de encontros com o Ressuscitado e esta experiência abre nossos olhos, arde nossos corações, enche-nos de paz interior, transborda-nos do amor verdadeiro, ajuda-nos na verdade, justiça e humildade.

Aproximemos-nos do coração de Jesus com plena confiança e lancemos sobre Ele todos os nossos fardos.  Coloquemos como são Tomé as mãos nas chagas gloriosas de Cristo e pelo seu Sangue sejamos lavados, purificados e amadurecidos na fé, e assim possamos dizer com toda confiança: “Meu Senhor e meu Deus!”. 
Que são Tomé, apóstolo da dúvida e da fé, rogue por nós e que Maria, Mãe da Divina Graça, nos faça repetir cada dia com mais ardor e muita fé: “Creio Senhor, mais aumenta a minha fé!” 
Oremos hoje pedindo a Jesus que nos concede também a Sua paz e experimentemos levá-la a todos os lugares por onde formos. Depois, mais tarde, antes de dormir pensemos se o nosso dia foi diferente dos outros. Com Tomé digamos: MEU SENHOR E MEU DEUS!

Propósito:

Pai, não deixe a incredulidade contaminar o meu coração e me impedir de buscar um modo de ser, onde a vida e a esperança falem mais alto que a morte e o desespero.

03 julho

Que na paz de Deus você possa encontrar seu caminho, a ser trilhado com fé, para que, cada vez mais, acredite nesse Deus maravilhoso! Que você possa seguir em frente, sem desanimar, sempre em busca de novo horizonte. A cada novo dia, tenha fé, acredite no amor e sinta a proteção de Deus em sua vida!

Seja perseverante! Não desanime nem desista dos sonhos.



 

Evangelho do dia 02 julho quarta feira 2025

 


02 de julho - Vós estareis no mundo, porém vossos ouvidos não prestarão atenção às vozes e às conversas do mundo, às blasfêmias e às impiedades dos homens, mas já ouvirão os cantos dos anjos que vos chamam a si; mesmo que ouçam essas vozes, será apenas para vos oferecer como vítimas de reparação ao amor desprezado de Jesus. (S 354). São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,28-34

 "Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: "Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos". Ele disse: "Ide". Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região."  

Meditação:

A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão.

Esta apresentação dá uma seqüência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.

O evangelho de hoje acentua o poder de Jesus sobre o demônio. No nosso texto, o demônio ou o poder do mal é associado com três coisas: 1) Com o cemitério, o lugar dos mortos. A morte que mata a vida! 2) Com o porco, que era considerado um animal impuro. A impureza que separa de Deus! 3) Com o mar, que era visto como símbolo do caos de antes da criação. O caos que destrói a natureza.

Mateus resume aqui uma narrativa de Marcos para inseri-la em sua coleção de dez milagres de Jesus. Em Marcos a narrativa tem um sentido missionário: um possesso que foi libertado passou a anunciar Jesus no território gentílico da Decápole.

A narrativa ainda mostra que Jesus, com sua prática libertadora, encontra resistência dos mais favorecidos, moradores da cidade, que pedem que se retire dali.

Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento.

Esses demônios faziam o homem escravo e viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e ferindo-se.

O endemoniado, sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso A pergunta: Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!

Em duas palavras: Pois vão!, Jesus responde e suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos.

Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo.

Eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.

E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Jesus. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna agradeçamos a Deus a graça de gritarmos como aqueles endemoniados e peçamos a Deus a graça de acolhermos o projeto de Jesus. Pois ele é o projeto de vida eterna.

Reflexão Apostólica:

Mais uma vez, o evangelho nos prova que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios confessam isso).
Aqueles dois homens possessos de demônios foram libertados de seu sofrimento, por Jesus, porque Ele é o nosso libertador. 
Liberta-nos do pecado, de todas suas causas e de todas suas conseqüências. Só Jesus pode nos libertar dos demônios que no nosso dia a dia tentam-nos para poder nos arrastar para o pecado, para longe de Deus, e da vida eterna.
Essa libertação não acontece se nos afastarmos de Deus, ficando muito tempo sem rezar, e principalmente sem comungar.
Foi assim que aquele sacerdote sucumbiu-se com a pressão da legião de demônios que o arrastou como uma torrente poderosa para longe da Igreja, e de Deus.
Sendo jovem recém ordenado, foi designado para uma paróquia de uma cidade no Nordeste, onde as tentações são muitas e a solidão se avoluma principalmente à noite.
Apesar disso, aquele padre desempenhava seu sacerdócio com muita vontade, humildade e por que não dizer, com fé.
Celebrações, reuniões, encontros de jovens, elogios a sua pessoa, olhares, tentações, até que em um domingo à noite, final de um encontro de jovens, quando fechava a última porta da casa paroquial, ela estava lá, sentada, com o olhar fixo nele, ficou pasmado quase sem voz, mas afinal conseguiu perguntar o que ela estava fazendo ainda ali? Por que não foi para casa?...    
....Conclusão, hoje este padre, (porque sempre será padre) está casado com aquela tentação morena, e as missas viraram celebrações feitas por uma freira, e outras vezes por catequistas da paróquia.
Segundo informações, a situação é bastante desagradável, e maledicente para a própria Igreja. Aquele tímido padre, apesar de possuir um pequeno defeito físico, é de boa aparência.
Ele tinha que viajar de uma cidade a outra  principalmente no fim de semana para atender confissões, casamentos, batizados e celebrações. Com muitas atividades, suas orações pessoais foram substituídas por horas ou minutos de descansos.
Diante deste quadro de muita ação e pouca oração, o espírito que mesmo estando preparado pode cair por que a carne é fraca, imaginem um espírito despreparado mais carne fraca mais solidão mais grades tentações. Não deu outra. A Igreja perdeu mais um padre!   

O inimigo de Deus persegue os Seus filhos e o maior desejo dele é fazer com que a criatura rejeite o Seu Criador. Jesus veio nos salvar e nos libertar do mau.
O Mau é o demônio com toda a sua carga prepotente e violenta. Os espíritos maus que ainda hoje nos atormentam fazem de nós pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e às vezes tão violentas que podemos ser comparados (as) com verdadeiras “feras”.
Jesus nos liberta do mal para que nós possamos voltar para o caminho do bem. Veja o que aconteceu com aqueles porcos.
Para salvar os dois homens Jesus expulsou deles o demônio e o mandou para a manada de porcos que “atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas”.
Os homens, às vezes, até inadvertidamente deixam-se apossar pelas obras do maligno. No entanto, nós temos ciência de que Jesus já o derrotou quando venceu a morte que é a conseqüência do pecado.
O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus, mas mesmo assim continua explorando o ser humano. Os próprios endemoniados da história gritaram reconhecendo Jesus como Filho de Deus replicando: “o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?
Se nós tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, nós não cairemos nas malhas dos inimigos.
Jesus queria dar dignidade ao homem, porém o povo da cidade não entendia isso, porque estava preso aos seus interesses: os porcos lhe rendiam dinheiro.
Muitas vezes a libertação nos trará conseqüências de perdas, de despojamento e nós não queremos sacrificar os bens que possuímos em troca da salvação da nossa alma. Preferimos muitas vezes a prisão, a violência, para podermos ter uma vida mais próspera.
Em pesquisa recente divulgada pelo IBOPE, constatou-se que a empregabilidade deixou de ser a maior preocupação do brasileiro. Agora é a questão da violência. Cá entre nós, isso até que faz sentido: para que trabalhar e ser remunerado se posso não viver para gastar meu dinheiro ou mesmo pagar minhas contas?
Nos jornais, sejam eles televisivos ou impressos, violência. Nas ruas, violência. Na política, mais violência só que travestida com o manto da corrupção. Nas religiões, reduto cultural da moralidade, percebe-se um flerte com a violência.
O que preocupa qualquer observador bem intencionado é o arraigamento do mal. A extensão que ele tem tomado na sociedade e onde ele tem jogado seus tentáculos na cultura.

Será que, mesmo orando e clamando a Deus por paz e por uma intervenção divina no nosso “tecido social”, o mal poderá ser erradicado?

Será que o mal já não está tão arraigado no povo que, mesmo havendo uma manifestação do poder de Deus, as pessoas, por estarem tão acostumadas com esse mal, não o prefeririam? Em outras palavras: será que estamos preparados para o bem?
Essa pergunta pode doer e parecer retórica. Mas ela não o é. E o povo de gadara preferiu antes o mal (a que estavam acostumados) do que a Jesus com toda a sua majestade e poder. Na Bíblia há outros casos de gente que escolhera o mal (Sodoma; o jovem rico etc).
O que acontecera com os gadarenos para que naquele “choque do bem” eles preferirem o mal? O mal imperava em Gadara. E o maior sinal disso não era a presença dos endemoniados, mas sim a ausência dos valores do Reino de Deus. Como já dizia Santo Agostinho: “o mal existe como ausência do bem”. Na verdade, sempre que o bem se ausentar o mal se instalará.
Ser cristão é prezar pela verdade, é viver em amor, é manifestar o perdão. Depender de Deus é manifestar e ansiar pela justiça.

Quando nós transigimos com nossos valores ou mesmo quando nós omitimos a vivência e a experiência destes valores nós condenamos o povo a viver “gadarenamente”, isto é, à margem dos valores do Reino de Deus.

Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? Você será capaz de abdicar de alguma coisa ou de alguém muito importante, para se ver livre do pecado que o (a) prende? Você é uma pessoa que facilmente se enraivece? Você acha que precisa ser curado (a)?

Propósito:

Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.

02 julho

Crescer é um processo contínuo, que consiste em ter a coragem de romper as barreiras que impedem um maior autoconhecimento.
Não significa somente se contentar com uma vida sem sentido, sem um ideal, sem um objetivo maior.
Ninguém veio ao mundo do nada e para o nada.
Todos têm uma missão a cumprir.
Lembre-se de que, no caminho rumo ao crescimento, existem muitos obstáculos. Mas tudo vale a pena se você optar pela verdade, pelo amor.

É sempre tempo de crescer para quem está decidido.

 


Evangelho do dia 01 julho terça feira 2025

 


01 jul - – Vós estareis no mundo, mas vossos olhos não o verão e, passando além das coisas desta terra, contemplarão o Paraíso que vos espera; e, embora tenham que ver o mundo, será através do Coração de Jesus e somente para implorar misericórdia para ele. (S 354).  São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,23-27

"Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. "Senhor", diziam, "salva-nos, estamos perecendo!" - "Por que tanto medo, homens de pouca fé?", respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: "Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?""  
Meditação

Mateus resume a narrativa de Marcos paralela a esta. Assim ele faz também com as demais narrativas de milagres da coleção de dez milagres reunidos nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, preocupado em destacar o caráter messiânico atribuído a Jesus.
Nos evangelhos temos seis narrativas semelhantes envolvendo dificuldades dos discípulos na travessia do mar. Três delas, esta de Mateus e as paralelas em Marcos e Lucas, durante uma travessia de barco para o território gentílico.
O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças  e seu senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?
Ora vejamos: Jesus sobe a uma barca e diz aos apóstolos que vão à outra margem. Esgotado pelo cansaço, dorme na popa. Enquanto isso, se levanta uma grande tempestade que inunda a barca. Assustados, os apóstolos acordam Jesus, gritando-lhe: Mestre, não te importas que pereçamos? Após levantar-se, Jesus ordena ao mar que se acalme: Cala, emudece. O vento se acalmou e sobreveio uma grande bonança. Depois, disse-lhe: Por que estais com tanto medo? Ainda não tendes fé?
Deus cuida de nós, Ele se importa com nossa vida, e de que maneira! Nos momentos mais difíceis da nossa vida representada pela turbulência do mar agitado Ele está conosco e muitas vezes nos carrega no colo.

Olhando para traz vemos somente duas pegadas e julgamos que ele nos abandonou nos atirou a batata quente nas mãos e ficamos desesperados.

A resposta de Jesus será sempre a mesma. Eu estava, estou e estarei contigo em tudo. Porque te amo mais do que a mim mesmo. Renunciei a minha divindade e vim aqui na terra. Deixei-me crucificar e por ti morri para te provar o quanto te amo. Não duvide mais homem, mulher de pouca fé! Tenha confiança em Deus e crede em Mim também. Eu aclamo as tempestades da tua vida. Confia em mim todas as tuas preocupações.
Portanto, a confiança em Deus: esta é a mensagem do Evangelho. Naquele dia o que salvou os discípulos do naufrágio foi o fato de levar Jesus na barca, antes de começar a travessia.
Esta é também para nós a melhor garantia contra as tempestades da vida. Levar Jesus conosco. O meio para levar Jesus na barca da própria vida e da própria família é a fé, a oração e a observância dos mandamentos.

Reflexão Apostólica:

Aquela tempestade deve ter sido aterrorizante. Mateus a descreveu com uma palavra peculiar, a palavra grega "seismos", que normalmente se usava para um terremoto. Mateus só usou esta palavra em outras duas ocasiões na vida de Jesus, na hora da sua morte na cruz (27,54) e na ressurreição (28,2).
Doze homens que pessoalmente viram Jesus curar leprosos, paralíticos e diversos outros doentes, ainda ficaram apavorados pela fúria daquelas ondas. Como ficou a fé deles? Ruiu! Jesus admoestou os discípulos pela sua falta de fé. Mesmo assim, ele parou o vento e as ondas.
Se alguém lhe disser que Deus não lhe ajudou ou não lhe curou porque sua fé é pequena demais, mande aquele pessoa voltar a escutar este relato de Mateus.
É um estímulo à fé na eficácia da palavra de Jesus, diante do mar agitado de uma sociedade elitista que serve ao dinheiro e gera a exclusão e o sofrimento. A confiança e a fidelidade à Palavra de Deus nos movem à prática transformadora desta sociedade.
A tempestade que passa pela sua vida pode ter deixado um ente querido na cadeia, na UTI ou até no cemitério. Pode cheirar de álcool ou se chamar de divórcio ou câncer.
Seja qual for, pode parecer que engoliu a sua fé. Mas, se você tiver ao menos o suficiente para chamar o nome de Jesus, ele escutará.
O poder de Jesus não é medido pelo tamanho da nossa fé, mas, pelo amor, sem limites que ele tem por nós. O mesmo amor que o levou a salvar doze homens apavorados em alto mar o levará a lhe socorrer, seja qual for o tamanho do seu sofrimento, sua dor ou sua angústia. Chame Jesus. Confie nEle.
Quanta fé é necessário? Basta o suficiente para chamar o nome dEle. Faça isso. Não há nenhuma tempestade que Jesus não pode comandar e ele sempre está tão perto que pode ouvir a sua voz.
Quem sabe se na passagem da tempestade você não descobre uma fé muito maior do que aquela que você podia antes imaginar?
Meu Senhor e meu Deus, eu creio. Mas aumenta a minha pouca fé!

Propósito:

Pai Santo e Poderoso, o Senhor tem nos socorrido tantas vezes, como é que ainda podemos duvidar? Ouça o pedido dos seus servos, atenda ao seu clamor e conceda a cada um a certeza de que o Ressuscitado está pessoalmente tratando do seu sofrimento. E, assim, dê provas de que a sua fé é sólida.

Dia 01

Errar é humano; no entanto, reconhecer a própria fragilidade é um dom de Deus.

Só não erra quem não faz nada nem se envolve com novos projetos.

Por isso, tenha coragem de tentar, mesmo que, algumas vezes, isso lhe custe caro.

Siga em frente, enfrentando novos desafios e situações, que serão boas oportunidades de crescimento.

Se errar, você precisa ter a humildade de reconhecer sua falta perante Deus e as pessoas.

“Antes de ser humilhado, saí do bom caminho, mas agora guardo tua promessa”. (Sl 119[118],67).

 


Evangelho do dia 30 junho segunda feira 2025

 

DIA 31 DE JULHO 2025 ANIVERSÁRIO DO BLOG 13 ANOS NO AR, PROPAGANDO A PALAVRA DE DEUS

 

30 jun - Solene tumulação dos despojos mortais de São José Marello no Santuário da Casa-Mãe em Asti. (1923).

Atualmente não temos senão um tênue reflexo da fé e da caridade apostólica. São Paulo! Oh! a grande figura típica do Cristianismo! (L 11). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,18-22

"Vendo uma grande multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de passar para a outra margem do lago. Nisso, um escriba aproximou-se e disse: "Mestre, eu te seguirei aonde fores". Jesus lhe respondeu: "As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça". Um outro dos discípulos disse a Jesus: "Senhor, permite-me que primeiro eu vá enterrar meu pai". Mas Jesus lhe respondeu: "Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos". "  
Meditação:

O tema desta passagem é o seguimento de Jesus, que Mateus insere em sua coletânea de dez milagres. O evangelista elabora sua narrativa a partir da mesma fonte (Q) que Lucas. Neste, os seguidores de Jesus seriam samaritanos, pois o episódio ocorre na Samaria.
Nesta fala, a figura do pai simboliza as tradições familiares que se perpetuam a fim de manter privilégios religiosos, sociais e econômicos, os quais favorecem as regalias e o enriquecimento de minorias e a subserviência de maiorias excluídas e oprimidas. Jesus propõe a ruptura com estas tradições.
Atualizando este texto, estamos diante de dois fatos importantíssimos como Cristãos chamados a seguir as pegadas do Mestre: tu vens e segue-me. A opção de seguir Jesus não é uma iniciativa pessoal. É ele que chama e consagra para a missão.
Primeiro um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional de Jesus: Mestre estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for.

A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Apela pelo abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: as raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiando-se somente nas mãos providentes de Deus. Jesus a firmar o Filho do Homem, Jesus, que não tem onde repousar a cabeça. Quer-nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.
O segundo, é o caso de um dos discípulos que quer ganhar tempo e pede que Jesus permita enterrar o pai: Senhor deixe-me primeiro ir enterrar meu pai.

Pai, aqui, não se aplica no sentido biológico. Mas na permanência das tradições Judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao em vez de salvar e libertar o homem mata e escraviza. 

É estar preso às nossas idéias egoísticas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na nossa tibieza, em fim nas inúmeras desculpas que nós damos no nosso dia-a-dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.
Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste comigo e contigo e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me.

O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.
Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e tu meu irmão minha irmã não temos nem o poder, nem o dever tão pouco o direito de dizer não. Portanto, levanta-te e segue Jesus. Ele é o teu Deus e o teu Senhor.

Paremos de dar desculpas furadas. Saibamos que, quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.
Rompamos, pois, com todas as barreiras que vedam os nossos olhos para não enxergar o projeto de Deus para nós. Entendamos que o seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo

Reflexão Apostólica:

O seguimento de Jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais do que o entusiasmo ou a boa vontade.

Exige disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive o conforto, os costumes, a cultura e até mesmo os grandes valores que norteiam a nossa vida.
Seguir Jesus significa ter a disposição de sempre ir em frente, sempre ir além, sempre buscar o novo para que a boa nova aconteça, é uma vida marcada sempre por novos desafios, é sempre atravessar o lago e buscar a outra margem do lago onde novas pessoas esperam para serem evangelizadas. Seguir Jesus significa colocar a obra evangelizadora acima de tudo.

A outra margem é o inverso do que nós estamos acostumados a viver; é o desalojamento, desestruturação, situação de ruptura com os hábitos e os costumes.
Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste conosco e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me.

O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixemos que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.
Quem quiser segui-Lo terá que passar pelas dificuldades próprias da mentalidade evangélica. Não adianta somente querer seguir a Jesus com palavras e bons propósitos sem medir as conseqüências do que nós estamos pretendendo.
O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura, por isso, nós somos obrigados (as) a renunciar à nossa existência pacata, medíocre e acomodada.
O discípulo que pediu a Jesus para primeiro sepultar o pai era alguém como nós que esperamos um tempo propício para nos desprender dos nossos apegos, dos nossos projetos. Para nós também Jesus diz, hoje: “segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
Jesus nos chama para uma vida nova conformada aos Seus ensinamentos. Seguir Jesus é viver conforme o Seu Evangelho, é viver o amor, é praticar o perdão, é não fazer questão por coisas que não têm valor diante de Deus.
Por isso, não podemos nos acomodar esperando novas oportunidades. É tempo de amar e construir aqui na terra o reino dos céus, para que não sejamos também chamados de “mortos”.

Quem deseja tornar-se discípulo, deve confrontar-se com as exigências postas pelo próprio Mestre. Só tem sentido fazer-se discípulo se for para assemelhar-se a ele.

Você também se propõe a seguir a Jesus aonde quer que Ele vá? Qual a sua maior dificuldade para viver o Evangelho? Você é uma pessoa muito apegada às pessoas da sua família e aos seus bens? Você acha que tem que renunciar a alguma coisa para seguir Jesus?
Jesus fala que para segui-lo é necessário ser uma pessoa despojada de si mesma, sem reservas, sem apegos às coisas desse mundo, sem ser meio lá meio cá. 
É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter coragem!  Não é coisa muito fácil. O sacerdote olha do lado e vê as pessoas integradas mal ou bem com suas famílias. E ele, na solidão.
Nós, os membros da comunidade paroquial, temos que dar todo apoio possível ao sacerdote, convidando-o para almoçar em nossa casa, ficando mais tempo em sua companhia, dando todo o carinho fraterno que ele merece e precisa para não se lembrar que é um celibatário.
Porque o problema é parecido com o seguinte exemplo: A Televisão, no seu noticiário, anunciou que a partir do meio dia vamos ficar sem água por cinco dias.
O que acontece na nossa mente? Ficamos com sede na hora. Só de pensar que não terá água, além da sede, começamos a nos sentir sujos, até com coceiras pelo corpo com vontade de tomar aquele banho. É o que acontece com o seminarista.
Só de saber que não poderá se casar, ele sente mais vontade de construir uma família. Outros jovens solteiros da sua idade, nem estão pensando no assunto.
É igual a pessoa que mora em frente ao mar. Fica dias, até meses sem ir à praia. Ela pensa. A praia está aí mesmo, quando eu quiser, eu vou. Hoje não. Deixa para outro dia.
Assim, os dias vão se passando, e aquela pessoa nem se preocupa com a praia. Ao contrário, uma pessoa que mora longe do mar, fica pensando o verão inteiro como seria bom morar perto da praia para tomar banho de mar todos os dias! Quando tem a oportunidade de ir ao mar, aproveita tanto como se fosse morrer amanhã.
Isso é parecido com o problema do celibato. Se ele não fosse obrigatório, os seminaristas e padres não teriam nenhuma complicação com relação à solidão.
Alguém pode estar pensando que o problema da solidão é superado com a graça de Deus, e da Virgem Maria. Claro, que é, mas, não se esqueçamos das tentações do mundo atual que nos cercam por todos os lados. Na rua, na internet, no cinema, na televisão, até quando olhamos para fora pela janela do nosso quarto.  

Propósito:

Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.

Dia 30

No dia-a-dia, dedique sempre alguns minutos para sorrir.

O sorriso contagia e cativa as pessoas.

Reserve um tempo para ler, pensar, trabalhar, divertir-se, sonhar, amar e rezar.

Ao fazer isso, você se sentirá mais feliz e realizado.

Dedique alguns instantes para interiorizar-se, sentir e apreciar a natureza e tudo o que Deus criou.

Você nasceu para ser feliz!

“Porque é o Senhor quem dá a Sabedoria, e de sua boca procedem conhecimento e prudência”. (Pr 2,6).

 


quarta-feira, 25 de junho de 2025

EVANGELHO DO DIA 29 JUNHO 2025 - SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS

 

29 junho - Restauremos os lindos tempos da antiguidade, quando o sacerdócio se mostrava venerando aos povos pela vivíssima fé e pela caridade profunda! (L 11). São José Marello

Mateus 16,13-19

"Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
"

Reflexão para a Mateus 16,13-19 Solenidade de São Pedro e São Paulo Mateus 16,13-19

Todos os anos, na solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, a liturgia propõe Mateus 16,13-19 para o Evangelho, texto que contém a famosa confissão de fé de Pedro na região de Cesaréia de Filipe. Esse é um relato comum aos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mt 16,13-19; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21), embora a versão de Mateus apresente mais elementos próprios, o que lhe rendeu uma maior valorização na reflexão teológica ao longo dos séculos, sobretudo, no cristianismo católico.

A recordação dos apóstolos é sempre importante para a vida da Igreja, porque a ajuda a manter-se alinhada às suas origens, não obstante os desgastes históricos. Pedro e Paulo foram imprescindíveis para o cristianismo das origens conservar os ensinamentos de Jesus e, ao mesmo tempo, para se espalhar e crescer, extrapolando os limites culturais e geográficos do judaísmo e da Palestina. Olhando para o exemplo dos dois, a Igreja, de hoje e de sempre, é interpelada, cada vez mais, a renovar-se e edificar-se somente pela fé em Jesus Cristo, sem tomar como parâmetro nenhuma instituição terrena.

Antes de entrarmos na reflexão do texto em si, é necessário fazer algumas considerações a respeito do contexto do relato no conjunto do Evangelho. Esse trecho abre uma série de acontecimentos importantes da vida de Jesus e dos seus seguidores, como a transfiguração (cf. 17,1-7) e os dois primeiros anúncios da paixão (cf. 16,21-23; 17,22). Na verdade, podemos dizer que tais acontecimentos são consequência do episódio narrado no Evangelho de hoje, pois tanto a transfiguração quanto os anúncios da paixão são tentativas de Jesus revelar a sua verdadeira identidade, tendo em vista que os discípulos ainda não tinham tanta clareza dessa.

Recordamos o que sucede ao nosso texto no conjunto do Evangelho, mas também não podemos deixar de recordar o que lhe antecede: uma controvérsia com os fariseus, os quais pediam sinais a Jesus (cf. 16,1-4), e uma séria advertência aos discípulos para não se deixarem contaminar pelo fermento dos fariseus e saduceus (cf. 16,5-12). Esse fermento era a mentalidade equivocada sobre Deus e o futuro messias e, principalmente, a hipocrisia em que viviam. Mateus recorda tudo isso porque, certamente, a sua comunidade passava por uma crise de identidade: por falta de clareza da identidade de Jesus e falta de experiência autêntica com o Crucificado-Ressuscitado, o “fermento dos fariseus”, quer dizer a influência da sinagoga, estava atrapalhando a vivência das bem-aventuranças, e impedindo a realização do Reino dos céus naquela comunidade.

Agora podemos, portanto, direcionar nosso olhar para o texto que a liturgia nos oferece: “Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do homem?’” (v. 13). O texto começa com um indicativo espacial: Cesaréia de Filipe estava localizada no extremo norte de Israel, portanto, muito longe de Jerusalém. Como o próprio nome indica (homenagem a César), era um centro do poder imperial e, portanto, lugar de culto ao imperador romano. Certamente o evangelista e sua comunidade tinham um propósito muito claro ao narrar esse episódio e recordar a sua localização.

Longe de Jerusalém, os discípulos estariam isentos de qualquer influência da tradição religiosa judaica, ou seja, livres do fermento dos fariseus e, portanto, aptos a confessarem e professarem livremente a fé em Jesus, fora dos esquemas tradicionais da religião. Ao mesmo tempo, estando em uma região de culto ao imperador, a confissão da fé em Jesus seria um sinal de convicção e adesão ao projeto do Reino dos céus e uma demonstração da coragem que deve marcar a vida da comunidade cristã, chamada a testemunhar a Boa Nova e continuar a obra de Jesus, mesmo em meio às hostilidades impostas pelo poder imperial. Podemos dizer que professar a fé em Jesus é distanciar-se dos esquemas religiosos do judaísmo e, ao mesmo tempo, desafiar qualquer sistema que não coloque a vida e o bem do ser humano em primeiro lugar, como o império romano.

A pergunta de Jesus sobre o que dizem a respeito de si, ou seja, do Filho do Homem, não é demonstração de preocupação com sua imagem pessoal, mas com a eficácia do anúncio da comunidade. Até então, Jesus já tinha realizado muitos sinais entre o povo e ensinado bastante, mas pouca gente o conhecia verdadeiramente. Muitos o seguiam pela novidade que Ele trazia, uns pelo seu jeito diferente de acolher os mais necessitados e excluídos, outros para aproveitarem-se dos sinais que Ele realizava. Ele percebia tudo isso e, por causa disso, fez essa pergunta: “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?” (v. 13b).

A resposta dos discípulos à pergunta de Jesus revela a falta de clareza que se tinha a respeito da sua identidade e, ao mesmo tempo, a boa reputação da qual ele já gozava diante do povo, certamente o povo simples, com quem Ele interagia e por quem lutava. Eis a resposta: “alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas” (v. 14). Sem dúvidas, Jesus estava bem-conceituado pelo povo, pois era reconhecido como um grande profeta. Mas Jesus é muito mais. Embora continuem sempre atuais, os profetas de Israel são personagens do passado. A comunidade cristã não pode ver Jesus como um personagem do passado que deixou um grande legado a ser lembrado. Isso impede a comunidade de fazer sua experiência com o Ressuscitado, presente e atuante na história.

A pergunta sobre o que as outras pessoas diziam a seu respeito foi apenas um pretexto. Na verdade, Jesus queria saber mesmo era o que seus discípulos pensavam de si. Por isso, lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (v. 15), uma vez que longe do “fermento dos fariseus”, os discípulos poderiam dar uma resposta sincera, isenta e livre. O texto afirma que“Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (v. 16). Não resta dúvida que os demais discípulos componentes do grupo dos doze também responderam. O evangelista enfatiza a resposta de Pedro por ser uma síntese do pensamento dos doze. Essa é a resposta do grupo e, portanto, da comunidade.

A resposta é complexa e profunda: Jesus é Messias e Filho e do Deus vivo. É muito significativo que Ele seja reconhecido e acolhido como o Messias esperado, ou seja, o Cristo, o enviado de Deus para libertar o seu povo e a humanidade inteira. Como circulavam muitas imagens de messias entre o povo, principalmente a de um messias guerreiro e glorioso, o segundo elemento da resposta de Pedro é de extrema profundidade e importância: “o Filho do Deus vivo” (em grego: ό υίόςτούΘεούτούζώντος hóhióstúTheútúzontos). Além de definir a qualidade e especificidade do messianismo de Jesus, essa expressão serve também para denunciar a falsidade do culto ao imperador romano, o qual exigia ser reverenciado como filho de uma divindade.

Com a resposta de Pedro, a comunidade cristã é chamada a proclamar que Jesus é, de fato, o Cristo (termo mais fiel ao texto grego do que Messias), é o Filho do Deus vivo, ou seja, seu Deus é o Deus da vida, enquanto os deuses pagãos cultuados no império romano e até mesmo o Deus oferecido pelo templo de Jerusalém eram privados de vida, eram agentes de morte, sobretudo para o povo simples e excluído. A convicção de que Jesus é o Filho do Deus vivo compromete a comunidade a denunciar e desafiar todos os sistemas religiosos e políticos que não favoreçam a promoção da liberdade e da vida plena e abundante para todos.

Jesus se alegra com a resposta de Pedro e o proclama bem-aventurado: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (v. 17).  Não se trata de um elogio por um mérito particular de Pedro, até porque o conhecimento não é dele, mas do Pai que lhe revelou. O que Jesus faz é uma constatação: as coisas começam a funcionar na comunidade, pois a voz do Pai está sendo ouvida; como o Pai só revela seus desígnios aos pequeninos (cf. 10,21), e Pedro está falando a partir do que o Pai lhe sugere, ele está demonstrando adesão plena ao projeto do Reino, inserindo-se no mundo dos pequeninos! O Reino de Deus ou dos céus, como Mateus prefere, é um projeto alternativo de mundo que só tem espaço para quem aceita a condição pertencer ao mundo dos pequeninos. A bem-aventurança de Pedro consiste em abrir-se à vontade do Pai e deixar-se conduzir por essa.

Na continuidade, Jesus declara: “Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (v. 18a). Jesus está declarando que Pedro está apto a participar da construção da sua comunidade, por estar aberto às intuições do Pai. Ao contrário da antiga religião judaica que precisava de um templo de pedras, a comunidade cristã é uma construção sim, mas pela sua coesão e unidade, por isso, na sua construção são necessárias pedras vivas. Pedro é uma destas pedras escolhidas por Jesus, a primeira, sem dúvidas. A pedra fundamental da construção é a fé da comunidade. A força, o equilíbrio e a perseverança da comunidade dependem da solidez da sua fé. Por isso, é necessário que essa fé seja forte como uma rocha, comparável a fé que Pedro tinha acabado de professar.

É importante esclarecer que Mateus usa duas palavras gregas muito parecidas para designar Pedro e pedra: Πέτρος– Petros e πέτρα- petra. Embora muito próximas, é possível distingui-las: “Petros”que foi transformada no nome próprio Pedro, designa pedra, pedregulho ou tijolo, uma pedra pequena e removível, uma pedra de construção; “petra”, por sua vez, designa a superfície rochosa, base ideal para os fundamentos de uma construção segura. São estas as bases necessárias para a edificação da Igreja enquanto comunidade do Reino. Portanto, Jesus diz que Pedro (petros) é uma pedra-tijolo da construção, e a pedra-rocha (petra) é a fé que ele professou, a superfície rochosa sobre a qual a Igreja é edificada.

Ao contrário do templo de Jerusalém e dos templos pagãos que haviam na região de Cesaréia de Filipe, construídos sobre pedras concretas e visíveis e, portanto, passíveis de destruição, a comunidade cristã não correrá esse risco se for edificada conforme Jesus pensou, ou seja, tendo a fé por fundamento. Por isso, Ele declara: “e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (v. 18b). Aqui Ele se refere às hostilidades que a comunidade irá enfrentar em seu longo percurso até a realização plena do Reino aqui na terra. São as forças de morte manifestadas nos diversos sistemas de dominação, tanto políticos quanto religiosos. A comunidade precisa de uma fé muito consistente para resistir a tudo isso.

No último versículo temos mais uma declaração significativa de Jesus a Pedro e à comunidade dos discípulos: “Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será desligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (v. 19). Mais que delegando poderes, Jesus está responsabilizando a comunidade para fazer o Reino dos céus acontecer já aqui na terra. A comunidade recebe “as chaves do Reino dos céus” porque é nela que se faz a experiência da fé e da comunhão profunda com Deus, através da prática das bem-aventuranças (cf. 5,1-12), e é isso que torna alguém apto para entrar nos céus. Qualquer um que professa convictamente a fé em Jesus e vive seu programa de vida expresso nas bem-aventuranças tem a chave de acesso ao Reino. “Ligar e desligar” é, portanto, responsabilidade, e não poder. 

Com essas imagens tão fortes (chaves – ligar – desligar) Jesus convida a sua Igreja, comunidade do Reino, a viver sempre em perfeita sintonia com Ele mesmo e com o Pai, de modo que tudo aquilo que a comunidade experimentar será referendado pelos céus! Ele dá as chaves para a sua comunidade abrir a todos o Reino que os escribas e fariseus tinham trancado (cf. 23,13). Todo cristão e cristã possui as chaves do Reino, porque o seu testemunho pode abrir ou fechar o Reino para alguém! Que a memória dos apóstolos Pedro e Paulo renove na Igreja a fé autêntica no Crucificado-Ressuscitado, e a sua índole missionária.

Dia 29

Quem não gosta de crianças?

Quando estendem os pequenos braços para pedir carinho e atenção, os adultos ficam fascinados.

Elas merecem respeito, amor, paciência e dedicação.

Por isso, é dever de todos cuidar dos pequenos, pois sua pureza e inocência é o que existe de mais belo na face da terra.

Cuide com muito carinho das crianças carentes e necessitadas.

“E quem acolher em meu nome uma criança como esta estará acolhendo a mim mesmo”. (Mt 18,5).



EVANGELHO DO DIA 10 AGOSTO 2025 - 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

  10 agosto - Quando algum de nós tiver a tentação de descer de sua grelha ou de trocá-la, lance um olhar às grelhas dos outros, mais quente...