22 julho - A obediência pode substituir tudo e com êxito infalível. As vidas dos santos fundadores de Ordens religiosas são uma demonstração evidente desta verdade, nunca suficientemente colocada em evidência nas instituições onde se devem administrar muitas vontades para um único fim. (L 76). SÃO JOSE MARELLO
João 20,1-2.11-18
"No primeiro dia da semana, bem de madrugada, Maria
Madalena tinha ficado perto do túmulo, do lado de fora, chorando...,
inclinou-se para olhar dentro do túmulo. Ela enxergou dois anjos, vestidos de
branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus... Os anjos
perguntaram: "Mulher, por que choras". Ela respondeu: "Levaram o
meu Senhor e não sei onde o colocaram". Dizendo isto, Maria virou-se para
trás e enxergou Jesus, de pé, mas ela não sabia que era Jesus. Jesus
perguntou-lhe: "Mulher, por que choras? Quem procuras?" Pensando que
fosse o jardineiro, ela disse: "Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me
onde o colocaste, e eu irei buscá-lo". Então Jesus falou:
"Maria!" Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabûni!"
(que quer dizer: Mestre). Jesus disse: "Não me segures, pois ainda não
subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu
Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus". Então, Maria Madalena foi
anunciar aos discípulos: "Eu vi o Senhor", e contou o que ele lhe
tinha dito."
Meditação:
O evangelho de João dá um destaque
particular a Maria Madalena ao narrar a sua visita, sozinha, ao túmulo de
Jesus. Maria, até então, pensa que a morte triunfou, para ela ainda
"estava escuro" (Jo 20,1).
Sua visita ao túmulo é um culto
saudoso ao morto, e chora. Ela tem dificuldades em reconhecer o próprio Jesus
que lhe está próximo e lhe fala.
Ela o reconhece quando é chamada
pelo seu próprio nome. É o pastor que chama as ovelhas, e elas conhecem sua
voz. Maria pensa em reter o Jesus que tem na memória, porém sua forma de
presença, agora, é diferente. Jesus é encontrado na partilha em comunidade e na
missão.
No
primeiro dia da semana, bem cedo, quando ainda estava escuro, quer isso dizer na incerteza e dúvidas sobre o cumprimento
das promessas da Ressurreição de Jesus, vai uma mulher ao sepulcro. Porque
mulher? Jesus quer nos ensinar que são os excluídos os primeiros a acolher a
boa nova. Até nisso se cumprem às palavras do Mestre. Maria Madalena hoje sou
eu és tu quando excluído, censurado, caluniado e acusado de pecador público ou
por qualquer motivo. Assim como ela com amor e carinho, porque muito foi
perdoada procura, busca e vai ao sepulcro e vê que a pedra estava tirada do
sepulcro assim eu, e tu temos esta missão.
Correr, à procura de Simão Pedro e
do outro discípulo, aquele a quem Jesus amava, e lhes diz: Retiraram o Senhor, e não
sabemos onde o puseram. A única
diferença é que enquanto Maria Madalena foi duvidando. Nós já não temos porque
duvidar porque ela nos ensina a dizer: Rabbuni!
Que significa: meu
mestre e a irmos anunciá-lo: Vi o Senhor, e eis o que me
disse e mais com Tomé a minha e tua
dúvida foram eliminadas. Jesus não foi roubado. Ele ressuscitou. Veja que,
Pedro com o outro discípulo, dirigiu-se ao sepulcro. Eles viram e acreditaram.
Um pouco de Maria que ficara
chorando perto do sepulcro: Inclinando-se, a soluçar para sepulcro, vê dois
anjos vestidos de brancos, sentados um à cabeceira, outro aos pés do lugar onde
tinha repousado o corpo de Jesus. Perguntaram-lhe: Mulher, por que choras? Levaram o meu Senhor, respondeu
ela, e não sei onde o puseram.
Dizendo isto, volta-se para trás, e vê Jesus de pé, mas não percebeu que era
ele. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Tornando-o pelo jardineiro, ela lhe diz: Senhor, se foste tu que o
levaste, dize-me onde o puseste, para que eu vá busca-lo. Disse-lhe Jesus: Maria!
Ela, voltando-se, disse-lhe em hebraico: Rabbuni!,
que significa: meu
mestre. Disse-lhe Jesus: Deixa-me; não subi ainda ao Pai. Vai
antes procurar meus irmãos, e dize-lhes que subo a meu Pai, meu Deus e vosso
Deus. Foi Maria Madalena anunciar aos
discípulos: Vi o
Senhor, e eis o que me disse.
A cena comovente do encontro de
Maria de Mágdala com Jesus evidencia a mudança de relacionamento entre o
discípulo e o Mestre, operada a partir da ressurreição. A nova condição de
Jesus exigia um novo tipo de relacionamento.
Maria expressou o carinho que nutria
por Jesus nos vários detalhes de seu comportamento. A notícia do
desaparecimento do corpo do Senhor deixou-a perplexa. Com isso, perdia um sinal
seguro da presença do amigo querido, mesmo reduzido a um cadáver. Sem ele, não
teria um lugar preciso ao qual se dirigir quando quisesse prantear a perda
irreparável do amigo. Por isso, mesmo que todos tivessem se afastado, ela
permaneceu sozinha, à entrada do túmulo, chorando.
Seu diálogo com os anjos ocorreu de
maneira espontânea, sem ela se dar conta de estar falando com seres celestes.
Só lhe importava saber onde puseram o meu Senhor.
Da mesma forma aconteceu o diálogo com o Ressuscitado. Num primeiro momento,
Maria pensou tratar-se de um jardineiro. Demonstrando uma admirável fortaleza
de ânimo mostrou-se disposta a ir, sozinha, buscar o cadáver do Mestre para
recolocá-lo no sepulcro. Tão logo reconheceu a voz do Mestre, tentou agarrar-se
a ele. Ele, porém, exortou-a a mudar de comportamento. Doravante, o sinal de
amizade que o Senhor queria dela era que se tornasse missionária da ressurreição.
Já se fora o tempo em que podia tocá-lo fisicamente.
Embora fosse apenas uma pecadora
famosa de sua cidade, Maria Madalena, nascida em Magdala, na Galiléia, teve uma
participação importantíssima na passagem de Jesus pela Terra. Ela foi perdoada
publicamente por Ele, que a formou como exemplo de que seu Pai acolhia a todos,
desde que chegassem ao arrependimento. Além disto, foi ainda a escolhida para
ser a primeira testemunha da Ressurreição. Que como ela e com ela digamos: Eu vi o Senhor!
Reflexão Apostólica:
Hoje a
Igreja celebra a memória, ou seja, a vida de santidade de uma das
"Marias" que, ao lado de Nossa Senhora, estiveram nos mistérios da
vida de Jesus nosso Senhor e Salvador, porém não podemos fazer a reflexão do
evangelho de hoje sem antes irmos ao início da história de salvação dessa
mulher tão especial para Jesus e tão exemplo de transformação e mudança de vida
para nós.
Maria Madalena
foi e sempre será exemplo de conversão, cura, fidelidade e amor para mim e para
o mundo porque ela viu o Senhor e permitiu que Ele a enxergasse além das suas
misérias, fraquezas e pecados.
Ela deixou que
Jesus atingisse o seu coração e a perdoasse, dizendo: "Ninguém te
condenou? [...] Nem eu te condeno". E a partir desse momento, uma grande
obra de conversão e mudança de vida estava começando na vida daquela mulher
adúltera e que por pouco não morreu apedrejada pelos escribas e fariseus.
O Senhor a
retirou do fundo do poço, de um lugar onde ela não via mais saída nem esperança
e lhe deu um novo sentido de viver restaurando sua alma e amando sua pequenez.
Depois de
ter experimentado o imenso amor de Jesus ela foi curada e não conseguiu mais
sair de perto do seu Senhor, tornando-se uma discípula fiel durante toda a
paixão de Cristo, prova disto é sua presença ao lado da Virgem Santíssima aos
pés da cruz da Nossa Salvação.
Depois disso, e
agora sim vem a parte do nosso evangelho de hoje, a presença de Maria Madalena
em prantos na madruga do terceiro dia da morte de Jesus, tendo como prêmio a
graça de ser a primeira a experimentar a alegria da Ressurreição de Cristo, o
qual a abordou de maneira reveladora dizendo: "Maria!" e este foi
reconhecido pela ovelha que conhece a voz do Pastor, pois disse Maria Madalena
em hebraico: "Raboni" ela viveu o maior de todos os seus momentos ao
lado do Senhor. Maria Madalena, de liberta, foi tornada libertadora, já
que rapidamente anunciou aos Apóstolos a vitória de Jesus Cristo sobre a morte.
Liberte-se você
também, hoje, de todas as suas amarras e torne-se um fiel seguidor daquele que
quer ser o seu Senhor!!! Corra ao encontro de Jesus, pois Ele não te condenará,
pelo contrário Ele estenderá a mão ao seu encontro e lhe inflamará de amor!!!!
Santa Maria Madalena, rogai por nós!
Propósito:
Pai, ensina-me
a ter um relacionamento conveniente com o Ressuscitado, reconhecendo que ele
quer fazer de mim uma testemunha da ressurreição.
Dia 22 Uma das mais belas orações de confiança
é o salmo 23(22). Nele o salmista vê Deus como o pastor que cuida de suas
ovelhas: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Ele me faz descansar em verdes prados,
as águas tranquilas me conduz, restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome. Se eu tiver de andar pelo vale escuro,
não temerei mal nenhum, pois comigo estás. O teu bastão e teu cajado me dão
segurança. Diante de mim preparas uma mesa aos
olhos de meus inimigos; unges com óleo minha cabeça, meu cálice transborda. Felicidade e graça vão me acompanhar
todos os dias da minha vida e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos
anos”. O Senhor cuida de você, protegendo-o de
todos os perigos. “Tu és meu refúgio, me preservas do
perigo”. (Sl 32,7a). |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário