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sábado, 23 de março de 2024

Evangelho do dia 25 março segunda feira 2024

 

Anunciação do Senhor.

Festa de Nossa Senhora da Anunciação e, por participação, também de São José, que recebeu de Deus muitas graças em comum com sua Esposa, mesmo não conhecendo o grande mistério. (L 185). São Jose Marello

 


João 12,1-11

"Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi ao povoado de Betânia, onde morava Lázaro, a quem ele tinha ressuscitado. Prepararam ali um jantar para Jesus. Marta ajudava a servir, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria pegou um frasco cheio de um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e toda a casa ficou perfumada. Mas Judas Iscariotes, o discípulo que ia trair Jesus, disse: - Este perfume vale mais de trezentas moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres? Judas disse isso, não porque tivesse pena dos pobres, mas porque era ladrão. Ele tomava conta da bolsa de dinheiro e costumava tirar do que punham nela. Então Jesus respondeu: - Deixe Maria em paz! Que ela guarde isso para o dia do meu sepultamento. Os pobres estarão sempre com vocês, mas eu não estarei sempre com vocês. Muitas pessoas ficaram sabendo que Jesus estava em Betânia. Então foram até lá não só por causa dele, mas também para ver Lázaro, o homem que Jesus tinha ressuscitado. Então os chefes dos sacerdotes resolveram matar Lázaro também; pois, por causa dele, muitos judeus estavam abandonando os seus líderes e crendo em Jesus."

 Meditação

Na iminência de sua morte em Jerusalém, seis dias depois, também com a ceia da vida, Jesus celebra com os discípulos o cumprimento fiel de seu ministério.
Betânia quer dizer “casa do oprimido”. Trata-se da comunidade de Jesus reunida depois da ressurreição de Lázaro. A comunidade celebra no serviço (Marta), mostrando o amor a Jesus (Maria) e compartilhando a mesa (Lázaro), a vida que Jesus lhes comunicou.
Os membros da comunidade demonstram sua identificação com Ele, o que os leva a se entregarem, também eles, para dar vida aos demais.
Judas não compreende nem o serviço, nem o amor, nem o compartilhar. Há dois projetos opostos: o de Judas que com seu afã de apropriação, cria pobreza e sob o pretexto da solidariedade, utiliza os pobres em proveito próprio. E há o projeto de Jesus, para quem a solução para a pobreza está na doação total de si aos demais.
Não é a fria beneficência que liberta, mas a calorosa reação pessoal, que dá aos oprimidos dignidade e igualdade integrando-os à comunidade fraterna.
 Entramos na Semana Santa, a semana da páscoa de Jesus, de sua passagem deste mundo ao Pai (Jo 13,1). A liturgia de hoje coloca diante de nós o início do capítulo 12 do evangelho de João, que tem a tarefa de fazer a ligação entre o Livro dos Sinais (cc 1-11) e o Livro da Glorificação (cc.13-21).
No final do "Livro dos Sinais" aparecem com clareza a tensão entre Jesus e as autoridades religiosas da época (Jo 10,19-21.39) e o perigo que corria Jesus.
Várias vezes tinham tentado matá-lo (Jo 10,31; 11,8.53; 12,10). Tanto é verdade que Jesus viu-se obrigado a levar uma vida clandestina, porque podia ser preso a qualquer momento (Jo 10,40; 11,54).
Estamos na Semana Santa. Oportunidade única para perguntarmos sinceramente: como eu pessoalmente vivo e como vive em nossa comunidade o serviço, o amor e a caridade?
Ontem, Domingo de Ramos, demos início, como Igreja, à Semana Santa. Esta é a semana mais importante de todo o ano litúrgico.
Dia-a-dia a liturgia nos convidará a viver com mais intensidade os últimos momentos da vida de nosso mestre Jesus, antes de sua gloriosa ressurreição, através da qual Ele inaugura um novo modo de presença entre nós, seus súditos.
Ontem, Jesus entrou em Jerusalém, aclamado pelo mesmo povo que irá gritar o "crucifica-o!" na sexta-feira próxima! Ao longo desta semana as leituras nos conduzirão a entender melhor porque Jesus foi tão firme e fiel até o fim.
A primeira leitura, do livro do profeta Isaías, trará o que chamam os estudiosos bíblicos de CÂNTICOS DO SERVO. São 4 cânticos que, se atualizados em Jesus, nos fazem compreender com mais profundidade sua missão.
Os salmos serão sempre de apelo ao PAI, como que buscando forças para não fraquejar diante dos eminentes desafios do sofrimento e da morte.
E as leituras do Evangelho, traçarão os últimos momentos de Jesus.
Portanto, com a liturgia, somos convidados pela Igreja a estarmos mais próximos de Jesus, a não o abandonarmos como farão quase todos os seus queridos, a mostrarmos a Ele que pode contar conosco.
A presença d'Ele é muito mais importante que qualquer bem, dinheiro ou posição social que este possa nos dar.
Por isso, a começar de hoje, possamos gastar todo o "perfume" do nosso tempo para aproveitarmos a presença do Mestre!
Meditemos: Maria foi mal interpretada por Judas. Você já foi mal interpretado (a) alguma vez? O que nos ensina o gesto de Maria? O que nos diz a reação de Judas?

Reflexão Apostólica: 

Antes de tudo reflita essa frase. Pode até parecer um grande jargão, mas O MUNDO AO NOSSO REDOR MUDA QUANDO RESOLVEMOS, DE FATO, MUDAR TAMBÉM.
Voltando… Esse evangelho nos apresenta diversas possibilidades de reflexão entre elas: ATITUDE, DEDICAÇÃO e o VALOR REAL e APARENTE das coisas.

 ATITUDE: “Então Maria pegou um frasco cheio de um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos

Quando realizamos ou desempenhamos uma função seja ela no trabalho, em casa, na igreja, (…) temos que ter a idéia se isso vale a pena, pois se tivermos a convicção que isso tem um grande valor teremos mais motivação para dar o máximo para que este se concretize.
Ninguém joga um jogo (nem palitinho) pensando e perder. Quem entra num jogo sem vontade de dar o seu máximo, não conseguirá motivar ninguém a jogar com você novamente. Nossas pastorais carecem de gente de atitude e motivada.
Note que a vontade de Maria era agradar seu ilustre hóspede, por isso não mediu esforços para que isso acontecesse. Não estou falando do valor do frasco de perfume, mas na atitude de ter oferecido o seu melhor para agradar. E nós? Ofertamos o nosso melhor no que fazemos?
DEDICAÇÃO: “E toda a casa ficou perfumada”.
Quando de fato nos entregamos a algo de todo coração, não há como, o que está a nosso redor também não se “contaminar”.

Fazer algo com prazer e focado nas pessoas nos gratifica ao ponto de vermos a graça de Deus pairando sobre o que estamos fazendo.

Isso não se estende somente à Igreja, a um Grupo, a uma Equipe, a uma Comunidade. Esse gesto intenso de amor tem grandes frutos nos ambientes de trabalho e de convívio social.
VALOR REAL e VALOR APARENTE: “Este perfume vale mais de trezentas moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres?
Boa parte das grandes idéias e ações não sai do papel ou no primeiro ano de aplicação por falta de convencimento pessoal ou de fé em si mesmo.

Pergunte-se: O que faz ou está fazendo atualmente lhe agrada? Consegue ver os frutos do seu trabalho nascer? Está convencido que não está sozinho ou que o pensamento ou idéia não é só seu? Consegue manter um projeto, ideal ou sonho sozinho? Todo esforço já empenhado valeu a pena?
Conheço pessoas que tem a sensação que carregam seus Grupos, suas Equipes, suas Comunidades nas costas. E assim também são no trabalho, em casa, na rua, (…). O que procuram? Refletem sobre isso?
O zelo pode também esconder a necessidade que temos de valorização. Ninguém conseguirá, sem conhecer bem sobre o assunto, apresentar o devido valor a algo ou a alguém.
Para um simples leigo, um quadro de Van Gogh não deixará de ser uma tela qualquer ou um emaranhado de tintas, mas aos olhos de que de fato nos conhece, sabe o que fazemos e como estamos fazendo.
Maria, do evangelho de hoje, soube, através da simplicidade, a quem deveria agradar. Não podemos esperar de quem não conhece ou ama, o devido valor pelas coisas que fazemos.

Não fazemos e nem podemos fazer algo apenas por A ou B, pois a essência do nosso trabalho deve perfumar a casa toda onde todos habitam.
Um canto, o arranjo de uma música, como o Magnificat, não pode agradar apenas a mim, "meu" Movimento, "minha" Pastoral.

Minhas decisões não podem ser tão individualistas que neguem a entrada dos irmãos. A idéia pode ser minha, mas a obra é de Deus e por Ele que nos empenhamos: “(…) Pois toda casa tem seu construtor, mas o construtor de todas as coisas é Deus. Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo e testemunha das palavras de Deus. Cristo, porém, o foi como Filho à frente de sua própria casa. E sua casa somos nós, contanto que permaneçamos firmes, até o fim, professando intrepidamente a nossa fé e ufanos da esperança que nos pertence”. (Hb 3,3-6)

O que faço vale muito! Derrame-se por completo!

Propósito: Ter o comportamento de Maria, de humilhação, obediência e sujeição a Cristo.

 

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