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segunda-feira, 18 de março de 2024

Evangelho do dia 23 março sábado 2024

 

23 MARÇO - Que o nosso Santo Patriarca obtenha de Deus para todos, as graças mais necessárias. (L 205).São Jose Marello

 


João 11,45-56

"Muitas pessoas que tinham ido visitar Maria viram o que Jesus tinha feito e creram nele. Mas algumas pessoas voltaram e contaram aos fariseus o que ele havia feito. Então os fariseus e os chefes dos sacerdotes se reuniram com o Conselho Superior e disseram: - O que é que nós vamos fazer? Esse homem está fazendo muitos milagres! Se deixarmos que ele continue fazendo essas coisas, todos vão crer nele. Aí as autoridades romanas agirão contra nós e destruirão o Templo e o nosso país. Então Caifás, que naquele ano era o Grande Sacerdote, disse: - Vocês não sabem nada! Será que não entendem que para vocês é melhor que morra apenas um homem pelo povo do que deixar que o país todo seja destruído? Naquele momento Caifás não estava falando por si mesmo. Mas, como ele era o Grande Sacerdote naquele ano, estava profetizando que Jesus ia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo todos os filhos de Deus que estão espalhados por toda parte.
Então, daquele dia em diante, os líderes judeus fizeram planos para matar Jesus. Por isso ele já não andava publicamente na Judéia, mas foi para uma região perto do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ficou ali com os seus discípulos. Faltava pouco tempo para a Festa da Páscoa. Muitos judeus foram a Jerusalém antes da festa para tomar parte na cerimônia de purificação. Eles procuravam Jesus e, no pátio do Templo, perguntavam uns aos outros:
- O que é que vocês acham? Será que ele vem à festa?"  

Meditação:

Nestes último dia da Quaresma, preparando a Semana Santa e a Páscoa, a liturgia destacou, no evangelho de João, as perseguições dos chefes judeus a Jesus, com a decisão firmada de matá-lo.
Jesus caminhava, e os sinais eram evidentes e isso era motivo para que os pontífices e os fariseus pensassem em liquidar com Ele.
Os sinais que Jesus realizava chamavam a atenção dos fariseus que temiam que Ele fosse aclamado Rei e atraísse a fúria dos romanos que desejavam reinar sobre os judeus.
Eles não percebiam, porém, que Jesus viera ao mundo não para tornar-se Rei, mas, vítima entregue em holocausto para a salvação da humanidade.
O Plano de Deus se realizava e o próprio sumo-sacerdote Caifás profetizou quando disse: “Será que não entendem que para vocês é melhor que morra apenas um homem pelo povo do que deixar que o país todo seja destruído?” Caifás prognosticou que a missão de Jesus era salvar a humanidade.
De fato, sem saber ele decretou a sentença de morte para Jesus como redenção para os homens. Deus age de acordo com o Seu Plano e nos faz Seus instrumentos de salvação, mesmo que às vezes, nem nós percebamos como foi o caso de Caifás.
Muitas vezes, apenas uma palavra que nós pronunciamos é um sinal que Deus dá ao mundo para que a sua vontade se realize.
Nada acontece por acaso, os sinais de Deus na nossa história também são evidentes. São muitas as ocasiões em que nos encontramos num emaranhado de situações e não entendemos o que está atrás de tudo, mas a confiança de que o Plano de Deus se realiza, mesmo que nem saibamos, é a nossa única arma para nos mantermos firmes na luta esperando a vitória final.
No evangelho de hoje, temos a continuidade da narrativa em que Jesus, em casa de Maria, ressuscitara seu irmão Lázaro. Esta ressurreição marca o fim do ministério de Jesus.
A ressurreição de Lázaro é o sétimo sinal que Jesus realiza. Muitos dos judeus acreditaram Nele e outros contaram aos fariseus o que Jesus havia realizado.
Mais uma vez os que seguiam Jesus tiveram que optar, acreditar ou não acredita Nele, acolher ou rejeitar sua ação que devolve a vida e vence a morte.
A ressurreição de Lázaro foi a "gota d'água", para que a morte de Jesus fosse decretada. Teriam que fazer alguma coisa, os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e decidem pela morte de Jesus, o argumento que usaram não era verdadeiro, a blasfêmia, por Jesus dizer ser Ele o Filho de Deus.
A verdade é que Jesus fora condenado a morte, porque incomodava os chefes da lei, a elite, os fariseus, ou seja, os poderosos da época. Jesus fazia o bem a todos, e não podiam mais permitir que ele continuasse com sua ação libertadora, de bondade e de vida.
Morto o cachorro, acabou-se a raiva. Assim pensavam os dirigentes do povo ao ver que cada vez mais pessoas seguiam Jesus, enquanto Ele lhes pregava duras verdades. Tampouco poderiam tratá-lo como rebelde, porque atuava sempre pacificamente. Fariseus, escribas e autoridades religiosas firmaram a sentença de morte de Jesus.
Identificam a sobrevivência do povo com a sua sobrevivência. Assim justificam seu oportunismo político e a injustiça que cometem.
A atividade de Jesus em favor dos marginalizados e excluídos os interpela seriamente. A denúncia é feita pelo próprio Deus que trabalha na história. Eles afastam o questionamento matando o enviado de Deus.
Esta maneira de argumentar dos poderosos para justificar a opressão que realizam se repete uma e outra vez na grande história.
Entretanto, erraram os cálculos. Mataram Jesus, porém sua causa continuou viva no meio daqueles que buscam liberdade e justiça. Nossos mártires a gritam com seu sangue
Reflexão Apostólica:
Quantas vezes, por ciúmes ou inveja, julgamos ou tentamos denegrir a imagem de alguém que nos incomoda?
Nós, muitas vezes, condenamos e até mesmo "queimamos" os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquela garota que é mais bonita, do professor, ou aquele cara forte que arrasa quando chega na área...
Semana passada, conversando com um amigo,  ele disse-me: "Trabalhei muitos anos como bancário, e, como eu não conseguia nivelar-me aos demais, quase sempre era chamado de 'estrela' e era muito perseguido, acho que não necessariamente pela minha inteligência ou pelo meu destaque, pois não sou pessoa  que gosta de  aparecer, mas pelo meu esforço. E o pior foi quando tive por chefe, um coordenador que sabia menos do que todos nós..."
A psicologia diz que quando cruzamos com outra pessoa na rua, na nossa mente fazemos um pequeno julgamento, ao comparar-nos com aquela criatura de Deus.
Olhamos discretamente e pensamos: "será que esse(a) aí já leu os livros que li? Será que tem as mesmas propriedades que tenho? Não me parece que já visitou os mesmos lugares que eu!...
Não podemos culpar ou condenar alguém por sua competência e capacidade. Devemos admitir que essa está mais preparada do que nós, que ele se empenha e é mais dedicada. Não é mais interessante se nos juntarmos a ela e somar forças?
Enquanto isso, vamos correr atrás, tentar melhorar, crescer, buscar de mais conhecimento, sem ter que conviver com medo diário de perder o nosso lugar ou o nosso espaço.
Essa é uma das lições que o evangelho nos dá hoje: "Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!"
Não podemos permitir que esses sentimentos ruins dominem nossos pensamentos, nosso coração, e não condenar alguém por fazer bem coisas que se quer tentamos fazer.
É tempo de buscarmos e orarmos pela nossa transformação, conversão, para sermos felizes e procurar fazer sempre o bem.
Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. Lembrar, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: "Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!"
 

Oração: Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.

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