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domingo, 10 de março de 2024

Evangelho do dia 15 março sexta feira 2024

 

15 MARÇO - Façamos os pedidos ao nosso bom papai São José, que é o Patriarca das pessoas atrapalhadas (ele que passou por tantas atrapalhações!). (L 78). São Jose Marello

 

João 7,1-2.10.25-30

"Depois disso, Jesus começou a andar pela Galiléia; ele não queria andar pela Judéia, pois os líderes judeus dali estavam querendo matá-lo. Aconteceu que a festa dos judeus chamada Festa das Barracas estava perto. Depois que os seus irmãos foram à festa, Jesus também foi, mas fez isso em segredo e não publicamente. Algumas pessoas que moravam em Jerusalém perguntavam: Não é este o homem que estão querendo matar? Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele! Será que as autoridades sabem mesmo que ele é o Messias? No entanto, quando o Messias vier, ninguém saberá de onde ele é; e nós sabemos de onde este homem vem. Quando estava ensinando no pátio do Templo, Jesus disse bem alto: Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele. Então quiseram prender Jesus, mas ninguém fez isso porque a sua hora ainda não tinha chegado."

Meditação:

No Evangelho de hoje, João mostra-nos, como diferentemente do que os sinóticos fazem, o grande destaque ao conflito entre Jesus e os judeus em geral pois, naqueles, Jesus se restringe aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. A razão será por que este Evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, mas talvez não.
Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel, reino do norte, e Judá, reino davídico do sul. O messias esperado pelo judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião.
Portanto, trata-se de uma salvação que atingirá a todos os homens e mulheres do mundo inteiro já que os destinatários da salvação o rejeitam.

Ao longo dos capítulos 1 a 12 do Evangelho de João, descobre-se a progressiva revelação que Jesus faz de si mesmo a seus discípulos e ao povo.

Ao mesmo tempo e na mesma proporção, aumenta o fechamento e a oposição das autoridades contra Jesus, a ponto de decidirem a sentença de morte (Jo 11,45-54).

O Capítulo 7, que meditamos no Evangelho de hoje, é uma espécie de balanço no meio do caminho. Ajuda a prever qual será a decisão final.
A geografia da vida de Jesus no Evangelho de João é diferente da geografia nos outros três evangelhos. É mais completa.

De acordo com os outros Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém apenas uma vez, quando ele foi preso e sentenciado à morte.

De acordo com o Evangelho de João, Jesus foi, pelo menos, duas ou três vezes a Jerusalém para a festa da Páscoa. Por isso sabemos que a vida pública de Jesus durou cerca de três anos. O Evangelho de hoje informa que Jesus foi para Jerusalém, mais de uma vez, mas não publicamente. Às escondidas, porque na Judéia os judeus queriam matá-lo.
Aqui no capítulo 7, bem como nos outros capítulos, João fala de "judeus", e de "vós judeus", como se ele e Jesus não fossem judeus.

Esta maneira de falar reflete a situação do trágico fracasso que se deu no final do primeiro século entre os judeus (Sinagoga) e cristãos (Ecclesia).

Ao longo dos séculos, essa forma de falar do Evangelho de João contribuiu para o crescente anti-semitismo. Hoje, é muito importante se afastar dessa polêmica para não alimentar o anti-semitismo. Nós nunca podemos esquecer que Jesus é judeu. Nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como tal. Toda sua formação vem da religião e da cultura dos judeus.
A festa dos Tabernáculos era a mais popular de todas as festas celebradas em Jerusalém. Os chefes judeus procuravam Jesus para matá-lo, por isso ele não podia ir abertamente, mas sim como um desconhecido. Ele se apresenta no Templo quando a multidão lhe serve de escudo protetor.
E, desafiando a instituição, proclama solenemente que vem de Deus e que, caso não seja reconhecido, não é por culpa dele, mas porque seus detratores abandonaram os mandamentos de Deus para seguir preceitos humanos. Os seus inimigos sim, têm má vontade e são repressores, por isso o povo tem medo e não se atreve a expressar o que pensa de Jesus.
Ele ensina no Templo e anuncia dois critérios para distinguir quem é de Deus e quem se aproveita do nome de Deus para oprimir o povo: todo aquele que serve à vida e busca o bem para as pessoas, vem de Deus. Todo aquele que oprime e busca ganhar prestigio pessoal não é de Deus. De que lado nós estamos?
Por isso buscam eliminar Jesus. Como aconteceu no passado com os profetas, Jesus, como autêntico profeta e Messias, converteu-se em uma pessoa sumamente fastidiosa e maléfica para os interesses dos chefes do povo.
É urgente que esse tipo desapareça, antes que as pessoas tomassem consciência e provocassem uma revolta que seria fatal e lamentável.

Hoje, como ontem, os profetas que defendem a dignidade do povo excluído e empobrecido e que denunciam a corrupção dos dirigentes sociais, políticos e econômicos, podem ter a mesma sorte: ser eliminados, desaparecidos e exilados.
O preço de uma vida cristã autêntica pode ser a perseguição, o desterro e o martírio. A fidelidade ao seguimento de Jesus tem seu preço.

É aí que se prova a consistência da proposta evangélica de Jesus. Autenticidade e coerência são sinais de saúde. Faz bem pra nós e para os outros também.

Reflexão Apostólica
No Evangelho de hoje percebemos descrença gera frutos de morte. Vemos também quantas negativas, quantas vezes com as nossas atitudes e com as nossas palavras também dizemos não ao Senhor, vemos que os escribas dizem muitas vezes sim à eles mesmo e glória que recebiam uns dos outro e não buscavam a glória do Deus vivo, pois para isso temos que renunciar a glória deste mundo. 

As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus baseado na confiança e na intimidade e isso gera fruto vida em abundância.

Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida.
O evangelista nos mostra a dificuldade que o ser humano tem para reconhecer Jesus em sua vida, em sua comunidade, em seus semelhantes pobres e sofridos: "mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é".
Nossa expectativa é por uma presença marcante e majestosa, quando na realidade Ele está operando em nosso cotidiano, nos pequenos atos que praticamos, nos acontecimentos quase que insignificantes aos nossos olhos.

Aguardamos intervenções rápidas e radicais em nossas vidas, quando sua ação é lenta e consistente, conforme nosso acolhimento e fidelidade aos seus ensinamentos.
Não valorizamos e manifestamos gratidão a graças rotineiras como nossa saúde física, a oportunidade de trabalho que temos, a harmonia em nossa família, ao dom da vida que é renovada e sustentada em nosso dia a dia. Só damos importância a esses fatores quando enfrentamos alguma dificuldade.
Nas horas mais difíceis e angustiosas por que passamos, quando somos fiéis a Deus, não devemos nunca perder a esperança e a certeza da proteção divina que sempre estará presente

O que mais você espera acontecer na sua vida para que você diga: realmente Ele está no meio de nós? Você deseja colaborar com a edificação do reino de Deus no mundo? A quem você tem ouvido? As pessoas sabem que você também é enviado (a) de Deus?

Façamos a nossa escolha e, hoje, digamos sim à glória do Deus vivo renunciando a toda bajulação e glória deste mundo. 

Propósito: Descobrir, a cada instante, a proposta nova de Jesus, para cada situação. 

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