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terça-feira, 25 de maio de 2021

Evangelho do dia 27 de maio quinta feira 2021

 27 MAIO - São João, o Apóstolo predileto, foi o primeiro membro da família de Maria: ele era virgem, e isso é uma linda prova da predileção de Maria pela virgindade. (S 343). São Jose Marello

EVANGELHO DO DIA

Marcos 10,46-52

 "Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Jericó. Quando ele estava saindo da cidade, com os discípulos e uma grande multidão, encontrou um cego chamado Bartimeu, filho de Timeu. O cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu alguém dizer que era Jesus de Nazaré que estava passando, o cego começou a gritar: 

- Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim! 
Muitas pessoas o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca, mas ele gritava ainda mais: 
- Filho de Davi, tenha pena de mim! 
Então Jesus parou e disse: 
- Chamem o cego. 
Eles chamaram e lhe disseram: 
- Coragem! Levante-se porque ele está chamando você! 
Então Bartimeu jogou a sua capa para um lado, levantou-se depressa e foi até o lugar onde Jesus estava. 
- O que é que você quer que eu faça? - perguntou Jesus. 
- Mestre, eu quero ver de novo! - respondeu ele. 
- Vá; você está curado porque teve fé! - afirmou Jesus. 
No mesmo instante, Bartimeu começou a ver de novo e foi seguindo Jesus pelo caminho.
"
 

Meditação:

Estamos no fim da caminhada central de Jesus, desde Cesaréia de Felipe até a sua morte e ressurreição em Jerusalém. No texto acima, Marcos encerra o bloco todo da caminhada com o último milagre que ele relata de Jesus - a cura do cego Bartimeu.

O texto começa com um senso de urgência - chegaram a Jericó e logo saíram. Parece que têm pressa para caminhar até Jerusalém. E lá está o cego Bartimeu. Onde? Sentado à beira do caminho! Enquanto Jesus está “a caminho” com os seus discípulos, o cego está à beira do caminho! Simboliza todos os que não conseguem caminhar no discipulado, mas estão parados, à beira do seguimento de Jesus

Mas, esse texto está bem carregado de sentido. Logo que Bartimeu ouve que é Jesus que passa, ele grita fortemente! “Filho de Davi, tem piedade de mim!” É de novo um dos temas centrais da Bíblia - o grito do pobre e sofrido! Desde o grito do sangue de Abel, passando pelo grito do Êxodo, de Jó, dos pobres nos Salmos, de Bartimeu, de Jesus na Cruz, dos martirizados do Apocalipse, o tema do grito do sofrido perpassa toda a Escritura, com a garantia de que Deus ouve esse grito. Mas, a reação dos transeuntes é típica - mandam que Bartimeu se cale! O poder dominante sempre quer abafar o grito do excluído! E isso não mudou até os dias de hoje! Até nas Igrejas há quem não queira ouvir o grito, e que faz tudo para abafar qualquer iniciativa popular. Mas, Deus ouve!

Com um fino toque de ironia, o texto mostra como, por causa da atitude de Jesus, os mesmos que o mandaram calar agora têm que convidá-lo para falar com Jesus. Mas, para isso, Bartimeu tem que lançar fora o manto - a única coisa que ele possuía, a sua única segurança. Como os primeiros discípulos no lago (Mc 1, 18.20), ele aprende que não é possível seguir Jesus sem deixar algo, sem arriscar a segurança humana para experimentar a mão de Deus.

Aqui Marcos faz contraste com a figura de Pedro, que tinha o título certo “Tu és o Messias” (Mc 8, 29), mas a prática errada! Não quis que Jesus caminhasse para a morte! Assim, em Marcos, o modelo de discípulo não é Pedro, mas Bartimeu! Pois, mais importante do que os títulos e expressões teológicas, sem negar a sua importância relativa, é a prática do seguimento de Jesus! Um alerta para todos nós, para que a nossa prática seja coerente com a nossa fé, no seguimento de Jesus, em favor do Reino de Deus.

Mais uma vez, a Palavra de Deus nos presenteia uma cura milagrosa realizada pelo Senhor que vem revelar definitivamente a presença do Reino entre os homens.

Jesus continua caminhando com seus discípulos e passa pela cidade de Jericó. Muita gente o acompanha. À beira do caminho havia um cego chamado Bartimeu que pedia esmola. Ele escuta que Jesus está passando por ali e começa a gritar, pedindo que o ajude e tenha compaixão dele já que Jesus é o Messias.

A multidão, que muitas vezes se mete onde não deve, com atitude comedida, começa a querer calar o cego... Por quê? Não sabemos... Talvez por “pudor humano”, para não incomodar o Mestre... Mas sem dúvida, Bartimeu não só não se cala, mas grita com mais força... Sabe, intui, percebe que Jesus é o único que pode salvá-lo...

O Senhor para e pede que o chamem. A multidão o chama e agora lhe diz umas palavras muito bonitas: “Não tenha medo! Levanta-te! Ele te chama!”

O relato é sumamente gráfico na resposta do cego. Em primeiro lugar, joga seu manto, algo que era muito importante para os que viviam na rua na época do Senhor: durante o dia, servia para por a esmola que pediam e à noite para cobrir-se. O cego joga-o... Em segundo lugar, levantou-se num pulo. Realiza um gesto exagerado para sua situação de não vidente… Porém tudo está a serviço do terceiro elemento que é aproximar-se, com entusiasmo e esperança no Senhor.
É também sumamente interessante a atitude do Senhor. Perante o cego, vai reagir com uma pergunta: “que queres que eu te faça?”. A resposta do cego é simples e não se deixa esperar: “Mestre, que eu veja”.

Jesus sem muitas voltas e apelando à fé – confiança do cego lhe dirá que pode ir tranqüilo dado que está curado. Diz-nos o texto que imediatamente pode ver outra vez e, o que é muito importante, que segue o Senhor pelo caminho.

Num mundo como o nosso, não há mais lugar para uma fé anônima, formalista, hereditária. É necessária uma fé fundada no aprofundamento da palavra de Deus, na opção e nas convicções pessoais. Uma fé conscientemente abraçada e não passivamente recebida em herança.

Tudo isto comporta um novo modo de enfrentar o problema da iniciação cristã, um novo modo de considerar a evangelização e a sacramentalização. Abre-se um imenso campo de ação à pastoral em geral e à catequética particularmente.

O cristão deverá percorrer (ou repercorrer, se se trata de adulto) não tanto um caminho feito de etapas e gestos sacramentais, mas um itinerário de fé, um catecumenato renovado, sem o qual não têm sentido nem eficácia os gestos sacramentais feitos em prazos fixos. 

Reflexão Apostólica:

O cego de Jericó é o protótipo do homem que vive à margem das coisas de Deus e, por isso, sente a amargura e o fracasso de uma vida na escuridão. No seu desespero ele gritava pedindo o auxílio de Jesus e quanto mais os discípulos mandavam que ele calasse, mais ele gritava, porque a fé gritava dentro dele.

Muitas vezes nós também estamos vivendo assim: mendigando amor, atenção, carinho, sentados à beira do caminho, vendo a vida passar e sem enxergar nenhum sentido para ela.

O fato de pedir com fé é a chave dos nossos apelos ao Senhor. Somente aquele (a) que se sente necessitado e carente tem certeza do que quer pedir a Deus.

O homem cego quer enxergar; o aleijado quer andar. Por isso, Jesus nos atende conforme o apelo do nosso coração que se angustia e clama por socorro e pergunta a cada um de nós: “O que queres que eu te faça?” E quando Jesus percebe que o nosso apelo é a nossa real necessidade e que temos convicção daquilo que pleiteamos, Ele nos chama e nos atende.

Esta é a oportunidade para que possamos pedir a Ele: “Mestre, que eu veja”. É também nesses momentos que temos de nos levantar e aceitar o convite de Jesus, através das outras pessoas: “Levanta-te, coragem, Jesus te chama”. Da mesma forma que o cego, nós também precisamos nos despojar do manto humano de proteção que colocamos sobre os nossos ombros e que nos impede de corrermos ao encontro de Jesus quando Ele passa no nosso caminho atraído pelo nosso clamor. 

Em algum momento você também vive esta situação de cegueira espiritual, de não perceber uma saída para os seus questionamentos? O que você tem pedido a Jesus: a visão certa para que você tenha consciência do que fazer ou uma varinha de condão para que milagrosamente os seus questionamentos e os seus problemas desapareçam? Para você o que significaria o “sentar-se à beira da estrada”?

O cego não é aquele que não vê, mas aquele que não quer ver. Quantos passam a vida sentados à beira do caminho, braços cruzados, olhos perdidos no vazio e na escuridão, acomodados, desencorajados, desesperançados, descrentes de Deus, descrentes do mundo, descrentes das pessoas… Mortos vivos ou vivos mortos? Em qual das duas categorias você se ajusta?

Jesus está passando agora na rua do seu coração. Não deixe esta graça passar sem realizar o que Deus quer. Peça, busque, clame, grite, como Bartimeu: Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim! Clama com as palavras que o Espírito Santo te inspirar: Jesus, eu só enxergo as coisas do mundo. O meu coração e os meus olhos encharcados de concupiscências, de pecados, de vícios, de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de adultério, de rancor.. Eu sou cego para o amor, para o perdão, para a misericórdia, para a disponibilidade, para o serviço aos irmãos, para a partilha; eu sou cego para a humildade, para o desprendimento, para a renúncia, para o despojamento de mim mesmo. Tem compaixão de mim!

E os teus olhos se abrirão; tua alma exultará; teu espírito haverá de cantar as misericórdias que o Senhor realizou na tua vida.

Mas não basta apenas isto. É necessário exercitar a fé. É seguindo Jesus pelo caminho, como fez Bartimeu, que se cumpriram as palavras de Jesus em sua vida: “Vai, a tua fé te salvou”.

Propósito:

Pai, dá-me forças para lutar contra a cegueira que me impede de reconhecer teu amor misericordioso manifestado em Jesus. Faze com que eu veja! Senhor Jesus, cura minha cegueira espiritual para que, iluminado pela luz da fé, eu te siga, com toda confiança, no caminho do discipulado. 

 

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