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segunda-feira, 10 de maio de 2021

EVANGELHO DO DIA 16 DE MAIO 2021 - SÉTIMO DOMINGO - SOLENIDADE DA ASCENSÃO

 16 MAIO - A Igreja nos dá Maria Santíssima como guia e mestra e quer que consideremos com frequência o seu coração, que é como um espelho nítido no qual se refletem todos os afetos de Jesus. (S 341). São Jose Marello

 Sétimo Domingo - Solenidade da Ascensão

 Evangelho (Mc 16,15-20): Naquele tempo,

Jesus apareceu aos Doze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo
e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome;
falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal;
e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles,
confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.


Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam».

O evangelho de Marcos originalmente terminava em Mc 16,8 com o anúncio do anjo às mulheres, dizendo que Jesus ressuscitara e que precedia os discípulos na Galiléia. Isso significa que, após a crucifixão de Jesus, os discípulos retomaram, na Galiléia, a missão aí iniciada por Jesus.

 O evangelho de Marcos é o primeiro dos canônicos a ser escrito, em meados da década de 60. Ele resgata a memória do Jesus encarnado, humano, que havia ficado em segundo plano a partir da visão cristológica do Cristo ressuscitado. O Evangelho nos exorta hoje a contemplar o céu, como fizeram os Apóstolos no momento da Ascensão, a fim de sermos as testemunhas do Ressuscitado na terra.

 Proclama-se o epílogo canônico do Evangelho de Marcos (Mc 16,15-20).  É dada aos Onze, pelo Ressuscitado, a missão de ir a todo o mundo para proclamar o evangelho ou a alegre notícia da salvação a todas as criaturas.  A salvação, porém, exige a resposta da fé, como a aceitação do batismo.

 Quem não crer, ou seja, não aderir a Jesus será condenado.   Acompanharão os que crerem sinais idênticos ou semelhantes aos realizados por Jesus como expressão que o Reino de Deus, em Cristo, continua a se manifestar pela mediação da Igreja, através dos crentes: milagres, exorcismos, dom de línguas, manuseamento de serpentes, superação da ação de venenos, cura dos doentes pela imposição das mãos. 

 Portanto, a Igreja é vista tanto a partir do magistério e da atividade apostólica própria dos Onze, quanto do conjunto dos fiéis como comunidade em missão, fundamentada na fé, no sacramento do batismo e nos carismas através dos quais ocorrem sinais milagrosos de libertação e de cura como expressão do Reino de Jesus no mundo.

 O Senhor disse aos Onze: Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão línguas novas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, esses ficarão curados.

  Após ter-lhes falado, Jesus foi arrebatado aos céus e sentou-se à direita de Deus, ou seja, participa definitivamente da soberania e da glória divinas.  Desse lugar que ocupa em sua glorificação nos céus e  que, portanto, abrange a totalidade sem limites, é que  continua na terra a operar através do ministério hierárquico. Pela simbologia dos Onze, compreende-se o ministério sempre quantitativa e qualitativamente reduzido e desfalcado em relação às necessidades, mas, por isso mesmo, também sempre contando com o poder da graça que não falta.  Com efeito, é com a ajuda do próprio Senhor glorificado que saem a pregar por toda a parte a Palavra, confirmada pelos milagres que a acompanham.

 A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.

 Acenando ao Espírito que conduzirá a Igreja, Jesus consola os apóstolos, entristecidos em face de sua partida: "É de vosso interesse que eu parta; com efeito, se eu não partir, o Paráclito não virá a vós; se, pelo contrário, eu partir, eu vo-lo enviarei". O conforto que a presença de uma pessoa significativa proporciona, desencadeia mecanismos de resistência quando surge a perspectiva da separação.

 A ruptura, muitas vezes, revela-se uma necessidade para que as pessoas possam crescer, caminhando com dignidade em busca de novos horizontes de maior elevação. Os que resistem a esse impulso criativo correm o risco de ceder à mediocridade. A promessa do Espírito Santo é lembrança de que há um longo caminho a percorrer.

  Não é possível viver só de saudades. O dinamismo da esperança é incômodo, mas é no seu interior que acontece o projeto de Deus, que precisa ser proclamado sem restrições: "Recebereis uma força, a força do Espírito Santo que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até as extremidades da terra". A Ascensão de Jesus exige que os discípulos sejam guiados: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a Glória, vos dê um espírito de sabedoria, que vô-lo revele e faça conhecer verdadeiramente".

  Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento.

  Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam tomar, no exercício da missão.

 Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. A missão, afinal, não lhes pertence. Por ela, no entanto, eles são responsáveis, porque escolhidos e enviados. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.

 “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura!” [...] E os discípulos saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

  O evangelista apresenta o caminho e as condições para conhecer Jesus e sua proposta. A comunidade constrói um novo modo de viver a partir do discipulado, na partilha e no amor.

 Para a comunidade de são Marcos, proclamar a Boa-Nova do Evangelho é condição para verificar a coerência de quem de fato conhece Jesus. Por isso, temos o pedido dele aos discípulos para voltar à Galiléia, que significava reencontrar Jesus, não mais o Jesus de Nazaré, mas o Cristo da Fé. Isto é, encontrar-se com Jesus Cristo, morto e ressuscitado, e viver como ele viveu. Tal convicção não fica limitada à própria pessoa: quem conhece Jesus tem necessidade de anunciar essa alegria aos outros.

 Na Igreja primitiva, todos os sinais que o Senhor enumera aqui foram realizados, não só pelos apóstolos, mas também por outros santos. Os pagãos não teriam abandonado o culto dos ídolos se a pregação do Evangelho não fosse confirmada por tantos sinais e milagres. Pois, conforme diz o Apóstolo, os discípulos pregavam Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos.

 Vendo que os demônios eram expulsos, que os discípulos falavam línguas novas; que, só por sua palavra, matavam ou afugentavam serpentes e bebiam veneno mortal sem sofrerem mal algum; que curavam os doentes, não apenas pelo contato, mas até pela sombra de seu corpo, os pagãos convertidos exclamavam: “É somente o Senhor Jesus Cristo que realiza tais obras”. Sinais e prodígios já não são mais necessários para nós. Basta-nos ler ou escutar os relatos dos que foram realizados.

  Na Igreja, são realizados sinais todos os dias. Se quisermos prestar atenção, poderemos reconhecer que têm mais valor que os milagres materiais de outrora. Todos os dias os sacerdotes expulsam demônios, quando batizam o povo e o chamam à conversão. A cada dia falam uma nova língua; ao explicarem a Sagrada Escritura, substituem a letra envelhecida pela novidade do sentido espiritual. Expulsam serpentes ao libertarem os corações dos pecadores do apego aos vícios, por meio de suaves exortações. Bebem veneno sem que sejam prejudicados, ao lerem os livros dos pagãos e dos hereges e, ao ouvirem as injúrias venenosas e amargas a eles dirigidas, fazem-se surdos a elas e as desprezam. Impõem as mãos aos doentes e eles saram, porque, com suas orações, curam as almas enfermas e as reconciliam com o Senhor. Os santos do Senhor realizam, ainda hoje, os sinais que o Senhor prometera que haveriam de realizar.

 A Igreja existe expressamente para viver o modelo apostólico do Novo Testamento, ensinando e encorajando os cristãos a uma vida com Deus sob a égide do Espírito Santo, a fim de serem capacitados para evangelizar o mundo, que terão as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo. A suprema tarefa da Igreja, no mundo, é a evangelização. "Evangelizar significa proclamar a verdade"; boas novas. Aqueles que acreditam em Cristo sustentam e ensinam a verdade, trabalhando pela salvação das pessoas.

 No momento em que tivermos compreendido e experimentado que seguir Jesus é acompanhá-lo no caminho da cruz, da doação e do serviço, com a fé e a garantia de que ele mesmo vai à nossa frente, teremos vencido as barreiras que impedem o despertar para o discipulado do Reino.

  As palavras de Jesus são para todos os cristãos de hoje. É a missão que brota do nosso batismo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho”. Cremos no Evangelho, cremos no que narram as Escrituras. Por isso, desejamos a todos um itinerário de crescimento no encontro com Jesus de Nazaré, o Cristo da nossa fé.

  Para finalizar, queremos dizer que Deus é como o pai e a mãe preocupados com seus filhos e filhas: nele podemos e devemos confiar, enquanto procuramos concretizar seu reino como servidores e administradores do sue projeto de salvação.

  Profissionalmente, enquanto Contabilistas, trabalhemos bem unidos, com seriedade, competência, dedicação e amor à profissão, cumprido o papel insubstituível na nova fase de transparência das administrações públicas;: pela integridade moral e ética bem como, disposição de lutar contra a fraude e a corrupção que grassam pelo País e pela participação na construção de um mundo melhor! Esta é a missão do Contabilista cristão, que hoje festeja o seu dia.

 

 

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