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segunda-feira, 31 de maio de 2021

EVANGELHO DO DIA 01 DE JUNHO TERÇA FEIRA 2021

 01 junho - Quando sentimos o coração duro e irritável, vamos buscar um pouco de doçura no Coração de Jesus. (S 176). São Jose Marello

Marcos 12,13-17

Depois mandaram que alguns fariseus e alguns membros do partido de Herodes fossem falar com Jesus a fim de conseguirem alguma prova contra ele. Eles chegaram e disseram:
- Mestre, sabemos que o senhor é honesto e não se importa com a opinião dos outros. O senhor não julga pela aparência, mas ensina a verdade sobre a maneira de viver que Deus exige. Diga: é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador romano? Devemos pagar ou não?
Mas Jesus percebeu a malícia deles e respondeu:
- Por que é que vocês estão procurando uma prova contra mim? Tragam uma moeda para eu ver.
Eles trouxeram, e ele perguntou:
- De quem são o nome e a cara que estão gravados nesta moeda?
Eles responderam:
- São do Imperador.
Então Jesus disse:
- Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus.
E eles ficaram admirados com Jesus.

Meditação:

No evangelho, os herodianos, um grupo político que estava a favor de Herodes, e os fariseus se aproximam de Jesus para pô-lo à prova com uma pergunta e deixá-lo numa situação bastante perigosa conforme a resposta que desse, e posteriormente acusá-lo e condená-lo.

Jesus é interrogado pelos discípulos dos fariseus com a intenção de pegá-lo em falso. Mas Cristo, conhecendo bem as artimanhas dos seus pensamentos. Eles inconscientemente nos apresentam a verdadeira personalidade de Jesus: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e não dás preferências a ninguém. Não olhas para as aparências do homem, mas ensinas com verdade o caminho de Deus.

Tudo o que eles disseram sobre Jesus, é verdade e constitui a missão de Jesus. Só que nunca imaginaram que da boca de Jesus viesse a sair uma resposta tão sábia e tão inteligente que os fizesse cair nas malhas das suas próprias palavras. É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não? Já que eles maliciosamente fizeram esta pergunta, Jesus responde-lhes com uma outra desafia-lhes a sabedoria.

 Jesus inteligentemente dá-lhes uma resposta que faz os herodianos, fariseus e seus discípulos entenderem as obrigações que adquire o ser humano com as leis civis que hão de ser cumpridas e não passadas por alto em função de uma opção de vida religiosa, como é o ser cristão.

 De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda? E eles então dão a sua própria sentença: é de César! Sem mais perca de tempo, o Mestre lhes faz meditar na verdade do ditado segundo o qual pela “boca morre o peixe”: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!

 É necessário que eles ontem e nós hoje apresentamos a estabelecer de uma vez por todas que existem o poder temporal e àquele atemporal. O poder deste mundo passageiro e o do mundo que não tem fim.

 Ao se referir a César, Ele ensina que enquanto estivermos no mundo, embora não lhe pertençamos devemos tenhamos a capacidade e o espírito de discernimento entre o que pertence a terra e o que pertence ao reino do céu.

 Que saibamos exercer com dignidade a nossa cidadania obedecendo as autoridades legalmente instituídas pelo Estado. Que assumamos os nossos deveres e usufruamos dos nossos direitos dentro e fora da nossa Pátria.

 A segunda parte da resposta de Jesus nos faz ver que como Seus discípulos temos um destino diferente dos deste mundo. O preço da nossa salvação é paga com a moeda que também tem faces dum lado está escrito: SOU CIDADÃO DO CÉU. E JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA PARA LÁ CHEGAR. E do outro lado está a imagem de Jesus crucificado e ressuscitado.

 Se dum lado somos chamados a vivermos a sobriedade nas nossas palavras para não nos condenamos como os fariseus do evangelho de hoje, por outro lado Jesus chama-nos atenção a que não tenhamos outro senhor a quem adoremos, simbolizando pelo pagamento de impostos, a que nas nossas relações com os nossos irmãos e irmãs não tenhamos outra moeda senão a do amor de Jesus Cristo. Pois sem Ele ninguém entrará no Reino do Céu!

Deus tem seu lugar, e o fiel tem de saber respeitá-lo. O ser humano, portanto, não deve colocar em tensão aquelas questões que se referem ao foro civil com as do foro religioso, pois ambas, relacionadas e em equilíbrio, podem levar a que se consiga uma sociedade melhor, justa e participativa para seus integrantes.

Reflexão Apostólica:

 Um grupo de fariseus e herodianos pergunta a Jesus se está certo que o povo judeu pague tributo ao imperador romano que o subjuga. Uns e outros pagavam o tributo, embora por razões diferentes. Por isso a pergunta revela uma intenção distorcida e perversa de pôr Jesus diante de um dilema: se responder que não, podem acusá-lo de rebelião; e se sua resposta for sim, será rechaçado pelo povo.

 O fundo da pergunta é se pagando o imposto se viola ou não a lei judaica; se se é fiel ou não às tradições religiosas. Olhando a inscrição da moeda, Jesus diz que se dê a César o que lhe corresponde; mas o reconhecimento da autoridade suprema, obediência e amor somente se devem ao verdadeiro Deus. Esta é a resposta sábia e contundente de Jesus.

Lamentavelmente os seres humanos costumamos confundir as coisas para tirar proveito próprio. Mas a palavra de Jesus é clara: Somente Deus merece nosso amor sem divisões e nossa total obediência. Não confundamos os assuntos do reino de Deus, como a paz, a justiça, a solidariedade, a liberdade e a verdade, com os interesses mesquinhos dos impérios de todos os tempos.

Precisamos estar atentos. A duração da nossa vida é rápida. Porém, enquanto estivermos aqui temos as obrigações a que cumprir e não estamos isentos dos tributos do mundo como nos fala Jesus no Evangelho: “Daí, pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Para sermos justos precisamos estar quites com os encargos que o mundo nos cobra, confiantes, porém, de que Deus que não olha as aparências vê o nosso coração e sabe dos nossos propósitos.

 Seremos cobrados (as) também pelo que ficarmos devendo no mundo, pois vivemos aqui na terra sob o olhar misericordioso e providente do Senhor. Cumprindo com a nossa obrigação aqui neste século teremos, no outro, a recompensa pela nossa fidelidade.

 Uma coisa não nos tira da outra. Da mesma forma que cumprimos com os encargos que o mundo nos cobra nós também precisamos saldar a nossa dívida com os nossos irmãos e irmãs, segundo o mandamento do Senhor: “Amai-vos uns aos outros”.

 O mandamento de Deus é o Amor. Pagar imposto é um dever social, temporal, mas para Deus o nosso dever é amar e este é o nosso compromisso com o reino. Amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos (as). Somente assim seremos filhos e filhas justos (as), isto é, ajustados (as) ao Seu plano.

 Como você tem encarado as obrigações sociais que o mundo impõe? Você é uma pessoa justa neste aspecto? Você tem vivido o mandamento do amor? Você sabe que diante de Deus nós seremos também cobrados (as) pelos nossos deveres sociais aqui na terra?

 As autoridades civis merecem o respeito e cooperação, sempre e quanto isto não signifique transgredir nossa adesão a Deus. Tampouco é lícito que por uma suposta lealdade a Deus esqueçamos nossas responsabilidades cotidianas como, por exemplo: não sonegar imposto, não "piratear" etc. Devemos respeitar tanto a Deus como a autoridade, enquanto esta não pretenda tomar o lugar da primeira.

César se considerava a si mesmo como Filho de Deus e exigia de seus súditos a reverência e dedicação que se deve à divindade. Aqui a autoridade toma para si o lugar de Deus. Por isso devemos estar atentos a situações similares que ocorrem em nossos dias. É a constante tensão entre os valores do Reino de Deus e os dês-valores das estruturas do mundo.

 Propósito:

Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo. Ó Deus, dai-me a graça de possuir a única moeda com a qual eu possa comprar o reino do Céu, que me ensine e ajude proclamar a minha fé não somente em palavras, mas também na verdade das minhas ações que é Jesus Cristo, Vosso Filho.

Reflexão:
Quando pediu que os discípulos rezassem com perseverança, Jesus queria dizer que orassem sem desanimar.
Isso pode ser aplicado à sua vida.
Se deseja que sua orações sejam atendidas, jamais hesite.
A confiança e a fé apontadas por Jesus deveriam mover montanhas. (cf Mc 11,23)

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