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sexta-feira, 10 de abril de 2020

João 3, 7b - 15 - Evangelho do dia 21 de abril terça feira 2020


21 ABRIL Reforçar o vínculo da união entre os bons, à medida que se vai afrouxando entre os maus, é uma compensação que se tornou necessária pelos acontecimentos. (L 64). São Jose Marello 


Leitura do santo Evangelho segundo São João 3,7b-15

"Vocês precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito. - Como pode ser isso? - perguntou Nicodemos.
Jesus respondeu: - O senhor é professor do povo de Israel e não entende isso? Pois eu afirmo ao senhor que isto é verdade: nós falamos daquilo que sabemos e contamos o que temos visto, mas vocês não querem aceitar a nossa mensagem. Se vocês não crêem quando falo das coisas deste mundo, como vão crer se eu falar das coisas do céu? Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna."

Meditação: 

O Espírito em todo tempo e em todo lugar é uma força que dinamiza a vida dos seres humanos fazendo tudo novo. A atuação do Espírito é misteriosa como a do vento. Não se sabe onde se inicia e onde termina, mas está ai, junto de nós.

Esta ação misterioso e renovadora é a que Nicodemos não entende; não entende como atua o Espírito vivificador. Jesus representa a novidade de Deus.

Ele quem dá o verdadeiro testemunho da ação libertadora do Espírito; é quem expressa fielmente a vontade de Deus; entretanto, os judeus não querem aceitar esse testemunho.

Pelo que se lê no evangelho de João, tudo indica que Nicodemos era um homem respeitável, um mestre do judaísmo. Ele era também um dos principais dos judeus, alguém de liderança e de elevada posição, devia ser um modelo para o povo. Entretanto buscava Deus, não estava satisfeito como vivia.

Percebendo que Jesus vinha da parte de Deus, pois ninguém poderia fazer tais sinais se assim não fosse, Nicodemos foi procurá-lo à noite porque tinha receio de que alguém da religião judaica o visse ter com o Nazareno.

Jesus sabia o que Nicodemos necessitava, por isso disse-lhe apenas uma coisa: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

Nicodemos precisava nascer de novo! É como se Jesus dissesse a ele: “Nicodemos, a vida que você tem, por melhor que seja, por mais sábio que você é, só serve para viver no reino dos homens.

Neste texto do evangelho temos a continuidade do diálogo de Jesus com Nicodemos. Pode-se pensar que o evangelista João, ao fazer sua narrativa, com as expressões: "nascer da água", "nascer do alto" e "nascer do espírito", faz uma alusão ao batismo. Percebem-se aí traços de uma catequese batismal.

É o batismo de João, na água, assumido pelo Espírito, em Jesus. O Espírito sopra onde quer e as comunidades cristãs vão surgindo livres de critérios de raça ou tradição.

Nicodemos só entende a letra nas Escrituras e manifesta incompreensão do testemunho de Jesus, que fala do que conhece e do que viu "no céu". Não se abre à inspiração do Espírito. Jesus dá por encerrado o diálogo.

Há em Jesus uma novidade absoluta que começa e que a Lei de Moisés não podia dar porque era uma obrigação externa. Jesus mostra que o reino está sendo inaugurado com seu ministério. É o sim definitivo de Deus à Humanidade.

Vemos neste relato que Jesus é o único Revelador que veio do céu para comunicar a vontade do Pai; Ele é quem assumiu plenamente o compromisso recebido pelo batismo, por meio do Espírito e, por Ele, anuncia de antemão o caminho que conduz à salvação.

Para a comunidade cristã a única fonte de vida e norma de conduta é Jesus crucificado (levantado no alto), que foi capaz de amar até o extremo com uma liberdade surpreendente porque se deixou guiar pelo Espírito durante toda sua vida. Quando caímos no ritualismo pretendemos manipular o Espírito para domesticá-lo.

Em nossas comunidades já quase nada nasce da vida. Estamos sob a chuva do Espírito, mas com guarda-chuvas. Nossas pastorais repetitivas afogaram a novidade. A liberdade nos assusta. Estamos paralisados por séculos de sedentarismo da fé.

É urgente redescobrir a criatividade para poder responder aos desafios vindos da história, da natureza em perigo, do clamor de nossos irmãos e irmãs ameaçados em sua subsistência.

Necessitamos nos desprender de nosso ego, de nossa comodidade e nos deixar invadir por este vento renovador que nos leva mais além de nossos cálculos, privilégios e esquemas de poder tão zelosamente conservados.

Na parte final do texto, com uma construção literária diferente do diálogo, João passa a esclarecer o caráter celestial de Jesus.

A cobra levantada no deserto (que representa a glorificação mediante a Cruz) é a figura mais clara que João emprega para explicar o mistério da salvação e sua finalidade, que consiste em dar vida eterna a todo aquele que crê em Jesus.

Quem olhasse a cobra de bronze levantada por Moisés, não morreria das picadas venenosas. Assim, pela fé em Jesus, que vivendo a plenitude do amor foi levantado na cruz, alcança-se a vida eterna.

Olhe para Jesus Cristo, que morreu por seus pecados sobre a cruz, e acredite Nele e no Seu amor por você, e aquela transformação vai acontecer. Mais uma vez, a pergunta: “Você já nasceu de novo do Espírito de Deus?”. Se não, o processo é bem simples.

Hoje, você tem duas escolhas; e tudo depende do seu relacionamento com Jesus Cristo. Você pode acreditar e olhar com fé para Ele, que morreu por você na cruz; ou pode seguir exatamente como você está.

Para estar perdido, você não precisa fazer nada, apenas continue fazendo o que tem feito e você perecerá. Mas, se você olhar para a cruz e acreditar naquele que morreu por seus pecados, então, o dom da vida eterna com Deus será seu e você terá nascido de novo.

Você crê que Ele possa lhe dar a vida eterna?

Reflexão Apostólica: 

Lembro-me de uma propaganda que passava na televisão (faz tempo, nem me atrevo a lembrar quanto tempo faz… risos) onde Caetano Veloso narrava a insistência de um homem sobre uma bancada ou degrau de uma praça onde tentava convencer as pessoas sobre as coisas que aconteciam a seu redor que deveriam ser mudadas.

Ao ver que ninguém o ouvia uma pessoa o indagou o porquê não desistia de mudar as pessoas… Ele respondeu que se ele desistisse era por que as pessoas conseguiram mudá-lo

É preciso continuar insistindo na mudança. Ser novo não só hoje, mas amanha também. Não podemos desistir de tornar esse mundo novo, repleto de pessoas novas.

No entanto, de forma especial hoje, falo para lideranças, condutores, Coordenadores (as) de Grupos, CRE, pregadores da Palavra de Deus: Tenho me empenhado a manter-me de pé, à frente, liderando sem desistir ou esmorecer mediante as criticas ou ao desânimo que assolam as pessoas de hoje?

É fato, só convenço daquilo que realmente acredito se vivo. Estou convencido da minha espiritualidade? Ela é só na igreja? “(…) O senhor é professor do povo de Israel e não entende isso? Pois eu afirmo ao senhor que isto é verdade: nós falamos daquilo que sabemos e contamos o que temos visto, mas vocês não querem aceitar a nossa mensagem. Se vocês não crêem quando falo das coisas deste mundo, como vão crer se eu falar das coisas do céu”?

Sei que por maior ou melhor que sejam os argumentos ou exemplos que possamos dar a alguém, sempre depararemos com uma parede chamada livre arbítrio. Sei também que o que chateia e desmotiva é a vontade que alguns tem de não ouvir e a outros de atrapalhar. O próprio Jesus deparou com os que não queriam ouvir no episódio da mulher que seria apedrejada.

O silêncio e a sabedoria nas palavras ditas resolveram a situação. Somos convidados a buscar a sabedoria e ao silêncio e não a desistir.

Certa vez Jesus disse que os filhos desse mundo são tremendamente astutos. Somos convidados a ser ainda mais… Precisamos abusar de novas metodologias de trabalho, buscar o conhecimento de áreas como filosofia, pedagogia, psicologia, sociologia, serviço social, gestão de pessoas, gestão e mediação de conflitos, mas nunca abandonar o bom e velho rosário, pois somos “professores” e precisamos cultivar o exemplo.

É preciso entender que somente métodos racionais e intelectuais não surtem efeito contra pessoas que são “escoladas”. É como convencer um ativista radical de esquerda a apoiar a opinião e visão antagônica do seu opositor de direita. Vocês viram, hoje (dia 16), a turma do MST que invadiu o Ministério? E o papo deles, para a televisão? Quantas pessoas conhecemos em nossa comunidade que nunca sentaram numa carteira universitária, mas a vida os fez doutores?

Ser novo também é buscar por capacitação

Ser novo também consiste em ter vontade de aprender, ser uma esponja, não negar o conhecimento, pois quando me fecho a ouvir, me nego por tabela em aprender.

É importante frisar um segundo lado do conto do primeiro parágrafo: E SE AS PESSOAS ESTIREM CERTAS E NÓS ERRADOS? De cima de um pedestal de vaidades e orgulho não conseguiremos ver a verdade enquanto não descermos ou “baixarmos nossa bola”. Esse processo de se declarar superior chama-se arrogância.

Arrogantes não convencem. Prepotentes também não!

Ser novo às vezes é ser aluno do seu aluno. É ouvir os mais velhos e respeitar o talento dos mais novos; é treinar um sucessor; é não ficar perpetuando em um cargo ou coordenação; é abolir a idéia que “sem você nada acontece”. A esse tipo de irmão (ã) costumamos chamar de beatos.

É PRECISO LEMBRAR QUE OS BEATOS AINDA NÃO SÃO SANTOS, pois ainda precisam de muito mais que palavras para assim se tornarem.

Sejamos novos… Do reboco à pintura: obra completa.

Propósito: Perceber todo sopro do Espírito e seguir o seu movimento.

NA RAIZ DO PROBLEMA
Cuidado com as soluções fáceis que acabam se transformando num problema maior do que aquele que você está tentando resolver. Não há nada a ganhar com uma cura que venha a ser pior do que a doença. E certamente que não existe nada a ganhar de uma solução que meramente apenas mascara ou retarda o desconforto sem – realmente – ir na raiz do problema. 

Quanto mais cedo você começar a trabalhar no problema, mais rapidamente o problema irá ficar para trás de você. Quanto mais cedo você lidar com a raiz do problema, mais eficientes os seus esforços se tornarão. 

Verdadeiramente eliminar a causa do problema, realmente demanda mais trabalho do que simplesmente tentar eliminar os sintomas. Porém, quando o trabalho – ainda que difícil - é feito para remover o problema, ele é removido para sempre. Vá à raiz do problema e os seus esforços serão _ decididamente – recompensados.

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