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sexta-feira, 10 de abril de 2020

João 3, 31 - 36 - Evangelho do dia 23 de abril quinta feira 2020


23 abril Rezemos, e rezemos muito! Os tempos se tornam cada vez mais turvos e escabrosos. Os interesses individuais e particulares devem ceder lugar aos interesses gerais da mãe Igreja. (L 31). São Jose Marello
João 3,31-36

"Aquele que vem de cima é o mais importante de todos, e quem vem da terra é da terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu é o mais importante de todos. Ele fala daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita a sua mensagem. Quem aceita a sua mensagem dá prova de que o que Deus diz é verdade. Aquele que Deus enviou diz as palavras de Deus porque Deus dá do seu Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e pôs tudo nas mãos dele. Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; porém quem desobedece ao Filho nunca terá a vida eterna, mas sofrerá para sempre o castigo de Deus."
Meditação:

Aquele que vem do céu, Jesus, foi enviado para anunciar as palavras de Deus e dar o espírito sem medida. Ele está acima de todos. Quem é da terra, sejam profetas, discípulos ou adversários, só entende segundo suas tradições terrenas.

Embora o evangelho de João tenha, aproximadamente, a mesma extensão que o de Mateus e de Lucas, o seu vocabulário é bem menor do que o destes dois evangelhos. Isto porque João costuma repetir as palavras-chave, com retomadas dos temas fundamentais. João o faz com didática e harmonia, a fim de aprofundar estes temas.

O evangelho de João sempre usa palavras que se opõem: usa extremos para ilustrar: luz e trevas, verdade e mentira, coisas da terra e coisas do céu.

Não quer dizer que há duas realidades, uma espiritual e outra material, uma do corpo e outra do espírito; mas que nesta única história estas realidades opostas estão presentes e em conflito.

Como
dizia um velho cacique falando com seus netos: "Há dentro de nós dois lobos que lutam. Um quer o bem e o outro quer o mal". Um dos netos perguntou: "Vovô, qual ganhará?". E o velho respondeu: "Aquele que você alimentar".

Nós temos que optar por uma dessas realidades. A partir do momento em que o pai colocou todas as coisas nas mãos de Jesus, somente há a vida diante de nós.

Da parte de Deus só há um sim à vida. Somente quem se nega a crer em tanto amor e generosidade da parte de Deus fica sem vida. Claro que crer nessa imensa generosidade significa converter-se e mudar de vida. Sair das trevas e renascer para a luz.

No relato que meditamos hoje existe um elemento que é fundamental na hora de viver com pertença a experiência de fé em Jesus de Nazaré, este elemento é a liberdade.

João enfatiza que crer ou não crer não depende de circunstancias externas à pessoa, mas que depende substancialmente do processo de discernimento que cada homem e mulher realiza, segundo suas opções e princípios de vida.

Portanto, é preciso compreender o “juízo de Deus” não como ação que procede do mesmo Deus, mas como um fato que nasce no interior de cada um, pois está claro que o projeto do Pai é uma proposta e não uma obrigação.

Fica a mercê do ser humano se vincular ou não a esta proposta; se o faz, significa entrar em uma relação com Deus que conduzirá a uma plena participação em sua vida e em sua promessa; não fazê-lo equivale a depreciar uma oferta de amor, a se auto excluir da vida e se auto julgar como um ser que aborrece a luz.

Como cristão, é importante para nós discernir as razões pelas quais escolhemos o caminho da luz e, obviamente, expressar essas razões por meio do amor que recebemos de Deus.

Reflexão Apostólica
No evangelho de hoje, João, a partir das oposições céu e terra, crer e não crer, afirma a originalidade e a autenticidade do testemunho de Jesus em revelar a Boa-Nova de Deus.

Jesus, enviado por Deus, fala das coisas do céu. Porém, Ele dá o espírito sem medida, que inspira a fé e a compreensão das coisas do alto.

O auge da revelação é o dom da vida eterna a todo aquele que crê em Jesus, Filho de Deus. E a vida eterna é conhecer a Deus (Jo 17,3), no amor fraterno vivido na comunidade acolhedora e aberta ao mundo.

Quem tem acompanhado notou que nessa semana estamos enfatizando o poder do livre arbítrio e as conseqüências dele em nosso dia-a-dia. Hoje o evangelho nos convida a responder: O que é mais importante? Quem é mais importante?

Deus sempre será o mais importante em nossas vidas. Seu projeto deverá ser o filtro de nossas decisões, principalmente nas que se referem ao coletivo, às pessoas, à comunidade.

Seu projeto, apresentado por Jesus, tem como foco a ovelha perdida, o filho desgarrado, o que perdeu a fé, o desmotivado, o perseguido, o injustiçado, o pobre, (…). E como isso acontece? Na fidelidade a sua mensagem.

Quem prega ou leva a Palavra de Deus não pode resumir sua fidelidade em apenas palavras. Quem prega deve se convencer primeiro da mensagem para com propriedade anunciá-la.

Aqueles que participam, em especial os que coordenam pastorais ou movimentos, devem abandonar a vaidade e o orgulho. Precisam ver o projeto de Deus sobre o seu querer individualista. “(…) Aquele que vem de cima é o mais importante de todos, e quem vem da terra é da terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu é o mais importante de todos”.

Precisamos parar de apoiar pessoas ou lideranças que segregam outras pessoas, não as elegendo, para que o tempo as amadureça; não admitir pseudo-coordenadores, ligados a esse ou aquele partido político, usarem as pessoas, principalmente jovens para levantar a sua identidade partidária.

Desaprovar e fraternalmente corrigir pessoas que se declaram “donos da igreja” que pelo nosso silêncio fazem com que pessoas boas e empenhadas se afastem do serviço, das nossas comunidades, do nosso convívio.

(…) Nesta hora, o Senhor interpela-nos: vives tu, através da fé, em comunhão comigo e, deste modo, em comunhão com Deus? Ou não estarás porventura a viver mais para ti mesmo, afastando-te assim da fé? E, por isto, não serás talvez culpado da divisão que obscurece a minha missão no mundo, que fecha aos homens o acesso ao amor de Deus?” (Papa Bento XVI)

Precisamos também parar de correr de responsabilidades, pois como diria padre Zezinho, quando o padre termina missa começa o nosso trabalho. “Vamos em paz e que o Senhor os alcance e os encontre” tem sido o lema de muitos católicos.

Nós não avançamos mais, pois nos falta coragem. Somos bons em criticar, mas fracos em dinâmicas de acolhimento; reclamamos da falta de operários, mas não abrimos as portas da obra. Reclamamos dos atuais coordenadores, mas não damos nossa cara à tapa para fazer melhor…

Alguns pra tudo usam “no meu tempo era assim”, "no começo era assim" esquecendo que o tempo passa. Sabemos que algumas coisas ficam e precisam ficar, mas outras devem ser renovadas. Não podemos temer mexer com computador, e-mail. Não podemos fugir da informação, da internet, (…).

Ano passado, uma polêmica foi levantada sobre pulseirinhas multicoloridas nos braços dos jovens e tem gente que diz não saber por se negar a assistir jornal. Precisamos levar informação para as pessoas, precisamos nos empenhar em apresentar o projeto de Deus…

Quem é o pobre? É toda criatura que hoje vive longe ou afastado do Senhor e que ainda não sabe o valor que tem.

Deus nos convida a abrir nosso horizonte de compreensão e ter amor e zelo pelos peixes que estão hoje fora do aquário – os que estão no mar, no mundo, no trabalho, em casa, na comunidade… Zelemos do aquário, mas saiamos para pescar!

(…) Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 18-20)
Propósito: Olhar para Jesus, acolher as Suas palavras e transformá-las em um Evangelho vivo na nossa vida.  
APRENDENDO COM AS CONSEQUÊNCIAS
Conseqüências são excelentes mestres. As suas lições lhe tocam profundamente e com você elas permanecem para sempre. Muitos dos conceitos abstratos que vem até você são rapidamente esquecidos e apagados da sua memória. Por outro lado, porém, as conseqüências que você experimenta – são simplesmente impossíveis de serem esquecidas. 

Através das conseqüências você aprende – de maneira pessoal e significativa – o que funciona e o que não funciona. Através das conseqüências você aprende o que é importante e porque é importante. Tanto as conseqüências dolorosas como as prazerosas, - ambas - são memoráveis. Mais importante ainda é que você venha não apenas a se lembrar das conseqüências mas também dos específicos pensamentos e ações que trouxe você até elas. 

Pela maravilhosa graça de Deus, você tem a magnífica habilidade de fazer com que as coisas aconteçam, de criar as suas próprias conseqüências. Lembre-se a si mesmo de que tudo o que você faz tem uma conseqüência. Portanto, aprenda bem e crie a melhor conseqüência que você possa imaginar.

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