Seguidores

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Evangelho do dia 02 de maio sábado 2020


02 maio - Voltemos neste mês à escola de Maria, nossa Mestra piedosa e guia segura para o
Céu. (S 232). São Jose Marello
João 6,60-69

"Muitos seguidores de Jesus ouviram isso e reclamaram:
- O que ele ensina é muito difícil! Quem pode aceitar esses ensinamentos?
Não disseram nada a Jesus, mas ele sabia que eles estavam resmungando contra ele. Por isso perguntou:
- Vocês querem me abandonar por causa disso? E o que aconteceria se vocês vissem o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, mas mesmo assim alguns de vocês não crêem.
Jesus disse isso porque já sabia desde o começo quem eram os que não iam crer nele e sabia também quem ia traí-lo.
Jesus continuou:
- Foi por esse motivo que eu disse a vocês que só pode vir a mim a pessoa que for trazida pelo Pai.
Por causa disso muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais. Então ele perguntou aos doze discípulos:
- Será que vocês também querem ir embora?
Simão Pedro respondeu:
- Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou.
" 
Meditação:

Na primeira leitura temos a proclamação da fidelidade das tribos de Israel, sob o comando de Josué, em servir o Senhor. Contudo, na ideologia do Primeiro Testamento, a proteção divina se manifesta em expulsar os povos que ocupavam a "terra prometida", para que esta seja ocupada pelo "povo eleito".

As palavras de Jesus "são Espírito e são vida". Ir a Jesus, por dom do Pai, é viver o amor e a unidade em todas as situações de nossa vida, em comunhão com todos, principalmente com os mais fracos e excluídos, conscientes de que somos todos membros do corpo de Cristo (segunda leitura).

A revelação de Jesus como o pão descido do céu e de sua carne dada como alimento para a vida do mundo provocou incompreensão e murmurações entre os judeus (Jo 6,41.52).

Muitos de seus discípulos também, sem entender, abandonaram Jesus. Ante esta atitude do povo, Jesus fazendo um pequeno comentário, pergunta aos seus discípulos: Acaso também vós quereis partir? Pelo que nos parece o abandono foi geral. O lugar ficou praticamente vazio e então era o momento de Jesus animar aos que restavam e que Ele tinha escolhido a dedo: os 12 apóstolos. Se a resposta fosse negativa, a pergunta pareceria uma exclusão de todos que deixando Jesus foram embora. Jesus praticamente lhes diz: Vós também sois do tipo pusilânime e covarde que na dificuldade desanima e foge? Também hoje e agora Jesus faz a mesma pergunta. Gostaria que não só não se esquecesse da resposta de Pedro como fizesse sua: Senhor, a quem iremos? Só Tu tens Palavras de vida eterna. Veja que a resposta de Pedro tem como sujeito a quem interpelar a palavra Senhor. Evidentemente, não é o mesmo Senhor do ressuscitado, que recebeu o poder. Mas indica que as Palavras de Jesus têm autoridade, poder e a capacidade de salvar as nossas vidas e por isso nos devemos submeter a elas. É preciso que, como Pedro, você tenha a consciência de que não existe em nenhum lugar do mundo outro nome no qual possa ser salvo, senão no nome e poder de Jesus. Suas são palavras que contem verdade eterna, a única que propriamente pode ser declarada como verdade. É por esta certeza que eu e você temos que acreditar. Pedro nos mostra que Ele é o Ungido, o Filho do Deus.

Afirmar que é o Filho do Deus vivo, é um ato de fé inusitado entre os discípulos de Jesus, não por aclamá-lo Messias, mas por declará-lo Filho de Deus, aceitando que o Pai é Deus. Assim, Pedro estava disposto a admitir e acreditar nessas palavras que eram palavras de vida.

Por outro lado, Jesus pede uma resposta clara a seus apóstolos e Pedro, em nome de todos, dá a única possível para um seguidor de Jesus. Este é o Ungido do Senhor e como Filho sabe perfeitamente a vontade do Pai, cujo seguimento é a verdadeira vida.

Para os homens de fora as palavras de Jesus constituem um fracasso. Os homens as escutam não com o espírito de obediência a quem fala da experiência como viva, mas com o critério de uma razão humana que se julga independente e absoluta: É o critério de Tomé: Se não vejo não creio. Jesus é o vidente que nos declara existirem matizes nas cores e nós somos os cegos que não podem captá-los. Negá-los porque não os podemos experimentar é cerrar-se ao mistério que sempre existe na grande verdade divina.

Vemos que Jesus se intitula o filho do homem como um caso particular de ser membro da família humana. Isto significa que ele pode ser visto e ouvido como um homem; mas com a particularidade de ser representante da divindade, ou seja, a face humana de Deus. Ele sabe como conduzir a humanidade e seu exemplo é paradigma de todos os que desejam viver suas vidas em conformidade com os planos e desígnios de Deus. Até dirá aprendei de mim que sou pacífico e humilde em minhas ambições e propósitos.

Em nossos dias a Palavra de Jesus tem uma resposta negativa: a incredulidade porque é palavra difícil, e exige uma submissão prática da vida não só no modo de pensar mas também no modo de atuar. Ou pode ter uma resposta positiva como a dada por Pedro: é a fé. Mas uma fé, não no homem sábio, brilhante, mas na testemunha que conta o que viveu no seio de Deus. A sua palavra está corroborada por obras admiráveis. Se nestas não acreditamos, desaparece o Filho de Deus e só fica o homem Jesus, admirável em palavras e condutas, mas puramente humano de quem podemos tomar as palavras que nos convêm e descartar as palavras difíceis que atrapalham o nosso ideal ou a nossa maneira de vida. Jamais será vida para nós.

Que Simão Pedro interceda por nós para que diante de tantos profetas da falsidade reconheça nas palavras de Jesus, a Vida, a Verdade e o Caminho que nos conduz a Deus no nosso Pai e digamos: A QUEM IREMOS SENHOR, SÓ TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA.

Reflexão Apostólica:

No nosso relacionamento com Deus, mais do que entendê-lo é importante aceitá-lo. Deus age à sua maneira, nem sempre o entendemos, mas é preciso sempre aceitá-lo. Os discípulos eram muitos. Ao ouvirem o discurso da Eucaristia, ficaram reduzidos e, no monte Calvário, ficaram ainda mais diminuídos. Mas Jesus manteve firme a sua doutrina. Nós podemos criar uma parábola para retratar o relacionamento de Deus para conosco hoje:

Um pai extremoso convidou a sua filhinha de nove anos para ir ver com ele o castelo maravilhoso que ele tinha feito para ela. Mas, no caminho, ele se escondeu. Sua filha, desamparada, ficou-o procurando aflita, julgando-se inteiramente entregue à sua sorte. Só quando as primeiras lágrimas apontaram e antes que as suas forças fraquejassem, Ele apareceu de surpresa e levou-a para morar com Ele.

Na parábola, o pai extremoso é Deus. A filha de nove anos é cada um de nós. Cada um de nós por mais adulto que seja, por mais inteligente e sabido, mesmo um Einstein com a sua agudíssima inteligência, não passa de uma criança frente a Deus. Às vezes. Ele se emparelha de nós com desvelos de um pai extremoso, mas, surpreendentemente, falta-nos em determinados momentos para que tenhamos nossos méritos. Mas o que Ele deseja e quer é que nunca o deixemos de procurá-lo.

Ao refletir essa passagem do Evangelho, me veio à memória tantas experiências que já tive com o Senhor e acabei respondendo como  Pedro: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

Nosso Deus é o Deus da liberdade. Ele nos salva, cura, liberta e ama, sem exigir nada em troca. Essa Palavra nos faz refletir se estamos com o Senhor só quando entendemos o que Ele está fazendo, ou por que realmente reconhecemos que Ele, e só Ele é o Senhor da vida. E isso precisa ser uma reflexão pessoal.

Lembrei-me de tantas pessoas que caminharam comigo e abandonaram o caminho. Viviam as mesmas experiências que eu, iam aos mesmos lugares, mas não deixaram de lado o entendimento humano para aceitar a realidade espiritual. Você também deve conhecer pessoas assim. E nós, precisamos todos os dias clamar o Espírito que nos mantenha nessa realidade espiritual, senão também abandonaremos o Senhor. Devíamos nos fazer todos os dias a mesma pergunta que o Senhor fez aos apóstolos:

“Também quero ir embora?”. Com certeza, o Espírito nos trará à memória tantas experiências marcantes com o Senhor e nossa resposta será sempre a mesma: “A quem irei, Senhor? Tu (Só Tu) tens palavras de vida eterna. Se queremos ser no mundo sinal do Reino, precisamos ser do Reino, todos os dias.

O Reino de Deus não é deste mundo, sabemos disso, por isso precisamos, ainda estando neste mundo, viver as realidades deste Reino. Viver no Espírito, pelo Espírito e pedir que reconheçamos o Senhor todos os dias e aprofundar mais ainda em nós mesmo, para vermos em que base está firmada a nossa fé.

Será que eu me firmo na experiência do outro? E se esse outro desistir pelo caminho, também desistirei? Quantas pessoas deste Evangelho queriam continuar seguindo Jesus, mas porque aqueles que o acompanhavam desistiram, desistiu também. Nosso Deus nos dá a liberdade para conhecê-Lo e para decidir por ficar.

Afinal, como tem sido seu relacionamento com o Senhor?

Oração: Espírito Santo, Promessa cumprida de Deus, pedimos que infunda em nossos corações o desejo de sempre estar com o Senhor e, se pelo caminho, quisermos voltar atrás, traz-nos à memória o que nos mantém firmes: a experiência verdadeira com o Senhor. Pedimos, Senhor, por todos aqueles que ainda não te conhecem verdadeiramente e que firmam sua espiritualidade e relacionamento contigo na experiência dos irmãos. Tu és o Deus do Encontro.Tu és o Deus do Relacionamento Comunitário e Pessoal. Leva-nos sempre mais a Te conhecer e a Te amar. Senhor Jesus, estou disposto a seguir-te sempre, pois só tu tens palavras de vida eterna.
Propósito: Compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, para acolher a salvação.      

Nenhum comentário:

Postar um comentário