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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Evangelho do dia 27 de abril segunda feira 2020


27 abril -- É preciso voltar ao catecismo, o livro por excelência, que contém uma verdade, um conselho, um ensinamento para todos: aos reis ensina a arte de governar e ao povo delineia os princípios de igualdade e de liberdade; ao poder legislativo fornece os critérios da legislação; orienta o funcionário na administração dos bens públicos; aponta aos magistrados os caminhos da justiça; revela ao operário a honestidade no trabalho; garante ao rico seus direitos de propriedade e ao pobre assegura o pão cotidiano da caridade. (L 25). SÃO JOSE MARELLO
João 6,22-29

"No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos. Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão percebeu que Jesus não estava aí, entraram nos barcos e foram procurar Jesus em Cafarnaum. Encontrando-o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo". Perguntaram então: "Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?" Jesus respondeu: "A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou"."

Meditação
Jesus e seus discípulos partiram dos arredores de Tiberíades para a cidade de Cafarnaúm. Ao amanhecer, o povo que havia presenciado a multiplicação dos pães, quando não os encontrou, foi atrás deles. Jesus então questionou o interesse que tinham em buscá-lo: estavam mais preocupados com a comida do que com o ensinamento sobre o reino. E lhes enfatiza: “a única obra que Deus quer é que acreditem naquele que ele enviou”. Que significava para um judeu acreditar em Jesus, mais ainda, crer que ele era enviado por Deus?
A multidão procura Jesus, desejando continuar na situação de abundancia. Isto é, governada por um líder político que decide e providencia tudo, sem exigir esforço. Jesus mostra que essa não é a solução; é preciso buscar a vida plena, mas isso exige o empenho do homem.
 Além do alimento que sustenta a vida material, é necessária a adesão pessoal a Jesus para que essa vida se torne definitiva.
A multidão hoje também persegue os sinais de prosperidade, de poder, do sucesso e não percebe o significado das coisas que lhe são necessárias.
Jesus, porém, já nos advertia; “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do homem vos dará!” Se levássemos em consideração esta recomendação do Mestre a nossa vida deixaria de ser um fardo pesado e passaria a ser um presente de Deus.
 Se o nosso dia a dia fosse um ato de entrega e abandono aos planos do Pai, com certeza nós daríamos mais atenção às realidades que alimentam a nossa alma agitada e, assim, viveríamos na paz do Espírito.
 O Senhor nos dá sinais a todo instante, nos mostrando caminhos seguros, nos orientando, nos dirigindo e, o que é mais importante, derramando sobre nós o Seu Amor que é o alimento que nos garante a vida eterna.
 Corremos o mundo para encontrar a felicidade e, no entanto, ela já está bem pertinho de nós. Qual será o alimento que permanece até a vida eterna?
 Em sua opinião este alimento serve para o corpo ou para a alma? O homem é corpo, alma e espírito, onde poderemos encontrar um alimenta que traga a unidade entre as três partes do nosso ser? O que você entende sobre o que Jesus falou em relação ao selo que o Pai marcou em nós? Aonde e quando você recebeu esta marca? 
Crer em Deus Pai e em seu enviado não significava esperar tudo dele de forma passiva, mas comprometer-se em união com os outros a mudar a própria situação tendo experiências de fraternidade.
Hoje com grande facilidade muitas instituições religiosas e sociais fazem do assistencialismo sua bandeira, deixando essa prática desprovida de toda intenção maior.
A Palavra de Deus exige de nós que reflitamos se nossas práticas pastorais são dedicadas a somente resolver necessidades imediatas, sem criar processos organizativos e consciência crítica diante das causas das injustiças.
A missão dos cristãos é gerar um equilíbrio entre assistência e formação; entre ajuda solidária e ação pela justiça. Somente assim ajudaremos o povo a se dignificar e sair das dependências a que ontem e hoje se submeteu.

Reflexão Apostólica: 

O ponto central deste Evangelho é o Pão. Seja na visão da multidão que seguia Cristo, seja na visão do próprio Jesus. Para aqueles homens e mulheres simples e marginalizados, a partilha do pão era meramente material, um homem que conseguiu multiplicar o alimento deles.

Como dizia o grande o sociólogo Herbert de Souza (Betinho), quem tem fome tem pressa, e aqueles ali queriam saber de matar sua fome e, para tanto, pouco se interessaram como havia acontecido aquele milagre. Eles não queriam explicações, queriam apenas comer.

Muitas vezes nós cometemos esse erro. Esperamos o milagre em nossa vida, esperamos a concretização da existência de Deus e como Tomé esperamos ver para crer. Claro que os milagres são alimento de nossa fé mesmo, servem para que possamos comprovar aos olhos a ação de Deus no mundo, todavia, antes de servir aos nossos olhos, nosso coração precisa aceitar e ter fé na graça de Deus. Não podemos condicionar nossa prática de fé no "pão material", mas no espiritual. Precisamos sentir o Amor de Deus por nós sem as provas que o mundo espera, mas simplesmente louvar por Ele ser.
Como vimos, o sinal da multiplicação dos pães impressionou a multidão. E esta só atina em perguntar de forma ingênua ou quase absurda: como chegaste aqui? Jesus responde com outra pergunta que é válida para nós: qual é a razão verdadeira pela qual me procuram? Será pelos milagres espetaculares, como o da multiplicação dos pães?
Na hora de seguir os passos de Jesus, deve-se ter cuidado com os motivos que nos levam a isso. Não vá acontecer que o Jesus encontrado não seja o do Evangelho, mas um outro feito à nossa medida, adaptado a nossos desejos e caprichos. Será talvez um Jesus em que acreditamos somente pelos milagres espetaculares, sem que consigamos entender que o milagre maior, o sinal por excelência, é o próprio Jesus, alimento de vida eterna.
A multidão, sem entender as palavras do Mestre, volta a perguntar: Que temos que fazer para praticar as obras de Deus? Continuam marcados pela mentalidade judaica da época, cuja religião mandava cumprir sempre “preceitos e leis”. Por sua falsa interpretação, estes acabavam escravizando e arruinando a fé do povo de Deus. Jesus lhes explica que basta uma obra: aderir ao projeto de Deus, revelado por seu Filho.
Somente quem se compromete faz que todas as suas obras adquiram um sentido evangélico, porque estarão impregnadas do amor, a vida e a justiça que o reino de Deus exige.
O convite que Jesus faz a você é que trabalhe para o pão que dura a vida eterna. Veja que no capítulo 6 do Evangelho de João, o tema central é o pão. Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna. E então diz: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,mas pelo alimento que dura até à vida eterna.
A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar em nós a fome de Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.
A graça de Deus é a causa da salvação e a fé é o meio. É claro que vários fatores ocasionam a salvação, como o próprio fato de estarmos perdidos, ou o fato de ouvirmos a mensagem do evangelho, mas tudo isto são causas imediatas, e por assim dizer, tornam-se meios. A causa primária é o próprio Deus, a sua graça, a sua vontade de salvar, o seu desejo e amor pela humanidade!
Em certo sentido podemos dizer que a graça é a parte de Deus e a fé é a parte do homem embora a fé também seja um dom de Deus. Deus oferece gratuitamente a salvação, mas o homem tem a responsabilidade de acreditar, confiar e recebê-la. Você precisa crer em Jesus e em sua palavra! Não sejas multidão tratado no Evangelho de hoje que pede ou exige de Jesus um sinal forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo ou esperando um Messias poderoso, capaz de derrotar os opressores romanos. E que lhe garanta o pão deste mundo, sem esforço e sem trabalhar. Notem que mais tarde Jesus vai dizer que “o meu reino não é deste mundo”.
E daí a reação de Jesus: Trabalhai pelo alimento que dura até à vida eterna. Qual é o alimento que dura até à vida eterna? Deve ser aquele que chega até lá. Jesus disse-nos que era Ele próprio. E o que é que significará trabalhar por Ele próprio, isto é, «pelo alimento que dura até à vida eterna»? Naturalmente, pôr em prática o 1º e 2º mandamentos. E trabalhar mais do que pela comida? Supondo que Jesus se refere ao trabalho pelo sustento. Há que trabalhar em mais quantidade e qualidade pelo alimento que dura até à vida eterna. Como é que o leitor faz isto?
Porque Jesus se posicionou desta maneira? A verdade é que o povo não estava entendo muito bem “qual era a de Jesus”. Jesus se apresenta como o único alimento que nos satisfaz plenamente. Ele se identifica como próprio pão que alimenta a vida eterna em nós: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.
Jesus não está falando da sede de um copo de água nem a fome de um prato de comida necessariamente. Mas sim, da sede e da fome ou necessidade de se embriagar para fugir ou se esquecer da realidade sofrida com tantas frustrações. Porque aquele que se embebe de Jesus igual a uma esponja embebida em água, não terá necessidade de nenhuma fuga alucinante para se sentir bem.
Tem gente  que se vinga comendo, e comendo. Outros bebendo uma dúzia de cerveja, e assim por diante. Nada disso adianta porque longe de Deus não existe felicidade. Porque só Jesus mata a nossa sede, e a nossa fome, de querer mais e mais bens materiais, e prazeres de todos os tipos existentes nesta vida passageira.
Portanto, trabalhemos e lutemos pelo pão que dura à vida eterna e este Pão é Jesus acreditemos n’Ele. Alimentemo-nos da Sua Palavra, do Seu Corpo e Sangue e teremos a vida eterna.

Propósito:
 Senhor, dá-nos um coração desapegado do pão material. Faz-nos querer sempre mais e mais alimentar-nos do Pão da Vida, da Palavra de Deus e da Santa Eucaristia, que é o próprio Cristo que se dá e é o maior milagre todos: um pedaço de pão que se transubstancia num Deus tão maravilhoso, só por amor.
O evangelista João, após sua narrativa da partilha dos pães (comumente chamada de "multiplicação dos pães") na montanha, dá continuidade com outras narrativas que explicam o sentido da partilha.
 2º MEDITAÇÃO
Nas palavras de Jesus (Jo 6,22-29) encontramos uma contraposição interessante: "pão que perece" e "pão que perdura", e este último precisamente "para a vida do mundo". A experiência de Jesus como homem é a constatação da permanente degradação do ser humano quando todo o horizonte de sua vida se reduz à luta pela sobrevivência. É a realidade que seu povo vive: a riqueza e bem-estar concentrados em uns poucos à custa da degradação da maioria. Jesus é consciente que isto não é o ideal de Deus em sua criação. O ser humano está dotado de algo mais que de simples forças para produzir ou, o que é mais: tem uma vocação muito mais elevada que a de simples animal de trabalho.
 O milagre da partilha do pão causou admiração em muitos. Não faltou quem passasse a olhar para Jesus como solução fácil para seus problemas do dia-a-dia, como é o caso da alimentação. O poder maravilhoso do Mestre bastaria para livrá-los da fadiga de trabalhar para obter o sustento com o próprio esforço. Na hora do aperto, bastaria recorrer a ele. Jesus questionou esta mentalidade. Sua missão primordial não era tanto a de oferecer o pão que perece, mas sim, o que gera vida eterna. O horizonte de Jesus superava o imediatismo das necessidades cotidianas.
 A reação do povo que se alimentou graças ao gesto de Jesus que fez surgir pão para todos, é julgada por ele mesmo como uma atitude interesseira: "estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos". Qual é então a intenção mais profunda na relação deste sinal?
 As intenções das pessoas que procuravam Jesus eram as mais variadas possíveis. Havia quem estivesse sintonizado com sua palavra e se deixava tocar por ela. Mas havia, também, quem estava interessado em ser beneficiado por sua ação, sem se comprometer com ele, com a profundidade requerida de um discípulo do Reino.
 O evento da Páscoa, por sua vez, exigiu dos discípulos darem um enfoque correto à sua fé. Quiçá houvesse quem pensasse encontrar no Ressuscitado um caminho fácil para resolver seus problemas. Bastaria invocá-lo e ele se apresentaria para trazer soluções para tudo. A comunidade foi levada a ir purificando sua fé no Ressuscitado, de forma a buscar nele e a esperar dele o que ele, realmente, tinha para lhe oferecer.
 Quando a luta pela subsistência ocupa toda a existência do ser, paulatinamente este ser se afasta de sua dimensão humana; neste sentido tende a animalizar-se. Não somente na época de Jesus, mas através das diferentes épocas da história, massas enormes de pessoas são obrigadas ao único objetivo de satisfazer as necessidades básicas do alimento. Este é a reclamação que faz Jesus a seus interlocutores; mais que reclamação, é um chamado para enfrentar radicalmente as estruturas injustas que os obrigam a lutar somente pelo que perece, fazendo-os abrir mão de sua própria dignidade e vocação final de perenidade.
 As pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.
 Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de todos nós uma postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que estão além da materialidade.
 "Esforçai-vos não pelo alimento que perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna.". Somos todos chamados a trabalhar na obra de Deus, na vinha do Senhor, que consiste em crer em Jesus, como ele mesmo nos ensina hoje. Não é tarefa fácil. O próprio São Paulo o confirma: “Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual fostes chamados”.O caminho da vida eterna é, portanto, crer em Jesus, o que implica comprometer-se com as obras de Deus, na prática da justiça e na comunhão de vida, particularmente com os empobrecidos e excluídos. Crer em Jesus, portanto, exige esforço da nossa parte. A fé é um dom de Deus, mas também exige que façamos a nossa parte. O nosso esforço é o de nos manter afastados de todo pecado. Que a eucaristia nos ajude a tanto.
 O cristão das gerações posteriores aos Apóstolos também deve ser testemunha corajosa de Jesus e do Evangelho com as mesmas conseqüências, premissa que vale para o cristão de todas as épocas. A adesão à Palavra e obra de Jesus devem ir além da simples confissão de fé em sua pessoa. O discípulo de todos os tempos tem o dever de manter-se em capacidade de enfrentar os obstáculos e desafios que os opositores do reino apresentarão também a ele.
 Hoje mais do que nunca esta proposta de Jesus se faz mais real e, portanto, mais exigente. O cristão de hoje se move em meio a todos os anti-valores e anti-projetos disfarçados de benéficos, mas que não passam de "pão de um dia"; situações nas quais os beneficiados são sempre as minorias que manipulam o poder em todas as suas formas. Frente a isso, nosso silêncio e passividade não deixam de ser uma cumplicidade. É, então, nas circunstâncias atuais e não em outras, onde nosso ministério de discípulos deve fazer-se concreto, contundente, revelador, lutando não pelo pão que mata a fome de um dia, mas pelo pão que perdura. É preciso saber ler e entender os sinais de Deus na história humana, para não querermos o dom ao mesmo tempo que rejeitamos o doador.
 A adesão que Jesus pretende deve ser radical, movida por uma profunda convicção de trabalho permanente, não por soluções passageiras, "que perecem", mas por algo que deve perdurar no tempo. Com base nesta passagem do Evangelho de hoje, não há espaço para nenhuma desculpa, para que fiquem tão impávidas as consciências tanto dos oprimidos como dos opressores.

PERSISTÊNCIA SEMPRE
Quando você tenta fazer alguma coisa e fracassa em realizá-la e depois de tentar uma vez mais, você percebe que fracassou novamente; mais outra tentativa e novamente outro fracasso...isso pode ser extremamente desencorajador. É ai que a persistência faz toda a diferença do mundo! 

Seria uma lástima perder toda a sua motivação e conhecimento adquirido em suas tentativas. Portanto, siga em frente. Experimente a dor do desapontamento e direcione essa dor para a persistência e você irá conhecer uma nova e renovada vitalidade. 

O tempo e esforço que você investiu já começou a compensar, mesmo que os resultados ainda sejam frustrantes. Certamente que você não vai querer perder todo esse investimento antes de colher os frutos do seu labor. Portanto, persista. Mantenha os seus esforços focados custe o que custar. Você já está fazendo progressos. Você está seguindo na direção dos seus sonhos. Use o que você já aprendeu, use o que você já experimentou. Siga em frente a despeito de tudo que aconteceu. Com persistência – e com a maravilhosa graça de Deus – você chegará onde deseja chegar.

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