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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Evangelho do dia 28 de abril terça feira 2020


28 abril - O catecismo é o livro por excelência. Bem vulgar seria quem o quisesse taxar de vulgaridade. Este livro revela com eficácia admirável toda a utilidade da religião e faz de um garoto de dez anos um pensador profundo, que possui todos os grandes princípios da verdadeira filosofia e está à altura de discorrer a qualquer momento sobre a essência e os atributos de Deus, falando sem confusão da Unidade e da Trindade, da geração e da procedência das Pessoas Divinas, que conhece a gênese do mundo, a queda do homem, a vinda do Restaurador, a necessidade da graça e os meios que a difundem, o sacramento da reconciliação e a comunhão da oração. Sem dúvida alguma, nenhum filósofo poderá encarar um menino cristão na exposição exata das grandes verdades que constituem o patrimônio da nossa religião. (L 25). São José Marello

João 6,30-35

"Eles disseram: - Que milagre o senhor vai fazer para a gente ver e crer no senhor? O que é que o senhor pode fazer? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto, como dizem as Escrituras Sagradas: "Do céu ele deu pão para eles comerem." Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, pois quem dá o verdadeiro pão do céu é o meu Pai. Porque o pão que Deus dá é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
- Queremos que o senhor nos dê sempre desse pão! - pediram eles.
Jesus respondeu: - Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.
"
 Meditação:

O Discurso do Pão da Vida não é um texto a ser discutido e dividido, mas meditado e lido e relido muitas vezes. Por isso, também se não se compreende bem, não existe motivo de preocupação.

Um texto destes, é preciso lê-lo, meditá-lo, rezá-lo, pensá-lo, lê-lo novamente, repeti-lo, voltar mais uma vez sobre ele. Quem lê superficialmente o quarto Evangelho pode ter a impressão que João repete sempre a mesma coisa.

Lendo com mais atenção, percebe-se que não se trata de repetição. O autor do quarto Evangelho tem seu modo de repetir o mesmo tema, mas num nível cada vez mais alto e profundo. Parece uma escada a caracol. Girando, chega-se ao mesmo ponto, mas a um nível mais alto e profundo.

O tema central deste capítulo seis do evangelho de João é o "pão", apresentado como expressivo símbolo da pessoa de Jesus.

Após o gesto de Jesus de partilhar o pão com a grande multidão, João apresenta um longo diálogo seu, já em Cafarnaum, com a multidão que o procura, com os judeus e os discípulos. A partir do pão, Jesus comunica o sentido de sua missão e de sua vida.

A multidão segue sem entender o sentido profundo dos sinais realizados por Jesus; não entendem seu trabalho no mundo já que “não viram o sinal”.

As pessoas que iam atrás de Jesus queriam ver coisas extraordinárias para poder crer. Segundo essas pessoas, ninguém mais tinha feito algo tão maravilhoso como Moisés no deserto, quando alimentou o povo com maná. Entretanto, e apesar de ser algo tão extraordinário segundo sua mentalidade, seus antepassados morreram.

Não seria verdadeiramente maravilhoso e extraordinário se o maná os tivesse tornado imortais? Jesus corrige o erro de seus opositores. Não foi Moisés, mas o Pai quem lhe deu o pão do céu. Entretanto, não era esse o pão definitivo; por isso “morreram”. Quem verdadeiramente dá a vida é o próprio Jesus.

Os ouvintes não entenderam muito bem o que queria dizer Jesus, mas eles seguiram com a idéia de um milagre que os fizesse imortais.

Em seu evangelho, João não fala em "milagres". Os gestos de Jesus são "sinais" de uma realidade maior revelada pelo Pai, através dele.

O grande sinal recente foi o da partilha dos pães. Os sinais apontam para as obras de Jesus, que é o pão que desce do céu. Estas obras consistem em fazer a vontade do Pai, que é dar vida, e vida eterna, ao mundo.

Os que ouvem Jesus pedem deste pão para sempre. Eles pensam no pão que é o simples alimento do dia a dia. Jesus se revela como o pão da vida.

Ir a Ele, é alimentar-se deste pão. Jesus foi todo ele doação, serviço e amor a todos. Na comunhão com Jesus e com os irmãos encontramos a vida eterna.

As perguntas suscitadas entre o povo evidenciam sua falta de fé, eles buscam Jesus como um homem com poder, mas não o percebem como Filho de Deus, como o Revelador do Pai; por isso exigem dele sinais milagrosos para crer, tanto é assim que as pessoas insinuam que seus milagres são inferiores aos realizados por Moisés, pois este não deu de comer a uma multidão apenas uma vez, mas durante muitos dias no deserto.

O pão que comeram os antepassados desse grupo de judeus não foi dado por Moises, mas por Deus, que agora se da através de seu Filho.

Muito rapidamente, lhe pedem: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. E esse é o momento propicio para Jesus, para se revelar como o pão verdadeiro: “Eu sou o pão da vida”. Pão que não deve ser consumido como alimento mágico, como pensam os ouvintes de Jesus, mas sim um pão que deve ser assimilado, pela vivencia e imitação.
Jesus é o verdadeiro pão, o alimento que mantém o ser humano sujeito à vida. Ele é quem realmente conduz o povo para a terra prometida, para uma vida abundante.

Para que seja assim, é preciso crer em Jesus, ter fé Nele e aceitá-lo como verdadeiro pão da vida, como aquele que alimenta constantemente nossa esperança.

Fome de pão, fome de Deus. Qual das duas predomina em mim? Jesus disse: "Eu sou o pão da vida". Ele tira a fome e a sede. Que experiência tenho disso em minha vida?

Reflexão Apostólica
Os milagres não eram a principal ação de Jesus. Ele fazia questão de deixar claro isso, mas o apego ao visível obscurecia a graça invisível. O povo de Cafarnaum, bem como da Judéia não havia entendido que a mensagem sobrepõe-se ao tocável, e de fato não entenderiam visto que culminou com a ida de Jesus para a cruz.

Esse apego ainda perdura até nossos dias e parece ser nosso. Parece ser algo que precisamos constantemente para reafirmar nossas convicções de fé. Poderíamos chamar isso de carência da nossa natureza humana?

Por vezes vi e teci comentários bem delineados sobre a falta de fé de são Tomé quando condicionou sua crença a tocar nas cicatrizes de Jesus, mas por vezes também somos assim.

Partindo dessa afirmação notamos a dimensão que tem o nosso testemunho de vida e oração. Somos reflexos do criador, mas nós BUSCAMOS OS MILAGRES OU A PRESENÇA DE JESUS?

Todos conhecem ou já ouviram falar o contexto cristão da expressão “O EXEMPLO ARRASTA”. Ela se aplica bem ao evangelho de hoje.

Se nos apegamos aos milagres extraordinários não conseguiremos convencer ninguém dos ordinários. Se como liderança, coordenador, ministro, catequista, (…) me apego ao visível, como convencerei as pessoas que caminhem sobre as águas?

Temos por acaso conhecimento ou conhecemos o trabalho feito pelos Intercessores da RCC e das ENS (inclusive Equipes Orantes)? Conhecemos algo da dinâmica desse ministério de serviço?

No caso da RCC, grosso modo, elas (porque geralmente são mulheres) e nas ENS, os casais, ficam de fora do que acontece nos grandes encontros; revezam-se na presença do Senhor, seja Ele eucarístico ou contemplativo na oração, durante horas e horas. Pouco os vemos, pouco assistem dos encontros, mas não deixam de acreditar.

Uma viúva intercessora, que também faz parte de um Grupo das CNSE,diz com muita simplicidade (ou seria sabedoria?) que a presença de Jesus sentida já vale por tudo.

Talvez seja essa a fonte da fortaleza dessas pessoas iluminadas. São difíceis de serem vistas tristes. A idade talvez já se faça injusta, mas os joelhos ainda estão dispostos a tocar o chão por quem precisa. Será que era isso que Jesus quis dizer no evangelho de hoje? “(…) Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

Alguém poderia perguntar: Mas eu conheço um monte de Intercessores que vivem reclamando disso e daquilo! Mas é claro que reclamam, elas são humanas! Sofrem com a idade, tem saudade, ficam doentes, (…) por que seriam diferentes? O que enalteço é a forma devocional e respeitosa que se apresentam ao Senhor. “A sua presença basta” ou como diriam os discípulos de Emaús: Fica conosco Senhor!

Buscar o Senhor apenas por interesse é voltar a viver do maná que caía do céu. Amar o Senhor sobre todas as coisas não é por acaso que é o primeiro mandamento. Nosso Deus é um ser amoroso e compassivo e como diria Isaias: “busquemos enquanto Ele se deixa encontrar”.

Propósito: Alimentar do Pão da Vida, pela intercessão daqueles que nos cercam e necessitam.

2º MEDITAÇÃO

O Evangelho de hoje (João 6,30-35) é outra amostra do endurecimento de Israel e de sua atitude fechada diante oferta de Jesus. Segundo o que nos diz o Evangelho, aqueles judeus não seriam capazes de superar as dimensões estritamente físicas e temporais do discurso de Jesus. Erroneamente o povo pensa que será capaz de crer somente quando puder ver sinais ou prodígios. Neste sentido, o pedido que fazem a Jesus é praticamente uma tentação: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em
ti?".

Jesus deve corrigir esta falsa concepção da fé. Não se trata de iniciar uma experiência baseada nas "crenças", mas numa nova experiência de vida que impulsione o crente a destruir o falso sistema de sua fé. Exemplo disso têm os mesmos ouvintes de Jesus na história de seus antepassados: com o sinal do maná no deserto o Pai quis fazer algo maior que responder à necessidade fisiológica do alimento.

O povo quer o dom do pão, como o maná do deserto; mas Jesus apresenta-se como um dom maior: “Eu sou o pão da vida”. A questão apresentada a Jesus põe em xeque a idoneidade e a credibilidade de sua missão. Era como se estivessem pedindo suas credenciais. Se não pudesse provar que estava agindo com autoridade, seria um simples impostor.

O Evangelho de João, nos apresenta o discurso de Jesus sobre o pão. Pouco antes desta cena evangélica, Jesus havia repartido o pão com a multidão e esta reconheceu Jesus como o profeta que tinha de vir o mundo na linha Elias, Eliseu e até mesmo de Moisés. Jesus, percebendo que a multidão queria fazê-lo rei, retiro-se de novo ao monte, sozinho, como fez Moisés, depois que viu o povo adorar o bezerro de ouro. No Evangelho Jesus se retira ao monte para orar para evitar a tentação de um messias triunfalista; como as pessoas desejavam. Contudo, essa imagem do messias está em aberta contradição com a atitude que Jesus tem adotado antes, pondo-se a servir aos que estavam sentados. Ao invés de aceita-lo como servidor da Pessoa humana, querem dar a ele uma posição de superioridade e de força. Jesus pretendia fazer o povo livre, mas estes querem renunciar sua própria liberdade. Jesus pedia a eles generosidade e amor, mas eles querem render-lhe obediência. Não aceitam a condição de adultos; preferem continuar sendo súditos passivos.

Agora a multidão compreende que Jesus se declara como o Messias e para dar adesão a ele, exigem um sinal como os sinais do antigo Êxodo, semelhante ao do maná, o chamado pão do céu. Opõe-se aos prodígios de Moisés a falta de espetaculosidade da obra de Jesus. Exigem o portentoso, o que deslumbra sem compreender, aquilo que e pessoal, cotidiano, profundo e de eficácia permanente. A perspicácia teológica dos interlocutores de Jesus estava sendo posta à prova.

Servindo-se de uma brecha oferecida por seus interlocutores, o Mestre lhes sugere uma reflexão. Segundo eles, no passado, Moisés havia revelado a veracidade de sua missão ao alimentar a multidão com o maná descido do céu. Também, Jesus deveria fazer algo para provar quem ele era.

A ponderação de Jesus levanta dúvidas sobre uma crença inquestionável: o milagre não fora realizado por Moisés, mas pelo Pai. Este, sim, foi quem alimentou o povo na sua penosa marcha pelo deserto. O Pai estava tomando novamente a mesma providência de alimentar seu povo. Só que, agora, o maná era seu próprio Filho. Por isso, este podia apresentar-se como "o pão da vida", capaz de saciar a fome e a sede de quantos se deixassem atrair por Ele. Por conseguinte, antes de mais nada, era mister perceber o sinal que o Pai estava realizando na pessoa de seu Filho. Qualquer outro milagre seria inútil, se este sinal fundamental não fosse percebido.

O pão e a bebida são os alimentos de que precisamos para viver. Porém, “nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. O único alimento capaz de saciar o anseio, que todos trazemos, de vida em plenitude é a união com Deus. É precisamente isso que Cristo veio trazer.

O “pão da vida” é a palavra de Jesus e é também o seu corpo, a Eucaristia. A sua palavra nos mostra o caminho a ser trilhado para essa união com Deus, e a Eucaristia é a própria antecipação dessa união, que só será plena na vida eterna. Alimentemo-nos então não apenas do pão que se perde, mas da palavra e do corpo de Jesus, que permanecem para a eternidade.

Jesus revela em nós o desejo interior de recebermos o seu dom, ainda que não compreendamos o fim e a profundidade do seu conteúdo e das suas implicações. É o que acontece na Eucaristia: se nos aproximamos dela para nosso alimento, não é porque a compreendamos totalmente, mas só porque o Senhor nos fez descobrir que nela Ele nos dá o seu amor. A vontade do Pai, ao enviar o Filho, é que quem vê o Filho, suas palavras e ações e nele crê, seguindo seus passos, tenha a vida eterna.

Oxalá que esta passagem do Evangelho pudesse ao menos nos tirar o sossego. Que ao menos nos leve a revisar o tipo de mensagem que damos sobre Jesus, suas palavras e seus sinais. Mas sobretudo, como seria interessante se pudéssemos empreender essa tarefa de re-evangelização de tantos "caçadores de milagres", mesmo que ficássemos apenas com esta resposta dada hoje por Jesus, cuja intenção era invocar a passagem do maná.

UM MODO DIFERENTE DE SER
Não importa o que venha a surgir em seu caminho no dia de hoje, tenha como foco principal uma resposta pacífica. Existe um poder fora do comum na pacifica serenidade. Existe o poder de seguir em frente com os olhos voltados para Aquele que tem planos e propósitos maiores e incomparavelmente melhores que os nossos, a despeito das injustas agressões e ataques que porventura venhamos a sofrer. 

Porém, são necessários disciplina e esforço para responder pacificamente. A razão para isto é porque você tem a tendência natural de buscar os seus próprios interesses e mesmo que você exiba firmeza e determinação isso não lhe dá razões para que responder em ira e descontrole. O maior de todos os poderes é sempre demonstrado em paz e comedida resposta. Esse – decididamente – é um modo diferente de ser. 

Não permita que outras pessoas venham ditar qual venha a ser o seu nível de estresse e ansiedade. Não permita que outras pessoas venham controlar as suas ações. Responda calma e pacificamente. Mantenha a sua compostura. Mantenha o seu controle. Que a sua primeira resposta seja pacifica porque ao agir desta maneira você crescerá a sua eficiência e alargará os seus horizontes.


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