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sábado, 11 de abril de 2020


FALANDO A SEMANA TODA O EVANGELHO DE DOMINGO.
12 DE ABRIL – PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR (S).
Segunda feira 13 de abril
A grande libertação conduzida pelo próprio Jesus

Aleluia Jesus ressuscitou, aleluia! Quando as primeiras luzes daquela manhã de Domingo penetraram no túmulo em Jerusalém encontram apenas os linhos; e isso aconteceu porque Jesus assumiu as nossas dores; Jesus carregou o peso dos nossos pecados com um profundo amor. Jesus venceu. Glória a Deus.

Por isso, hoje, no primeiro dia depois da páscoa, trago uma mensagem bem especial, uma mensagem que tem a pretensão de ser um pouco mais abrangente sobre a ressurreição de Jesus Cristo, tomando como base o relato de João (Jo 20,1-9).

Quero dizer uma coisa que talvez você já saiba: A ressurreição do Senhor é o alicerce principal da Fé cristã, a tal ponto que, para buscar uma vida plena com Deus devemos compreender, saber e, principalmente crer de todo o nosso coração o real significado da ressurreição de Jesus.

E, como hoje estou na posição de facilitador, vou tentar ajudar um pouco: Diante de tudo que vamos ver, vou dizer algo de suma importância: A páscoa que comemoramos somente será de modo verdadeiro se conseguimos mudar na nossa vida a forma de ver e viver os ensinamentos de Jesus tanto no âmbito pessoal quanto comunitário.

Será Páscoa se “passamos”, com Jesus, a uma vida de maior intimidade com Deus e com todo aqueles que nos cercam. E, para iniciar devemos pensar em uma equação: O primeiro produto dessa equação é o Getsemani, onde Jesus provou uma grande tristeza, ficou angustiado, deprimido e até suou sangue. Some-se a isto, a traição de Judas que, com um beijo, entregou o Senhor aos seus algozes, e estes o colocaram em um julgamento tendencioso e O levaram a prisão.

Já a tríplice negação de Pedro, incapaz de ser verdadeiro diante de três pessoas simples, uma criada, um servo e outro homem; a fuga dos demais discípulos, atemorizados diante da sorte do Mestre. Toda uma trama armada para garantir uma sentença dada à revelia do acusado. A paixão, calcada na figura profética do Servo Sofredor, apresenta a figura de Jesus despida de qualquer dignidade, reduzida à condição de trapo humano.

Ou seja, o resultado desta equação é bem diferente da distorcida imagem que os discípulos tinham de Jesus e da Sua obra; que Ele era a de um guerreiro triunfante, glorioso e destruidor das estruturas.

Mesmo assim, a Páscoa é a grande revelação do amor de Deus por todos e, principalmente, por cada um de nós individualmente. Devemos ver a morte e a ressurreição de Jesus como a vitória (e, não uma vitória) definitiva do amor sobre o ódio; do bem sobre o mal; da graça sobre o pecado; da misericórdia sobre a condenação. Essa é a razão que leva Jesus a nos fazer hoje um convite pessoal: “Se alguém quer me seguir, siga-me e onde Eu estou estará o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará" (Jo 12, 26).

Por isso, não há como negar que a nossa páscoa é bem mais abrangente do que a aquela páscoa que comemora a libertação do povo de Israel do cativeiro egípcio durante o reinado do faraó Ramsés II; onde através da intervenção de Deus o povo hebreu foi guiado através do mar Vermelho, e o exército egípcio ficou submerso nas águas. Esta é a antiga Páscoa.

Assim como Deus providenciou Moisés para retirar o povo da escravidão no Egito e conduziu a terra prometida, Ele nos envia, não mais um homem para retirar de uma terra e transferi-la para a outra, Deus manda Seu próprio filho, para retirar o homem de um estado, para transportá-lo para um estado muito mais elevado, muito mais sublime, que é o estado de filhos de Deus.

Essa é a razão que a nossa páscoa comemora a nova aliança, é a passagem de Jesus da morte para a vida e que nos traz um forte convite para passarmos através do batismo passarmos para uma nova vida de filhos de Deus. É a grande libertação que foi conduzida pelo próprio Jesus, que nos concede não a terra prometida, mas uma vida nova. Pois, Ele foi, é e sempre será o verdadeiro cordeiro de Deus! Isso “porque nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).


Terça feira 14 de abril
A ressurreição leva a uma verdadeira intimidade com Deus

Hoje quero começar a nossa conversa com o versículo que encerrei a de ontem: “Porque nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).

Isso se faz necessário porque Jesus antes de sua morte, como o povo de Israel no Egito, celebrou a libertação que estava preste a ocorrer numa ceia memorial. Foi exatamente ai que Ele instituiu a Eucaristia, aquilo que gosto de chamar de “primeira ceia!”.

É exatamente por conta disso que agora, de uma vez por todas, não temos mais necessidade de colocar o sangue de cordeiros nas portas; agora é o sangue do Filho de Deus vivo que purifica nossas vidas e nos protege. Na verdade, a Santa Ceia marca a comemoração da páscoa dentro do nosso contexto que vivemos hoje debaixo da nova Aliança.

Essa é a razão que nos leva, na Páscoa, a celebrarmos a ressurreição de Jesus; mais do que isso, a Páscoa indica contundentemente que, independente de quão negro esteja o horizonte, em Cristo podemos ter a certeza da vitória da justiça sobre a injustiça e da vida sobre a morte. A Sua ressurreição deve despertar em cada um de nós a verdadeira fé em Jesus que veio a esse mundo com o objetivo claro de implementar o projeto restaurador de Deus para o coração humano.

E, diante desse contexto estupendo, devemos observar nos quatro evangelhos que relatam os acontecimentos do Dia da Ressurreição, cada um de acordo com as suas tradições, certos elementos comuns a todos: O fato do túmulo vazio, que as primeiras testemunhas eram as mulheres (embora divirjam quanto ao seu número e identidade e o motivo da sua ida ao túmulo - para ungir o corpo, ou para vigiar e lamentar), e de que uma delas era Maria Madalena. Podemos tirar disso a conclusão que as mulheres tinham lugar muito importante entre o grupo dos discípulos de Jesus, e que elas eram mais fiéis do que os homens, seguindo Jesus até a Cruz e além dela!

Lembre que depois da morte e do sepultamento do Senhor, todos os discípulos foram embora; mas uma mulher permaneceu perto do túmulo. Ela sabia que alguma coisa iria acontecer, pois Jesus havia dito que ressuscitaria. O espírito de gratidão de Maria Madalena era tão grande que fez com que Ela no primeiro dia da semana, o nosso domingo, ou dia do Senhor, fosse até o túmulo. Ao chegar lá, Maria Madalena encontra o túmulo, por isso ela foi a primeira a dar testemunho da ressurreição. É por isso que não podemos esquecer que numa cultura onde as mulheres nem podiam testemunhar em tribunais civis, isto é mais um indicativo da diferente lógica de Deus. Se o Evangelho fosse uma história inventada não haveria pior começo para a mentalidade daquela época, do que colocar a primeira notícia da ressurreição na boca de uma mulher.

Assim o fato de colocar o primeiro testemunho da ressurreição na boca de mulheres, já é uma prova cabal da autenticidade de nossos textos sagrados. Mas aqui cumpre fazer uma séria pergunta: Se os apóstolos são distinguidos como testemunhas da ressurreição, por que as mulheres não o são? Não seria um mero aspecto de uma cultura essencialmente machista?

Mas porque quando Maria Madalena viu Jesus ressuscitado, por que não O reconheceu? Porque, na última vez que ela O havia visto, Ele estava deformado, com os cabelos arrancados, o rosto todo arrebentado, o corpo estava todo arrebentado, que ela não conseguiu compreender que, agora, Jesus não estava mais daquele jeito; o Seu corpo era outro.

Ou seja, a ressurreição mudou o exterior de Jesus, mas Ele manteve a Sua essência, o Seu amor por cada um de nós; Ele manteve o foco no projeto de Deus; isso porque a ressurreição foi o momento único; através do qual fomos religados a Deus; através do qual veio a tona uma nova relação onde Deus é agora visto como um bondoso e amoroso pai; onde Deus é agora visto como um companheiro, um parceiro nessa nossa jornada.

A ressurreição demonstra, com todas as letras e tintas, que não serão mais necessários holocaustos; pois, todos os sacrifícios foram encerrados, definitivamente, com a cruz do calvário. Isso porque, a cruz do calvário foi o caminho que nos conduziu, novamente, a uma verdadeira intimidade com Deus e nos concedeu a dádiva de sermos chamados de filhos e “co-herdeiras e co-participes da promessa de Deus em Cristo” (Ef 3,6).

E, diante desta incontestável realidade, podemos facilmente constatar que o segrego para vivermos plenamente uma vida saudável ao lado de Deus é enfrentar de cabeça erguida todos os problemas, decepções e às tristezas que irão surgir sem esmorecer, tendo a certeza, exatamente como Maria Madalena teve, que todos nós “somos mais do que vencedores, por Aquele que nos amou” (Rm 8,37).

Quarta feira 15 de abril
Atestar de modo suficiente a Ressurreição do Filho de Deus

Sem medo de ser repetitivo quero fazer minhas as palavras do Apóstolo Paulo e lhe dizer que “nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).

Repetir essa frase de Paulo é necessário para que você possa tomar a consciência de que na narração da ressurreição de Jesus, João se preocupa em destacar o testemunho dos apóstolos ao se depararem com o sepulcro vazio. Deste modo não só as mulheres foram testemunhas, mas os apóstolos também constataram que o túmulo estava vazio; os apóstolos também puderam até descrever em que posições se encontravam os lençóis mortuários.

Observando tudo isso, quero convidar você, nesta quarta-feira a se transportar mentalmente para aquele domingo na Palestina: Olhe para o tumulo e veja as faixas de linho que tinham sido usadas para enrolar o corpo do Senhor Jesus que agora, sem qualquer serventia, estavam jogadas no chão; constate também que o pano que cobria a face de Jesus encontrava-se enrolado num lugar á parte.

Aqui encontramos um grande indício para contradizer qualquer calúnia sobre o suposto roubo do cadáver de Jesus. Isso porque, quem rouba o faz as pressas e de modo escondido, não tendo o cuidado de deixar as coisas em ordem. E além, disto os apóstolos não poderiam ter roubado o corpo de Jesus, pois ainda não tinham compreendido que o Senhor ressuscitaria dos mortos.

O texto afirma que João acreditou porque estava pronto em discernir o rastro do ressuscitado, ainda que diante do “sinal negativo”: O sepulcro vazio. Assim só ele compreendeu todo sentido incluído no sepulcro vazio e nos panos dobrados. É interessante que João acreditou sem ter visto nada, apenas panos enrolados e sepulcro vazio; mas Pedro demorou mais nesta caminhada, provavelmente por conta de ter negado que conhecia o Senhor no pátio da casa de Caifas. Isto pode até dar certo alivio ao nosso coração, quando vemos que somos muito parecidos com Pedro; somos tardios em crer no poder e no amor de Deus; mas não para por ai; muitas vezes como Pedro e seguimos a Jesus à distância regulamentar e mesmo assim com medo.

Veja que João e Pedro tiveram a necessidade de ver para crer, pois ainda não tinham entendido a magnitude da proposta de Deus, mesmo tendo eles presenciado a transfiguração de Jesus ao lado de Moisés e Elias; mesmo eles tendo o privilégio de conviver com Jesus durante o Seu Ministério, caminhado com Jesus e O visto varias vezes atuando e pregando o amor de Deus. Caso Pedro e João tivessem compreendido as Escrituras e as palavras do Mestre não teriam necessidade de ver, pois esta atesta de modo suficiente a Ressurreição do Filho de Deus.

É interessante notar que a primeira aparição do ressuscitado foi a Maria Madalena (Jo 20, 1-18). Não seria lícito nos interrogar por que Jesus não apareceu primeiro a sua Mãe? Sabemos que no Sábado Santo, enquanto todos tinham perdido a esperança na vitória de Jesus naquele momento, só Maria conservava em seu sofrido coração a certeza da vitória, Maria não tinha necessidade de ver parar crer. Esse fato nos incita a não esquecer do nosso compromisso maior: Sermos testemunhas de que o Senhor vive verdadeiramente entre nós, este é o maior ensinamento da páscoa.

Na verdade, o texto de João é um convite nominal para agirmos no sentido contrário da lógica humana, e não ficarmos fechados nos nossos preconceitos e esquemas mentais bem definidos e arrumados, e a purificarmos continuamente, em diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta da Palavra revelada e na oração, a nossa perspectiva acerca de Deus. Por isso, devemos ver Jesus como Aquele a quem Deus confiou uma missão de transformar em mundo em um lugar melhor. E, cada um de nós é desafiado por Jesus a tomarmos posse da promessa de Deus e sairmos pelo mundo para testemunharem a proposta libertadora que Deus quer oferecer a todos nós. Nas nossas palavras e gestos deve ecoar, em cada momento, a proposta de salvação de Deus.

Até porque, O escolhido de Deus é o único que pode mudar a nossa forma de ver e viver no mundo, além de nos mostrar que o Seu amor é o elemento essencial na transformação do mundo e vida das pessoas. Por isso, não há como errar, Cristo sempre pregou o amor. E, é esse amor que nos faz ter a certeza de que “todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (II Jo 1,9) até porque “nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).

Quinta feira 16 de abril
Jesus ressuscitou para que possamos preencher algo que nos falta

Lembre-se sempre que “nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).

Essa lembrança é necessária para que você tenha a consciência de o quanto é imprescindível, e até essencial, estar engajado na realização da obra transformadora e restauradora que Deus tem preparado para o mundo. Isso é páscoa!

Mas, para isso é preciso ter no coração a certeza que somente através de Jesus, que com a ressurreição, tivemos concretizada uma nova aliança com Deus; somente através de Jesus temos a passagem da morte para a vida; e somente através de Jesus recebemos um forte convite para, através do batismo, alcançarmos o maravilhoso status de filhos de Deus;

Ou seja, a constatação do túmulo vazio serviu de indício de que algo novo estava (esta e sempre estará) acontecendo. Essa foi a razão da afirmação do evangelista – “Ele viu e acreditou” - revela o desabrochar da consciência de que Jesus era muito mais do que João podia imaginar. O túmulo vazio não foi somente à prova da ressurreição, mas um verdadeiro sinal de alerta. Tanto é que Pedro que teve a mesma experiência não compreendeu o que tinha ocorrido. Pedro foi incapaz de perceber o sinal dos céus.  Na verdade, a dinâmica da fé no Ressuscitado exigiu dos primeiros discípulos a superação de certos conceitos e paradigmas, de modo a se predisporem a acolher a novidade que Deus lhes revelava.

Lendo os relatos de João (Jo 20,1-9) um fato salta aos olhos: Ninguém esperava a Ressurreição. Para os discípulos, a cruz era o fim da esperança, a maior desilusão possível. Somam-se a isso o fato que todos eles traíram Jesus (um por dinheiro, outros por covardia), podemos imaginar o ambiente pesado entre eles durante o sábado e a manhã do domingo. Nesse meio, chega a Maria Madalena com a notícia de que o túmulo estava vazio; e ela, naturalmente, pensa que o corpo tinha sido roubado. Ressurreição - nem pensar!

Assim como Maria Madalena viu que Jesus estava vivo, nós também podemos dizer que Jesus está vivo! Assim como Ele chamou Maria Madalena, continua chamando cada um de nós pelo nome, porque Ele nos conhece desde antes da fundação do mundo e tem os nossos nomes escritos nas palmas das Suas mãos. A Voz de Deus é ouvida por aqueles que Ele chama. Fomos chamados das trevas para a Luz. Devemos ver Jesus na nossa vida, no perdão dos nossos pecados, na cura do nosso corpo, nas nossas finanças, na nossa família, nos nossos negócios, nos nossos sonhos e no nosso amanhã. Devemos ver Jesus como Maria Madalena O viu: Ressuscitado!

O Evangelho de João conclui com a frase: “até então não haviam compreendido a Escritura”, para nos mostrar como a comunidade de crentes deve percorrer um longo caminho antes de compreender o significado e o alcance histórico da ressurreição de Jesus. E, o Senhor ressuscitou para que possamos preencher algo que nos falta;

E, o que nos falta está muito bem descrita na frase do Rabino Avraham Tsvi Beuthner: “todos nós fomos criados com um buraco dentro de nós - um buraco do tamanho de Deus. Tentamos preenche-lo com conquistas na carreira, drogas, relacionamentos, dinheiro, mas nenhuma dessas coisas o preenche - só Deus preenche este vazio, exatamente porque este é um buraco do tamanho de Deus”.

E, somente Deus pode preencher esse “buraco” porque “nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9). Então viva isso e tome posse da estonteante afirmação de Deus: “Eu sou o Deus de todas as criaturas. Existe algo impossível para mim?” (Jr 32,27.

sexta feira 17 de abril
A experiência da presença de Jesus Ressuscitado

Neste último dia útil desta semana, diante de tudo que falamos e da certeza de que “nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9), podemos constatar, com certa facilidade que Jesus nos convida a percorrer um caminho de fé que nos faça compreender o significado da Sua ressurreição para nossas vidas.

Até porque, não basta correr de um lado para outro buscando o Senhor sem compreender o que sua ressurreição significa. É preciso descobrir nos sinais de morte o germe da vida. E, esse convite demonstra que a nossa fé não está baseada num túmulo vazio! Tenha a certeza que não é o túmulo vazio o fundamentador da nossa fé na Ressurreição, mas o contrário; é a experiência da presença de Jesus Ressuscitado que explica porque o túmulo está vazio! Devemos ter cuidado para não procurar bases falsas para a nossa fé no Ressuscitado!

Então não se preocupe com as tribulações que você enfrenta até porque “nada nos separa do amor de Deus em Jesus Cristo”, conforme afirma ao Apóstolo Paulo quando escreveu, por volta do ano 56 dC, de Corinto aos cristãos em Roma; ou seja, devemos ter em mente que a ressurreição de Jesus não se parece em nada com a experiência vivida por Lázaro. Isso porque, a ressurreição de Jesus não consistiu numa volta a esta vida, nem na reanimação de um cadáver.

A ressurreição de Jesus não é uma volta atrás, mas sim um verdadeiro passo à frente, um passo para a outra vida, a vida sob os preceitos de Deus. É por isso que a afirmação da ressurreição não tem por objeto um fato físico, mas uma verdade de fé com sentido muito profundo, que queremos agora destrinchar.

Na verdade, através da ressurreição Jesus nos convida a percorrer um caminho de fé que nos faça compreender o significado do Seu amor por cada um de nós, além da necessidade de experimentarmos esse amor diariamente nas nossas vidas. Ele nos mostra que é preciso descobrir nos sinais de morte o germe da vida.

Ou seja, a nossa fé não está baseada num túmulo vazio! Até porque, não é o túmulo vazio que fundamenta a nossa fé na Ressurreição, mas o contrário - é a experiência pessoal com o Jesus Ressuscitado que explica porque o túmulo está vazio!

Devemos ter em mente que a ressurreição de Jesus não se parece em nada com a experiência vivida por Lázaro, isso porque a ressurreição de Jesus não consistiu numa volta a esta vida, nem tampouco a reanimação de um cadáver; a ressurreição de Jesus não é uma volta atrás, mas sim um verdadeiro passo à frente; um passo para a outra vida, a vida sob os preceitos de Deus.

Crer na ressurreição de Jesus é, sobretudo, crer que na Sua palavra, no Seu projeto e que a Sua Causa e Ministério expressam o valor fundamental de nossa vida; porém, o importante não é só crer em Jesus, mas crer como Jesus; não se trata de somente ter fé em Jesus, mas em procurar ter a fé de Jesus: Sua mesma atitude frente à história, sua Causa, sua opção pelos pobres, sua proposta, sua luta decidida. Crer lucidamente em Jesus implica em voltar a descobrir o Jesus histórico e o sentido da fé na ressurreição.

E, tudo isso aconteceu, porque “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53,4-6) para que a partir daquele dia todos cressem e tivessem vida eternamente e isso aconteceu porque “nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).

SP

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