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quarta-feira, 1 de junho de 2016

EVANGELHO DO DIA 3 DE JUNHO SEXTA FEIRA

03 Junho - A nossa bondade não deve ser exclusivista, carrancuda e indiscreta, como a daqueles que gostariam que fossem todos como eles. A verdadeira santidade deve ser afável, tolerante, universal, multíplice; deve estender-se a todas as pessoas, acomodar-se a todos os estados e a todas as condições, e não se limitar à esfera de uma bondade exclusiva e construída à nossa maneira, não conforme ao espírito de Jesus. (S 329). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 15,3-7
"Então Jesus contou esta parábola: 
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida." 
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender.
"

Meditação:

A festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus se inspira em um dos símbolos mais ricos da bíblia: o coração, que na mentalidade bíblica é a parte mais interior da pessoa, a sede das decisões, sentimentos e projetos. O coração indica o inexplorável e o profundamente oculto de alguém, seu ser mais íntimo e pessoal. 

Por isso, quando falamos do “coração” de Jesus, estamos falando daquilo que representa o mais íntimo e pessoal de Jesus, o centro interior a partir do qual brotam suas palavras e suas ações. Neste sentido “o coração de Jesus” é uma expressão que indica a misericórdia e o amor infinito de Deus tal como se manifestou na pessoa de Jesus.

No Evangelho de hoje, Lucas usa a figura do Bom Pastor para falar do amor divino. O Bom Pastor é uma imagem querida a Jesus nos Evangelhos.

A parábola da ovelha perdida pertence às chamadas parábolas da misericórdia onde o evangelista realça, na vida de Jesus, o significado da Sua atitude para com os pecadores.
Com o Seu amor misericordioso, Jesus realiza as profecias que afirmam que o próprio Deus, como Bom Pastor, viria congregar as ovelhas dispersas do Seu povo.Ele vai ao encontro de cada ovelha sobretudo a mais necessitada e festeja alegremente o reencontro.
O amor de Deus acaso será o prêmio pela nossa própria bondade? A parábola que o Evangelho de hoje nos transmite na festa do Sagrado Coração de Jesus, nos comunica este ensinamento: Deus não nos ama porque somos bons ou quando somos bons; nos ama porque Ele mesmo é bom, e sempre o será.

Seu amor a todo homem é incondicional e se manifesta no oferecimento de sua vida que se dá por meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em Jesus, é a paz do cristão.

Uma vez mais nos aproximamos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear de sua realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração foi um coração misericordioso com os pobres e marginalizados.
Seu compromisso não foi uma questão conjuntural, simplesmente, porque o amor com que Jesus soube amar foi o mesmo amor com o qual Deus-Pai ama a todos os homens e mulheres do mundo.

Quando Jesus nos fala da ternura do pastor, que busca a ovelha perdida, porque as outras 99 estão bem, ele está nos falando da ternura de Deus-Pai, que sente e sofre pelas ovelhas de seu povo, que foram maltratadas e abandonadas por seus pastores; esse Deus que reivindica para si o título de pastor autêntico e cheio de carinho, e que se realiza historicamente em Jesus, bom pastor de seu povo e dos homens.
Jesus morreu para nos libertar de todo poder opressivo. Porque estávamos feridos e ele veio nos buscar, sentindo em seu coração o mesmo amor do Pai pelos homens.
Agora, Jesus nos convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, “foi derramado em nossos corações” e podemos amar. Na verdade é um chamado à responsabilidade do amor, feito pelo mesmo Jesus e pelo mesmo Pai, que vive em cada um de nós. Chamado a mesma coisa que fez Jesus, ser compassivo e misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.

Esse é o modo, de alguma forma, de “desagravar” o coração ferido de Jesus, pois seu rosto, transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.
Quando conhecemos o amor que existe no Coração de Cristo, sabemos que cada pessoa, cada família, cada povo sobre a face da terra pode depositar a própria confiança nesse Coração.

O Coração do Bom Pastor, que o evangelista Lucas nos retrata, não repousa enquanto não completa o seu rebanho. Vai em procura da ovelhinha que faltava, e a carrega nos ombros, de volta para casa. A imagem mais bela desta cena é o júbilo com que a recebe de volta! É uma festa!

Reflexão Apostólica:

O evangelho nos coloca diante do mistério insondável da misericórdia de Deus, através das parábolas contadas por Jesus. Nelas é narrada a experiência da reconciliação do ser humano com um Deus que “não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 18,23). 

Jesus contou estas parábolas para explicar seu próprio comportamento em relação com os pecadores perdidos. Nestas parábolas expressa o mais íntimo e decisivo do coração de Jesus: a misericórdia e a gratuidade em favor do ser humano pecador.

O que surpreende radicalmente é a forma como Jesus age. Em lugar de condenar como Jonas ou João Batista, ou exigir sacrifícios rituais para a purificação, como os sacerdotes, come e bebe com os pecadores, acolhe-os e abre para eles gratuitamente um horizonte novo de vida e de esperança.

Isto é o que as parábolas querem ilustrar; seu objetivo primeiro é mostrar até onde chega a misericórdia desse Deus que Jesus chama de “Pai”, uma misericórdia que se reflete e se faz concreta no coração de Jesus, ou seja, no princípio que orienta e determina a conduta de Jesus frente aos pecadores.

Com toda probabilidade, a parábola se inspira na imagem do “pastor” tão presente em muitos textos do Antigo Testamento: “Escutem, nações, a palavra do Senhor; anunciem nas ilhas distantes; digam: O que dispersou Israel, ou reunirá e o guardará como um pastor a seu rebanho” (Jr 31,10).
 

Na bíblia, a imagem do pastor é usada para falar do cuidado que Deus tem por seu povo, enquanto as ovelhas desgarradas representam todos aqueles que se distanciaram de Deus: “Eu mesmo apascentarei minhas ovelhas e as levarei ao seu redil, oráculo do Senhor. Buscarei a ovelha perdida e atrairei a desgarrada; curarei a ferida, robustecerei a débil...” (Ez 34,15-16).

A parábola de hoje diz-nos que Deus não nos ama porque somos bons, ama-nos porque Ele mesmo é bom, e sempre o será. Na verdade, «Foi Deus quem nos amou primeiro» (1 Jo 4,19).
 

O Seu amor a todo homem é incondicional e manifesta-se na dádiva da Sua vida que se dá por meio de Jesus. Esta confiança absoluta na bondade de Deus, manifestada em Jesus, é a paz do cristão.

Uma vez mais aproximamo-nos da pessoa de Jesus a partir daquilo que é o mais nuclear da Sua realidade: Jesus foi aquele que soube amar de verdade, aquele cujo coração misericordioso ama a todos os homens e mulheres do mundo, em especial os pobres e os marginalizados.

Agora, é Jesus que nos convida a viver também dessa maneira, pois o amor, ou seja, seu Espírito, «foi derramado em nossos corações» (Rm 5, 5) e podemos amar.
 

Na verdade, é um chamamento à responsabilidade de, como Jesus, ser compassivo e misericordioso com os pobres e marginalizados da sociedade.
 

Esse é o modo de «desagravar», de certa forma, o coração ferido de Jesus, pois o Seu rosto, transfigurado, é o rosto de tantos homens e mulheres que sofrem, dos homens e mulheres desvalidos, que necessitam de nosso amor e misericórdia.

Que sejamos como Cristo de quem se dizia: «Esse homem recebe os pecadores e come com eles!» (Lc 15, 2). Nesta atitude de comunhão e acolhimento que gera partilha e reencontro, seremos convidados a tomar na alegria do nosso Deus: «Alegrai-vos comigo!» (Lc 15, 6).

Portanto, vale aqui lembrarmos que o amor pelas almas perdidas está no coração de Deus, logo precisa estar no coração de seus filhos. Comecemos lembrando daqueles que há bem pouco tempo estavam andando na fé ao nosso lado e que há muito não são vistos. Depois, planejemos uma caminhada de busca. Haverá júbilo pela recuperação e restauração de uma amada ovelha.

Que a Virgem Maria, que viu crescer e instruiu Jesus, nos ensine a
amar como Jesus amou!

Propósito:
Espírito de comiseração pelos pecadores, leva-me a buscar quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza do amor do coração de Jesus.


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