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domingo, 19 de junho de 2016

Evangelho do dia 20 de junho segunda feira


20 junho Seja qual for o caminho pelo qual o Senhor nos conduza, se lhe formos sempre fiéis, nos encontraremos um dia no Paraíso, onde teremos acumulado numerosos merecimentos e glória, e tanto mais nos regozijaremos e nos deliciaremos em Deus,
quanto menos tivermos desfrutado de suas consolações aqui na terra. (S 359). São Jose Marello 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 7,1-5

""Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: 'Deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão." 

Meditação: 
Mateus, no seu evangelho, apresenta o discurso inaugural de Jesus, o Sermão da Montanha, como um conjunto de orientações para o harmonioso e feliz convívio comunitário, no amor e na paz, como realização do Reino de Deus já presente no mundo.

Num mundo marcado por falsos juízos, Jesus nos adverte: Não julgueis, para que não sejais julgados.
Esta expressão que pode tranquilamente se entender por criticar é das mais conhecidas, mas nem sempre é interpretada corretamente.
O julgamento que não devemos fazer é aquele em que nos colocamos em lugar de juiz para condenarmos, ou falarmos mal a respeito do nosso irmão ou nosso próximo segundo nossa própria avaliação. Isto, porém, não se refere ao discernimento que deve ser exercido pelo cristão ou pela igreja para se proteger contra os que praticam o mal ou ensinam falsidades, ou para manter disciplina para o bem da igreja.

Quem ousa julgar aos outros, sofrerá a conseqüência dessa usurpação de poder, pois também virá a ser julgado pela mesma medida – e achado em falta!
Lembremos sempre das nossas próprias imperfeições antes de nos colocarmos no lugar de juiz para apontar as faltas dos outros.
O Senhor Jesus chama isso de hipocrisia: é preciso primeiro eliminar as nossas próprias faltas e imperfeições antes de julgarmos as dos outros. As nossas, sob esta perspectiva, são maiores e se comparam a uma trave em nosso olho quando só podemos ver um argueiro no olho do nosso irmão.
Ao nos depararmos com pessoas tão perversas que tratam as verdades divinas com total desprezo e reagem com violência quando lhes falamos do Evangelho, não temos a obrigação de continuar insistindo com elas. Se o fizermos, apenas estaremos aumentando a condenação que já pesa sobre elas.
Nem sempre é fácil perceber quando uma pessoa pode ser classificada nessa categoria, mas quando em dúvida, temos o recurso de pedir discernimento em oração.
Esta passagem evangélica nos faz conhecer que a verdadeira justiça que vem de Deus. Não temos o direito de condenar o outro quando nem sequer nos preocupamos em olhar as nossas próprias limitações e defeitos. Olhemos primeiro a trave que temos em nosso próprio olho, para depois notar o que tem na outra pessoa.

As atitudes de intolerância e incompreensão que muitas vezes adotamos frente ao pecado do outro, mostram a incapacidade que temos de amar, de perdoar, de sermos misericordiosos como é nosso Pai do céu. Quem ama vê as quedas do irmão com olhos de amor e perdão. Quem condena o outro por sua debilidade mostra que Deus não habita nele.

Não se trata de deixar passar as coisas nem condenar quem comete alguma falta, mas sim de corrigir fraternalmente com intenção de que a pessoa mude de atitude e volte seus olhos ao Pai.


Reflexão Apostólica:

Jesus nos convida a não julgar, já que o único capaz de julgar é Deus. E quando ele julga, salva; quando nós julgamos, na maioria das vezes condenamos, e oprimimos o condenado para que ele sinta todo o poder de nosso julgamento. Mas quando estamos do outro lado, o dos acusados, como desejamos que a condenação que seja lançada sobre nós seja leve.
Assim mesmo, Jesus chama a atenção de seus discípulos para serem coerentes; a se absterem de criticar quando estiverem despreparados para fazê-lo. Somos muito dados a criticar quanto passa por nossos sentidos.
Jesus não nos está tirando o direito de julgar e criticar o que é bom e o que é mau; mas exige nosso testemunho de vida.

Como posso falar a outros de paz, quando sou o mais violento da família? Como posso falar-lhes de perdão e reconciliação, quando sou o mais rancoroso? Como posso falar da verdade, quando prefiro viver na mentira? Como posso falar da cruz de Cristo e de sua ressurreição, quando o que menos aceito é sofrer dor e experimentar a morte? Como posso falar de amor, quando dou acolhida ao ódio e ao rancor para com os outros?
Neste texto de hoje, o enfoque é a remoção de juízos condenatórios que geram atritos e exclusões nas comunidades. Quem é dado a condenar os outros está se condenando a si mesmo.

Aqui pode ser aplicada a máxima: "não faça aos outros o que não queres que lhe façam", que pode ser expressa também na forma positiva.
O amor ao outro está intimamente associado ao amor a si mesmo. E nestes dois amores se realiza o amor de Deus. Quem rejeita o próximo rejeita a Deus.
Trata-se também de remover a crítica sistemática aos outros (o cisco no olho deles), com a omissão da autocrítica (a trave no próprio olho).
A qualificação de "hipócrita" leva a pensar que o dito original fosse dirigido aos fariseus, sendo, depois, aplicado à comunidade.

Não se pode imitar o espírito fariseu que separa os homens entre justos e pecadores. É no diálogo amoroso e na reconciliação que são superadas as divisões, tecendo-se os laços da unidade.
As palavras do evangelho de hoje podem ser mais bem entendidas se pensarmos em uma hipocondríaca, ou seja, uma pessoa que se considera doente sem ser.

Se essa pessoa ler um livro de medicina, começa a sentir todos os sintomas da enfermidade que lhe descrevem; em troca, se ler um livro de psicologia ou de psiquiatria, começa a atribuir doenças mentais a todos os que a rodeiam.
A mesma coisa se passa quando criticamos os outros. Se se tratar de desqualificar nossos colegas, irmãos ou líderes, nossa língua corta mais que uma espada de dois gumes, cobrimo-nos com os maiores elogios, e não pensamos nos irmãos que também têm méritos por suas ações.
Não podemos, por pura honestidade cristã, aplicar critérios de vida aos outros que nós mesmos não estejamos dispostos a cumprir.

Não podemos olhar objetivamente para as falhas dos outros se antes não nos perguntarmos se com isso estamos destruindo enormemente o princípio fundamental do cristianismo, que é o amor incondicional ao próximo. Que a trave que existe em nossos olhos não nos impeça de ver a vida que brota em nosso próximo!
Que o Senhor não nos chame de "hipócritas" por nossas atitudes condenatórias. Mas que diga: "Este é meu filho, muito amado".

Propósito:

Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.

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