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terça-feira, 28 de junho de 2016

Evangelho do dia 29 de junho quarta feira

29 de junho Restauremos os lindos tempos da antiguidade, quando o sacerdócio se mostrava venerando aos povos pela vivíssima fé e pela caridade profunda! (L 11). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,28-34

"Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: "Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos". Ele disse: "Ide". Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.

1º Meditação: 

A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão.

Esta apresentação dá uma seqüência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.

O evangelho de hoje acentua o poder de Jesus sobre o demônio. No nosso texto, o demônio ou o poder do mal é associado com três coisas: 1) Com o cemitério, o lugar dos mortos. A morte que mata a vida! 2) Com o porco, que era considerado um animal impuro. A impureza que separa de Deus! 3) Com o mar, que era visto como símbolo do caos de antes da criação. O caos que destrói a natureza.

Mateus resume aqui uma narrativa de Marcos para inseri-la em sua coleção de dez milagres de Jesus. Em Marcos a narrativa tem um sentido missionário: um possesso que foi libertado passou a anunciar Jesus no território gentílico da Decápole.

A narrativa ainda mostra que Jesus, com sua prática libertadora, encontra resistência dos mais favorecidos, moradores da cidade, que pedem que se retire dali.
Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento.
Esses demônios faziam o homem escravo e viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e ferindo-se.
O endemoniado, sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!
Em duas palavras: Pois vão!, Jesus responde e suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos.
Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo.
Eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.
E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Jesus. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna agradeçamos a Deus a graça de gritarmos como aqueles endemoniados e peçamos a Deus a graça de acolhermos o projeto de Jesus. Pois ele é o projeto de vida eterna.
Reflexão Apostólica:

Mais uma vez, o evangelho nos prova que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios confessam isso).

Aqueles dois homens possessos de demônios foram libertados de seu sofrimento, por Jesus, porque Ele é o nosso libertador. 

Liberta-nos do pecado, de todas suas causas e de todas suas conseqüências. Só Jesus pode nos libertar dos demônios que no nosso dia a dia tentam-nos para poder nos arrastar para o pecado, para longe de Deus, e da vida eterna.

Essa libertação não acontece se nos afastarmos de Deus, ficando muito tempo sem rezar, e principalmente sem comungar.

Foi assim que aquele sacerdote sucumbiu-se com a pressão da legião de demônios que o arrastou como uma torrente poderosa para longe da Igreja, e de Deus.

Sendo jovem recém ordenado, foi designado para uma paróquia de uma cidade no Nordeste, onde as tentações são muitas e a solidão se avoluma principalmente à noite.

Apesar disso, aquele padre desempenhava seu sacerdócio com muita vontade, humildade e por que não dizer, com fé.

Celebrações, reuniões, encontros de jovens, elogios a sua pessoa, olhares, tentações, até que em um domingo à noite, final de um encontro de jovens, quando fechava a última porta da casa paroquial, ela estava lá, sentada, com o olhar fixo nele, ficou pasmado quase sem voz, mas afinal conseguiu perguntar o que ela estava fazendo ainda ali? Por que não foi para casa?...    

....Conclusão, hoje este padre, (porque sempre será padre) está casado com aquela tentação morena, e as missas viraram celebrações feitas por uma freira, e outras vezes por catequistas da paróquia.

Segundo informações, a situação é bastante desagradável, e maledicente para a própria Igreja. Aquele tímido padre, apesar de possuir um pequeno defeito físico, é de boa aparência.

Ele tinha que viajar de uma cidade a outra  principalmente no fim de semana para atender confissões, casamentos, batizados e celebrações. Com muitas atividades, suas orações pessoais foram substituídas por horas ou minutos de descansos.

Diante deste quadro de muita ação e pouca oração, o espírito que mesmo estando preparado pode cair por que a carne é fraca, imaginem um espírito despreparado mais carne fraca mais solidão mais grades tentações. Não deu outra. A Igreja perdeu mais um padre!   

O inimigo de Deus persegue os Seus filhos e o maior desejo dele é fazer com que a criatura rejeite o Seu Criador. Jesus veio nos salvar e nos libertar do mau.

O Mau é o demônio com toda a sua carga prepotente e violenta. Os espíritos maus que ainda hoje nos atormentam fazem de nós pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e às vezes tão violentas que podemos ser comparados (as) com verdadeiras “feras”.

Jesus nos liberta do mal para que nós possamos voltar para o caminho do bem. Veja o que aconteceu com aqueles porcos.

Para salvar os dois homens Jesus expulsou deles o demônio e o mandou para a manada de porcos que “atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas”.

Os homens, às vezes, até inadvertidamente deixam-se apossar pelas obras do maligno. No entanto, nós temos ciência de que Jesus já o derrotou quando venceu a morte que é a conseqüência do pecado.

O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus, mas mesmo assim continua explorando o ser humano. Os próprios endemoniados da história gritaram reconhecendo Jesus como Filho de Deus replicando: “o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?

Se nós tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, nós não cairemos nas malhas dos inimigos.

Jesus queria dar dignidade ao homem, porém o povo da cidade não entendia isso, porque estava preso aos seus interesses: os porcos lhe rendiam dinheiro.

Muitas vezes a libertação nos trará conseqüências de perdas, de despojamento e nós não queremos sacrificar os bens que possuímos em troca da salvação da nossa alma. Preferimos muitas vezes a prisão, a violência, para podermos ter uma vida mais próspera.

Em pesquisa recente divulgada pelo IBOPE, constatou-se que a empregabilidade deixou de ser a maior preocupação do brasileiro. Agora é a questão da violência. Cá entre nós, isso até que faz sentido: para que trabalhar e ser remunerado se posso não viver para gastar meu dinheiro ou mesmo pagar minhas contas?

Nos jornais, sejam eles televisivos ou impressos, violência. Nas ruas, violência. Na política, mais violência só que travestida com o manto da corrupção. Nas religiões, reduto cultural da moralidade, percebe-se um flerte com a violência.

O que preocupa qualquer observador bem intencionado é o arraigamento do mal. A extensão que ele tem tomado na sociedade e onde ele tem jogado seus tentáculos na cultura.

Será que, mesmo orando e clamando a Deus por paz e por uma intervenção divina no nosso “tecido social”, o mal poderá ser erradicado?

Será que o mal já não está tão arraigado no povo que, mesmo havendo uma manifestação do poder de Deus, as pessoas, por estarem tão acostumadas com esse mal, não o prefeririam? Em outras palavras: será que estamos preparados para o bem?

Essa pergunta pode doer e parecer retórica. Mas ela não o é. E o povo de gadara preferiu antes o mal (a que estavam acostumados) do que a Jesus com toda a sua majestade e poder. Na Bíblia há outros casos de gente que escolhera o mal (Sodoma; o jovem rico etc).

O que acontecera com os gadarenos para que naquele “choque do bem” eles preferirem o mal? O mal imperava em Gadara. E o maior sinal disso não era a presença dos endemoniados, mas sim a ausência dos valores do Reino de Deus. Como já dizia Santo Agostinho: “o mal existe como ausência do bem”. Na verdade, sempre que o bem se ausentar o mal se instalará.

Ser cristão é prezar pela verdade, é viver em amor, é manifestar o perdão. Depender de Deus é manifestar e ansiar pela justiça.

Quando nós transigimos com nossos valores ou mesmo quando nós omitimos a vivência e a experiência destes valores nós condenamos o povo a viver “gadarenamente”, isto é, à margem dos valores do Reino de Deus.

Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? Você será capaz de abdicar de alguma coisa ou de alguém muito importante, para se ver livre do pecado que o (a) prende? Você é uma pessoa que facilmente se enraivece? Você acha que precisa ser curado (a)?

Propósito:

Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.

Meditação: 

Mateus reproduz aqui uma narrativa de milagre que Marcos já incluíra em seu evangelho, alguns anos antes. Embora mencione dois possessos, e não um, Mateus resume a narrativa de Marcos e a inclui no bloco de dez milagres, em seguida ao milagre da tempestade no mar acalmada. Com estes milagres, Mateus prepara o envio dos doze e o discurso missionário.

Enquanto em Marcos a narrativa destaca a dimensão amorosa e libertadora de Jesus em face dos vários sistemas opressores, tanto na área de influência judaica como em território gentílico, em Mateus o destaque é o grande poder de Jesus. O seu poder é sobre a natureza e sobre os demônios. Assim revestido de poder, Jesus é apresentado com os traços do messias esperado pelo judaísmo. Percebem-se, assim, as diferenças de enfoques sob os quais é visto Jesus: por um lado, Jesus libertador e amoroso, por outro lado, Jesus poderoso.

Esta narrativa da expulsão dos demônios é um dos milagres mais misteriosos dos evangelhos. Na época de Jesus, muitas enfermidades eram interpretadas como obras do maligno. O povo, que esperava o messias, acreditava que uma das virtudes do futuro messias deveria ser a capacidade de expulsar as forças do mal, que oprimiam o mundo.

A cura acontece em território pagão. Isto significa que a pregação do Evangelho, desde o começo, estava chegando a todos os povos. Jesus manifesta seu poder, em terra pagã, expulsando a Satanás. A cura em terra pagã significa que Deus quer que a liberdade e a justiça cheguem em todos os corações e em todas as noções. Jesus liberta a todos aqueles que precisam de libertação.

Outro aspecto do evangelho é: Jesus não encontra dificuldade em vencer os demônios, que acabam se precipitando ladeira abaixo e se afogam na água da morte. O mais difícil foi convencer os habitantes do lugar. O episódio acaba de forma dramática: Jesus é expulso do lugar pelos habitantes: as pessoas não reconheceram o seu Salvador.

Preferem o comodismo de uma vida pacata e sem problemas. O caminho para Deus está aberto, porque os demônios não conseguem colocar obstáculo; porém, há uma recusa das pessoas em comprometer-se com ele; antes  vêm nele um obstáculo aos seus projetos de vida.

Quantas vezes damos mais importância a costumes absurdos e não damos valor às pessoas, sobretudo se são necessitadas e excluídas. Em nossa vida cotidiana o peso dos costumes pode ser maior que a liberdade do evangelho. Que isto não aconteça conosco.
Reflexão Apostólica
Não nos enganemos, o mundo ainda se incomoda com a presença de Jesus. Talvez não por alguns serem cristãos, outros mulçumanos, outros hindus, (…), o que de fato incomoda é a mensagem que Ele deixou.

Na concepção daquele povo, Jesus não conhecia a situação dos dois rapazes, Esse pensamento entra em conflito quando ao chegar no local demonstra tamanha autoridade e segurança sobre o que acontecia.

É comum ver no nosso dia-a-dia pessoas atormentadas ou que sofrem de distúrbios mentais, como também é comum ver pessoas que ao beber ou drogar-se perdem a noção de coerência passando a ficar “aos berros” para que todos as ouçam. Quem nunca viu um bêbado contado ou partilhando a vida com alguém?

Tanto os distúrbios de sanidade como os de sobriedade (bebida e drogas) tendem a revelar uma face de verdade por mais que esteja oculta. Seria um breve momento de lucidez em meio à loucura? Quantas pessoas por influencia desses agentes ao invés da loucura acabam por revelar a verdade que ninguém quer ouvir?
Para aquele tempo, toda moléstia psiquiátrica era vista como ação de demônios ou espíritos. Essa também poderia ser vista assim, pois não temos dados concretos, no entanto é diferenciada pela presença de um diálogo que acontece entre o mal e Jesus. É preciso reparar que no meio de toda aquela confusão que viviam, há um momento de lucidez que se revela “(…) Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo?”.

Será que cremos em Deus e em seu poder mais que a crença que o próprio mal tem NEle? Os espíritos retirados dos dois homens conheciam a natureza divina de Jesus. Esse fato por si só já colocaria a prova a teoria dos céticos.
A mensagem de Jesus ainda incomoda os descrentes, pois temem a mudança de pensamento e ter que enfrentar o que não podem entender, o que não conseguem ver. A maior dificuldade de um cético é reconhecer que não tem explicação racional para algo ou uma resposta “a altura” de um questionamento. Como é difícil desmentir um bêbado!??
Consegue imaginar se Jesus voltasse seu olhar, embebido do Espírito Santo, para aqueles que pediram que fosse embora e começasse a revelar a verdade em suas vidas? Estamos preparados para que Jesus também mude as nossas vidas? Quantas vezes ao sermos visitados também pedimos que parta?

O mundo tem medo dessa mensagem, pois em alguns momentos são análogos a água e óleo. Parecem que não vão existir juntos.

Acredito que o maior dos descrentes tenha feito um dia a opção de trocar a fé pela razão. Se então, não acredita totalmente, por que teme ouvir? Por que evita ver? Qual é o problema de se colocar um crucifixo numa repartição pública? Por que a educação religiosa precisou ser retirada da grade escolar?

Deixo aqui um ponto de interrogação. Como diria padre Zezinho: o mundo ainda tem medo de Jesus.


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