Seguidores

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Evangelho sábado 4 de maio


João 15,18-21
""Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia. Recordai-vos daquilo que eu vos disse: 'O servo não é maior do que o seu senhor'. Se me perseguiram, perseguirão a vós também. E se guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa. Eles farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou."  
Meditação: 
O mundo simboliza aqui a injustiça institucionalizada, imposta pelas autoridades religiosas e políticas, em clara oposição aos planos de Deus em Jesus.
Ao sentimento de amor que mutuamente Jesus e seus discípulos vivenciavam, contrapõe-se o ódio que lhes tem o mundo.
A sorte dos discípulos, e posteriormente de todos os que crêem e seguem o Mestre, poderá ser a mesma de Jesus. O mundo os perseguirá porque crê que sem eles o projeto de Jesus desaparecerá.

João deixa claro que o ódio do mundo aos cristãos não será um fenômeno passageiro; persistirá enquanto estes se mantiverem coerentes com os ensinamentos de Jesus e forem contrários aos que impuserem ao mundo seus interesses egoístas.

Numa série de quatro sentenças condicionais se repete que o ódio do mundo aos cristãos é basicamente uma rejeição ao próprio Jesus. O amor de Jesus fez que o verdadeiro cristão se parecesse tanto com Jesus, que o mundo não terá outra solução do que tratar aos dois por igual.
Devemos nos lembrar que quando o quarto evangelho recebeu sua forma definitiva, os cristãos estavam sendo expulsos das sinagogas pelos chefes do judaísmo e presos e mortos pelos romanos.
A partir dessa passagem, o evangelho de João muda o tom da linguagem. Até aqui vinha falando do amor como valor supremo da vida cristã. Agora Jesus falará do ódio e da perseguição de que seriam objeto seus seguidores.
Começa afirmando que o ódio do mundo a seus discípulos tem como causa o ódio do mesmo mundo para com ele. Esse mundo (o ambiente cultural, político, religioso, social...) o tinha rechaçado redondamente.

Como conseqüência lógica, rejeitaria também a seus seguidores. Não se pode pretender ser discípulo de Jesus se não se assume a rejeição e a perseguição.

O rechaço se baseia no desconhecimento a respeito do Pai de quem procede Jesus, e em cuja comunhão vivem os discípulos.

Seguir a Jesus, escutar sua Palavra, deixar-se amar por ele, abrir-se para que Deus habite no próprio coração, amar-se mutuamente, cumprir a vontade do Pai com suas exigências de justiça e respeito à dignidade de todos os seres humanos, tudo isso será a causa fundamental da perseguição.

O Evangelho de João realça a importância fundamental da união a Cristo, a fim da missão ser fecunda: O segredo da coragem e eficácia da missão do Apóstolo está na sua confiança inabalável na Palavra no Espírito Santo que o anima e capacita.

O evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar muitas dificuldades e oposições.
Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que teve de passar para anunciar o Evangelho: Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus e não nosso.

Em tudo somos atribulados, mas não esmagados. Somos confundidos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos abatidos, mas não aniquilados (2Cor 4, 8-9; 11, 22-29).

Os discípulos de Jesus terão de enfrentar o ódio do mundo, tal como Ele o enfrentou. Esse ódio caracteriza o mundo, tal como o amor caracteriza a comunidade cristã.

Os discípulos serão perseguidos pelo mundo, porque ele não suporta aqueles que se opõem aos seus princípios. Os que optaram por Cristo são considerados estranhos e inimigos pelo mundo. A sua vida é uma acusação permanente às obras perversas do mundo.

É por isso que o homem de fé é odiado. O ódio do mundo manifesta-se na perseguição contra a comunidade dos discípulos de Cristo. Mas estes não devem desanimar na sua vida de fé e no cumprimento da missão de evangelizar.

A perseguição e o sofrimento hão-de ser vividos em união com o Senhor. A sorte dos discípulos é idêntica à de Cristo: Se me perseguiram a mim, também vos hão-de perseguir a vós.
O discípulo de Cristo sabe que, ao realizar a sua missão, encontra a resistência do mundo. O evangelizador sabe que apesar de estar no mundo ele não é do mundo, pois os seus critérios não são os do mundo, mas os do Evangelho.

Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu. Mas, vós não vindes do mundo, pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo…

Como vemos Jesus, ao mesmo tempo em que prepara os discípulos para enfrentarem perseguições, dá-lhes a garantia de que sua missão será eficaz.

As perseguições dos discípulos são as confirmações de que fazem parte dos discípulos de Jesus: Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por minha causa.

Segundo Paulo, como cristãos devemos nos manter firmes, tendo os rins cingidos com a verdade e a couraça da justiça vestida.

É interessante ver como Paulo faz de nós valorosos guerreiros. A nossa espada ou facão que devemos trazer na mão é a Palavra de Deus. Ela é eficaz e penetrante, pois chega ao mais fundo do espírito humano.

O evangelho lembra-nos que o servo não é mais que o seu senhor. Não deves ficar assustado ou preocupado se ao teu lado, verificares indiferença e hostilidade. É sinal de que estamos fiel a Cristo perseguido e à sua palavra de cruz.
Não devemos entrar em crise se muitos não pensam como tu, se te atacam por todos os meios antigos e modernos. A fé é sempre algo fora de moda. Por isso, há-de ser procurada e vivida na oblatividade, que consiste no apelo à cruz, ao sacrifício, a saber, amar, à justiça paga com a própria pele.
No mundo contemporâneo, têm sido muitos os cristãos que sofreram e sofrem perseguição e o martírio por serem coerentes com o Evangelho de Jesus.

Por isso, fortalecidos pela presença de Cristo, e dóceis ao seu Espírito, devemos empenhar-nos, como discípulos de Cristo, em denunciar o pecado, em trabalhar para que o mundo dos homens, o nosso mundo atual, com as suas forças, os seus dramas, se abra ao Reino de Deus.

Busquemos as forças na Palavra de Deus e no Espírito Santo, pois eles são as forças que nos capacitam para desfazer as distorções dos corações retorcidos pelas mentiras do homem velho, ou seja, do pai da mentira.
Reflexão Apostólica:  
Jesus primeiro nos aconselha o amor verdadeiro e fraterno para com os outros. Depois nos apresenta, agora, o tema do ódio do mundo. Esse mundo que está sob o domínio dos poderosos, ricos e opressores e, quando aparece alguém que denuncia  toda essa injustiça, esse poderá ser odiado e perseguido. Após a criação, Deus viu que tudo era bom. Porém, esta criação foi submetida à opressão.

Os cristãos que dão testemunho de amor e criticam todo tipo e abuso são odiados por aqueles que estão no poder, que usufruem das estruturas injustas nas quais aquele que é honesto é considerado "trouxa" e "otário".

Ser do mundo é fazer o jogo dos poderosos opressores  no sistema opressor que garante os privilégios, as riquezas e o poder de uma minoria, e o relativo bem-estar dos que a ela se submetem. Eles até acreditam que estão salvando suas vidas.

A nossa missão poderá encontrar resistência e adversidades da parte de alguns, mas, em contrapartida, terá acolhida e adesão de muitos, porque temos a proteção divina: "Eis que estarei convosco até o fim dos tempos."

Os tempos atuais não nos apresentam grandes perigos por dizer a verdade de Jesus. Se estivéssemos em tempos passados em que correríamos o risco de ser enquadrados como subversivos, poderíamos até estar preocupados.

Hoje, as tendências políticas são democráticas (???). Devemos estar atentos para outras realidades, como por exemplo, a libertinagem e "opção" sexual que invadiu a mente da juventude através dos meios de comunicação inclusive do governo, através de suas "cartilhas" e "kits" bastante liberais.

Não vamos pensar que seremos perseguidos. Sejamos firmes na fé, constantes na oração, e nos aproximemos cada dia mais de Deus através da freqüência à missa e a Eucaristia.

Vamos pedir a Deus que proteja, abençoe e converta  os nossos jovens para que não tenhamos uma Igreja de crianças e idosos.

Ainda bem que as crianças ao contrário dos jovens, estão presentes na catequese e na missa. Porque é essa a idade mais fértil para semearmos a palavra de Deus.
Propósito:
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário