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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Evangelho quinta feira 23 maio

Marcos 9,41-50
Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.
43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

Meditação: 

Muitas vezes, a conversão consiste em rejeitar decididamente o que for para nós ocasião de pecado: «A pessoa temperada orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã descrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração». E: «Se um dos teus olhos for para ti ocasião de pecado, deita-o fora».

O Evangelho de hoje traz alguns conselhos de Jesus sobre o relacionamento dos adultos com os pequenos e excluídos. Naquele tempo, muita gente pequena era excluída e marginalizada. Não podia participar. Muitos deles perdiam a fé. O texto que vamos meditar tem algumas afirmações estranhas que, se tomadas ao pé da letra, causam perplexidade na gente. 

Podemos perceber neste texto uma compilação, feita por Marcos, de exortações catequéticas elaboradas nas primeiras comunidades. A frase inicial sugere que se trate de uma sentença vinculada à experiência da missão. É um estímulo ao acolhimento dos missionários.

Este relato gira ao redor do “escândalo”, que significa ser obstáculo ou tropeço no caminho de fé de alguém, em especial dos “pequenos” que podem ser aqueles que aprenderam a ser como crianças para entrar no Reino: os pobres, os humildes, os mais indefesos da comunidade.

A alusão à queda dos pequenos é uma advertência àqueles que na comunidade buscam a vaidade e o poder e chocam aqueles que se aproximam com a esperança de encontrar amor e fraternidade.

Pelo que indica o texto, o processo de fé de cada um dos crentes é um tesouro, é um dom outorgado por Deus que se deve cuidar e alimentar, e que ninguém tem o direito de colocar em perigo. Por isso, o evangelista afirma que quem se escandaliza “melhor que se lhe atasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar”.

No mesmo sentido pode ser entendidos os ditos referentes à amputação de alguns membros do corpo, hipérbole que Jesus emprega para exortar seus discípulos a afastarem-se do pecado e da tentação, com o fim de preservar a fé e manterem-se no caminho do Reino.

As alusões aos membros cortados são exageros literários (hipérboles) para induzir à disciplina pessoal. Contudo podem indicar também a exclusão de membros da comunidade (corpo) que provocam escândalos.

As frases finais visam a convivência harmoniosa na comunidade. O fruto é a paz, na vivência do amor fraterno, em Jesus. O relato nos convida a renunciar a todo tipo de egoísmo e busca de poder e abraçar com fidelidade o caminho da fé, o qual se cultiva através da oração e do amor aos irmãos.

Reflexão Apostólica:

É muito comum ouvirmos que isso ou aquilo é escandaloso e, normalmente, quando isso acontece, o fato está relacionado com questões de sexualidade.
O escândalo é muito mais do que isso. Dar escândalo significa ser ocasião de pecado para as outras pessoas, independentemente da natureza ou da forma do pecado.

Jesus nos mostra no Evangelho de hoje a importância que devemos dar para os nossos atos, para que eles sejam testemunho da nossa adesão ao Reino de Deus e não uma negação da nossa adesão que tenha como conseqüência o afastamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que a nossa fidelidade a Jesus no nosso dia a dia é a nossa grande arma no trabalho evangelizador.

O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé.

O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.

As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos.

Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino.

Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.

A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.

Também já refletimos a Palavra de Deus dando grande importância a que sejamos sal e luz: sal da terra e luz do mundo, isto é, que estejamos sempre sendo testemunhas de Jesus, quer dizer, dando bom exemplo com nossa conduta, nosso comportamento. O sal conserva e dá sabor aos alimentos ou, também, dá sentido. Assim somos convidados por Jesus a viver nossa vida de tal modo que possamos dar sabor e dar sentido à vida de todos neste mundo.

Sendo sal e luz nós vamos procurar fazer com que as pessoas possam saborear as coisas do alto, as coisas de Deus.

Assim o mundo fica melhor e muito mais agradável para viver nele havendo muita luz para iluminar a todos. Estamos falando de luz de Deus. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas.” E nós somos convidados também a ser luz para o mundo e sal da terra para darmos sentido e sabor à vida.

Que a Igreja seja sal e luz e motive nossa caminhada cristã. Que nossas comunidades cristãs sejam testemunhas vivas para motivar a sociedade a procurar vida cristã. Tudo isso é trabalhar na construção do reino de Deus.

Propósito:

Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti. Senhor Jesus, não permita que eu seja ocasião de pecado para os pequeninos que se aproximam de ti e querem se fazer discípulos do teu Reino.

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