04 março - Tu, ó José, indica-nos o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos aonde a Divina Providência quer que cheguemos. (L 208). São José Marello
Marcos 10,28-31
Aí Pedro disse:
- Veja! Nós
deixamos tudo e seguimos o senhor.
Jesus respondeu:
- Eu afirmo a
vocês que isto é verdade: aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar
casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais, ainda
nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras
e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna. Muitos que agora são
os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os
primeiros.
Jesus anuncia
outra vez a sua morte e a sua ressurreição
Meditação:
O
texto do Evangelho de ontem no qual Jesus apresentava a incapacidade dos homens
e mulheres apegados aos bens seguirem Jesus, opõe-se ao de hoje.
Vemos
Pedro a professar o seu despojamento de tudo para ir a traz do mestre: Veja!
Nós deixamos tudo e seguimos o senhor.
Pedro
é um dos que deixaram tudo para seguir Jesus. Não era rico, mas um esforçado
pescador, porém, seu gesto foi muito valioso. Jesus diz então que quem deixar
família e bens por ele e pelo evangelho, receberá cem vezes mais.
Quem
deixa tudo para ser discípulo missionário de Jesus sofrerá também perseguições
no seguimento, mas encontrará na comunidade cristã o necessário para viver em
bens materiais e afetivos.
Nas palavras de Pedro, não só estavam as dos outros apóstolos ontem, como
também estão as minhas e as tuas. Estão as palavras de todos nós quando nos
desfazemos nos despimos dos nossos orgulhos, vaidades, soberbas. Assim como
Pedro nos evangelhos, tomava decisões em nome da Comunidade dos Apóstolos,
assim continua nos dias de hoje falando e nos representando.
“Na
generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na
gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho” (Doc. de Aparecida
31).
Finalmente,
a Palavra nos ensina que aqueles que crerem ter tudo, não alcançarão a vida e
são os últimos, enquanto que os que crêem em
Jesus
e o seguem compartilhando o que são e o que tem encontram tudo na comunidade
cristã e são os primeiros.
Definitivamente,
o cristão é chamado a viver em santidade, que se realiza na prática cotidiana
do mandamento do amor.
No
evangelho, a pergunta de Pedro a Jesus é a mesma que certamente já dirigimos ao
Senhor em algum momento de nossas vidas: “Que receberemos em troca, já que
deixamos coisas muito importantes para te seguir?” E embora o seguidor do
Senhor não devesse olhar de modo primordial para a recompensa, Jesus nos
assegura que pelas renúncias que fazemos por ele e pelo Evangelho receberemos
cem vezes mais. Que significa isto?
Quando
optamos por Cristo escolhemos crescer de modo extraordinário numa experiência
humana e de fé que nos levará a ser mais conscientes e coerentes, mas capazes
de transformar nossa atual sociedade num cenário digno que permitisse o
desenvolvimento de uma qualidade de vida cabalmente humana para o conjunto de
seus cidadãos.
Neste
crescimento, de que participa a mesma comunidade da qual fazemos parte,
seguiremos optando por ser melhores no serviço e na construção do reino de Deus
no nosso meio, e poderemos ver que, à medida que os demais progridem com nossa
parcela de dignidade, reconhecimento, respeito, alegria de viver, iremos nos
enriquecendo cada vez mais a nós mesmos.
Não
em riquezas materiais, por certo, mas numa riqueza muito mais profunda,
reconfortante e duradoura. E tudo será lucro, definitivamente, quando estivermos
plenamente convencidos da meta que nos está esperando em Deus apesar dos
problemas, trabalhos e perseguições que tratar de alcançá-la implica.
Reflexão Apostólica:
Os
discípulos queriam saber de Jesus o que eles teriam em troca por O terem seguido!
Jesus foi claro e direto na sua explanação: a recompensa de Deus não vem do
modo como que nós esperamos, mas cem vezes mais do que imaginamos.
No
entanto, só poderá comprovar esta promessa quem realmente se dispõe a sofrer
perseguições. Quem tiver deixado “tudo” pela causa de Cristo, receberá desde
já, também tudo, com perseguições e no mundo futuro, a vida eterna.
Deixar
tudo não significa lançar fora, rejeitar, mas simplesmente vivenciar de uma
maneira diferente. Deixar pai, mãe, filhos, bens por causa de Jesus e do
Evangelho, significa colocar como prioridade as exigências do ser cristão (ã),
tornando-se livre de apegos humanos e de idolatrias.
Deixar
tudo é desvencilhar-se de idéias, de preconceitos e pensamentos humanos,
racionais, para se deixar conduzir pela mensagem do Evangelho, a boa nova de
Jesus para os homens.
Quando
nós colocamos Jesus Cristo como centro da nossa vida tudo o que nós possuímos,
adquire um novo sentido e, mesmo com tribulações, nós conseguimos usufruir de
tudo o que temos, com uma nova mentalidade, sem apego, sem egoísmo, com
serenidade.
Quando
nós nos dedicamos à causa de Cristo, quando temos o nosso pensamento e o nosso
ideal de vida, voltados para Ele nem as coisas materiais nem a nossa família
nos afastam de Deus porque as coisas da terra nos levam a uma vivencia
espiritual que faz toda a diferença na qualidade da nossa vida.
Você
tem deixado tudo pela causa de Cristo? O que você desejava antes de
conhecê-Lo é o mesmo que você anseia hoje? Você é uma pessoa muito apegada
aos seus planos, sua família, seus bens? Qual é o lugar que Cristo ocupa
na sua vida?
A
opção de Pedro e demais discípulos contrasta com a do homem rico que
desinteressou-se pelo seguimento de Jesus. Em resposta a Pedro, Jesus faz uma
declaração abrangente que vai além daqueles que lhe estão perto, e além de seu
tempo. Jesus refere-se a todo aquele que tudo deixa por causa dele e do seu
anúncio.
O
sentido do desapego da família e das propriedades é a adesão a um novo projeto
de vida. Já, nesta vida, no mundo novo possível, de modo muito mais abrangente
são reencontrados os laços de amizade e amor, na grande família dos filhos de
Deus, no usufruto do bem maior que é a compaixão, a comunicação, a
solidariedade e a partilha, em uma sociedade em que vigora a justiça e a paz.
Não
faltarão as hostilidades dos poderosos que vivem às custas do povo oprimido e
empobrecido. São ambiciosos que amam a riqueza e desprezam a vida.
A
sentença final exprime a subversão do Reino. É descartada a sociedade
hierarquizada baseada no poder e no prestígio da riqueza, representada pelo
homem rico que se afasta de Jesus.
Vigora
agora a comunidade solidária e fraterna em que todos usufruem os bens terrenos,
na alegria e no amor. Os discípulos, seduzidos por Jesus, libertam-se do jugo
do ter e das estruturas que alicerçam o império do dinheiro.
Propósito:
Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço
do Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti.
Ao ver sua
imagem refletida no espelho, você pode levar um susto ao perceber rugas apenas
a passagem dos anos e o momento certo de amadurecer.
A vivência
humana é feita de acertos e erros, principalmente passados, para não serem
repetidos no presente nem no futuro.
À medida
que os anos passam, todos são convidados a aprimorar seu interior.
A fonte de
toda sabedoria está em Deus.
Ao meditar
a Palavra, você adquire sabedoria para sua vida.
“Não
digas: ´Por que os tempos passados eram melhores que os de agora?
Pois não é
a sabedoria que te inspira essa pergunta. É boa a sabedoria com a riqueza, e é
vantajosa para os que veem o sol”. (Ecl 7,10-11).
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