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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Evangelho do dia 27 de fevereiro segunda feira 2023

 


27 fev - Ao sofrer por vontade de Deus em alguns de seus membros, a Congregação reflorescerá com maior saúde em todo o corpo. (L 167). SÃO JOSE MARELLO

 

Mateus 25,31-46

"Jesus terminou, dizendo:
- Quando o Filho do Homem vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real. Todos os povos da terra se reunirão diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras. Ele porá os bons à sua direita e os outros, à esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar."
- Então os bons perguntarão: "Senhor, quando foi que o vimos com fome e lhe demos comida ou com sede e lhe demos água? Quando foi que vimos o senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa ou sem roupa e o vestimos? Quando foi que
vimos o senhor doente ou na cadeia e fomos visitá-lo?"
- Aí o Rei responderá: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram."
- Depois ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: "Afastem-se de mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos! Pois eu estava com fome, e vocês não me deram comida; estava com sede, e não me deram água. Era estrangeiro, e não me receberam na sua casa; estava sem roupa, e não me vestiram. Estava doente e na cadeia, e vocês não cuidaram de mim."
- Então eles perguntarão: "Senhor, quando foi que vimos o senhor com fome, ou com sede, ou como estrangeiro, ou sem roupa, ou doente, ou na cadeia e não o ajudamos?"
- O Rei responderá: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar."
E Jesus terminou assim:
- Portanto, estes irão para o castigo eterno, mas os bons irão para a vida eterna."

 Meditação:

 No Evangelho de hoje, Jesus nos ensina sobre o Juízo final. Aqui, Mateus usa o gênero literário apocalíptico, a vinda gloriosa do Filho do Homem, com um julgamento terrível, ao estilo do livro de Daniel (Dn 7,13; 12,2). Com esta roupagem literária, ele fala da realidade a ser vivida atualmente.

É uma realidade inegável, que o último dia chegará, quando o Senhor vier pela segunda vez, não mais como o Messias, mas como o justo Juiz de todas as nações.

Embora, este Evangelho se refira ao Julgamento Universal, não devemos esquecer que cada um de nós teremos, o que se chama, o Julgamento pessoal. Ambos estão intimamente ligados. Talvez você se pergunte o "por quê", e a resposta se encontra justamente nas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Muito claramente, Ele ressalta a importância de todos os cristãos, durante a sua vida terrena, não apenas desejar, mas esforçar-se por alcançar a fé com obras (Tg 2,14-24).

Significa que a vida cristã é uma constante e inabalável certeza de que somos filhos de Deus e de que, ao fim do caminho se receberá a recompensa, de acordo com a promessa de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme a sua palavra: «Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34). E como o Senhor ainda diz:«"O céu e a terra passarão, mas a minha palavra não passará» (Mt 24,35), isso nos indica que não devemos ter a menor dúvida de que assim será, porque Deus é Deus e jamais volta atrás, e que cumpre a sua promessa.

Entretanto, aqui surge a pergunta: como conseguiremos ser partícipes do Reino dos Céus? Já escutaram as santas palavras de nosso amado Senhor Jesus Cristo, ao mostrar em seu Evangelho alguns exemplos de como ir construindo a nossa felicidade, o nosso futuro e eterna alegria de estar com Ele em sua bendita glória?

 Ele diz: «Em verdade eu vos digo: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes».  (Mt 25, 40).

 Quem, então, em seu perfeito juízo, faria mal ao seu semelhante? Creio que ninguém. Mas o Senhor põe ênfase, quando diz: «ao menor dos meus irmãos», ao mais desvalido, faminto, sedento, desnudo, sem abrigo, prisioneiro, e outras carências mais. É a este irmão que sofre, não somente as privações materiais, mas também as espirituais, a quem nós, cristãos, devemos ajudar e acompanhar.

 Na medida de nossas possibilidades ou com maiores esforços, se necessário, façamos tudo o que for possível, e ainda mais por aqueles desditados e sofridos.

 Estas são as obras que acompanham a nossa fé. Isto o que que ficará, como disse na homilia anterior, evidenciado ante o Justo juiz, Cristo nosso Senhor e Deus, no momento de nosso julgamento pessoal.

Na «sabedoria» popular há um ditado que diz: «Obras são gestos de amor e não boas razões»; e é, nada mais nada menos, o que se recolhe dos ensinamentos do Senhor em sua Sagrada Escritura.

Esta é a equação: Fé + Obras = Amor. Esta é a chave para nossa salvação, pois «de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16).

  Deus se dá a nós por puro amor, e nós, de nossa parte, demo-nos também a Ele através de nosso próximo sofredor pois, é especialmente nele onde está presente Cristo. 

 Se assim o fazemos estaremos cumprindo, não por obrigação, mas por amor ao mandamento que sintetiza o decálogo: amor a Deus e amor ao próximo. Não há outro caminho mais seguro que o amor. «Se eu não tiver caridade, não sou nada». (1Cor 13, 2).

O Senhor nos indica que, aqueles que, sabendo que receberam este grande amor de Deus durante sua vida terrena, agiram ou agem com rebeldia, como o fazem os espíritos do mal, seu destino será o mesmo dos demônios, para toda a eternidade.

 Alguns podem pensar que isto é apocalíptico e alarmante (sinal de secularismo). Bem, se assim pensam, é porque sabem, na profundeza de suas almas, que não estão trilhando o caminho da salvação. Suas consciências, que é a voz de Deus, lhes tocam, mas, desgraçadamente, tentam abafá-la.

Não obstante, ainda há tempo, e é já, agora! a oportunidade para todos, os que estão próximos ou afastados de Deus buscarem garantir seus lugares no Reino dos Céus. Como?

  Cristo nos deu a sua Igreja aqui na terra que está com as portas sempre abertas para acolher todo aquele que, como o filho pródigo, deseja voltar ao seio amoroso do Pai Celestial.

  É aqui que recebem a cura de seus ferimentos mortais, a libertação total e o fortalecimento mediante a Palavra de Deus, o seu ensinamento e os seus santos Mistérios (sacramentos).

 Se Deus nos dá tudo, quem poderia ser tão néscio - como o foram as virgens que consumiram todo o azeite antes da chegada do noivo - de desperdiçar esta oportunidade única para a salvação e a grande felicidade eterna junto de Deus? Espero que ninguém.

Cristo nos convida e nos espera de braços abertos, tal como quando os abriu para se deixar crucificar por nossos pecados e transgressões.

 Assim, amorosamente, nos quer estreitar em seu bendito peito, e sentar-nos com Ele em seu grande banquete, onde estaremos com as vestimentas mais brilhante do que o sol e com o anel no dedo, símbolo de nossa filiação divina.

Não é, pois, tempo de inércia; não é tempo de dormir. É tempo de estar em permanente vigília, pois, disso depende o nosso futuro.

Digamos juntos: «Maran Atha!» «Vem Senhor Jesus!»

 Reflexão Apostólica

 Quem poderá hoje dizer quem estará a sua direita e quem estará a sua esquerda?

Enquanto cristãos, esperamos um dia encontrar e descansar na graça, portanto temos um imenso compromisso com a construção do reino e com os que um dia habitarão essa terra.

 Isso difere muitas vezes do que alguns podem pensar, pois temos irmãos que se prontificariam até em ficar a porta do céu para “selecionar” quem poderia entrar no céu.

 Temos irmãos também que se prontificariam em ficarem as portas do céu de mãos levantadas e louvando por aqueles que adentrarem, mas infelizmente, hoje temos também em menor número, pessoas ajudando a arrebanhar as ovelhas perdidas. É fácil tosquiar a ovelha que está no cercadinho e a que me segue…

Se declarar católico, evangélico, cristão não é atestado de salvação, pois como vimos esses dias, nem todo que diz “senhor, senhor” chega ao céu…

 Reparemos o que diz o comentário desse texto segundo a CNBB: “(…) Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a verdadeira religião não é aquela que é marcada por ritualismos e cumprimento de preceitos meramente espirituais, afinal de contas ele não nos perguntará no dia do julgamento final se nós procuramos cumprir os preceitos religiosos, mas sim se fomos capazes de viver concretamente o amor”.

Outro contra censo é estar à frente de um trabalho de evangelização e não acreditar no que prega sendo até assim, mais perigoso que aquele que não acredita em nada. Um exemplo: Jovens, diferentemente do que pensamos, gostam sim de regras. Não gostam de assumir isso, mas sem regras em casa eles costumam seguir as de alguém que admira. Como é decepcionante para um aluno ao ver seu professor, a quem tem como referencia, brigando, xingando, fumando, (…).

Quando deparamos com essa informação sacamos a velha frase “faça o que eu falo e não o que faço” ou aquela outra “não podemos julgar, somos falhos, erramos” …

 Reparem o quanto nos protegemos e relutamos em assumir nossas mazelas. Temos medo de assumir que somos seres em construção. Pessoas que estão a frente deve se empenhar ainda mais e serem melhores, não só nos lindos discursos e sim na vida.

Quanto aos louvores… Muitas vezes tecemos lindas palavras, escrevemos lindos discursos, mas em outros momentos nosso humano ainda não convertido publica outdoors de contra testemunho.

 É o irmão, o padre, o pastor que “vive na igreja” e não muda o coração; é aquele que arma um imenso “beiço” quando toma um “não”; é aquela catequista que vai com o “cofrinho” de fora; é o jovem bobo e bêbado no carnaval pra agradar os amigos; é o pai que fura o sinal vermelho; é a mãe que compete com sua filha de 15 anos; (…). Como convencer alguém com palavras se respondo com os gestos que minha vida ainda não acredita nelas?

Hoje o mundo oferece igrejas “a la carte”, onde em qualquer esquina se promete tudo que é imaginário a atender nossos desejos. O que essas “igrejas” ainda não ofereceram o Google oferta a resposta.

Um líder, uma liderança que não sabe acolher, que justifica seus atos contraditórios em relação a sua fala, faz aproximar os que têm dúvidas, dessas falsas igrejas que se “empenham” a dar o que eles querem ouvir.

A teologia da prosperidade só tem tantos adeptos, pois nossa fala de desapego não combina com o ser apegado a riqueza e ao luxo que renegamos abandonar… Como entender alguém cristão ser maçom?

Quero ficar a direita ou à esquerda? Concorda que temos muito ainda por fazerem nós? Enquanto alguns ficam aqui zelando as do cercadinho, alguém tem que ir lá fora buscar na chuva quem não voltou ainda! Pior ainda é aquele que se põe no cercadinho como vítima apenas para não ter que de fato mudar. “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar.”

 Somos chamados a converter-nos à simplicidade e à confiança na vida, abandonando o medo adulto do fracasso, do desprestígio e da pobreza. Somos chamados à fraternidade, à partilha e à comunhão com os irmãozinhos empobrecidos e carentes.

 Propósito: Ter os olhos abertos e um coração aberto e uma mão aberta para dar ajuda, para servir outras pessoas.

 

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