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domingo, 12 de fevereiro de 2023

Evangelho do dia 13 de fevereiro segunda feira 2023

 


13 FEVEREIRO - Renovemos o espírito a cada instante e repousemos na misericórdia de Deus, que absorve todas as fraquezas da nossa natureza doentia. (L 19).  São Jose Marello

 

Marcos 8,11-13

"Alguns fariseus chegaram e começaram a falar com Jesus. Eles queriam conseguir alguma prova contra ele e por isso pediram que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha mesmo de Deus. Jesus deu um grande suspiro e disse:
- Por que as pessoas de hoje pedem um milagre? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum milagre será feito para estas pessoas.
Então Jesus foi embora. Ele subiu no barco e voltou para o lado leste do lago"

 Meditação:

 Marcos, com esta sua narrativa dirigida às comunidades, procura demover das comunidades a expectativa da manifestação de sinais extraordinários de Jesus.

 Os sinais de Jesus, que são os sinais do Reino, não são os atos de poder, na realização de coisas surpreendentes e espantosas, mas sim são os atos em vista da libertação dos oprimidos e da promoção da vida.

 O grande sinal é o testemunho de amor, que conquista as pessoas, as faz mudar de vida e comportamento, aderindo ao projeto vivificante de Deus, transformando o mundo.

 A necessidade de sinais vindos do céu revela uma atitude de fechamento, incredulidade desafiante dos fariseus frente a ação de Jesus.

 A exigência de sinais expressa também o desagrado das autoridades do povo de Israel pela maneira de viver e sentir Deus por parte de Jesus, concretizada em uma solidariedade total pelos marginalizados da sociedade.

Os milagres que ele realiza têm como finalidade última tornar presente o reinado de Deus, e demonstrar a proximidade amorosa do Pai que vem libertar os pobres da opressão.

  Desperta atenção o fato de os fariseus pedirem sinais, se todo o anúncio da Boa Nova, proclamada por Jesus, está ligado intimamente aos milagres, à prática do Reino em seu momento histórico.

Os milagres não são sinais realizados por Jesus para produzir admiração na multidão ou para aumentar seu grupo de seguidores, mas uma resposta efetiva à fé dos cristãos. Enfim, são sinais de esperança a favor dos que crêem.

Jesus recusou-se terminantemente a fazer exibição de seu poder taumatúrgico, para satisfazer a curiosidade alheia ou para provar, a quem se recusava aceitá-lo, sua condição messiânica. Os fariseus tentaram, sem sucesso, arrancar um milagre de Jesus nestas condições. Jesus não caiu nesta armadilha.

 São vários os motivos da recusa de Jesus. Os milagres não têm, por si mesmos, o poder de convencer ninguém e levá-lo à fé. Fazer um milagre diante dos fariseus seria perda de tempo e poderia ter o efeito de fazê-los odiar Jesus ainda mais.

 Os milagres pressupõem a fé e os fariseus representavam uma categoria de pessoas refratárias a Jesus e incapazes de perceber o verdadeiro significado de seu gesto.

 Os milagres têm como objetivo levar a salvação do Reino a quem é privado de sua saúde ou tem a vida ameaçada. Esse não era o caso dos fariseus que não estavam dispostos a abrir mão de seus preconceitos contra Jesus.

 Recusando atender o pedido dos fariseus, Jesus manifestou uma atitude de firmeza diante da tentação de um messianismo espetacular e exibicionista que mantém as pessoas cativas de seu egoísmo, sem sensibilizá-las para o amor e a misericórdia.

 Igualmente, a tentação de um messianismo humanamente gratificante, pelo sucesso e pelos aplausos. Jesus estava certo de que isto não correspondia ao querer do Pai.

 Reflexão Apostólica: 

Sinais? Que mais sinais e milagres esses homens ainda precisavam ver para crer?

 O suspiro dado pelo Senhor revela o lado humano de Deus. O próprio milagre encarnado a sua frente e os fariseus preocupados com milagres. É duro, mas somos assim também. É definitivamente impossível agradar o ser humano.

 Não condeno, pois o próprio apóstolo João levou anos para consolidar aquilo que havia presenciado em sua juventude dizendo assim:

 “(…) O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos A VIDA ETERNA, QUE ESTAVA NO PAI E QUE SE NOS MANIFESTOU O QUE VIMOS E OUVIMOS NÓS VOS ANUNCIAMOS, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa “. (I Jo 1, 1-4)

 Os fariseus não queriam mais um profeta a denunciar suas mazelas, mas talvez aceitariam o milagreiro. A presença de Jesus trazia certo desconforto a aqueles que já tinham se acostumado com regalias, bajulações e a acobertações dos seus erros.

 Esses mesmos homens que viam Jesus como um problema eram os mesmos que freqüentavam os templos a procura do cumprimento da palavra de Deus em suas vidas. Eram homens vividos, inteligentes, bem sucedidos, mas não conheciam a Deus.

Outro ponto: É intrigante tentar entender o comportamento humano de Cristo. Tentemos compreender alguém, que por ser Deus conhecia as nossas aflições e angustias, mas nunca as havia vivido na pele e, como afirma Augusto Cury: “Enxergava as nossas lágrimas, mas nunca as tinha chorado”. Se fez humano para talvez senti-las.

 Jesus sabia o teor do coração daqueles que o indagavam. Talvez visse neles grandes potenciais a serem explorados, esperança, alegria, pois ninguém é ruim por completo.

 Somos vítimas de boas e más escolhas que fazemos. Sim! De opção própria na maioria das vezes nos entregamos à busca de coisas de menor valor espiritual e maior material. Jesus via um grande potencial, portanto como então não suspirar de decepção com esse fato?

  (…) Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus; CUIDAI DAS COISAS DO ALTO, não do que é da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, cheios de glória”. (Cl 3, 1-4)

O Senhor sabia das coisas belas que poderia compartilhar conosco se quiséssemos, mas as necessidades e interesses mais imediatos os cegavam e ainda nos cegam.

 Todo aquele tesouro à disposição dos que compartilhavam da sua presença, trocado por um prodígio visível. Quantos mais precisavam?

Esse mesmo autor nos revela as características mais marcantes desse Deus feito homem. As possuía e desejava que buscássemos.

 (…) Na sua humanidade, escondem-se as coisas mais belas e de que mais necessitamos: a paciência, a tolerância, a capacidade de superação do medo, a singeleza, domínio próprio, o diálogo aberto, a capacidade de contemplação do belo nas pequenas coisas. A fantástica noticia é que apóstolo Paulo comenta que todas essas características podem ser comunicadas ao homem através do Espírito Santo. O homem frágil e débil pode ter acesso à natureza de Deus. Pode ser comum por fora, mas especial por dentro”. (Augusto Cury)

 Como o próprio texto em destaque cita, eles devem ser buscados.

 Outro ponto: Como ter paz e se dizer cristão sem se empenhar pela justiça social? Sob a promessa de algum privilégio individual ou pessoal nos agarramos a falsos políticos. Esses são os novos “milagreiros” que diferente de Jesus amam fazer “boas ações e prodígios” em troca de apoio…

 É triste ver que muitos cristãos ainda levam milhares ao sofrimento, a fome, ao desemprego pensando apenas em si mesmo, no milagre que resolva sua vida.

 Os fariseus de ontem e de hoje não querem perder e tão pouco dialogar.

 Ele disse que veio para que tivéssemos vida em abundancia (Jo 10, 10), mas também abandonou de mãos vazias os poderosos, os que escondem seus interesses, os gananciosos, invejosos.

 Enalteceu os humildes, se revelou aos puros de coração, curou quem o tocou, mudou e muda até hoje, a vida de quem acredita em seus valores; se rendeu ao pedido depositado nas duas moedas de uma viúva; e viu dentro do coração de um centurião a maior prova que podemos mudar mesmo em um sistema já corrompido.

  A Cruz é um sinal, a Palavra de Deus é prova fiel do Seu amor por nós e o Espírito Santo é o grande motivador da nossa fé! Por isso, Jesus também depois de dar um suspiro profundo nos diz: “Por que você pede um sinal?

  O grande sinal de Deus para todos nós é Jesus Cristo que veio como enviado do Pai para nos dar vida e santidade e para nos revelar a Sua face amorosa.

Não precisamos de sinais, pois o amor de Deus foi derramado no nosso coração pelo Espírito que nos foi dado e é Ele quem age em nós e nos dá sabedoria para discernirmos a nossas inquietações e os nossos desejos.

Diante da alternativa: ter fé em Jesus ou pedir um sinal do céu, os fariseus queriam um sinal do céu. Não foram capazes de crer em Jesus. Será que já aconteceu algo assim comigo?

 Você confia sem que precise de algum sinal?  Qual é o grande sinal do amor de Deus por você? Qual foi o grande sinal que Deus já lhe deu? Pense agora e responda pra Jesus.

 (…) Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado” (Mt 8, 8).

 Propósito: Estar atento a princípios que entram em contradição com meus princípios cristãos. Renovar minha fé.

 

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