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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

EVANGELHO DO DIA 12 DE FEVEREIRO 2023 - 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


12 DE FEVEREIRO - A todo instante encontramos de que nos humilhar, a todo instante sentimos agravar- se o nosso mal de origem... Ousaremos, por acaso, levantar ainda com ridícula altivez a nossa cabeça orgulhosa? Por que não confessar, ao contrário, as nossas fraquezas? (L 8). São Jose Marello

 


Mateus 5,17-37

- Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei - nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não mate. Quem matar será julgado." Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: "Você não vale nada" será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno. Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus.
- Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia. Eu afirmo a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.
- Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno.
- Foi dito também: "Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio." Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério.
- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer." Mas eu lhes digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; nem pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém, pois é a cidade do grande Rei. Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. Que o "sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno.


Meditação: 

 O Sermão da Montanha continua. São as orientações de Jesus, para que sejamos bons discípulos/missionários. Jesus fala diretamente ao nosso coração. Faz parte de nossa preparação saber escutar. Peçamos esta virtude!

Mateus, no seu evangelho, apresenta às suas comunidades oriundas do judaísmo Jesus como sendo aquele que vem atender às expectativas suscitadas pelo Primeiro Testamento. Contudo, com a proclamação das bem-aventuranças, Jesus transmite seus novos mandamentos, e afirma que quem viver estas bem-aventuranças é grande no Reino dos Céus.

 Jesus não pretende reformar o complexo doutrinal do judaísmo, mas vem revelar que qualquer doutrina ou lei só tem sentido se contribuir para o desabrochar da vida. Ele não propõe uma doutrina, mas ensina a prática restauradora da vida. Logo de inicio, no Sermão da Montanha,

 Jesus começa ensinando o valor perene do Antigo Testamento, que é Palavra de Deus e fala com autoridade: – “Não vim abolir a Lei nem os Profetas, mas para cumprir”. No v. 20, Mateus, narra que Jesus fala em “justiça”, o que já vem fazendo em domingos anteriores, proclamando, insistindo com cada um ali presente e agora também a todos nós na realidade da vida. Jesus quer dizer, que devemos nos esforçar para entender sinceramente e cumprir a Vontade de Deus.

Jesus fala sobre a Lei e os Profetas do Antigo Testamento, porque escribas e fariseus deformam o espírito da Lei, vivem a Lei com falsidade. E Jesus, quer mostrar ao homem do seu tempo, ali na montanha, junto ao Mar da Galiléia, que para se entrar no Reino dos Céus será necessário superar radicalmente a concepção de justiça e santidade, conforme diziam os escribas e fariseus. Fica claro, se buscamos a santidade ou a justificação (que é graça de Deus), devemos ser fiéis a esta graça.

Mateus continua o discurso de Jesus, e nos apresenta os v. 21-26, que nos mostra a plenitude da Lei de Moisés. Jesus possui uma autoridade divina. Nenhuma pessoa consegue falar com esta autoridade.

A palavra “raca” (v.22), equivale hoje ao que entendemos por néscio, estúpido, imbecil. Era sinal entre os judeus de um grande desprezo, que muitas vezes se manifestava não com palavras, mas com a ação de cuspir no chão. A palavra “louco” (v.22), doido, renegado, era um insulto ainda maior que “raca”: referia-se a perda do sentido moral e religioso, até o ponto da apostasia (Abandono da crença religiosa).

 Ainda, no v.22, cabe um bom comentário, de santo Agostinho, pois Jesus cita três faltas que podemos cometer contra a caridade: “ira”; “raca” e “loucura”. Dizia ele: “Ira”: entrar em cólera por um movimento interno do coração corresponde ao castigo do “juízo”; o segundo “raca”, ou dizer alguma palavra de desprezo, leva consigo o castigo do “Conselho”; o terceiro “loucura”, quando nos deixamos levar pela ira até a obcecação, injuriamos sem piedade nossos irmãos, seremos castigados com o “fogo do inferno”.

Está aqui a gravidade dos pecados externos contra a caridade: murmuração, injúria, calúnia etc… Mas, estes pecados externos, brotam de nosso interior: rancor, ódio etc… Desta forma, Jesus ensina aos seus discípulos e a cada um de nós, onde está a raiz do pecado da ira. “Senhor, fazei de nós instrumentos de sua paz, onde houver ódio que eu leve o amor” (da oração da são Francisco de Assis).

 O discurso de Jesus é longo. Mateus continua a narração, agora nos expondo os v. 23-24, onde Jesus comenta sobre a prática da reconciliação, que os judeus praticavam em seu tempo. Mas, para nós cristãos, há um novo significado: Reconciliar será um aproximar-se do sacramento da Penitência, pois para entrarmos em Comunhão, precisamos verificar se estamos, bem com Deus, com o nosso próximo e com nós mesmo. Pois só através da penitência obtêm-se a misericórdia de Deus.

Continuamos, na montanha ouvindo o Mestre e São Mateus, nos passa o que diz Jesus nos v. 27-30. Jesus está se referindo ao olhar pecaminoso dirigido a toda mulher, casada ou não, que os seus discípulos devem evitar. Jesus está levando à plenitude o preceito da Antiga Lei.

 Uma coisa é sentir desejo e outra é consentir. O consentimento supõe a advertência da maldade desses atos (olhares, imaginações, desejos impuros), e a voluntariedade que livremente os admite.

“Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda a tua mente” (Mt 22,37),. Aqui, Jesus nos apresenta a virtude da “pureza”, contrária ao desejo com consentimento. Nos diz J. Escrivá de Belaguer, em Cristo que passa, nº 5: “A pureza é conseqüência do amor com que entregamos ao Senhor a alma e o corpo, as potências e os sentidos. Não é uma negação; é uma alegre afirmação”.

 Na contemplação da cena entendemos, o que Jesus quer dizer com olho direito e mão direita, ou seja, aquilo que para nós é de maior estima. É claro que não significa que devemos nos mutilar fisicamente, mas lutar e estar disposto a não ofender ao Senhor. As Palavras do Senhor nos previne, principalmente, o cuidado que devemos ter com os olhos. O rei Davi começou deixando-se levar pela curiosidade e isto o conduziu ao adultério e ao crime. Depois chorou os seus pecados e teve uma vida santa em Deus (cf. 2Sm 11 e 12).

Há meios, para salvaguardar a virtude da “pureza”: 1) Confissão; 2) Comunhão freqüente; 3) devoção à Virgem Maria; 4) espírito de oração e mortificação; 5) guarda dos sentidos; 6) fuga das ocasiões, esforço por evitar a ociosidade, procurando sempre se ocupar com coisas úteis.

 Esta é a doutrina de Jesus: cabe-nos lutar, contra este mundo indiferente, paganizado, inconseqüente, tentando influir nele para mudá-lo. O cristão será um super herói, se der ouvidos as palavras do Senhor.

O Evangelista nos v. 31-32, apresenta uma nova etapa no discurso de Jesus aos discípulos. Do Antigo Testamento cita a Lei de Moisés (Dt 24,1), onde a condição de inferioridade da mulher estava suavizada pelo “libelo de repúdio” (escrito acusatório de repúdio) pelo qual o marido declarava a liberdade da mulher repudiada para que pudesse contrair novas núpcias. Contra esta interpretação rabínica, Jesus restabelece que o matrimônio é indissolúvel, conforme Deus o tinha instituído. (Gn 1,27; 2,24)

 Este ensinamento de Jesus, quer nos alertar sobre algo de comum em nossa sociedade hoje, a questão do “adultério”, que estabelece a liceidade da separação dos cônjuges, mas sem a dissolubilidade do vínculo matrimonial, e, portanto, sem possibilidade de contrair novo matrimônio. Acrescentando, cf. o CDC (Código de Direito Canônico), cânon 1056: “As propriedades essenciais do matrimônio são a unidade e a indissolubilidade que no matrimônio cristão recebem firmeza especial em virtude do sacramento”.

O discurso deste domingo chega a seu final, onde o Evangelista narra deste nosso encontro os v. 33-37, apontando os abusos cometidos em seu tempo, sobre a prática do juramento, e dois séculos depois, as mesmas práticas continuam. A Lei de Moisés proibia a violação do juramento (Ex 20,7; Nm 30,4; Dt 23,22).

 Jesus nos diz, se querem me seguir no discipulado, devemos ter confiança mútua (Aliança). Na Igreja (nas pastorais, movimentos, associações) não deverá haver engano nas relações entre os seus membros, não devemos praticar a hipocrisia (devoção fingida). Deus é a verdade. Jesus quer de nós sinceridade.

Na escuta obediente do que Jesus nos apresentou, concluímos com as palavras do Papa Bento XVI na sua Encíclica “Deus Caritas Est”, nº 12: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva”.

 Reflexão Apostólica:

 Ao escutar as palavras de Jesus no evangelho de hoje, podemos bem compreender que no centro do ensino proporcionado para os discípulos, assim como nas disputas acirradas com os escribas e os fariseus que o acusavam de não respeitar a Lei e as tradições dos antigos pais, não está simplesmente em jogo a questão da observância dos preceitos da Lei de Moisés ou dos costumes tradicionais, mas a relação profunda com a pessoa do próprio Jesus e com o projeto original de Deus para com Israel e a humanidade inteira. Um projeto de vida, de autenticidade e de libertação de toda dissimulação consigo mesmo, com os demais e com Deus.  

Jesus, o “homem novo”, o “novo Adão” (Rm 5, 15 -19), realiza o desígnio do Pai segundo seu projeto original sobre o homem/mulher, e abre o caminho para também nós entrarmos na dinâmica do homem novo. Da relação autêntica com a pessoa de Jesus, vivenciada na fé, brotam no discípulo, a energia vital e os critérios que orientam do interior o estilo novo da sua vida, moldada pelo Espírito no seu exemplo. Ao conhecer e ao amar a Jesus, os preceitos e os critérios novos para agir, brotam da raiz do coração renovado.

Hoje continuamos refletindo o evangelho de Mateus, em sequencia consecutiva com os fragmentos meditados nos domingos anteriores. É o sermão da Montanha, que começou com as Bem aventuranças e que continua com a exposição das exigências da Lei de Moisés (Torá), explicadas por Mateus, que está escrevendo para uma comunidade composta por judeus, que se tornou cristã, obviamente sem deixar de as pessoas serem de origem judaica, como ocorreu com os demais cristãos.

É preciso atenção, pois, para o fato de que a representação da Lei no evangelho de Mateus está escrita para essa comunidade concreta, que difere muito das nossas leis. Obviamente, tem também um valor universal, porém deve-se ter noção da peculiaridade dessa comunidade, para não “judaizar” desnecessariamente a todos os demais.

Porém, além dessa peculiaridade do evangelho de Mateus, todo o evangelho tem outra característica significativa neste campo da moral, da Lei, que é semelhante a que fazíamos notar a respeito da leitura anterior, a de Paulo, sobre o conhecimento salvifico ou gnose. A moral viria a ser também uma espécie de conhecimento gnóstico: é uma vontade, divina, superior, vinda de fora, desde cima, desde “o segundo piso”, que temos que tratar de escutar nessa direção. É uma moral “hetero-norma”, uma norma alheia, vinda de fora, de cima, à qual temos que nos submeter. Submeter-se a essa lei é o sentido da vida humana.

A moral, os preceitos, os mandamentos com sua constrição sobre a vida humana, e a conseqüente ameaça de pecado e de condenação, foram uma das fontes clássicas de fricção da religião com o mundo moderno. Durante todo o mundo antigo, configurado com os padrões do autoritarismo, dos impérios e do feudalismo, das monarquias absolutas o ser humano aceitava “como o mais natural do mundo” que o “mundo de cima” era estruturalmente como o daqui de baixo, isto é, um mundo onde Deus está sentado em seu trono (como o imperador ou o rei ou o senhor feudal aqui embaixo), com seu séquito de cortesãos da “corte celestial” (como a Corte de qualquer rei humano), vigiando o mundo para que se cumpram as ordens que desde cima eram ditadas.

Santo Inácio de Loyola, como homem de cosmo visão medieval, reflete belamente em sua explicação global a respeito do sentido da vida humana, em sua meditação central, a do Princípio e fundamento: “o homem é criado para louvar, para fazer reverencia e servir a Deus nosso Senhor e, mediante isso, salvar sua alma; e as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem e para que o ajudem a conseguir o fim para o qual foi criado.

De onde se segue que o homem pode usar das coisas para alcançar o seu fim, e deve deixar as coisas que o impedem de alcançá-lo. Por isso é necessário manifestar indiferença perante todas as coisas criadas, o tanto quanto possível ao nosso livre arbítrio, contanto que não sejam coisas proibidas; dessa maneira que não queiramos de nossa parte mais saúde que enfermidade, mais riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que curta, e, cosequentemente, em tudo o mais; somente desejando e escolhendo o que mais nos conduz ao fim a que somos criados” (Exercicios Espirituais, 23).

Santo Inacio não inventou nada de novo. Expressava, antologicamente, isso sim, a visão medieval e pré-moderna de uma cosmovisão salvadora estruturada em dois pisos, um superior (não somente porque está em cima, mas porque é absolutamente superior em sua natureza), e outro inferior (temporal, passageiro, corruptível, perigoso...). Do piso de cima vem tudo: o Ser, o Amor, a Verdade, a Beleza... e a moral. Uma moral, pois, absolutamente heterônoma, indiscutível, absolutamente inapelável e, nesse sentido, facilmente, perceptível como constringente e cegamente obrigatória, alheia a toda explicação justificativa e, nesse sentido, opressiva.

O mundo moderno mudou radicalmente. O Ancien Regime do autoritarismo, imperialismo, da obediência cega, do submetimento omnímodo e a-racional acabou. Os impérios, reinos e monarquias acabaram, e apareceram as repúblicas e as democracias, e os direitos dos cidadãos (já não súditos). Uma moral exterior, pré-estabelecida, superior, sem justificação, inapelável é sentida agora como sufocadoramente opressora.

Com a vinda da modernidade, em todos os campos, o mundo de cima, o segundo piso, que genialmente configuraram os helenistas, com Platão à frente, desaparece como que evapora. Não faz falta que seja negado, mas que a ciência, com seus avanços, cada dia o deixa para trás, em favor da descoberta de tudo que funciona “como se Deus não existisse”.

O cristão moderno, o que não vive com sua cabeça no mundo pré-moderno medieval, não pode aceitar aquela visão dividida em dois mundos, por muito espiritual que se apresente, senão que passa a viver em um mundo novo, um mundo único, uma única realidade, sem dois pisos superpostos.

Essa transformação é uma realidade na cultura moderna, por mais que muitos cristãos e não poucas religiões continuem vivendo separadamente entre a vida real e a pública, por um lado, e a vida espiritual dualista de suas representações religiosas, de outro.

Por isso, muitos cristãos se sentem retraídos ao mundo de seus avós quando escutam este tipo de discurso de uma moral “heterônoma”, como se continuassem existindo preceitos caídos do alto, revelados, e por isso mesmo, indiscutíveis, inquestionáveis, aos quais somente caberia submeter-se acriticamente como súditos do Rei do céu (de um segundo piso).

A meta do caminho espiritual, identificado por São Bento com “a subida da escada da humildade”, em sintonia com a humildade do Verbo que esvaziou a si mesmo, é alcançar a lei do amor gratuito, na liberdade e na alegria do Espírito.“ 

Santo Agostinho, o homem que experimentou em si mesmo as radicais contradições entre os desejos mais profundos do coração humano e a incapacidade para segui-los com as própria forças, e que depois experimentou a explosiva energia renovadora da graça, chegará a cunhar a famosa frase que bem resume a raiz e o horizonte infinito do amor de Deus derramado no coração: “Ama e faz o que quiseres!”. Se alguém amar de verdade, não pode agir a não ser segundo a lógica do amor de Deus.

 Esta é a verdadeira identidade cristã e o dinamismo da liberdade e responsabilidade do cristão, como filho e filha de Deus em Cristo.

Este é o caminho que Jesus abre novamente com seus gestos e palavras. Inevitavelmente muitas vezes elas vão embater com as atitudes míopes dos fariseus de todos os tempos. 

 Propósito:

Pai, guiado pelos ensinamentos de Jesus, revela-me teu querer divino, livrando-me de dar-me por satisfeito com a observância superficial dos teus mandamentos.

 

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