Em meio à correria do comércio é importante resgatar o verdadeiro sentido do Natal
Acolhida pode ser um ótimo presente de Natal: a
espiritualidade e o encontro das famílias
Todo ano, a chegada de dezembro traz consigo uma onda de sentimentos que
tocam a todos. O espírito de Natal sensibiliza os corações para acolher o
Menino Jesus e abraçar o próximo. No entanto, com a força do consumismo, a data
corre o risco de se tornar apenas uma festa do comércio. É nesse contexto que
a Pastoral da Criança,
organismo de Ação Social da CNBB, propõe um retorno às origens: celebrar
o Natal da Acolhida.
Dom Frei Severino Klasen, Arcebispo de Maringá -
PR reforça a essência da data. Para ele, o Natal deve ser, acima de
tudo, "a festa do encontro, da acolhida, pois, Deus se encontrou com
a humanidade e encarnou-se ao filho Jesus para estar no meio de nós.
E por isso deve ser a festa do encontro. Encontro das famílias, as famílias
entre si. Se encontrar no momento de oração, momento de leitura da Sagrada
Escritura", disse o arcebispo ao pro0grama Viva a vida.
O prelado enfatiza que essa celebração precisa ser um
momento "festivo, de devoção, de espiritualidade, de encanto da
alma". A verdadeira alegria está no "prazer de estar junto, olho
no olho, para mostrar que o grande amor existe entre nós".
Jesus, o dono da festa do Natal
Um dos maiores riscos da festa moderna é deixar o "dono da festa,
que é Jesus, fora dela". Dom Frei Severino faz um alerta sobre a
necessidade de as famílias garantirem que as crianças e todos os membros da
casa conheçam e se lembrem que o Natal celebra os 2025 anos da encarnação de
Jesus. A celebração deve girar "ao redor de Jesus, no meio,
abençoando as nossas famílias".
Para Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral
da Criança, o Natal é a "festa mais terna da Pastoral da Criança, onde
crianças celebram o nascimento de outra criança, o Menino Jesus". É um dia
de "simplicidade e generosidade, no qual as comunidades se unem em festa,
partilha, alegria e esperança para as famílias acompanhadas”.
Fim do egoísmo
O Natal pode restaurar a paz e o diálogo nas famílias.
Para Dom Frei Severino isso só acontece "quando elas se
encontrarem, quando elas dialogarem, superando as desavenças, fortalecendo
aqueles momentos do laço fraterno humano, da ternura". É preciso superar o
modo "egoísta de viver e de ser para viver intensamente a graça de Deus, o
que traz paz e a sensação de se sentir em casa".
O Natal, embora desperte alegria para muitos, é também um momento forte
de sensibilidade que pode trazer à tona as "tristezas, das angústias"
para aqueles que vivem no "mar das tristezas". Contudo, o verdadeiro
sentido da vinda de Jesus é trazer "conforto e tirar as pessoas do
abandono, da solidão, da tristeza".
Você está pronto para fazer do seu Natal a festa da acolhida e da paz?
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