11 dez - Um único bom propósito, fecundado, bem examinado, enriquecido, sempre lembrado, serve a vida toda para fazer o bem. (S 35). São José Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 11,11-15 A liturgia do Advento
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 11“Em verdade eu vos digo,
de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No
entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.
12Desde os dias de João
Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o
conquistam. 13Com efeito, todos os
Profetas e a Lei profetizaram até João. 14E se quereis aceitar,
ele é o Elias que há de vir. 15Quem tem ouvidos, ouça”.
Meditação:
A liturgia do Advento apresenta a figura de João Batista, que ao longo
deste tempo de espera será particularmente importante. João é Elias que anuncia
a chegada do Messias. Não há profeta maior que ele, porque é ele quem abre a
porta a Jesus, o esperado, o Filho de Deus, que proclama o reinado de Deus.
A figura de João Batista dá unidade ao texto de onde são tomados os versículos
do evangelho de hoje. Mateus dá muita atenção a João, pois vê nele o precursor
de Jesus. Possivelmente estavam presentes no grupo de seguidores de João
Batista, integrantes também das primeiras comunidades cristãs.
Esse texto está precedido por algumas perguntas que Jesus faz sobre
João: João não é um bambu agitado pelo vendo, fazendo uma alusão aos pregadores
oportunistas (havia muitos naquela época); João Batista não é um homem
elegantemente vestido, aludindo aos cortesãos de onde João não provém; João se
apresenta como um verdadeiro profeta e precursor do Messias libertador do povo,
tão esperado por todos.
O evangelho de Mateus nos coloca em sintonia com um projeto de sociedade
distinta daquela que impera e está estabelecida: sociedade que gera violência e
morte, que desumaniza de tantas formas o ser humano. Convida-nos a estarmos
abertos à escuta da voz de Deus em tantos homens e mulheres que trabalham
solidariamente para tornar possível um mundo mais justo e humano, um mundo onde
todos possamos ser irmãos.
Em João Batista, as esperanças do povo assumem um rosto concreto, é já o tempo
da salvação. João não teve medo de anunciar e assinalar, com humildade, a Jesus
como único caminho de salvação; não teve temor de denunciar com valentia as
injustiças e impiedades do povo e dos líderes civis e religiosos.
O reino é conquistado por esforçados, por aqueles que como João, dão testemunho
de vida e proclamam a justiça de Deus. O reino de Deus enfrenta o anti-reino,
reino de injustiça que exclui e extermina quem não faz parte de sua estrutura;
e o faz com violência, destruindo tudo o que se opõe a ele, sem se importar em
destruir a vida.
Olhemos hoje como estamos ajudando Jesus em seu projeto do reino e como estamos
lutando contra o reino de morte nas estruturas políticas, econômicas, culturais
e religiosas.
Os violentos que arrebatam o céu não são precisamente os que fazem
violência, oprimem e agem com injustiça contra os outros. Pelo contrário,
segundo a afirmação de Jesus, todos aqueles que usarem da espada, pela espada
morrerão (Mateus 26,52).
Reflexão Apostólica:
Jesus começa o seu discurso exortando a grandeza de João Batista e diz:
Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do
que João Batista.
No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Amado, o Reino
dos Céus já está entre nós, já podemos vivê-lo, já podemos experimentá-lo e o
Natal é um sinal desse Reino de amor, de misericórdia e de alegria que nos traz
esperança, mas é preciso se fazer pequeno para conquistá-lo, é preciso se fazer
humilde e buscar em Deus forças para trazer a nós o amor entre familiares, como
fez João Batista.
O próprio Jesus nos diz que o menor no Reino dos Céus é maior do que
João Batista, este mesmo homem anunciou Jesus, anunciou que viria o messias e
traria a paz, a alegria, o perdão, então devemos ser menores ainda que João
Batista e nos entregarmos à vontade de Deus, João Batista pregou para toda uma
cidade anunciando a conversão.
Jesus hoje quer que você pregue na sua casa não somente com a boca, mas
com a vida, com exemplos, com testemunho. Ele quer que você não exclua alguém por
ser rotulado de briguento, viciado em droga, prostituição, alcoólatra ou coisa
parecida em sua família. E pode ser que a maior parte dos teus familiares já o
tenham deletado da lista dos parentes e por isso não pode ser convidado para
ceia alguma.
Neste Evangelho, Jesus está te dando a possibilidade de testemunhar o
verdadeiro sentido do Natal. Natal é alegria, é perdão, é reconciliação, é
justiça, é amor de Deus em nós.
Jesus exalta João Batista como o maior entre todos os homens, mas
ressalta que maior ainda do que ele serão todos aqueles que possuem o Reino dos
Céus.
O Reino dos Céus sofre a violência da mentalidade do mundo que lhe é
contraditória, mas é conquistado justamente por aqueles que são violentos, isto
é, que se opõem ao modo de pensar e julgar que o mundo prega.
Podemos, então, fazer uma avaliação se já conquistamos o Reino dos Céus,
examinando os nossos pensamentos e ações quando estão em harmonia com os
valores evangélicos.
O mundo nos ensina a pensar e agir completamente diferente do que prega
o Evangelho. Portanto, se seguimos a cartilha do mundo, estamos sendo covardes
e ainda não conquistamos o Reino dos Céus. João Batista foi o último profeta do
Novo Testamento. Ele veio com o mesmo espírito desbravador de Elias abrir para
o povo um caminho de conversão e preparar este povo para ser batizado e aceitar
a Salvação de Jesus.
Nós somos os profetas deste novo tempo e, também como ele, fomos
convocados a corajosamente bradar ao mundo que a Salvação vem do Senhor.
Você se considera um grande homem, uma grande mulher? Você é uma pessoa
firme e corajosa no enfrentamento dos “favores” que o mundo lhe tem oferecido?
Você tem dado exemplo, na sua casa e no mundo, de que o Reino dos Céus já está
acontecendo em você?
Jesus deu testemunho da grandeza de João. Naquela época, os profetas
eram mais considerados do que os reis. Mas João Batista foi mais que um rei e
mais que um profeta; foi maior que todos os profetas do Antigo Testamento.
Os profetas eram homens de Deus, do povo, de oração, que tomavam uma
posição ante os conflitos. Foram assim sinal de contradição, de luta pessoal e
do povo, e convidavam ao reencontro com Deus.
Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus sofre
violência, e os violentos o arrebatam. João Batista foi um homem de profunda
oração contemplativa e união com Deus.
Preparado na leitura da Palavra e pronto para cumprir a vontade de Deus,
soube reconhecer os sinais dos tempos; um pregador profético que não vacilou em
anunciar e assinalar, com humildade, a Jesus como único caminho de salvação;
não teve medo de denunciar com valentia as injustiças e impiedades do povo e
dos líderes civis e religiosos.
A credibilidade do Evangelho exige que nossa pregação seja fiel ao
anunciado pelo próprio Senhor. Jesus, como João Batista e outros, viviam o que
anunciavam e anunciaram aquilo em que acreditavam e que vivenciavam.
Propósito:
Senhor Jesus, quero ser pequeno e começar a viver o teu
Reino nas pequenas coisas, quero viver esse Natal diferente de todos os outros
onde eu pude presenciar brigas, discussões, discórdias entre minha família.
Neste Natal eu quero ser como João Batista e anunciar o teu amor, o teu perdão,
anunciar que com o Senhor à minha frente tudo é possível. Por isso
peço-Vos que me ensineis como dar o primeiro passo. Assim como ungistes os
teus profetas, unge-me também e darei testemunho das vossas maravilhas.
Dia 11
Na
parábola do semeador, Jesus apresenta vários tipos de terrenos.
As
pessoas que ouvem a Palavra de Deus com indiferença são como as sementes
lançadas entre as pedras.
As
que escutam a Palavra de Deus de modo superficial e logo a esquecem são
semelhantes às sementes atiradas nos espinhos.
No
entanto, aquelas que refletem sobre sua Palavra se dispõem a mudar são as que
caíram em terra boa.
Essas
pessoas são privilegiadas, pois a Palavra transforma suas vidas.
Em
qual tipo de terreno você joga suas sementes?
A
Palavra é viva e eficaz, desde que colocada em prática.
“O
que foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a entende; este produz
fruto: um cem, outro sessenta e outro trinta”. (Mt 13,23).


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