06 dezembro - Quanto mais se vê, mais se aprende. A vida é um álbum cheio de fotografias em tamanho natural. (L 15). São José Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 9,35-10,1.6-8 Advento é tempo de grande compromisso
Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava
nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de
enfermidades e doenças graves das pessoas. Quando Jesus viu a multidão, ficou
com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como
ovelhas sem pastor. Então disse aos discípulos:
- A colheita é grande mesmo,
mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais
trabalhadores para fazerem a colheita.
Jesus chamou os seus doze
discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e curar todas as
enfermidades e doenças graves.
Pelo contrário, procurem as
ovelhas perdidas do povo de Israel. Vão e anunciem isto: "O Reino do Céu
está perto." Curem os leprosos e outros doentes, ressuscitem os mortos e
expulsem os demônios. Vocês receberam sem pagar; portanto, dêem sem cobrar.
Meditação:
Advento é tempo de grande compromisso com o projeto
de Deus. A Celebração Eucarística é o lugar onde o povo oprimido pode ficar de
pé e levantar a cabeça, porque a libertação está próxima.
Jesus começou a percorrer todas as cidades e
povoados, ensinando em suas sinagogas, anunciando a Boa Nova do Reino e curando
todo tipo de doença e de enfermidade.
Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão
por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.
Então disse aos discípulos: A colheita é grande, mas os trabalhadores são
poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua
colheita!
Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder
para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de
enfermidade. Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
No vosso caminho, anunciai: O Reino dos
Céus está próximo. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai
leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!
No Evangelho de Mateus o contato de Jesus com as
multidões carentes leva a um apelo missionário, seguindo-se a escolha dos Doze
apóstolos, que são enviados em missão. A restrição à entrada em cidades de
samaritanos e a prioridade dada à casa de Israel são uma formulação própria de
Mateus. O Evangelho de João, por exemplo, é pródigo em registrar a adesão dos
samaritanos ao anúncio de Jesus.
O evangelho de hoje pode ser dividido em três
partes: a primeira descreve as necessidades do povo pelo qual Jesus sente
compaixão; a segunda fala do chamado que o Mestre faz a um grupo de pessoas
concretas para que assumam o compromisso missionário que vai propor. A
terceira: o próprio Jesus faz as primeiras recomendações ao grupo de discípulos
que chamou para que dêem testemunho do reino como projeto de nova humanidade. A
missão de Jesus e dos futuros missionários está estreitamente ligada à vida dos
pobres.
O Senhor fez opção aberta pelos pobres; a eles dedicou grande parte de sua
missão, até convertê-los em cidadãos privilegiados do reino. Os pobres, os
deserdados das oportunidades básicas para viver, devem ser também para nós um
referencial a fim de que concretizemos a missão de servir à causa de Jesus, e
uma exigência de construir com eles alternativas de dignidade humana.
Os pobres são os melhores mestres de vida em compreensão da mensagem do
Messias. Eles, que são a maioria da humanidade, nos indicam um caminho para construir
o reino.
A vinda de Jesus ao mundo decorre da compaixão de
Deus pela humanidade. Sua missão consiste em manifestar esta misericórdia, por
meio de gestos concretos. A expulsão dos espíritos imundos e a cura de toda
doença e enfermidade manifestam esta preocupação.
As multidões foram objeto da atenção de Jesus. Elas
revelavam cansaço e abatimento, por falta de líderes para conduzi-las, e pela
opressão que sofriam. Que fazer?
Jesus passou da constatação à providência concreta.
Sua iniciativa consistiu em escolher doze discípulos e enviá-los com a sua
mesma missão: proclamar a chegada do Reino dos Céus e realizar gestos
indicadores desta presença. Assim, eles teriam a missão de difundir a
misericórdia divina “às ovelhas desgarradas da casa de Israel”. Como acontecia
com Jesus, também os apóstolos sentiriam esse mesmo amor compassivo.
Tanto na ação de Jesus quanto na dos discípulos,
antecipava-se a chegada do Reino esperado. O Reino que haveria de manifestar-se
em todo o seu esplendor, na segunda vinda do Messias, já estava dando sinais de
sua presença e revelando seu caráter particular de mediação da bondade de Deus.
Aliás, tudo quanto diz respeito ao Messias Jesus traz o selo da compaixão. Eis
por que sua vinda deve ser motivo de alegria
Reflexão Apostólica:
No Evangelho de hoje se vê claramente que a missão
de Jesus se prolonga por meio dos discípulos; mais do que isso, é um mandamento
expresso. É o tempo do serviço aos irmãos, homens e mulheres de todos os
tempos, lugares e raças. É dever do cristão ser missionário, proclamar a tempo
extemporaneamente a Boa Nova de que o Reino chegou. Nós somos os construtores
desse Reino.
Devemos difundir a mensagem de salvação com nossa
oração, nossas palavras e, sobretudo, com nosso testemunho. Jesus nos entrega o
poder para curar e nos envia ao serviço dos outros, mas um serviço gratuito,
sem esperar nada em troca; somente por amor; pois reconhecemos em cada irmão e
irmã o próprio Jesus.
O Pai enviou seu Filho à Terra, e este, por sua
vez, envia seus discípulos; mas também envia seu Espírito para iluminar o
missionário e lhe permitir chegar ao coração e ao espírito de quem o escuta.
Jesus percorria todas as cidades e povoados
pregando o Evangelho do reino e ensinando nas sinagogas, mas concretizava o que
anunciava, quando curava os enfermos, expulsava os espíritos maus, libertava os
oprimidos, por compaixão.
Olhava as multidões e se compadecia das pessoas por
viverem abandonadas, cansadas e abatidas. Jesus veio inaugurar o tempo da
misericórdia e, para isso, conclamava os seus discípulos a serem trabalhadores
da messe.
Hoje, também, as pessoas continuam como ovelhas sem
pastor, abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança, até dentro das nossas
casas e Jesus nos chama a ser operários da Sua colheita e nos diz: “a messe é
grande, mas os trabalhadores são poucos.”
Assim como Jesus se compadeceu daquele povo que o
acompanhava buscando cura para os seus males, Ele também se compadece do povo
de hoje, que rasteja pelo mundo, sofrendo as conseqüências do pecado e não tem
quem lhe dê a mão.
Por isso ele nos recomenda: Pedi, pois, ao dono da
messe que envie trabalhadores para a sua colheita.” Apesar de também sermos
muitas vezes ovelhas desanimadas e cansadas, o Senhor nos convoca, nos alenta e
nos dá poder para anunciar a proximidade do reino que já está acontecendo na
nossa vida.
Os doentes serão curados e os mortos ressuscitarão
na medida em que nós atendermos ao pedido de Jesus. Nós seremos os primeiros a
experimentarmos a cura e a libertação para as nossas enfermidades.
Podemos ser trabalhadores da messe de Cristo
fazendo o que Ele fazia: tudo por amor. A vivência do amor anima as pessoas
abatidas, cansadas e sem esperança.
O amor vence o ódio e expulsa dos corações a
intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez, estaremos
sendo trabalhadores da Sua messe.
Por isso devemos invocar sempre o Espírito ao
iniciar uma tarefa, qualquer que ela seja, para que nos ilumine e sejamos o
mais fielmente possível intérpretes da mensagem do Senhor.
Você tem retribuído a Deus o que você tem recebido
de graça? Você já é um (a) trabalhador (a) da messe do Senhor? Você
conhece quando as pessoas à sua volta estão desanimadas e sem esperança?
O que você diz a elas? Como está você atualmente: como ovelha sem pastor ou
como alguém que anuncia às ovelhas a existência do Pastor? Em que você tem
empregado o seu tempo livre?
O envio dos Apóstolos marca abertura do projeto
universal da evangelização. É preciso que o mundo conheça e veja Jesus –
Caminho, Verdade e Vida. E por meu e teu intermédio às pessoas sejam
esperançosas, pois se trata de um plano que visa ter vida em plenitude.
É fundamental que as pessoas vejam Jesus no lugar
onde moram, estudam e trabalham. Onde são chamados a ser cristãos. Que durante
a sua vida terrena tenham os olhos da fé Jesus que é Caminho, Verdade e Vida.
A Igreja, nossa mãe, nos auxiliará a vislumbrá-lo.
Ver biblicamente é tão importante quanto testemunhar, pois, pretende-se atingir
nossos amigos, vizinhos, parentes e até mesmo nossos inimigos.
Oxalá, que o bom Deus nos ajude a cumprir com
sucesso esse projeto de evangelização. Haja disponibilidade e fidelidade da
minha e tua parte que abracemos este desejo divino de levar a Boa Notícia aos
nossos irmãos.
Santa Maria, Rainha da Evangelização, ajuda-nos na
missão de servir e de difundir a esperança, o amor, o Reino de Cristo.
Propósito:
Senhor Jesus, que eu tenha sempre em mente minha missão
de ser presença do Reino e, onde quer que esteja, possa eu ser portador dos
bens divinos.
Dia 06
O Senhor
acolhe todas as pessoas, sem distinção.
Mais uma
vez, o salmista profere estas palavras reconfortantes: “Meu coração se lembra
de ti: ´Buscai minha face´.
tua face,
Senhor, eu busco. [...] És meu auxílio, meu salvador. Ainda que pai e mãe me
abandonem, o Senhor me acolherá´” (cf Sl 27[26],8.10).
Diante das
dificuldades, e preciso pedir que Deus lhe conceda humildade.
“Este é
Deus, nosso Deus, para todo sempre: é ele que nos guia”.
(Sl
48[47],15).



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