terça-feira, 4 de novembro de 2025

Evangelho do dia 08 novembro sábado 2025


08 novembro Não devemos preocupar-nos com o dia de amanhã, mas ficar tranquilos nas mãos de Deus, que não nos deixará faltar nada: a cada dia basta a sua aflição. (S 237). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 16,9-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9“Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. 10Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13Ninguém pode servir a dois senhores: porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. 14Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e riam de Jesus. 15Então Jesus lhes disse: “Vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens, é detestável para Deus”. 

Meditação: 

Na história bíblica, pode-se ver um contínuo enfrentamento entre o Deus da vida e outros deuses. O povo era muito dado a cair na tentação da idolatria. Esta consistia em usar subterfúgios para não aderir às verdadeiras opções, o plano de Deus, e amoldá-lo aos próprios caprichos.

Para isto, apelavam para deuses estrangeiros que não lhes pusessem condições e permitissem práticas violentas e injustas. Por isso, quando Jesus enfrenta os fariseus não os acusa de idolatria por ter uma escultura romana em suas casas. Acusa-os de idolatria porque se tinham colocado a serviço do dinheiro, do deus “Mamona”, abandonando o serviço do Deus verdadeiro.

O deus do dinheiro somente busca incrementar seu poder a qualquer preço, à custa do que quer que seja. Isto normalmente descamba para a violência, marginalização ou exploração dos outros.

Àqueles que lhe rendem culto, oferece a falsa crença de ter tudo assegurado nesta vida. Converte-os em opressores de seus irmãos e em astutas criaturas das trevas.

O Deus da vida, pelo contrário, mostra como o caminho para a realização do ser humano passa pela liberdade de consciência, a solidariedade com os irmãos e a busca do bem comum.
Os Padres da Igreja, nos primeiros séculos, denunciam, com vigor, este acúmulo de riquezas, fruto da exploração dos empobrecidos. Em Lucas pode-se ver o prelúdio do Reino de Deus, onde em lugar da riqueza acumulada por poucos, vive-se a partilha dos bens que alimentam a vida de todos.
O Evangelho de hoje completa a parábola do administrador que dispõe da riqueza do patrão para fazer amigos. O "dinheiro" significa a riqueza acumulada. Jesus considera-a iníqua, injusta.

Continuamos com a segunda parte do trecho, iniciado ontem: Jesus apresentou uma parábola talvez muito estranha para nós, hoje: um administrador corrupto é objeto de admiração de seu amo, e para rematar parece que é o modelo que Jesus propõe imitar, não por seu histórico de corrupção, mas por sua sagacidade.

Hoje, continuamos com a aplicação prática que faz Jesus: “Eu (enfático) lhes digo (lhes aconselho), façam amigos com o dinheiro injusto...”. Uma primeira lida deste versículo, comparado com 12, 33 em que Jesus convida a vender tudo e a dá-lo de esmola aos pobres, com 14, 33 em que radicalmente ele exige a renúncia às riquezas temporais, põe em franca contradição o discurso de Jesus. Poderíamos perguntar-nos: bens sim ou bens não?

A resposta é óbvia. Definitivamente, os bens e a riqueza, personificados em Mammon (o deus do dinheiro), são um impedimento absoluto para estar em sintonia com o plano do Pai. Portanto, há um acento de ironia, não tanto um “conselho” nestas palavras de Jesus. É evidente que o uso dos bens e do dinheiro é algo ineludível, mas através dele e com ele se podem fazer infinidade de coisas nobres e positivas, a que Jesus chama de “fazer amigos”, quer dizer, administrar os bens e o dinheiro com justiça, com eqüidade ou, por outro lado, não utilizá-lo para oprimir, para semear a causa da dor e da morte.

Jesus deixa entrever uma vez mais sua posição pessoal a respeito dos dois pólos: Deus e seu reino, de um lado, e os bens materiais ou a riqueza, de outro. Deus e seu reinado são para Jesus o único absoluto; o resto, o que preocupa a maior parte da humanidade, é o mínimo, o que em definitivo não garante a realização do indivíduo, portanto, a advertência a seus discípulos é muito clara; quem for capaz de se manter firme, fiel nisso, que é mínimo, considerando-o sempre como algo que hoje é e amanhã não, será digno de se manter fiel no máximo, será capaz de se manter na linha do absoluto, na linha do plano de Deus que é de solidariedade e de justiça.

Não há meio termo: “ninguém pode servir a dois senhores, a Deus a e Mammon, porque ou bem amará a um e odiará o outro ou aderirá a um e desprezará o outro” (v. 13). Estas últimas palavras são contundentes, não é possível continuar disfarçando o apego e a simpatia pelos bens e o dinheiro com uma pretendida opção pelos pobres, ou o que é pior, com um voto de pobreza.

Infelizmente, Mammon possui uma enorme capacidade de atrair tanto, que inclusive pessoas sadias e honestas, terminam sendo suas vítimas. Aí está onde se põe à prova a verdadeira fidelidade do discípulo, lutando continuamente para não perder de vista o valor real que tem a riqueza comparada com os bens do reino.

Os fariseus que escutavam Jesus não aplicaram a si aquele seu ensinamento talvez porque para eles não havia aquela incompatibilidade, e era verdade. Eles não viam por que motivo era necessário romper com Mammon para aderir a Deus; até aquele momento, estavam convencidos de que eles podiam servir aos dois senhores.

É neste ponto que está a dimensão de denúncia da parábola: o farisaísmo, com seu modo de ser legalista, distanciou-se completamente do verdadeiro Deus, do Deus vivo da justiça e o falsificou com uma lei escrita, o serviço que Deus quer de verdade, foi substituído pelo culto à cobiça (Mc 12, 40); e o pior é que eles se julgavam irrepreensíveis. Por isso, diz Jesus a eles: “Deus conhece vocês por dentro, e esse procurar parecer justos aos olhos dos homens é coisa abominável aos olhos de Deus” (v. 15).

Consideradas as coisas dessa maneira, não há então contradição alguma entre essa passagem e os versículos que confrontamos no início, existe toda uma coerência e linha de continuidade com o princípio de liberdade íntegra para poder seguir a Jesus. De que lado estamos nós?

Reflexão Apostólica:

Muitas pessoas, ao lerem o evangelho de hoje, não compreendem o que Deus quer lhes falar, quando no versículo 9 Ele diz: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. ".
Daí, questionarmos: Como Deus pode estar nos pedindo para fazer amigos com a riqueza injusta? Isso não faz sentido, uma vez que, a riqueza injusta é aquela que é ilusória, enganadora.
Então, através do discernimento de tudo isso e ao lermos novamente o versículo perceberemos que o Senhor fala muito forte ao nosso coração que a riqueza e o dinheiro são bens passageiros e que um dia podem passar na nossa vida também, mas se nós, durante o tempo da riqueza, tivermos construído amizades verdadeiras, mesmo sem nenhum bem material teremos com quem contar, e mais que isso, alcançaremos os tabernáculos eternos.

Daí, compreendermos de Deus que não importa o tamanho da nossa riqueza e sim a riqueza que há em nosso coração.

É necessário que todos nós aprendamos a valorizar e a buscar as coisas do alto, as coisas eternas, as coisas que não passam jamais, pois somente elas trarão aos nossos corações a verdadeira FELICIDADE.

No versículo 10 o Senhor nos fala: "Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes.". Essa parte do evangelho traz uma lição maravilhosa para nossa vida. É impressionante como essas palavras são verdades concretas no mundo.

Aqueles que não conseguem ser fiéis no namoro, provavelmente serão infiéis no noivado e depois no casamento. As pessoas que não conseguem ser justas numa gincana de colégio, certamente serão injustas em grandes causas.

Fidelidade e justiça são valores tão grandiosos e importantes na formação humana que precisam ser praticados nas pequenas coisas, desde criança, para que assim possam ser solidificados no coração e na alma. A grandiosidade dos valores humanos está na pequenez dos gestos praticados.

Se quisermos ser de Deus cada dia mais, aprendamos a ser fiéis no pouco e a mudar nas pequenas coisas, pois à medida que nós conseguimos dizer não a um pecado que parecia ser pequeno e fácil de não cometer, nos sentiremos mais fortalecido a combater os pecados maiores.

Façamos essa experiência com Deus e vivamos o hoje de cada dia tentando ser fiéis no pouco que Deus nos pede e não queiramos ir além daquilo que podemos dar, porque dessa forma estaremos sendo treinados para agüentar o mais que Deus tem reservado para nós no tempo certo da nossa caminhada. Todo esse treinamento fará de nós servos bons e fiéis.

No final do evangelho (v. 13) o Senhor nos fala: "Ninguém pode servir a dois senhores: porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro".

Então, para finalizar essa reflexão de hoje, pensemos que: quando servimos ao dinheiro nos tornamos escravos de tudo àquilo que ele pode comprar, mas quando servimos a Deus nos tornamos "escravos" do Seu amor e de tudo aquilo que o amor de Deus pode alcançar e transformar. Façamos a nossa escolha e deixemos Deus ser o nosso SENHOR.

Propósito:

Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.

Dia 08

Em todas as atitudes da vida, é necessário haver equilíbrio, para que ocorra a harmonia entre corpo, alma e mente.

No entanto, é difícil manter equilíbrio em todas as coisas.

Nesses momentos, é bom repensar certas atitudes, eliminando maus hábitos e rígidos padrões de pensamento.

Caminhe com firmeza e segurança, sem pressa, e nunca pare de progredir e de crescer.

“E por que ficar tão preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo, não trabalham, nem fiam”. (Mt 6,28).



 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Evangelho do dia 09 novembro 2025 - Domingo Dedicação da Basilica de Latrão

09 novembro - Se mesmo Deus quiser nos deixar sem consolações, não devemos ficar excessivamente tristes, mas continuar a rezar e a esperar, ...