07 novembro - Fruto da igualdade de espírito é aquela alegria pura e santa do coração, que podem gozar somente aquelas almas que, indiferentes a todas as coisas da terra e a tudo o que lhes diz respeito, não se preocupam senão com a glória de Deus e já possuem Deus aqui na terra, na paz inalterável do seu coração. (S 238). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 16,1-8
"Jesus
disse aos seus discípulos:
- Havia um
homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a
esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso
ele o chamou e disse: "Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você.
Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar
como meu administrador."
- Aí o administrador
pensou: "O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer?
Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já
sei o que vou fazer... Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me
receberão nas suas casas."
- Então
ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro:
"Quanto é que você está devendo para o meu patrão?"
-
"Cem barris de azeite!" - respondeu ele.
O
administrador disse:
-
"Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinqüenta."
- Para o
outro ele perguntou: "E você, quanto está devendo?"
-
"Mil medidas de trigo!" - respondeu ele.
-
"Escreva oitocentas!" - mandou o administrador.
- E o
patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus
continuou:
- As
pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas
que pertencem à luz."
Meditação:
Esta
parábola, exclusiva de Lucas, parte da imagem de um homem rico e um
administrador corrupto, ambos envolvidos com a AMBIÇÃO das riquezas.
Pode parecer que o SENHOR elogia aquele que é desonesto, mas é claro que DEUS
não aceita isso.
O exemplo dado na parábola deixa claro que aquele que só se preocupa com as
coisas deste mundo, jamais será RICO das coisas de DEUS. Porque bem nos ensina
o SENHOR que não podemos servir a DEUS e ao dinheiro.
Se quero ser bom nas coisas de DEUS, tendo comigo a certeza de que não há nada
mais importante para ensinar neste mundo, me dedico e busco minha missão
evangelizadora.
Porém, se me entrego à riqueza sem medidas, me torno escravo desta vida
material e não me dedico a construir a minha casa no REINO DE DEUS.
Há quem defenda que a RIQUEZA MATERIAL não é pecado, mas o SENHOR nos ensina
que não devemos ter ambições desmedidas e quando desejo mais dinheiro do que
preciso estou pecando.
Por isso, nos ensina o SENHOR, que aqueles que o conhecem não se preocupam com
riquezas materiais, o PAI provê o que é necessário para a sobrevivência quando
nos propomos a aceitá-lo.
De um lado enfrentamos as tentações promovidas pelos demônios que tem como
objetivo nos afastar dos ensinamentos de CRISTO.
Do outro, temos o SENHOR que nos protege e nos mostra a VERDADE nas suas
PALAVRAS provenientes de DEUS.
Se os filhos da LUZ não são bons de negócios é que aprenderam que o dinheiro é
injusto, traz para alguns uma vida de fartura e para outros, que não o possuem,
uma vida de sacrifícios.
Uma sociedade submissa e regida pelo mercado que visa o lucro e a acumulação de
riquezas é a CONTRADIÇÃO do Reino de Deus, que é FRATERNIDADE e PARTILHA, no
empenho em que todos tenham vida plena.
Lembremo-nos que junto com o dinheiro vem também os custos para o possuir. E
sempre o preço é caro demais, pois aquele que é rico desta vida jamais terá a
VIDA VERDADEIRA. GRAÇA E PAZ!
Reflexão Apostólica:
Ontem,
refletíamos sobre o esmero que temos sobre as coisas que são nossas e a pouca
dedicação, empenho e capricho ao que ainda não entendemos também como nosso.
Esse
evangelho cai como “uma luva” ratificando tudo que refletíamos ontem. “(…) As pessoas deste
mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem
à luz”.
Temos
muita dificuldade em dar “nossos pulos” em situações que não temos conhecimento
e também naquelas que não acreditamos.
Como
somos bons em tornar as situações e discussões adversas ao nosso favor! Somos
seres hábeis numa técnica bem eficiente – a camuflagem.
Como
bons camaleões, sabemos nos disfarçar mediante as ameaças às quais podemos
chamar de cobranças.
Como
sabemos dissimular ao ser apresentado um equívoco nosso! Disfarçamos, mudamos
de assunto, dizemos que o assunto da pauta não era esse, que a pessoa precisa
rezar mais (essa é ótima).
Procuramos
na Bíblia palavras sorteadas que nos “defendam” ou nos justifiquem; e assim mais
uma vez, sob uma treinada camuflagem, “escapamos” ilesos de nos encontrar
conosco mesmo (não é redundância, é reforço).
Desde
quando corrigir é julgar!? Conhecemos a diferença entre estes dois verbos?
Estamos
vivendo um momento em que a construção do conhecimento e o acesso informação
mudam a cada instante.
Técnicas
medicinais (para quem pode pagar) avançam dia-a-dia; computadores cada vez
mais velozes e menores, máquinas cada vez mais práticas e úteis, (…) sendo
assim nós seres humanos precisamos acompanhá-la.
No
entanto esse progresso só acontecerá a partir do momento que conseguirmos ter a
sensibilidade e a humildade de nos autoavaliar. Como é difícil aceitar algumas
coisas, mas tudo tem um começo.
Façamos
a nós mesmos esses questionamentos: Gosto de mim mesmo? Me aceito como sou?
Estou de bem com o mundo? Tenho restrições à fala de alguma pessoa? Nego-me a
ouvir? Recebo bem as críticas? Reflito-as? Consigo separar o que penso sobre um
assunto do meu lado profissional? Fujo com freqüência de assuntos que sei que
não conseguirei responder ou justificar? Respondo uma pergunta com outra
pergunta? Ao ser questionado sobre um ato, gesto, falha (…) consigo responder
sem buscar um culpado que tenha feito igual ou parecido para que eu não seja o
único? Costumo falar com freqüência: “Você esta me julgando”!!
O
empregado ardiloso do evangelho de hoje, pensou que, com sua atitude,
conseguiria sair ainda vencedor, mesmo que viesse a perder o emprego.
Quantas
vezes em uma reunião, uma conversa entre marido e mulher, namorados (…) a
verdade, o aprendizado, os pedidos de desculpas foram suprimidos por uma
camuflagem?
Buscou-se
numa cara de choro, ou de coitadinho (a), ou de “falsa indignação” ou até mesmo
atrás de palavras bonitas e difíceis, aceitar o óbvio?
Como
é difícil aceitar que erramos, que não sabemos, que desconhecemos?! Como é
difícil de falar que não fui à Missa, ao Grupo, ao Encontro, pois estava com
preguiça. Que faltei ao trabalho, a aula, a prova, pois não esta afim, não
estava preparado, que tive medo…
Nessas
horas surge a história que o pai ficou doente, o primo que morreu (conheço
pessoas que já mataram uns dez); que teve greve de ônibus, uma batida, um
congestionamento etc.
Espertezas
(camuflagens) que devem abandonadas e dado lugar à verdade. Deus nos
conhece.
Propósito:
Pai,
torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso, e não
dissimulado, no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a
comunhão contigo.
Dia 07
É
muito importante ver a figura de Deus no próximo.
Todos
os dias, temos oportunidades de estender a mão aos necessitados, entre os quais
estão as crianças carentes, os jovens sem rumo, os idosos desamparados, os
doentes.
No
Novo Testamento, Jesus disse que aquilo que fizermos a um de nossos irmãos estaremos
fazendo a ele mesmo (cf. Mt 25,40).
Pense
nisso hoje! Esta será uma bela experiência de vida!
Ame
a seu próximo sem distinção. saiba que, do mesmo modo que vive em você, Cristo
vive nele.
“Sem
terdes visto o Senhor, vós o amais.
Sem
que agora o estejais vendo, credes nele. Isto será para vós fonte de alegria
inefável e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação”.
(1Pd 1,8-9).



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